sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O que é uma pessoa humilde?

 Edifa



Ao contrário do que muitos pensam, a verdadeira humildade não exige se rebaixar, mas sim abrir-se aos outros. Em vez de viver centrado em si mesmo, aprender a dar o primeiro lugar ao que está além de si mesmo

O que é a verdadeira humildade? Como responder, em uma página, a uma pergunta tão ampla? É como deixar-se mergulhar não apenas em uma palavra, mas em uma forma de ser, e mesmo uma graça. A dificuldade é dupla. Por um lado, de acordo com a Tradição da Igreja, a humildade é a primeira de todas as virtudes e a porta de entrada para a vida espiritual. No entanto, em todas as situações, os começos são mais difíceis de descrever e explicar do que as realizações. Por outro lado, não é fácil trazer à luz uma virtude que consiste em permanecer nas sombras, num paradoxo que nos é bem conhecido: “Pela humildade, sou imbatível!”. Mas, afinal, o que é uma pessoa humilde?

Pessoa humilde: é mais sobre se abrir do que sobre se curvar

Uma primeira certeza: ao contrário do que muitos imaginam, a verdadeira humildade não é negativa, mas positiva. Não surge de um sentimento de pequenez, desamparo ou indignidade, mas antes de tudo de admiração. Deus é tão grande, a vida é tão bela, o amor é tão precioso que está além de mim. Portanto, é menos uma questão de se rebaixar e mais uma questão de se abrir. De fato, existe um escondimento, um esquecimento de si mesmo; mas isso é um sinal de conversão e não de negação. Em vez de viver centrado em si mesmo, aprende-se a dar o primeiro lugar ao que está além de si: “Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde, vai conservá-la” (Lc 17,33).

Falsa humildade

Também é preciso ter cuidado com a falsa humildade. Existe um vício de comportamento que consiste em se desvalorizar, lamentar sua real ou suposta miséria, em se oprimir com mil reprovações. Isso é na verdade o oposto da verdadeira humildade. Às vezes, é apenas uma maneira sutil e perversa de lidar consigo mesmo e chamar a atenção para si. Na maioria das vezes, mostra também um orgulho retraído e camuflado. Essa autocrítica aparentemente virtuosa pode esconder, na realidade, sentimentos vergonhosos como amargura pelos próprios fracassos, inveja pelo sucesso dos outros, raiva pelos limites impostos pela realidade. E dessa forma, toda uma personalidade pode ser construída sobre a atitude de se denegrir, o que resulta em estruturas psicoespirituais prejudiciais, que podem ser pecaminosas, ou prejudiciais à saúde, ou ambas.

Liberdade

A pessoa verdadeiramente humilde é livre. Ela não precisa ou tem nada a provar, nada a defender, nada a ganhar. Ele apenas é feliz, atento, disponível. Ele é cheio de confiança, porque “o amor perfeito lança fora o medo” (1 Jo, 4, 18), seja o medo de Deus, dos outros, e a autocensura que daí resulta. A humildade não leva ao encolhimento da mente ou ao esfriamento do coração; pelo contrário, ela é generosa, como testemunha Maria no seu Magnífica. A jovem de Nazaré é e só deseja ser a pequena serva, e por isso Deus pôde realizar grandes coisas por ela e por meio dela.

A humildade renova todas as relações humanas

No que diz respeito ao nosso relacionamento com Deus, a humildade desenvolverá atitudes que estão na base de todo crescimento espiritual, sejam elas a adoração àquele que nunca cessa de nos renovar, o louvor àquele que nunca cessa de nos amar, o arrependimento diante daquele que nunca deixamos de ofender, o silêncio e a escuta daquele que nunca cessa de nos instruir, a obediência àquele a quem queremos servir. No fundo, cada vez que dizemos “Senhor”, expressamos (deveríamos expressar) este amor humilde dos filhos perante o Pai, dos discípulos perante o Mestre, dos amados perante o Amor.

Relações humanas

Em relação às outras pessoas, a humildade renovará todas as nossas relações humanas. Aos poucos, vamos saindo do sistema usual de relacionamentos, feito de rivalidades, comparações, suspeitas, frustrações, manipulações de todos os tipos. Nossa estratégia agora será simplesmente ser nós mesmos, nem mais nem menos, e permitir que os outros sejam eles mesmos. São Paulo fala sobre isso maravilhosamente: “Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos.” (Fl 2, 3); “Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência” (Col 3, 12).

Escola de Cristo

A pessoa humilde se coloca na escola de Cristo, porque, como ele mesmo diz “sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29). Nascido na palha, morto na cruz, escondido na glória, ele nos revela a humildade de Deus. Ajoelhado diante dos Apóstolos para lavar os seus pés, Ele nos confirma o que sentem aqueles de coração puro: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9, 35).

 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

O melhor disco da década de 80 é também um álbum cristão

 Angeles Conde Mir 


"The Joshua Tree", do U2, fez (e ainda faz) sucesso em todo o mundo com músicas que contêm várias referências cristãs

A BBC britânica elegeu como melhor disco dos anos 80 o álbum “The Joshua Tree”, da banda irlandesa U2.

 De fato, o título não é nada banal se levarmos em conta que os anos 80 foram a década dos discos que mais venderam na história da música. Alguns, inclusive, são insuperáveis 40 anos depois, como “Thriller” de Michael Jackson, “Back in Black” do AC/DC ou “Born in the USA”, de Bruce Springsteen.

 Na verdade, foram os ouvintes da BBC que elegeram “The Joshua Tree” como o melhor disco dos anos 80. É que, para muitos, músicas como “With our Without you”, “I still haven’t found what I’m looking for” ou “Where the streets have no name” fazem parte da trilha sonora de suas vidas.


