quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Consumir iogurte pode ajudar a reduzir o risco de diabetes tipo 2, diz estudo

Alto consumo de laticínios com pouca gordura como queijo fresco e cottage também protege contra a doença

Um estudo desenvolvido na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, trouxe uma boa notícia para os amantes do iogurte: um pote de 125g do alimento a cada dois dias pode reduzir em 28% os riscos de desenvolver diabetes tipo 2. Ainda segundo a pesquisa, o alto consumo de laticínios com pouca gordura como queijo fresco e cottage também protege contra a doença.
Os pesquisadores compilaram dados de toda a alimentação diária durante uma semana de mais de quatro mil participantes, incluindo 753 que tinham desenvolvido diabetes tipo 2, ao longo de 11 anos. Aqueles com alto consumo de produtos fermentados com pouca gordura tiveram 24% menos probabilidade de se tornar diabéticos.
Examinando o iogurte separadamente, uma redução de 28% do risco de diabetes tipo 2 foi associada, com a maioria dos benefícios encontrados com o consumo de quatro potes e meio de iogurte por semana.
— Em tempos em que temos muitas evidências de que o consumo de grandes quantidades de determinados alimentos fazem mal à saúde, como açúcar e bebidas artificialmente adoçadas, é reconfortante saber que outros alimentos podem fazer bem — disse Nita Forouhi, do Conselho de Pesquisa Médica e Epidemiologia.
O estudo foi publicado na revista "Diabetologia" e não encontrou a causa da relação do consumo de iogurte e o baixo risco de diabetes. Isso significa que as pessoas com este hábito alimentar podem, também, ter um estilo de vida saudável, o que contribuiria para a redução no risco.
Mas os pesquisadores dizem que é possível que os probióticos e uma forma especial de vitamina K dos iogurtes, associados à fermentação dos laticínios, fornece proteção contra o diabetes. Laticínios, afinal, são uma fonte rica de proteína de alta qualidade, vitaminas e minerais.
O estudo afirma que iogurtes devem ter teor de gordura inferiores a 3,9%.

Zero hora

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Sono e cansaço frequentes podem ser consequência da má alimentação

Nutricionista indica alimentos que ajudam a manter a disposição para o dia a dia

Sono e cansaço frequentes podem ser consequência da má alimentação Divulgação/Divulgação
Os sintomas de cansaço e sono nem sempre estão associados ao excesso de atividades do dia a dia. Hábitos alimentares inadequados podem contribuir significativamente para o acometimento desses sintomas que são capazes de atrapalhar o nosso rendimento durante a realização de tarefas.
— Existem nutrientes que demoram mais para ser digeridos, induzindo o corpo a um gasto calórico maior. Com isso, é normal sentir cansaço após a ingestão de alimentos com gorduras ou açúcares — explica a nutricionista Ana Huggler.
Embora alguns acreditem que o açúcar contribui para uma elevação da energia, essa disposição proporcionada por ele é apenas momentânea, conforme explica a nutricionista:
— Os doces elevam a glicemia muito rapidamente podendo oferecer disposição. Mas o efeito passa rapidamente e a sensação de energia é substituída pelo cansaço já que após a liberação de insulina, os níveis de glicose no sangue ficam menores.
Para adquirir mais disposição e reduzir o sono ou cansaço, é preciso deixar de consumir alimentos pobres em nutrientes.
— Gorduras saturadas, frituras e carne vermelha gorda são de difícil digestão, porque necessitam que o organismo tenha um gasto energético muito grande para sua metabolização. Sendo assim, principalmente nos dias de calor, nos quais perdemos muito líquido, optar por frutas, verduras e alimentos mais leves é fundamental para o bom funcionamento do nosso corpo e para combater a fadiga — indica a especialista.
Veja outras dicas da nutricionista Ana para combater o cansaço e o sono diariamente:
— Faça um café da manhã balanceado. Ele servirá para repor nutrientes gastos pelo organismo durante o sono da noite e ajuda a dar disposição
— Evite o cosumo de produtos industrializados, que são ricos em conservantes, sal e em grande maioria gorduras que dificultam o processo digestivo, causando sensação de peso e estufamento
— Realize refeições com horários regrados e em pequenas porções, pois ao passar muitas horas sem comer prejudica a energia do corpo
— Escolha alimentos com baixo teor de carboidratos como carnes magras ou produtos lácteos desnatados
— Inclua frutas frescas e vegetais, pois possuem vitaminas que fornecem ao corpo a capacidade plena de combate os efeitos do estresse
— Adicione no cardápio alimentos ricos em vitamina C que em combinação com o aspartato de arginina, ajuda a gerar energia e combate o cansaço físico e mental
— Consuma o complexo B, que evita o cansaço e desânimo, pelo fato de acelerar o metabolismo

