sábado, 30 de dezembro de 2017

É PECADO OUVIR MUSICA SECULAR?


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Sei que muitos cristãos católicos já ouviram alguém dizer que é pecado ouvir musica mundana e que só pode ouvir musica de conotação cristã. Aqui não vou abordar o estilho da musica, quero focar na letra.

Primeiro ponto de partida temos que fazer a seguinte pergunta: 

Essa musica me leva ter um crescimento espiritual ou vai afetar a minha espiritualidade, me leva a refletir sobre algo para o meu crescimento como pessoa que vive em sociedade, que compartilha ideias para tonar o mundo um lugar melhor?

O conteúdo da letra. Já que nem o propósito ou estilo de música é o que determina se um Cristão deve ou não escutar música secular, o conteúdo da letra deve ser levado em consideração, esse é o quesito fundamental para que você determine se essa musica é boa ou ruim.

Há um versículo na bíblia que não fala especificamente de música, que é um excelente guia quanto ao que devemos procurar na letra das músicas que escutamos. (Filipenses 4:8)  “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.

Se uma musica secular contem todas essas coisas que o apostolo Paulo fala aos Filipenses, então com certeza essas devem ser as coisas que devemos convidar às nossas mentes através de música completamente secular sendo verdadeira, respeitável, justa, pura, amável, de boa fama e de louvor, não há nada de errado em escutar música secular dessa natureza.

Caro leitor, ao mesmo tempo há muitas musicas secular de hoje não segue o padrão de Filipenses 4:8. Música secular que ouvimos em algumas rádios que geralmente promove imoralidade, violência; enquanto ao mesmo tempo menospreza pureza e integridade.

Aconselho que um Cristão deve evitar escutar esse tipo de música. No entanto, há muitas músicas seculare que não mencionam Deus, mas ainda promovem bons valores, tais como: honestidade, pureza e integridade. Se uma canção de amor promove a santidade do casamento e pureza de amor verdadeiro, mesmo assim não mencionar a Deus ou a Bíblia, não tem problema em escutar essas canções.  







sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Secretário executivo fala sobre projetos para o Ano do Laicato


Passada a fase inicial do lançamento do Ano Nacional do Laicato em todo Brasil na festa de Cristo Rei, em 26 de novembro, o secretário executivo do Ano do Laicato, Daniel Seidel, destaca o desafio de colocar em prática o planejamento para este período.

Segundo Seidel, o desafio para toda a Igreja no Brasil é colocar em seus planejamentos anuais, em todos os níveis, atividades para fortalecer, de fato, a presença dos leigos na Igreja e na Sociedade.

O tema do Ano do Laicato que vai até a Festa de Cristo Rei, 25 de novembro de 2018, é “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”. A inspiração bíblica é motivada pelo evangelista Mateus, extraída de 5, 13-14: “Sal da Terra e luz do mundo”.

Para 2018, reforça Daniel serão lançados, pelas Edições da CNBB, novos subsídios visando orientar o trabalho para mobilizar a sociedade brasileira para realização da Auditoria da Dívida Pública, bem como do Círculo Bíblico para Semana Missionária “Igreja em saída” que vai tratar dos areópagos modernos onde os Cristãos Leigos e Leigas são chamados a evangelizar, principalmente com seu testemunho e presença.

Indicativos para formação de leigos/as
O secretário-executivo do ano diz ainda que serão lançados os “Indicativos para Formação do Laicato”, visando orientar a elaboração nas dioceses do Brasil do Plano Diocesano de Formação do Laicato, previsto no Documento 105 da CNBB e uma das metas principais do Ano Nacional do Laicato. “A meta é que esses três subsídios estejam prontos para lançamento durante o 14° Intereclesial de CEBs previsto para ocorrer de 23 a 27 de janeiro de 2018”, disse.

Uma novidade, conforme Daniel, é a aprovação no último Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB, realizado em novembro, da realização do Seminário Nacional sobre a Metodologia da Semana Missionária Igreja em Saída, de 16 a 18 de fevereiro de 2018, na sede provisória da CNBB em Brasília. Seu objetivo é capacitar dois multiplicadores por Regional da CNBB na metodologia que será utilizada: a indicação é que seja uma pessoa do COMIRE (Comissão Missionária Regional) e outra pelo CNLB do Regional.

A comissão organizadora do Ano do Laicato, pede que os representantes dos regionais se mobilizem logo, combinando com os presidentes e secretários executivos dos regionais da CNBB, enviando sua inscrição para o email: anololaicato@cnbb.org.br. O evento vai contar com a assessoria de Padre Luís Mosconi, que conta com larga experiência das Santas Missões Populares.