U2 antes e depois do disco

O “The Joshua Tree” foi o álbum que levou definitivamente Bono Vox e seus companheiros ao Olimpo da música. Além disso, marcou o antes e o depois da história do U2. Muitos críticos o consideram também o melhor disco da banda irlandesa.

As cifras falam por si só: o álbum foi o número 1 das listas dos mais tocados em 22 países e também figurou entre as melhores canções cristãs. A revista Rolling Stone, por exemplo, colocou “The Joshua Tree” na posição número 26 entre os 500 melhores discos de todos os tempos.

Um disco com referências cristãs

Começando pelo nome (“A árvore de Josué”), o disco tem também outras referências cristãs. Por exemplo: a música “I still haven’t found what I’m looking for” é considerada uma canção religiosa por falar da insatisfação do ser humano e sua busca incansável por algo que preencha o seu coração.

Da mesma forma, “Running to stand and still” foi considerada uma das músicas mais comoventes e espirituais da banda.

O deserto como símbolo

Na foto de capa do disco, o grupo está em um deserto. De um lado, o elemento simboliza uma peregrinação por regiões áridas (que supõe todo o trabalho). Por outro lado, lembra a sequidão espiritual dos nossos dias.

De fato, após uma viagem humanitária à Etiópia e ao Egito em 1985, Bono Vox falou que a visita inspirou o álbum. Disse ele: “Ao passar um tempo na África, pude ver como muitas pessoas viviam na pobreza. Mas, mesmo assim, vi uma riqueza de espírito que não vi quando cheguei em casa. Em casa, no entanto, vi um menino mimado do mundo ocidental. Então, comecei a pensar: ‘Pode ser que eles tenham um deserto físico, mas nós temos outros tipos de deserto. E isso é o que me levou a pensar no deserto como símbolo [do disco]’”.

A árvore de Josué

As fotografias para o disco foram feitas no Parque Nacional “Joshua Tree”, na Califórnia (EUA). Essa árvore cresce em condições especialmente adversas e pode viver até 200 anos.

A tradição diz que foram os mórmons que chamaram esse tipo de árvore de “árvore de Josué”. Isso teria acontecido no século XIX, depois de eles terem cruzado o rio Colorado e chegado ao deserto de Mojave.

A forma peculiar dos galhos os fez lembrar a imagem de Josué levantando suas mãos ao céu e implorando a ajuda de Deus.

Bono, o líder da banda, gostou dessa história e não teve dúvida ao incluir a foto da árvore entre as fotos promocionais do álbum. Ou seja: um símbolo de fé e esperança em meio à aridez.




 


terça-feira, 13 de outubro de 2020

Acolhida na missa: o pecado do qual sou culpado mas nunca o confessei

 Tom Hoopes



A história desta família irá ajudá-los a entender a parábola de Jesus sobre o Juízo Final

Recentemente, ouvi uma história de um aluno que me horrorizou, porque vi o quão diabólico é este pecado comum – um pecado do qual sou cúmplice, mas nunca confessei. É o pecado da falta de acolhida na missa e da falta de hospitalidade em geral.

A família do aluno estava almoçando rapidamente em uma parada de estrada. Quando outra família os viu fazer o sinal-da-cruz, disseram que haviam “tentado ser católicos uma vez”.

“Tentou ser católico? O que você quer dizer?”

“Começamos a ler sobre a fé católica e começamos a ir à missa em uma igreja próxima todos os domingos. Estávamos pagando o dízimo e tudo mais”, disseram eles. “Fomos por cerca de dois meses. Mas ninguém nunca disse olá para nós. O padre nunca perguntou quem eram seus novos doadores. Nós apenas esperávamos um pouco após a missa todos os domingos. Então entrávamos no carro e dirigíamos para casa.”

Consequentemente, eles voltaram para a igreja protestante em que haviam começado, onde foram recebidos de braços abertos.

Ai. Eu tenho pensado muito nessa história e sobre a importância de fazer a acolhida na missa às pessoas novas que chegam na paróquia. Abaixo assinalo alguns lembretes do porquê devemos dar as boas-vindas aos estranhos em nossas vidas.

1. Faça isso porque você deve dar as boas-vindas aos estranhos se quiser ir para o céu

A história da família me ajudou a entender a parábola de Jesus sobre o juízo final.

De fato, o rei surpreende um grupo com a promessa de salvação, dizendo “eu era um estranho e você me acolheu”. E surpreende outro grupo com a maldição, dizendo “eu era um estranho e você não me acolheu”.

Assim, o que quer que eles tenham feito ao menor de seus irmãos, fizeram também a ele.

2. Aproveite a dica que a Bíblia oferece e não pense neles como estranhos

Jesus nos dá um conselho de como acolher os estranhos (ou o estrangeiro). De fato, ele diz que devemos pensar que estamos acolhendo o próprio Senhor.

A Carta aos Hebreus (13, 2) diz o mesmo:

Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E dos maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles.

Assim, pense da seguinte maneira: cada pessoa que você encontra é feita à imagem e semelhança de Deus.

3. Seja como minha esposa, não como eu. Não aja como se fosse uma tarefa difícil

Minha esposa é caridosa, especialmente em relação à acolhida na missa. Eu não sou. Se tivéssemos um tapete vermelho, ela o estenderia para estranhos. Na verdade, ela costuma conversar com as novas famílias depois da missa. Frequentemente, ensina nossos filhos a estarem atentos aos que não estão sendo incluídos nas situações sociais.

Praticar hospitalidade de forma gratuita requer alguma preparação. Segundo São João Crisóstomo, “toda família deve ter um quarto onde Cristo seja bem-vindo na pessoa do estrangeiro faminto e sedento”.