Pesquisa aponta fatores para que uma criança se torne um adulto magro ou acima do peso

Comportamentos podem indicar caminhos para manter um IMC saudável na vida adulta

Pesquisa aponta fatores para que uma criança se torne um adulto magro ou acima do peso Kylie Walls/Deposit Photos
Um novo estudo publicado na revista PLOS One pediu a 532 adultos de diversos países que falam inglês para formar uma "fonte coletiva" de fatores determinantes para que uma criança se torne um adulto acima do peso ou magro. Além da sugestão, cada participante enviou seu próprio peso e altura (para determinar o Índice de Massa Corporal - IMC) e respondeu a questões levantadas por outros voluntários sobre o comportamento deles na infância. Veja o que os partipantes relataram ter em comum:
Ingredientes frescos
As famílias dos participantes com IMC baixo preparavam refeições usando ingredientes frescos e conversavam com eles, já na infância, sobre nutrição

Atividades físicas ao ar livre
Praticar atividades físicias regularmente ao ar livre é outra atitude apontada pelos pais de adultos magros. Eles também dormiam bem durante a semana e tinham muitos amigos

Comida como recompensa ou punição
Adultos com IMC mais alto contam ter tido péssimos exemplos na infância: além de pais e/ou avós obesos, a comida em casa era usada como recompensa ou punição e, muitas vezes, a ingestão era restrita

Pouca água
Adultos mais gordos relataram ter bebido mais sucos ou refrigerantes que água quando eram crianças

Bullying
Outra lembrança do grupo de adultos com IMC alto é o bullying feito por seus pares

Segundo os pesquisadores, as tendências apontadas pelos participantes fornecem caminhos sobre quais comportamentos devem ser incentivados para ajudar as crianças a manter um IMC saudável na vida adulta.

Consumo de alimentos frescos é principal recomendação do Guia Alimentar da População Brasileira

Documento está sendo elaborado pelo Ministério da Saúde e população pode enviar sugestões

Consumo de alimentos frescos é principal recomendação do Guia Alimentar da População Brasileira Stock.xchng/Divulgação
O Ministério da Saúde está elaborando a edição 2014 do Guia Alimentar da População Brasileira. O manual, de acordo com a pasta, traz orientações sobre cuidados com a saúde e como manter uma alimentação saudável e balanceada.
A principal recomendação é pelo consumo de alimentos frescos, de procedência conhecida e utilizando como base da dieta alimentos in natura (de origem vegetal e animal), como carnes, verduras, legumes e frutas. O manual também recomenda que as pessoas optem por refeições caseiras e evitem a alimentação em redes de fast food.
A população poderá contribuir com a elaboração do novo guia, que encontra-se em consulta pública até o dia 7 de maio. www.saude.gov.br/consultapublica As contribuições serão avaliadas pelo Ministério da Saúde e poderão constar do documento final.
—O guia é uma fonte segura para orientar os brasileiros para uma alimentação saudável, com base em evidências científicas e com recomendações debatidas com diferentes especialistas e setores da sociedade. A intenção é promover a saúde da população e contribuir para a prevenção de doenças como a obesidade, diabetes e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação — afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O documento foi formulado com o apoio do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS).
O que diz o novo guia
O novo guia orienta os brasileiros a desfrutarem a alimentação, e evitar à refeição assistir televisão, falar no celular, ficar em frente ao computador ou atividades profissionais, além de privilegiar o preparo da própria refeição sempre que possível.
— Precisamos resgatar e valorizar a culinária, planejar as nossas refeições, trocar receitas com amigos e envolver a família na elaboração das refeições. Isso pode até implicar dedicação de mais tempo, mas o ganho em saúde e na convivência é significativo — explica a coordenadora de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.
O que evitar
O guia também recomenda a utilizar com moderação óleos, gorduras, sal e açúcar. Produtos industrializados devem dar lugar aos alimentos in natura. Isso porque os produtos processados têm adição de sal ou açúcar para torná-los mais duráveis, palatáveis e atraentes.
Os maus hábitos à mesa têm refletido na saúde e no excesso de peso da população, que hoje já atinge 51%, sendo 17% obesos, segundo a dados do Vigitel, levantamento do Ministério da Saúde realizado anualmente. Em 2006, o índice de excesso de peso e obesidade era de 43% e 11%, respectivamente. Crianças e adolescentes trilham o mesmo caminho, uma em cada três crianças e um em cada cinco adolescentes estão acima do peso.
Além disso, a obesidade é um forte fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Pessoas obesas têm mais chance de sofrer infarto, AVC, trombose, embolia e arteriosclerose, além de problemas ortopédicos, apneia do sono e alguns tipos de câncer.
Confira as orientações apresentadas no guia para uma alimentação saudável:
— Fazer de alimentos in natura a base da alimentação
— Usar óleos, gorduras, sal e açúcar com moderação
— Limitar o uso de produtos prontos para consumo
— Comer com regularidade e com atenção e em ambientes apropriados
— Fazer compras de alimentos em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo
— Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora e evitar redes de fast food
— Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais
— Conheça a diferença entre alimento e produto alimentício
Conheça a diferença
Alimentos in natura: são essencialmente partes de plantas ou de animais. Ex: carnes, verduras, legumes e frutas.
Alimentos minimamente processados: quando submetidos a processos que não envolvam agregação de substâncias ao alimento original, como limpeza, moagem e pasteurização. Ex: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho de tapioca ou de trigo e massas frescas.
Produtos processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar a alimentos para torná-los duráveis e mais palatáveis e atraentes. Ex: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha, queijos e pães.
Produtos ultraprocessados: são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contém aditivos. Ex: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, "barras energéticas", sopas, macarrão e temperos "instantâneos", "chips", refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets.