Violência contra moradores de rua resulta em 2017 na morte de 40 pessoas em Maceió


Moradores de rua de Maceió relatam violência que sofrem. Segundo associação, já foram 40 mortes só neste ano na capital (Foto: Reprodução/TV TEM)

Maceió registrou 40 assassinatos de moradores de rua em 2017. O número é do Movimento Nacional da População de Rua em Alagoas, que afirma que além da falta de segurança para a população de rua, as mortes não estão sendo investigadas. Peço a cada um de vocês que em suas orações coloquem os moradores de rua da cidade de Maceió.



quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

"Não me tornei sacerdote para ter carro de luxo e roupa de marca"

Inferno, Purgatório e Céu: as mais fascinantes e controvertidas crenças da Igreja Católica


Miriam Diez Bosch


Reflexões do bispo auxiliar de Los Angeles, Robert Barron

É difícil entender a existência de um Deus infinitamente bom e um inferno também eterno. O bispo auxiliar de Los Angeles, Robert Barron, um dos líderes mais tecnológicos que a Igreja tem, conhecido por sua forte presença nas redes sociais, admite que “muitos cristãos que aceitam com agrado as doutrinas sobre o céu e o inferno acham os ensinamentos sobre o purgatório extravagantes e arbitrários, sem fundamento bíblico”.

“Deus não envia ninguém ao inferno, mas as pessoas escolhem ir para lá livremente. As portas do inferno estão sempre fechadas a chaves e por dentro”, disse o escritor Lewis. “Se há seres humanos no inferno, é porque eles insistiram claramente nisso”, escreve Barron, no livro Catolicismo (recentemente lançado em espanhol). O autor é doutor em Teologia, mestre em Filosofia e bispo auxiliar desde 2015.

Monsenhor Barron considera que “não podemos declarar com total certeza que alguém – nem sequer Judas ou Hitler – tenha escolhido trancar definitivamente a porta ao amor divino”. E prossegue: “A liturgia nos motiva a rezar por todos os mortos e, como a lei da oração é a lei da fé, precisamos nos agarrar à esperança da salvação”.

Purgatório

Para muitos cristãos, o purgatório aparece como um resíduo da Idade Média, um ensinamento supersticioso e supérfluo, sem claro suporte bíblico. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, mesmo conhecendo sua eterna salvação, depois da morte passam por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu. A Igreja chama de ‘purgatório’ esta purificação final dos eleitos” (CIC 1030-1031).

Sem dúvida, a palavra purgatório não está na escritura, “mas também não estão Encarnação e Trindade”, declara Barron. No entanto, pode-se argumentar que as sementes da ideia do purgatório estão sim no livro de Macabeus (II Macabeus 12, 44-46).

O Céu

O Céu nunca teve boa fama entre os pensadores. Marx e Freud apontam a existência do céu como “sinal de ingenuidade”.

O bispo Barron acredita que “parte da inteligência da tradição católica reside no fato de não  rejeitar nada”. Tudo o que se trata em um compêndio sobre Catolicismo (Deus, Jesus, Igreja, Sacramentos, Liturgia…) “está aí para nos levar para o Céu”, recorda o bispo norte-americano.

O Céu é, portanto, o destino e o sentido que alimenta tantos crentes. Ele tem sido imaginado de muitas maneiras: vida, luz, paz, banquete de núpcias, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, paraíso (CIC 1027).

“Muitos cristãos são mais platônicos do que bíblicos ao conceber o fim da vida espiritual com a saída deste mundo e a partida para o céu”, aponta Barron. Ele ainda sugere “pensar no céu como uma espécie de jogo”, com muitos participantes em torno de um objetivo comum e com todas as suas capacidades e energias totalmente empenhadas.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Oração para um Natal de Bênçãos


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Senhor, Deus da vida e do amor, que a celebração do natal renove em nosso coração a esperança, pois vosso Filho, ao nascer no meio de nós, nos dá a certeza de que Ele sempre estará em nossa vida. E como nos enche de alegria e paz poder rezar: “Ele está no meio de nós!”.

Que o Natal não seja apenas um dia, mas seja Jesus presente em todos os dias da nossa vida, nos ensinando a amar, a perdoar, a partilhar e a construir um tempo novo de fraternidade, justiça e paz. Natal é a festa do amor em família. Deus entra na história da humanidade através de uma família, a família de Nazaré.