4. A conversa leva à conversão

Jesus disse: “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”

Como Jesus nos amou? Não apenas morrendo por nós. Ele amou os pecadores jantando com eles, e nos ama passando tempo conosco nos sacramentos. Na verdade, Ele fala às pessoas “de coração a coração”.

 Então isso é o que devemos fazer também, com uma conversa real e demonstrando preocupação verdadeira com as necessidades do outro.

 “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram”, diz São Paulo. “Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas”.

Sua salvação pode depender disso. E talvez não apenas a sua salvação.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Dicas úteis para ter uma memória de elefante

 Edifa 

Datas de aniversário, senhas, letras de músicas… Para evitar as lacunas de memória, temos que estimular constantemente nosso cérebro. Aqui você pode ler alguns exercícios práticos para colocar em funcionamento os neurônios diariamente

Amemória só se desgasta se não for usada. A doutora Cécile Maître dá algumas dicas para trabalhar ela todos os dias.

Como funciona a memória?

A memória nos permite capturar, acumular e recuperar as informações que recebemos. Existem três fases que intervêm em sucessão. Primeira, a memória sensorial, muito curta, da qual participam os cinco sentidos. Ela é muito importante para a instalação da segunda fase , a memória de curto prazo, que dura algumas dezenas de segundos e permite gravar um rosto, uma paisagem, uma figura, um fragmento musical …

Essas informações serão gravadas e armazenadas na memória de longo prazo, que abrange meses, anos ou mesmo uma vida inteira. Isso permite preservar lembranças, conhecimentos históricos e geográficos, mas também realizar ações como dirigir, digitar no computador, tocar piano …

Dependendo das tarefas realizadas, diferentes partes do cérebro são estimuladas, daí a importância das atividades mentais variadas. E perseverar: a habilidade de aprender diminui com a idade, mas não a capacidade.

Como exercitar a memória?

Aprender. De tudo um pouco: poemas, receitas, números de telefones, endereços, roteiros, listas de compras e, porque não, versículos bíblicos. Para fazer isso, podemos usar meios mnemônicos. Você tem que se esforçar para lembrar eventos importantes do dia, de meses ou anos anteriores.

Jogar. Dando preferência à jogos que requeiram reflexão, lógica e conhecimentos: baralho, xadrez, Scrabble, palavras cruzadas, Sudoku, jogo do Memory. É conveniente ir revezando eles, pois cada um apela para o funcionamento de uma atividade cerebral diferente.

Ler. Ler faz o cérebro funcionar melhor do que as telas do computador. Reveze livros de reflexão com jornais, revistas e livros de romances. Nada melhor do que viajar no tempo e no espaço para reacender as memórias da escola.

Manter a calma. O estresse e a ansiedade atrapalham a capacidade de aprender.

Deixe-se surpreender, maravilhe-se! A indiferença é um obstáculo à memória.

E … dormir. Durante a noite, o cérebro classifica e organiza as informações do dia. A falta de sono prejudica a memória.

Doutora Cécile Maître

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Você já imaginou ser a primeira e única pessoa católica do seu país? Este homem foi

Redação da Aleteia

KINLEY TSHERING

“Como se não bastasse” (e não bastava mesmo), ele ainda se ordenou padre em 1995 – o primeiro padre do seu país

Oreino budista do Butão, situado entre a Índia e a China, não permitia a conversão a outras religiões quando Kinley Tshering se converteu ao catolicismo, tornando-se o único católico do seu país. “Como se não bastasse” (e não bastava mesmo), ele ainda se ordenou padre.

O Butão só permitiu legalmente a plena liberdade religiosa em 1995. Mas já em 1974, aos 15 anos, Kinley havia abraçado o catolicismo quando estudava numa escola católica de Darjeeling, na Índia, recebendo os sacramentos em segredo. Depois, ele estudou com os jesuítas em Bangalore e Mumbai.

 Ele sentia uma inquietação interior:

“Eu sempre quis consagrar minha vida a Cristo como sacerdote. Mas meus estudos profissionais, as pressões da família e o meu estilo de vida não estavam ajudando a tomar uma decisão final”.

Foi quando ele pediu que Deus lhe desse um sinal:

“Eu me lembro que pedi a Deus: ‘Tens que me dar um sinal como aquele que deste a Teresa do Menino Jesus, de ver neve no verão. O suficiente para que eu não duvide’. Foi assim que eu rezei durante uma viagem, na Missa de domingo, perto do hotel”.

 Era o ano de 1986 e Kinley trabalhava como representante de uma empresa indiana. Em um voo para Calcutá, ele se sentou ao lado de ninguém menos que… a Madre Teresa de Calcutá.

“Meu coração batia forte e estava difícil até de respirar (…) Ela ficou muito curiosa quando eu contei que era do Butão e que era católico. Expliquei que tinha me convertido e, naquele pouco tempo ao lado dela, percebeu a angústia do meu coração: o meu desejo de ser sacerdote, mas todas as tentações que eu tinha . Ela pegou a minha mão e me disse: ‘Eu não digo isso para muita gente, mas digo a você: você tem vocação. Seja generoso com Deus e Ele será generoso com você’. Os meus olhos se encheram de lágrimas e eu chorei todo o resto do voo para Calcutá, cheio de alegria. Eu tinha pedido a Deus um milagre para confirmar a minha vocação e Ele me enviou um anjo, como tinha enviado para a Virgem Maria. Eu não tinha mais nada a dizer a não ser ‘Eis-me aqui! Sou o servo do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra'”.

Kinley entrou no noviciado jesuíta em Kurseong e, após a sua ordenação sacerdotal, em 1995, foi até Calcutá para agradecer à Madre Teresa pela sua ajuda. Quando ela o viu, a primeira coisa que disse foi:

“Durante os últimos dez anos eu rezei por você”.

