quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

“Homofobia” e a mordaça aos cristãos


Por: Vanderlei de Lima
  


 CHRISTIAN PERSECUTION,NEW YORK,TIMES SQUARE

Por que o movimento homossexual insiste em utilizar a palavra homofobia?

O STF pretende, a partir de ações que lhe chegaram, criminalizar a “homofobia”, termo não científico, mas propagandístico manipulado. Daí ser importante procurar entender, neste momento, o que, afinal, é a tão comentada “homofobia”.

Dom Estevão Bettencourt (1919-2008), monge beneditino poliglota, escrevia, na revista Pergunte e Responderemos n. 546, dezembro de 2007, p. 558-560, que “chama-se ‘Engenharia Verbal’ a manipulação de certas palavras para exprimir condutas de vida novas e causadoras de polêmica na sociedade”. A seguir, ele dá o exemplo da homofobia: “Phobos em grego quer dizer ‘medo’. Em consequência, homofobia seria o medo frente aos homossexuais. Todavia, não é isto que se entende hoje por homofobia; a palavra significa a censura à prática homossexual, de modo que não se poderia condenar em público o homossexualismo, significado este que não está contido no sentido original de homofobia”. Trata-se de uma manipulação interesseira da linguagem.

A fim de bem ilustrar o que está dito acima, aprofundaremos o assunto, em três tópicos, a partir do livro Homem e mulher Deus os criou, do Padre David Francisquini (São Paulo: Artpress, 2011, p. 45-46).

1) O que é homofobia? – Homofobia é um termo inventado pelo psicólogo americano George Weinberg para desacreditar os opositores do homossexualismo. No seu sentido etimológico, a palavra homofobia deveria significar aversão irracional a pessoas do mesmo sexo, por paralelismo com homoafetividade. No entanto, o movimento homossexual emprega a palavra para rotular de modo depreciativo as pessoas que se manifestam contrárias às práticas homossexuais, que desse modo passam a ser vistas como preconceituosas ou desequilibradas. Uma resolução do Parlamento Europeu a favor da legalização do “casamento” homossexual, emitida em 2006, define homofobia, sem nenhuma base na realidade, como “um sentimento irracional de medo e de aversão em relação à homossexualidade e às pessoas lésbicas, bissexuais e transgêneros e propõe que esse sentimento seja combatido desde a idade escolar”.

2) Por que o movimento homossexual insiste em utilizar a palavra homofobia? – Porque se trata de um recurso publicitário, e se tem mostrado eficiente. Arthur Evans, cofundador de Gay Activist Alliance (Aliança de Ativistas Homossexuais), explica como o movimento homossexual criou a palavra homofobia para caracterizar seus opositores: “O psicólogo George Weinberg, não-homossexual, mas amigo de nossa comunidade, comparecia regularmente aos encontros do GAA. Observando fascinado a nossa energia e excitação e as respostas da mídia, ele apareceu com a palavra que nos empenhávamos em conseguir: homofobia, que significa o temor irracional de amar alguém do mesmo sexo”. George Weinberg classificou então a oposição moral à homossexualidade como uma anomalia, uma fobia. Ele vai além: “Eu nunca consideraria um paciente saudável se ele não tivesse superado seu preconceito contra a homossexualidade”.

Fica, assim, claro o caráter ideológico e propagandístico da palavra, que poderíamos qualificar de arma semântica. Aplicando aos opositores – dentre as quais está moral católica e a de outras comunidades cristãs– o rótulo de homófobos, os homossexuais procuram intimidá-los e desqualificá-los, descartando como “temores irracionais” seus argumentos. Contudo, tais argumentos são baseados na reta razão.

3) Existe algum fundamento para essa alegada homofobia? – Como expusemos acima, a palavra homofobia foi artificialmente criada e divulgada para facilitar a aceitação social e legal do modo de vida homossexual, e tem como objetivo colocar em posição desconfortável e odiosa todos os que a ela se opõem, ou mesmo criminalizá-los.  Os que defendem a Lei Natural e os Dez Mandamentos devem denunciar e desmontar – enquanto não formos silenciados de vez – essa tática desonesta, pois os que fazem esse uso demagógico do rótulo homófobo nunca conseguem apresentar provas científicas dessa suposta fobia, que só existe no arsenal de qualificativos com que a propaganda homossexual procura desmerecer os seus opositores. Corresponde à mesma tática empregada outrora pelos comunistas, que acusavam de fascistas quem se opusesse aos seus desígnios e ideologia.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Eu te conto quem foi Carlos Marighella


De uma vítima de abuso para o Papa: “me chamaram de mentiroso e de inimigo da Igreja”


Por: Ary Waldir Ramos Díaz 
 


 PRZEMOC WOBEC DZIECKA

Fortes testemunhos das vítimas de abuso sexual aos bispos que participam do encontro sobre proteção a menores, no Vaticano

“A primeira coisa que fizeram foi me chamar de mentiroso, darem-me as costas e dizerem que eu e os outros éramos inimigos da Igreja”, disse um homem vítima de abusos, que agradeceu ao Papa Francisco pela oportunidade que teve de dar seu testemunho, através de mensagem de áudio, no encontro sobre a proteção dos menores na Igreja.

No início do encontro, o Papa convidou os bispos a ouvir as vítimas e o testemunho de quem passou pelo inferno dos abusos sexuais mas não perdeu a fé e, hoje, é capaz de rezar por quem não entendeu seus sofrimentos.

“Para um católico, é difícil falar sobre o abuso sexual. Mas, uma vez que alguém tem a coragem de contar, no meu caso, por exemplo, a primeira coisa que pensei foi que as pessoas da Igreja iam me ouvir e respeitar. Mas elas me chamaram de mentiroso […]”, disse uma vítima.

Os testemunhos em áudio-mensagem (com identidade protegida) das vítimas servirão de catequese e de terapia para eles e para membros da Igreja, além de serem pedras pesadas na indigesta consciência de quem não fez nada e se “livrou” do problema.

Vejas alguns trechos dos testemunhos:

Só pedir perdão não funciona

Uma vítima de abuso foi direta: “Perdões falsos, perdões obrigados já não funcionam. É preciso acreditar nas vítimas, respeitá-las e cuidar delas. É preciso estar com as vítimas, acompanhá-las”.

Bispo que encobre os casos é um assassino da alma

Palavras de quem foi queimado pela injustiça: “Vocês são os doutores das almas, no entanto, com exceções, se transformaram em assassinos das almas, em assassinos da fé. Que contradição mais espantosa!”

 O que Jesus vai pensar disso?

A pergunta de um homem que ainda tem fé, apesar de tudo: “O que Jesus pensa, o que Maria pensa quando vê seus pastores serem os que traem as ovelhas. Eu lhes peço, por favor, que colaborem com a justiça, que tenham um especial cuidado com as vítimas”.

A ponta do iceberg

Estamos vendo, a cada dia, a ponta do iceberg. Quando a Igreja quer que se diga que isso já acabou, continuam aparecendo casos. Por quê? Porque é como se trata um câncer: tem que tratar o câncer inteiro, não apenas tirar o tumor; é preciso fazer quimioterapia, radioterapia, é preciso fazer tratamentos”.

Não podemos continuar com este crime

As vítimas pedem que a luta contra os abusos seja uma realidade. “Não podemos continuar com este crime, de encobrir os abusos na Igreja. Espero que Jesus e Maria os ilumine e que, de uma vez por todas, colaboremos com a justiça e extirpemos este câncer que está acabando com a Igreja. E é isso o que o demônio quer.”