Por isso, que todas as famílias acolham o Cristo e deixem sua presença ensinar o que realmente é amar. Que neste Natal possamos renascer com Cristo para uma esperança renovada.

Que a luz vinda do céu ilumine nosso coração e nos encha de paz. Que no rosto do Menino Deus contemplemos nosso rosto e aprendamos daquele que por amor se fez humano a amar de um jeito mais divino.

Com Nossa Senhora, queremos acolher Jesus em nosso coração e aprender de Maria a levar Jesus para o coração das pessoas. Feliz e abençoado Natal para você e sua família!

PERGUNTE AO EXORCISTA Sonhar com Demônios, Água Benta, Sal e Óleo

sábado, 23 de dezembro de 2017

Cativante Mensagem de Natal do Pe. Paulo Ricardo

O Natal NÃO é a festa de aniversário de Jesus


Dom Henrique


Alguns pensam que celebrar o Natal é comemorar o aniversário de Jesus, e chegam até a cantar “parabéns pra você”. Mas esse nunca foi o sentir da Igreja a respeito deste tempo litúrgico.

Alguns pensam que celebrar o Natal é comemorar o aniversário de Jesus; alguns chegam até a cantar “parabéns pra você”! Coisa totalmente fora de propósito, contrária ao sentimento da Igreja e fora do sentido da celebração dos cristãos. Então, se não celebramos o aniversário de Jesus, o que fazemos no Natal?

Antes de tudo é necessário entender o que é a Liturgia, a Celebração da Igreja.

Vejamos. O nosso Deus, quando quis nos salvar, agiu na nossa história. Primeiramente agiu na história de toda a humanidade, guiando de modo secreto e sábio todos os seres humanos e sua história. Basta que pensemos nos santos pagãos do Antigo Testamento — santos que não pertenceram ao povo de Israel: Sto. Abel, Sto. Henoc, São Matusalém, São Noé, São Melquisedec, São Jó, São Balaão… Nenhum destes pertencia ao povo de Deus… e no entanto, Deus agia através deles… Depois, Deus agiu de modo forte, aberto, intenso na história do povo de Israel, com as palavras de fogo dos profetas, com a mão estendida e o braço potente nas obras maravilhosas em benefício do seu povo eleito.

Finalmente, Deus agiu de modo pleno e total, fazendo-se pessoalmente presente, em Jesus Cristo, que é o cume, o centro e a finalidade da revelação e da ação de Deus: em Jesus, tudo quanto Deus sonhou para nós se realizou de modo pleno, único, absoluto, completo e definitivo! Então, o nosso Deus não se revela principalmente com ensinamentos, com doutrinas e conselhos, mas com ações concretas e palavras concretas de amor! E tudo isso chegou à plenitude na vida, nos gestos, palavras e ações de Jesus Cristo!

Pois bem: são estas obras salvíficas de Deus, realizadas de modo pleno em Jesus, que nós tornamos presente na nossa vida quando celebramos a Santa Liturgia, sobretudo a Eucaristia! Na força do Espírito Santo de Jesus, através das palavras, dos gestos e dos símbolos litúrgicos, os acontecimentos do passado — todos resumidos em Cristo: na sua Encarnação, no seu Nascimento, Ministério, Morte e Ressurreição e no Dom do seu Espírito — tornam-se presentes na nossa vida.

Vejamos, agora, o caso do Natal. Quando a Igreja celebra as cinco festas do Natal, ela quer celebrar não o aniversarinho do menininho Jesus… O que ela quer fazer e faz é tornar presente para nós, na força do Espírito Santo, a graça da vinda do Cristo! Celebrando a liturgia do Natal, o acontecimento do passado (a Manifestação do Filho de Deus) torna-se presente no hoje da nossa vida! Na liturgia do Natal a Igreja não diz: “Há dois mil anos nasceu Jesus”! Nada disso! O que ela diz é: “Alegremo-nos todos no Senhor: hoje nasceu o Salvador do mundo, desceu do céu a verdadeira paz!” (Antífona de Entrada da Missa da Noite do Natal).

Em Jesus, tudo quanto Deus sonhou para nós se realizou de modo pleno, único, absoluto, completo e definitivo!