O pe. Kinley Tshering foi o primeiro padre católico de Butão. Depois de ter sido o superior da comunidade dos jesuítas de Darjeeling, na Índia – a mesma cidade onde havia descoberto a Cristo em sua juventude -, o pe. Kinley retornou há cerca de três anos para o seu país natal, onde é missionário. A comunidade católica do Butão é um “pequeno rebanho”, como na metáfora evangélica: são hoje cerca de 100 católicos em todo o país.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

A imagem de Nossa Senhora que acompanhou uma gestação rara

TRIGEMELAS

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Vitória, Delfina e Julieta são geneticamente idênticas. As trigêmeas nasceram de um tipo de gestação que acontece uma vez a cada 200 milhões de casos, chamada de gravidez gemelar univitelina. Isso acontece quando um único óvulo, fecundado por um só espermatozoide, sofre posteriormente uma divisão, gerando bebês com as mesmas características genética.

Elas estão com uma semana de vida e em bom estado de saúde, embora permaneçam preventivamente na UTI, já que nasceram de 32 de semanas e com pouco mais de um quilo e meio cada.

A mãe delas também está em perfeito estado. No parto, ela foi acompanhada por Leonel, o pai, respeitando todas as medidas de prevenção impostas pela pandemia do novo coronavírus na Argentina.

Vanina e Leonel souberam da gravidez quando estavam viajando pela Europa. Os dois têm 35 anos e são professores. Eles já estavam planejando aumentar a família quando fizeram um teste da marca “Baby Boom”, comprado na Polônia. Mas o “boom” mesmo veio quando eles regressaram à Argentina, em 15 de fevereiro de 2020 e ficaram sabendo que esperavam três bebês.

 Em boa companhia e proteção

As gêmeas são as primeiras filhas do casal e só poderão ir para a casa daqui a algumas semanas. Mas a família, por enquanto, não vai poder visitá-las, por causa do risco de contaminação pelo coronavírus.

Entretanto, os pais não estão sozinhos nessa etapa. Vanina disse ao portal Infobae que tem uma companhia especial: Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Ela contou que conheceu essa devoção na Polônia, onde ficou sabendo que estava grávida. De lá pra cá, não desgrudou mais da imagem, nem na maternidade, que, acredite, fica a 800 metros de uma igreja dedicada a Nossa Senhora das Graças.

A possibilidade de complicações para uma gravidez dessas características era latente. As meninas poderiam nascer muito prematuras e com baixa possibilidade de sobrevivência. Vanina teve que passar grande parte da gestação de repouso, mas até agora foi tudo bem. A mulher atribui isso às bênçãos de Nossa Senhora.

Em suas aparições a Catarina Labouré, a Medalha Milagrosa revelou que os raios que saíam de seus anéis eram as graças obtidas por aqueles que pediam. Mas havia alguns que não projetavam luz: eram graças disponíveis que ninguém pedia.

Nossa Senhora apareceu a Santa Catarina em tempos de conturbação mundial, guerra e pobreza. Hoje, quase 200 anos depois, pouco parece ter mudado. E ela continua igualmente atenta e vigilante, cuidando e concedendo graças a quem pede.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Brasil: idosa morre sem extrema unção porque hospital impede entrada de padre


Aleteia Brasil


O hospital argumenta que seguiu os procedimentos indicados em decreto devido à pandemia e que o sacerdote não teria informado que a visita era religiosa

Ope. Joseph Thomas, 59 anos, da paróquia Nossa Senhora das Graças, em Praia Grande, SP, foi procurado por volta das 22h30 do último sábado, 4 de julho, pelo paroquiano Manoel de Carvalho Neto, que, nas palavras do sacerdote, “estava desesperado” porque a esposa tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e estava internada em estado grave. De fato, Manoel havia passado os últimos dias completamente dedicado a cuidar da esposa, Evandirce de Carvalho, de 79 anos.

O pe. Joseph conta que entrou em contato antecipadamente com o Hospital Municipal Irmã Dulce para confirmar os horários de visita e a possibilidade de levar a extrema unção à paciente. Ele relata que, por telefone, uma enfermeira lhe informou que a visita poderia ser às 15h do domingo, 5. No entanto, quando Manoel e o sacerdote chegaram ao hospital, o padre foi impedido de entrar na ala em que estava a enferma.

Evandirce faleceu cerca de uma hora depois, sem ter podido receber o sacramento da unção dos enfermos.

A versão do hospital
Em nota, a direção do Hospital Municipal Irmã Dulce contesta algumas afirmações do pe. Joseph, alegando que ele não teria dito que se tratava de uma visita de cunho religioso. Ainda de acordo com a unidade, a equipe explicou detalhadamente ao padre o plano de contingência devido à pandemia, baseado no Decreto Municipal 6922, de 19 de março de 2020. Em seu artigo quinto, o decreto suspende por prazo indeterminado “as visitas aos pacientes internados no Hospital Irmã Dulce e Unidades de Pronto Atendimento”.

O hospital complementa a nota afirmando que, se a equipe tivesse sido informada do caráter religioso da visita, a entrada do sacerdote teria sido liberada, desde que adotadas todas as medidas de segurança previstas.

A versão do sacerdote e do esposo da paciente
O pe. Joseph, no entanto, afirma:


“Eu tenho crachá para entrar no hospital, mas, mesmo apresentando-o lá na hora, não deixaram”.

Trata-se de um crachá que o identifica explicitamente como sacerdote e que foi obtido por ele e por outros padres, há cerca de 5 anos, justamente para simplificar as visitas a pacientes e evitar “várias confusões” que haviam ocorrido no passado, conforme depoimento do próprio pe. Joseph.