Zero hora

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Indisposição no trabalho pode ser causada por má alimentação

Hábitos simples e saudáveis ajudam a reverter o cansaço na hora de realizar tarefas diárias

Indisposição no trabalho pode ser causada por má alimentação Stock Images/Stock Images
Com a correria e os afazeres do dia-a-dia, é normal sentir cansaço mental e falta de energia. Porém, a indisposição no trabalho não está relacionada apenas ao excesso de atividades, ao estresse ou as noites mal dormidas. A alimentação também interfere significativamente na disposição dos brasileiros para executar as tarefas.
— Uma dieta pobre em nutrientes é responsável pela ausência de vigor físico. Alimentos industrializados e ricos em gorduras saturadas, frituras, carnes vermelhas e o excesso de açúcares aumentam a sensação de cansaço. Como são de difícil metabolização, eles exigem um gasto de energia muito maior no organismo, ocasionando um desequilíbrio do corpo— explica a nutricionista Ana Huggler.
Por isso, o cardápio deve ser colorido e constituído por vitaminas, antioxidantes e fibras. Cada célula precisa de pelo menos 45 nutrientes para desempenhar suas funções adequadamente. A alimentação variada supre as necessidades do organismo de cada pessoa, mas a maneira como esses nutrientes atuam e contribuem para o seu funcionamento dependerá de processos bioquímicos e fisiológicos que atuam após a ingestão do alimento.
— Não basta aderirmos a hábitos alimentares mais saudáveis. Precisamos de uma dieta que atue fortalecendo o nosso organismo para, desta forma, prevenir o aparecimento de doenças e assim contribuir para a aquisição de mais saúde— informa a nutricionista.
Indispensável, o café da manhã fornece a energia necessária para iniciar as tarefas diárias. Uma sugestão é consumir alimentos integrais, já que embora os refinados causem uma sensação de grande disposição, a absorção pelo corpo é rápida e o seu efeito não dura muito tempo.
Acompanhe outras dicas para quem quer deixar de lado a falta de disposição no trabalho:
- Evite longos períodos em jejum. Esse comportamento aumenta o cansaço durante o dia e a fome na hora do almoço, contribuindo para um consumo exagerado de alimentos em apenas uma refeição
- Realize três refeições intercaladas com pequenos lanches em intervalos de três em três horas para evitar que o metabolismo fique lento
- Ingira pequenas quantidades de alimentos, pois o excesso causa sonolência após as refeições
- Inclua no menu o consumo de frutas como a banana, que é mais doce e leva à produção da serotonina no nosso organismo, substância responsável pela sensação de bem estar;
- Beba ao menos dois litros de água por dia para que o corpo trabalhe de forma adequada e mantenha a hidratação.

Mito ou Verdade?


A carne de frango faz mal por causa da adição de hormônios.
Mito. A carne de frango não apresenta hormônios de espécies alguma, isso é uma lenda. Colocar hormônio em carne é crime e existe uma portaria, a de número 51 de 1991, do Ministério da Agricultura, que proíbe tal procedimento. Logo, a carne que apresentar índices de hormônio não poderá ser comercializada. Este mito surgiu porque os frangos criados em granjas atingem o tamanho de abate em pouco tempo em função da seleção genética para esse fim.

Mito ou Verdade?

Mascar chiclete faz mal ao estômago?
Verdade. Quando em excesso, pode trazer problemas, pois a função de mascar o chiclete estimula o estomago a trabalhar, produzindo suco gástrico com o objetivo de digerir os alimentos. Como não há alimento a ser digerido, esse suco gástrico, extremamente ácido, acaba atacando a mucosa do estômago, podendo provocar gastrites e úlceras.