Então, celebrando as santas festas do Natal, celebramos a Manifestação do Salvador no nosso hoje, na nossa vida, no nosso mundo! A liturgia tem essa característica: na força do Santo Espírito torna presente realmente, de verdade, aquele acontecimento ocorrido no passado. Não é uma repetição do acontecimento, nem uma recordação!É, ao invés, aquilo que a Bíblia chama de memorial, isto é, tornar presente os atos de salvação de Deus!

Agora vejamos: a Eucaristia é a celebração, o memorial da Páscoa do Senhor. Como é, então, que no Natal a gente celebra a Missa, que é a Páscoa? Como é que já no Natal a Igreja mete a celebração da Páscoa? É que a Eucaristia não é simplesmente a celebração da paixão, morte e ressurreição de Cristo! Essa seria uma idéia muito mesquinha, estreita! Em cada Missa é todo o mistério da nossa salvação que se faz presente, é tudo aquilo que Deus realizou por nós, desde a criação até agora… e tudo isso tem o seu centro em Jesus: na sua Encarnação, na sua vida e na sua pregação, e alcança seu cume na sua morte e ressurreição, na sua ascensão e no dom do Santo Espírito. Então, celebramos as cinco festas do Natal celebrando a Missa, porque aí o mistério, o acontecimento da nossa salvação se torna presente e atuante na nossa vida.

Através das palavras, dos gestos e dos símbolos litúrgicos, os acontecimentos do passado tornam-se presentes na nossa vida.

Voltando para casa após a Missa do Natal, podemos dizer: “Hoje eu vi, hoje eu ouvi, hoje eu experimentei, hoje eu testemunhei e hoje eu anuncio: nasceu para nós, nasceu para o mundo um Salvador! Ele veio, ele não nos deixou, ele se fez nosso companheiro de estrada!” Celebrando a Eucaristia do Natal, recebemos a graça do Natal, entramos em comunhão com o Cristo que veio no Natal, porque recebemos no Corpo e Sangue do Senhor o próprio Cristo que nasceu para nós, e, agora, Cristo ressuscitado, pleno do Santo Espírito! É incrível, mas a graça do Natal chega a nós mais do que chegou para Maria e José e os pastores e os magos. Porque eles viram um menininho no presépio, enquanto nós o recebemos dentro de nós, seu Corpo no nosso corpo, seu Sangue no nosso sangue, sua Alma na nossa alma, seu Espírito no nosso espírito… e não mais um menininho frágil, com esta nossa vidinha humana, mas o próprio Filho agora glorificado, com uma natureza humana imortal e gloriosa, que nos transformará para a vida eterna.

Então, que neste Natal ninguém cante parabéns para o Menino Jesus, nem fique com inveja dos pastores e dos magos… Também para nós hoje nasceu um Salvador: o Cristo ressuscitado, glorioso, que recebemos no seu Corpo e Sangue e cujo mistério celebramos nos gestos, palavras e símbolos da liturgia!

Menino que caiu do 9º andar acordou do coma ouvindo esta canção de Natal


Esteban Pittaro / Redação da Aleteia


Ele sobreviveu a uma queda de 27 metros de altura em junho deste ano e, até hoje, os médicos não conseguem achar explicação

A vida de Martín é um milagre. Ainda não se sabe como é que o menino, hoje com 4 anos de idade, sobreviveu a uma queda de 27 metros de altura, em junho, quando tinha 3 anos. Nem a medicina nem a lógica puderam dar uma resposta. O que se tem de real e concreto, enquanto isso, é o testemunho de uma criança alegre, muito forte e… viva!

Em 7 de junho, Martín foi até a varanda do apartamento da família em Tucumán, na Argentina, escalou o parapeito e caiu no pátio interno do edifício. Nove andares. 27 metros de altura. 3 anos de idade.

Qualquer pai consegue imaginar (e sentir na espinha) a indescritível angústia de ver lá embaixo o corpinho do próprio filho, estendido no chão. O pai, Máximo, conforme os relatos da mãe, Florencia, agiu com rapidez e autocontrole. A mãe estava no trabalho. “Acho que eu teria me atirado da varanda atrás do meu filho“, diz ela.

Martín foi imediatamente hospitalizado. Apesar da queda de nove andares, ele não apresentava fraturas. Sofreu contusões e algumas lesões potencialmente graves e, por isso, os médicos precisaram mantê-lo em coma induzido.

O menino começou a abrir os olhos quando a mãe cantava para ele a mesma canção de Natal que lhe sussurrava desde bem pequenino:

“A Virgem Maria vai caminhando, a caminho de Belém. Como o caminho é tão longo, o Menino teve sede…”

Trata-se de uma estrofe de “La Virgen del Naranjel“ (“A Virgem Maria do Laranjal”), também conhecida como “La Virgen y el Ciego” (“A Virgem Maria e o Cego“). A canção é muito popular no norte da Argentina.