A este respeito, o sacerdote comenta que a negativa de acesso deste domingo não foi o primeiro caso:


“Já teve casos de padres serem humilhados. Depois de várias confusões, conseguimos crachá para entrar sem nenhuma barreira há cerca de cinco anos. Mas tem hospital que não respeita e não autoriza. Essa família da idosa quer até fazer queixa do que aconteceu no local. Eu fui até no horário de visita, para não ter problema. Então fiquei bem chateado, porque nunca saio na rua; foi nesse caso especial que saí, com uso de máscara e álcool, para ajudar a família. Estou revoltado”.

Sobre a visita impedida no domingo, o sacerdote descreveu assim o episódio:

“[O esposo da paciente] disse para o pessoal do hospital: ‘Minha mulher está morrendo, está nos últimos momentos e eu gostaria que o padre pudesse dar a extrema-unção a ela. Por favor, deixe’. Mas eles falaram que eu estava proibido de entrar devido ao coronavírus”.

O pe. Joseph acrescenta que destacou o direito da paciente e que apenas lhe daria a unção:

“A equipe do hospital ligou para o chefe da segurança, que também proibiu. Voltei para casa e fiquei muito triste com a situação. Até deixei recado para eles e disse que, se algo acontecesse, seria culpa deles. Porque eu só estava fazendo minha parte, que é garantida por lei”.

A lei 9.982, de julho de 2000, garante “aos religiosos de todas as confissões o acesso aos hospitais da rede pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso aos internados (…) Os religiosos chamados para prestar assistência nas entidades devem acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição hospitalar ou penal, a fim de não pôr em risco as condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar ou prisional“.

Manoel de Carvalho Neto, o marido da paciente falecida, também se manifestou:

“É ridículo acontecer isso. O padre foi com todo carinho dar a unção para a minha mulher, que estava em estado grave. Ele conhecia ela há muitos anos e nós fazíamos parte até do coral da igreja. Uma hora depois que ele foi impedido de entrar, ela morreu”.




terça-feira, 30 de junho de 2020

Como reconhecer os sinais de Deus em nossa vida?


Edifa


Temos a tendência de acreditar que os acontecimentos extraordinários são mensagens divinas. Deus fala conosco através de sinais e milagres? Se fosse assim, como discernir os autênticos? Como interpretá-los?
Se Deus intervém em nossas vidas, como podemos ter certeza de que é Ele quem age e não nós que o projetamos? Esta é a resposta do padre Olivier-Marie Rousseau.

O que é um sinal?

O sinal é uma realidade visível que encaminha a uma realidade invisível. E o ser humano, que é ao mesmo tempo corporal e espiritual, precisa de sinais para se comunicar.

Por exemplo, a natureza, por sua beleza, variedade e complexidade, pode despertar um fascínio que envolve um questionamento até o reconhecimento da existência de um Deus criador.

Não é algo que impõe a fé, mas prepara o coração para a adoração. É uma atitude natural, que ainda não é a da fé, mas que é necessária para a fé. Porque a graça não suprime a natureza.

Na ordem sobrenatural, quais são os sinais que podem dar origem à fé?

No Evangelho segundo São João, o primeiro sinal que Cristo realiza é o milagre de Caná: através da petição da Virgem Maria, ele transforma água em vinho.

Assim, fornece um sinal ou uma indicação que atesta que Deus ouve nossa oração e a responde por superabundância: o vinho é o melhor!

Deus é maior que nossos corações e, em todo o seu ministério público, Jesus Cristo multiplica os sinais (curas, exorcismos, ressurreições) para despertar essa confiança e nos levar ao mistério pascal, o sinal mais importante sem o qual “sua fé é inútil”(1 Cor 15, 17). Jesus Cristo dá grátis e espera uma resposta livre.

Como?

Quando Jesus Cristo multiplica os pães (Jo 6, 12-15), ele oferece um sinal de poder que seduz a multidão a ponto de querer “torná-lo rei”. Mas Jesus foge deles porque ele não quer ser usado em suas categorias de eficácia.

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna”, ele lhes pergunta, antes de sofrer seus reveses: “Que milagres fazes para que o vejamos e creiamos em ti?” (Jo 6,30).

Jesus responde sem desviar sua pergunta, mas inverte sua lógica: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6,35). Oferecendo-se dessa maneira, ele propõe aos discípulos passar da realidade visível (os pães que enchem os cestos) ao mistério do “Pão da Vida” pelo qual Ele se identifica.

Mas a linguagem dele é “muito difícil” para o espírito de alguns deles, diz o Evangelho: alguns deles o seguirão, outros o evitarão.

Existem outros sinais mais sensíveis e mais acessíveis?

Juntamente com o sacramento do altar, há o sacramento do irmão, em particular a diaconia dos pobres, “nossos professores”, segundo a bela expressão de São Vicente de Paulo, sinais da pobreza do Presépio e da Cruz, mas com uma condição: que nossa generosidade não se reduza a um simples compromisso humanitário.

“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (1 Cor 13,3). Para que o sinal sensível se torne significativo para Jesus Cristo, ele deve ser motivado pela graça.

Deus pode intervir diretamente em nossa vida?

Claro que sim! Por exemplo, um encontro improvável que muda o caminho da minha vida e abre portas inesperadas, sem voluntarismo da minha parte, ou uma certeza interior que prevalece e se repete para lançar uma iniciativa bastante realista para não ser o resultado da ilusão.

Como discernir a autenticidade dos sinais de Deus?

A marca de Deus é reconhecida pelos seus frutos (Gl 5,22). Mas não podemos ser um juiz e uma parte, por isso é importante ter confirmação.

São João da Cruz vê três razões para isso: verificar a conformidade dos sinais com a palavra de Deus, confiar em outra pessoa para não se acostumar ao “caminho dos sentidos” que não durará, e para que “a alma permaneça na humildade, na dependência e na mortificação”.