E por que essa canção?

“Quando você fica sabendo que o seu filho caiu do nono andar, você não sabe o que pensar. Mas eu tenho muita fé. Eu me agarro a ela. Deus é maior que qualquer coisa“, disse Florencia, em junho, a uma imprensa tão incrédula quanto os médicos que presenciaram o milagre.

Martín é hoje uma criança perfeitamente saudável, praticamente já sem marcas que recordem aquele incidente. Como destacou o jornal Clarín, até o seu professor de artes marciais ficou surpreso com a força incrível do menino, que, aos 4 anos de idade, já é faixa amarela – uma conquista prematura para essa idade.

O filho do milagre ouvirá muitas vezes a canção de Natal que a mamãe lhe cantava desde pequenino – a mesma canção com que ele despertou do coma.

Assim como mal podemos imaginar a angústia daqueles pais depois da queda do menino, mal poderemos imaginar a emoção que eles vão sentir neste Natal ao cantarem para Martín “La Virgen del Naranjel”…

Eis a letra da canção:

ORIGINAL EM ESPANHOL

La Virgen va caminando,
camino para Belén.
Como el camino es tan largo,
al Niño le ha dado sed.
Callad, Niño de mi vida, callad, Niño de mi bien,
que allá por donde vamos hay un dulce naranjel.
El dueño de esas naranjas
es un ciego y nada ve.
– Ciego, dame unas naranjas
para el Niño entretener.
– Pase, Señora, y corte
las que le sean menester.
Como la Virgen es baja,
sólo cortó más que tres.
Una le dio a su Niño, otra le dio a San José.
Y otra quedó en sus manos
para el Niño entretener.

LIVRE TRADUÇÃO AO PORTUGUÊS

A Virgem Maria vai caminhando
a caminho de Belém.
Como o caminho é tão longo,
o Menino ficou com sede.
Quieto, Menino da minha vida! Quieto, Menino, meu bem,
que lá para onde vamos tem um doce laranjal.
O dono dessas laranjas
é um cego que nada vê.
– Cego, dá-me umas laranjas
para o Menino entreter.
– À vontade, Senhora,
corte as que lhe sejam mister.
Como a Virgem é baixinha,
não cortou mais do que três.
Uma deu ao seu Menino, a outra deu a São José.
E a outra ficou em suas mãos
para o Menino entreter.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Ele se livrou da morte porque resolveu participar de uma Missa


AASCJ


A Providência Divina nunca falha

Tinha S. Isabel de Portugal um pajem muito virtuoso e piedoso a quem encarregava de distribuir suas esmolas.

Outro pajem, que ambicionava aquele cargo, por ser muito invejoso, acusou-o junto ao rei de um grande crime, de um pecado muito feio.

Acreditou o rei nas mentiras do pajem perverso e resolveu matar o pajenzinho da santa rainha. Ordenou a um homem, que tinha um forno de cal, que lançasse ao fogo o primeiro criado que chegasse para informar-se se haviam cumprido as ordens do rei.

Em seguida, mandou ao pajenzinho que fosse levar o recado ao dono do forno.

O rapaz partiu ¡mediatamente; mas, ao passar por uma igreja e ouvindo tocar a Missa, resolveu ouvi-la antes de ir adiante.

Enquanto a ouvia, o rei, impaciente de saber se tinha morrido, mandou o pajem caluniador que fosse perguntar ao homem do forno se havia executado a ordem do rei.

Correu tão depressa que chegou primeiro ao forno e, dando o recado, o homem ¡mediatamente o lançou ao fogo.

Já estava ardendo, quando, pouco depois, chegou o pajenzinho da rainha, que assistira à Missa toda, e perguntou se haviam cumprido a ordem do rei.

Tendo recebido uma resposta afirmativa, correu ao palácio para comunicá-la ao rei.

Este, ao ver o rapaz, ficou estupefato, e adivinhou as secretas disposições da Providência Divina, que permitira o castigo do culpado e a salvação do inocente.

Um menino chamado Renato, a quem o pai contou este caso, ficou tão impressionado que não somente quis ouvir muitas missas, mas ainda fazer-se padre para poder celebrar para outros o santo Sacrifício.


Fonte: Do Livro “Tesouro de Exemplos” do Padre Francisco Alves, publicado por AASCJ

Igreja Universal e tráfico de crianças: quem é quem, pela investigação jornalística


TVI24


Emissora portuguesa TVI detona bomba contra organização de Edir Macedo, acusada de crimes gravíssimos
Publicamos a seguir esta matéria do site oficial do canal português TVI, adaptando-a para a grafia usada no Brasil.

“O Segredo dos Deuses” é a primeira série informativa da televisão portuguesa, em 10 episódios que começaram a ser transmitidos em 11 de dezembro de 2017 e vão até esta sexta-feira, dia 22. As reportagens revelam uma rede de adoções ilegais de crianças portuguesas levadas para o estrangeiro por bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

Conheça os principais intervenientes deste enredo:


Igreja Universal do Reino de Deus


É uma denominação cristã, evangélica neopentecostal, fundada em 9 julho de 1977 no Brasil.

Chega a Portugal em 1989, compra o cinema Império em Lisboa e, em 1995, tenta comprar o Coliseu do Porto, o que acaba por causar uma enorme reação popular nas ruas da cidade. Esta pessoa jurídica religiosa defende a “teologia da prosperidade” e, em Portugal, declara mais de 30 milhões de euros por ano em ofertas livres de impostos. Até hoje, nunca divulgaram o número de fiéis que têm no país.

A IURD garante que tem 9 milhões de fiéis espalhados por 182 países, 320 bispos e cerca de 14 mil pastores.

Ao longo dos tempos, a Universal tem sido alvo de críticas, controvérsias e muitos processos judiciais.

O seu fundador e líder Edir Macedo Bezerra é um dos homens mais poderosos do Brasil, considerado como o pastor mais rico do país, com um patrimônio superior a mil milhões de dólares (1 bilhão de dólares, pela nomenclatura usada no Brasil). É dono de um banco e do grupo Record, que inclui a TV Record, emissora de televisão que oscila entre o segundo e o terceiro lugares entre os canais mais vistos do país, em disputa com o SBT.

Edir Macedo Bezerra


Líder máximo e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. Nasceu em 18 de fevereiro de 1945.

Começou como vendedor de loteria e atualmente é um dos homens mais ricos e influentes no Brasil. Bispo evangélico, fundou a IURD em 9 de julho de 1977.

Casou-se em 1971 com Ester Bezerra, com quem teve duas filhas biológicas – Cristiane Cardoso (1973) e Viviane Freitas (1975) – e adotou Moisés Bezerra.

Em 1990, comprou a rede Record de televisão e, em 2013, o Banco Renner.

O partido político PRB surge como o braço político ligado à IURD e conquista terreno no Brasil.

Chegou a estar preso em 1992 e, atualmente, responde a um processo em São Paulo no qual é acusado de charlatanismo, formação de quadrilha para lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A TVI sabe que ele também está sendo investigado pelo FBI, em Nova Iorque.

Líder carismático, defende a vasectomia e o aborto.

Ester Bezerra


Esposa de Edir Macedo. Casaram-se em 18 de dezembro de 1971. Têm duas filhas, Cristiane e Viviane, tendo adotado mais tarde um rapaz, Moisés Bezerra, que chegou à vida do casal com apenas 14 dias de vida pela mão da própria mãe, que o entregou ao bispo para que o criasse.

Lar Universal


Orfanato criado através de uma associação de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus em Portugal. Abriu as portas em 23 de maio de 1994, na Rua do Zaire, em Camarate, mudando de instalações em 1997 para a Avenida Almirante Gago Coutinho, em Lisboa. O lar fazia parte da Obra Social da IURD e funcionou ilegalmente até 2001. Curiosamente, a própria Segurança Social e alguns tribunais de Portugal encaminharam para lá crianças, que acabaram por desaparecer.

A maioria dos menores chegou até o orfanato pelas mãos de fiéis e mães desesperadas que procuravam ajuda. Posteriormente, o orfanato dificultava a visita aos filhos e promovia o abandono das crianças, que seguiam para serem adotadas por bispos e pastores da IURD.

O lar funcionou ilegalmente durante sete anos, sem qualquer fiscalização da Segurança Social. Contornava-se o normal processo de adoções em Portugal e as crianças que os bispos adotavam eram escolhidas por fotografias.

Viviane Freitas


Filha do bispo Edir Macedo, nasceu no Rio de Janeiro em 18 de janeiro de 1975.