Ao caminharmos sozinhos, poderíamos nos orgulhar de ser privilegiados pelos sinais. Uma terrível armadilha espiritual.

Podemos estar errados nesse ponto?

Se o coração não foi educado nas virtudes cardeais, purificado pelo exercício das virtudes teológicas, nutrido pela palavra de Deus e pela prática dos sacramentos, corre o risco de ser subjugado por suas paixões, vítima de deficiências emocionais, prisioneiro de sistemas compensatórios.

São distúrbios que prejudicam o exercício da liberdade e podem perverter os sinais de Deus, apropriando-os à sua vontade, em vez de serem conduzidos com confiança. É nisso que tudo se resume. Mas o Demônio pode obscurecer os sinais, parasitar seu significado.

Durante as tentações de Cristo no deserto (Lc 4,1-13), o Demônio exige sinais – prodigiosos, espetaculares, esplêndidos – que negam o realismo da condição humana e exaltam a onipotência com a finalidade de desviar Cristo de sua encarnação e de sua missão.

E nós mesmos, quando vamos ao deserto, pela atração da oração ou por um sofrimento solitário, não estamos protegidos dessas tentações.

O deserto é o lugar das miragens, a imaginação se desenvolve ali sem limites, até cairmos no orgulho ou no desespero, se não estivermos em uma atitude de adoração. Uma atitude em que a criatura se reconhece finita, pecaminosa e dependente de seu Criador.

Devemos esperar pelos sinais de Deus ou devemos pedir eles à Ele?

Podemos pedir eles a Ele, mas com humildade no coração e pobreza de espírito. Porque Deus não enviará necessariamente o sinal que esperamos. Ou, mais provavelmente, sua resposta será tão abundante que a consciência de nossa extrema pequenez diante de sua infinita grandeza crescerá em nós.

Em sua pedagogia divina, Deus nos guia gentil e firmemente, purificando nosso ávido coração e nossa mente cega que desejam “pôr a mão” em suas graças, como São Pedro queria colocar sua tenda no monte Tabor diante de Jesus Cristo transfigurado.

Deus nos chama a abandonar os pastos férteis da planície para subir aos picos mais secos, porém mais puros, gradualmente iluminando-nos de tudo que dificulta nossa união com Ele.

Assim, todos os santos passaram noites espirituais, seja ela a noite do significado, a noite do espírito, a noite de fé. Já sabemos que, no final de sua vida, até Santa Teresa do Menino Jesus duvidou que o Céu existisse!

Então, devemos desistir dos sinais sensíveis?

Sim, mas com cautela. Quando temos graça, esses sinais “são um caminho onde Deus [nos] guia, não há razão para desprezá-lo”, diz São João da Cruz. Seria presunçoso, então, negá-los, mas também perigoso se apegar à eles ou procurá-los por nós mesmos.

“Se eu já falei com você todas as coisas em minha Palavra, que é meu Filho, e não tenho outra, o que posso responder agora ou revelar que é mais do que isso?”, podemos ler em Subida ao Monte Carmelo, do mesmo São João da Cruz.

Na Antiga Aliança, “era conveniente para os profetas e sacerdotes que eles tivessem revelações e visões de Deus”, continua o doutor da Igreja, porque “a fé não foi bem fundamentada e a Lei Evangélica não foi estabelecida (…). [Mas] como ele nos deu seu Filho, que é sua Palavra, que não tem outra, ele falou tudo conosco juntos e ao mesmo tempo nesta única Palavra, e ele apenas precisa falar”.

Então, a santidade dispensa os sinais?

“Um trabalho ou ato de vontade realizado em caridade é mais precioso diante de Deus do que quantas visões (e revelações) e comunicações podem ter do céu”, diz São João da Cruz.

A Igreja nos dá os sinais de que precisamos, mas Jesus Cristo espera nossa resposta de fé, livre e segura, para acelerar seu retorno. “Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?” (Lc 18,8).

Maryvonne Gasse

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Como pedir proteção para o anjo da guarda


Edifa

ANIOŁ STRÓŻ

Por que nosso anjo da guarda às vezes não nos ajuda a evitar certas provações?

Todos nós temos um anjo da guarda que nos apoia, nos defende, nos acompanha diariamente e facilita nossa caminhada em direção ao céu. Mas essa jornada às vezes é repleta de provações durante as quais é possível que nos sintamos abandonados por ele. Será que esse é o caso ou é apenas uma impressão? E podemos culpar nosso anjo da guarda pelas provações que vivemos?

Tudo o que toca nossa vida interessa ao nosso anjo da guarda, sendo a alma espiritual e seu destino eterno a sua prioridade. É por isso que o anjo da guarda, especialista em adoração, nos ajuda especialmente nos momentos em que estamos em oração.

Ele ainda se interessa por nossa saúde mental e física, cuida de nossa existência até os mínimos detalhes da vida cotidiana. Ele é uma inspiração para que cumpramos nossos deveres, ou mesmo para encontrar a vaga de estacionamento de que precisamos!

“Vou enviar um anjo adiante de ti para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei. Está de sobreaviso em sua presença, e ouve o que ele te diz. Não lhe resistas, pois ele não te perdoaria tua falta, porque meu nome está nele.”

“Mas, se lhe obedeceres pontualmente, se fizeres tudo o que eu te disser, serei o inimigo dos teus inimigos, e o adversário dos teus adversários. Porque meu anjo marchará adiante de ti e te conduzirá entre os amorreus, os hiteus, os ferezeus, os cananeus, os heveus e os jebuseus, que exterminarei” (Ex 23, 20-23).

A principal missão do anjo da guarda é, portanto, levar-nos ao “porto seguro”, para encontrar o Deus vivo. Ele é o “ministro da preocupação divina por todas e todos” (Bento XVI), tanto espiritual quanto materialmente.