Casou-se com o bispo Júlio Freitas em 1992. Teria tentado adotar no lar da IURD, mas não foi aceita como candidata por não ter idade nem residência em Portugal.

Escolheu os irmãos Vera e Luís por fotografias. Ambos acabaram vivendo com ela durante anos, sem conhecimento dos tribunais portugueses.

A escolha da filha do bispo promoveu a separação dos irmãos. Vera e Luís foram afastados do seu irmão Fábio.

Bispo Júlio Freitas


Nasceu na Bahia em 11 de fevereiro de 1973. É marido de Viviane Freitas, a filha mais nova do bispo Edir Macedo, com quem se casou em 1992.

Como bispo, era vasectomizado, o que impedia o casal de ter filhos.

Concordou em ficar com Luís e Vera e garante que eles são seus filhos adotivos; no entanto, essa adoção não existe formalmente perante a justiça portuguesa, que foi enganada.

Alice Andrade


Nasceu em 4 de março de 1956. É natural de Angola e mãe de duas filhas.

Foi, durante uma década, secretária pessoal do bispo Edir Macedo. Como pessoa da máxima confiança do líder da IURD, serviu como testa de ferro para a adoção dos três irmãos que retirou do lar com uma guarda para entregar à filha de Edir Macedo, nos EUA. Viviane escolheu apenas 2 dos 3 irmãos: Fábio, o mais novo, acabou no Brasil nas mãos de outro bispo importante da IURD.

Entrou em rota de colisão com a IURD por causa das crianças e foi despedida da igreja. Acionou a justiça norte-americana e acabou por assinar um acordo de confidencialidade com Edir Macedo e com a IURD. Esse acordo a obriga a não divulgar o que aconteceu com os menores que ela levou do lar e a manter silêncio sobre todos os esquemas financeiros da igreja nos quais participou.

Há mais de 4 anos, não vê nem fala com as crianças que adotou para entregar à filha do bispo Macedo, a quem acusa de ter “um coração de gelo”.

Casou-se com um norte-americano e hoje vive em Los Angeles, nos EUA.

Vera Andrade


Nasceu em 23 de março de 1992, natural da Venteira, Amadora (Portugal). Teria sido retirada de sua casa, com seus irmãos, por uma técnica da Segurança Social que a entregou no lar ilegal da IURD.

Quando o bispo Edir Macedo visita a instituição, é escolhida para ser adotada pela sua filha Viviane. Tem dois irmãos, Luís e Fábio, que também foram levados por Alice Andrade, a secretária do bispo Macedo, para os EUA, a bordo de um avião privado e sem autorização dos tribunais portugueses.

Depois de viver durante anos com Viviane Cardoso, é devolvida a Alice Andrade, que, formalmente, é a sua mãe adotiva. Atualmente, é obreira na IURD.

Luís Andrade


Nasceu em 17 de março de 1993. Irmão de Vera e de Fábio, é natural da Amadora (Portugal) e foi, juntamente com a sua irmã, escolhido por Viviane e Júlio Freitas, respectivamente filha e genro do bispo Edir Macedo.

Foi maltratado nos EUA a ponto de que a babá portuguesa se demitiu.

Em um mês, batizou-se e tornou-se pastor da IURD. Acredita que foi abandonado pela mãe biológica e não tem contato com a mãe adotiva.

Fábio Andrade (“Filipe”)


Nasceu em 15 de dezembro de 1994. Natural da Venteira, Amadora (Portugal), é o irmão mais novo de Vera e Luís.

Foi levado para os EUA por Alice Andrade, mas separado dos irmãos. Viviane não quis ficar com ele, que acabou entregue ao bispo Romualdo Panceiro, com quem viveu durante três anos no Brasil, ilegalmente e à margem dos tribunais portugueses.

No Brasil, viveu com a identidade falsa de Filipe Barbosa Panceiro. Viajava com documentos falsos.

Reencontrou os irmãos, Vera e Luís, anos mais tarde, quando foi viver com Alice, a secretária do bispo, que acabou por adotar os três.

Faleceu em 2015, sozinho, num quarto de hotel em Nova Iorque. Alice foi chamada para reconhecer o seu corpo.

Bispo Romualdo Panceiro


É um dos principais bispos da IURD e, neste momento, está à frente dos destinos dessa entidade em Portugal e na Europa. É ele quem dirige o culto da igreja de Chelas, com capacidade para 3 mil crentes.