Como, então, podemos conciliar essa compreensão do papel do anjo da guarda com os problemas e até as tragédias da vida?

Vemos, por exemplo, um anjo que livra os apóstolos da prisão (Atos 5, 19); a mesma coisa acontece com Pedro (Atos 12, 7-11). No entanto, esses anjos não impedirão o seu martírio, no tempo de Deus.

O anjo da guarda não evita as provações que nos ajudam a crescer espiritualmente

O anjo vê e almeja acima de tudo a nossa finalidade, nossa vocação última, nossa santidade. Nesse sentido, nossos anjos da guarda participam ativamente do combate espiritual “contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos malignos que estão nas regiões celestes” (Ef 6, 12).

No entanto, o Santo Padre Pio foi abandonado por seu anjo da guarda no momento de uma terrível luta contra o Maligno: “Eu o repreendi severamente por ter sido obrigado a esperar tanto tempo, quando não parei de pedir ajuda. Para puni-lo, eu não queria mais olhá-lo na cara, queria fugir dele… Mas ele quase se juntou a mim em lágrimas. Ele me agarrou até que eu olhei para cima, olhei no rosto dele e ele estava com muita raiva”.

E o anjo explicou ao Padre Pio que ele recebeu instruções do Senhor para fazê-lo, tranquilizando-o: “Estou sempre perto de você, meu caro pequeno, sempre o envolvo com carinho”.

À luz desse propósito – a vida eterna – é preciso observar os aborrecimentos e os testes crucificantes da existência. Para esse fim, o anjo às vezes pode agir fortemente.

O anjo de Santa Francisca Romana deu-lhe um tapa forte, enquanto ela estava à mesa em uma refeição mundana, caluniando uma pessoa! Todos ouviram o barulho e viram a marca vermelha na bochecha da santa!

Nosso anjo, portanto, não vai nos salvar de certas provações que nos levam ao crescimento espiritual. No entanto, ele orará por nós e nos acompanhará no centro de cada combate.

Pensemos em Santo Inácio de Loyola, que teve sua perna quebrada no cerco de Pamplona ou, em São João da Cruz, lançado por Dandara Carmona nos calabouços. Pode-se indignar que seus anjos não tenham impedido esse sofrimento.

No entanto, foi através desses eventos que as vidas de ambos foram viradas de cabeça para baixo. “Em sua sabedoria”, diz Santo Agostinho, “Deus prefere tirar o bem do mal, em vez de não permitir o mal”.

domingo, 14 de junho de 2020

Não faça do hoje apenas mais um dia comum como tantos outros dias


Bom dia! | Blog Super Bonita

Para muitas pessoas que habitam esse globo terrestre o hoje é apenas mais um dia como tantos outros dias. Faça sol ou um dia chuvoso, é mais um dia comum, assim vão levando suas vidas sem entenderem o que significa viver. Enquanto escrevo pensamentos em linhas imaginarias de um papel em branco numa noite de sábado que está chovendo, e os pingos da chuva que caem sobre o telhado entoam uma doce canção que me faz uma pergunta.

Porque você reclama tanto da vida, ao mesmo tempo me dá uma ordem. Sai desse quarto escuro, viva, não fique olhando de uma janela a vida passar diante dos seus olhos, pare de mendigar migalhas que caem da mesa daqueles que mentem, roubam a tua dignidade e te violentam em vários aspecto da vida, seja pleno mesmo que os dias sejam de pandemia que vai além desse coronavírus.

Há um vírus pior, esse vírus tem vários nomes, depende da pessoa que o contraiu. Uns o chamam de egoísmo outros de hipócrita, injustiça, corrupção e entre tantos outros nomes.

Voltando ao ponto inicial, cada dia não pode ser vivido como se fosse um dia comum, viva cada dia de sua vida com intensidade, aprecie o contemple porque cada dia vivenciado nunca será o mesmo.

A cada amanhecer diga obrigado meus Deus por mais um dia, pelo sopro de vida que corre em minhas narinas, por eu poder olhar para pessoa amada e dizer um eu te amo com um olhar, um sorriso, um gesto, com uma palavra. A pessoa amada que me refiro são todas as pessoas do nosso convívio familiar e social.

Quando os dias Tempestuosos chegarem, sorria, não fique murmurando, toda tempestade uma hora passa, e quando passar vem a bonança que nos ensina a ser melhor do que ontem no hoje que nos inspira por ser um novo dia.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

ORAÇÕES - DIANTE DE JESUS CRUCIFICADO



Meditar diante da cruz - Opus Dei

Transpassai, Senhor Jesus, a minha alma com o seu divino olhar,

olhar de bondade, para que ela se entregue toda ao vosso desejo.

Que eu vos procure em vossos altares e deseje morrer para estar convosco.

Fazei que minh´alma tenha fome de vós, pão dos anjos, refeição das almas santas,

pão nosso de cada dia, infinitamente substancioso e rico de suave sabor.

Vós, que os anjos anseiam contemplar, sede sempre o alimento do meu coração.

Que a doçura do vosso sabor satisfaça os desejos de minha alma.

Que eu tenha sempre sede de vós, ó fonte de vida, fonte da sabedoria e ciência,

fonte de luz eterna, fonte da felicidade e da riqueza da CASA DE DEUS.

Que eu vos deseje, procure e encontre, e tudo faça para louvor e glória do vosso nome!

Senhor, sede sempre a minha ESPERANÇA e meu REFÚGIO, minha HERANÇA e meu TESOURO,

onde eu me apóie com todas as forças da minha inteligência e do meu coração. Amém.

Reflexões de uma consagrada à Virgem Maria


Talita Rodrigues

JAK ZOSTAĆ DZIEWICĄ KONSEKROWANĄ

“Escolher a consagração à Santíssima Virgem é escolher um caminho incrível para o coração de Jesus”

Sou consagrada a Nossa Senhora faz cerca de 4 anos. Todos nós sabemos que a consagração é um compromisso sério e diário. Contudo, também sabemos  o quão humanos nós somos, e o quão fracos e frágeis ficamos diante de alguma dificuldade ou adversidade da nossa história de vida. E acreditem, a Virgem Maria nos é fiel, mesmo quando não conseguimos ser fiéis neste compromisso com ela.

Escolher a consagração à Santíssima Virgem é escolher um caminho incrível para o coração de Jesus. É por meio dela que chegamos ao coração de Jesus Cristo e é por meio dela que criamos intimidade com Ele.

Estes dias, expus minha opinião em uma publicação ao ver um irmão de outra religião dizer que isso não passa de uma mera adoração a imagens, e que atribuímos a Maria um poder que Ela não tem – o poder de realizar milagres.  Expliquei a ele, que Maria não precisa ter super-poderes para que eu possa amá-la com todo o coração. Expliquei também que a Virgem Maria não realiza milagres, contudo é Ela quem intercede junto ao Seu Filho, Jesus, e junto a Deus Pai pelos nossos milagres, para que eles aconteçam em nossas vidas, assim como nas bodas de Caná. É dela que o demônio corre! É ela quem teve uma espada que transpassou sua própria alma ao ver o Seu Filho pregado em uma Cruz, para a nossa salvação. Na Cruz, Jesus Cristo disse: “Mulher, eis aí o filho. Filhos, eis aí a Tua Mãe”.

Para mim, tem sido uma honra tê-la como Mãe, e contar a ela todos os dias sobre aquilo que eu trago no mais íntimo do meu coração. Tem sido uma honra, muitas vezes, não honrar com meu compromisso diário durante estes 4 anos, e mesmo assim, tê-la ali, sempre pronta para me escutar e para interceder pelos meus milagres.

Se você não acredita na Virgem Maria, se você deixa sair de sua boca palavras ofensivas sobre ela, lembre-se destas minhas palavras no dia em que o Seu Imaculado Coração triunfar: “Temos uma advogada fiel, temos uma intercessora que leva até o Seu Filho Jesus os nossos milagres. Temos uma Mãe, que jamais nos deixará órfãos, e temos uma Mãe que nos prometeu que o Seu Imaculado Coração triunfará!”. Sou toda tua, Maria!

Por acaso não está acontecendo o que São Charbel disse?


Redação da Aleteia


Vinte anos atrás, um engenheiro nuclear libanês teve uma visão do santo e afirma ter recebido esta mensagem dele

O Oriente Médio não foi poupado da Covid-19, muito pelo contrário. Com a disparada da dívida pública e do déficit, uma crise econômica já grande, uma situação política difícil e centenas de milhares de refugiados sírios sobrevivendo como podem nos campos de todo o país, faltava ao Líbano apenas a chegada do coronavírus. E o que dizer sobre o Irã, Iraque, Síria, em situação ainda pior.

Durante esse período, a devoção a São Charbel, o eremita maronita mais famoso do mundo, cujo santuário é um importante centro de peregrinação, aumentou entre os cristãos do Oriente Médio.

Reunimos abaixo parte do conteúdo de uma mensagem que São Charbel teria dado a Raymond Nader, engenheiro nuclear e atualmente CEO da Telelumiere, a primeira estação de TV cristã no Líbano.

Sabe-se que Raymond Nader teve uma visão do santo, que teria marcado com a mão o braço de Nader, como um sinal da autenticidade de sua visão.

Eis um trecho da mensagem que Raymond Nader afirma ter recebido de São Charbel:

O caminho do seu calvário é longo, e a cruz de Cristo neste Oriente também é a cruz de vocês.

Os próximos anos serão difíceis como difícil é a cruz. A violência enche a terra, todos caem sob o peso do medo, e a tristeza enche os corações… mas vocês permaneçam na fé.

Tomem a cruz de Cristo com alegria e coragem, e não pensem naqueles que zombam de vocês por isso… a história da salvação está escrita com as lágrimas da conversão e da oração. E só os fiéis corajosos pela fé têm essas lágrimas.

Tomem a cruz e sigam os passos de Jesus, e Maria estará com vocês exatamente como ela estava ao lado Dele. E toda vez que vocês se sentirem magoados, ofereçam-no às feridas de Jesus. Toda vez que forem perseguidos, levantem-se novamente e digam: para sua glória, Jesus.

Sua fraqueza deve ser superada e não deve ser a causa de arrependimentos. Quando vocês carregarem a cruz de Jesus, superarão a fraqueza, o cansaço não os derrotará, e vocês caminharão com paciência, firmeza e silêncio. E quando vocês chegarem, sua alegria será imensa e será mil vezes maior do que qualquer cansaço experimentado ao longo do caminho.

A face da terra mudará, mas vocês mantenham a face de Cristo.

Fronteiras e sistemas humanos desaparecerão, novos surgirão, e os povos cairão sob seu peso. Mas vocês, que seu amor não tenha limites, e que sua comunidade seja a Igreja, e que sua lei seja o Evangelho.

Sejam vocês a dirigir este barco no meio do mar agitado, que seus corações sejam oásis de paz para os perdidos, os abandonados e aos sem-teto.

Ao rezarem, peçam misericórdia e espalhem o amor na terra.

Rezem pelos corações duros e as mentes obscuras. Não tenham medo, porque no final a luz de Cristo brilhará e o sinal da cruz e da Igreja também brilhará.

Permaneçam na fé em Jesus e não tenham medo, e confiem no Deus da ressurreição.