Nasceu em 31 de março de 1959, no Rio de Janeiro. É casado com Márcia Panceiro. Foi ele quem ficou com Fábio, o mais novo dos três irmãos retirados do lar da IURD e levados para os EUA. Fábio é o menino que morou ilegalmente no Brasil, sob documentos falsos com o nome de Filipe, e que viveu anos numa confusão de identidades.

Bispo Alfredo Paulo


Foi um dos bispos principais da IURD até 2011. Esteve à frente da entidade em Portugal e na Europa entre 2002 e 2009. Foi expulso da IURD por ter sido infiel à mulher e, quando saiu, descobriu que o seu nome estava sendo usado em muitas das empresas ligadas à Universal.

Hoje, mantém um canal no YouTube no qual denuncia a hipocrisia da cúpula da IURD. Tem milhares de seguidores, na sua maioria ex-fiéis da IURD.

Vive escondido e muda frequentemente de endereço por se sentir ameaçado.

A TVI o entrevistou na Suíça, onde estava refugiado na ocasião da entrevista.

No Brasil, a IURD abriu mais de 80 processos contra ele em vários Estados. É defendido por um advogado que também é ex-crente da IURD.

É casado com Teresa Paulo. O bispo Macedo os obrigou a adotar Lucas, um recém-nascido de 16 dias, no Brasil.

Lucas Paulo


Filho adotivo do bispo Alfredo Paulo, foi criado dentro da IURD. Chegou a ser pastor e, quando o pai saiu da igreja, foi enviado para o interior das Filipinas, onde enfrentou uma situação dificílima.

Foi amigo de Filipe (na verdade, Fábio). Quando adolescente, ambos se revoltaram contra a vida na IURD. Lucas denuncia a “imagem da família perfeita” e a utilização dos “filhos dos bispos” para angariar fiéis e dinheiro.

Garante que há mais crianças usadas pela IURD e que muitas desconhecem que são adotadas.

Teresa Paulo


Mulher do bispo Alfredo Paulo, foi obrigada a adotar por ordem do bispo Macedo. É mãe de Lucas Paulo.

“Maria”
Mãe biológica de Vera, Luís e Fábio. Após uma denúncia de que deixava os filhos sozinhos em casa, a Segurança Social da Amadora (Portugal) retirou dela as crianças e as entregou ao lar ilegal da IURD.

Jovem mãe, vítima de violência doméstica, mantinha dois trabalhos para conseguir alimentar os filhos e também seus próprios irmãos menores. Ela deixava todos eles aos cuidados do pai de seus filhos, mas ele se ausentava.

Vera, Luis e Fábio acabam no lar da IURD. “Maria” foi impedida de continuar a vê-los.

As crianças chamaram a atenção do bispo Macedo e foram afastadas dos pais biológicos.

O lar mentiu à Justiça portuguesa dizendo que a mãe havia abandonado as crianças e que nunca tinha ido visitá-las. Assim, conseguiu que a guarda dos menores fosse entregue a Alice, secretária do bispo, que levou os irmãos para serem entregues à filha do líder da IURD, nos EUA.

“Maria” foi à polícia duas vezes para denunciar o roubo das crianças, mas ninguém a levou a sério. Os relatórios do lar dizem que “Maria” era dependente química e soropositiva.

A TVI descobriu “Maria” quando ela procurava os seus filhos já havia 22 anos.

“Ana”
Ex-funcionária do lar, foi escolhida para ser a babá de Vera e Luís na casa do bispo Macedo na Califórnia.

Saiu de Portugal em 17 de setembro de 1996, como missionária paga pela IURD. Na realidade, era empregada do bispo e babá das crianças.

Testemunhou maus-tratos contra os dois irmãos e, por isso, resolveu despedir-se e voltar para Portugal, onde passou a procurar a mãe biológica dos menores.

“Rita”
Era uma das crianças mais velhas do lar da Universal quando os irmãos Vera, Luís e Fábio estavam lá. Recorda-se do que diziam sobre a mãe biológica das três crianças e de como elas foram afastados dos próprios pais.

Ex-funcionária do lar com identidade oculta

Antiga crente da IURD, foi educadora no orfanato durante os anos 1990. Assistiu à partida da babá de Vera, Luis e Fábio para os EUA.

Testemunha que as crianças saíram pela mão de Alice para serem entregues à filha do bispo Macedo na América do Norte.

Confessa que as crianças eram escolhidas e que muitas foram adotadas por bispos e pastores e levadas para o estrangeiro.

Cristiane Cardoso


Filha mais velha do bispo Macedo, adotou uma criança do lar da IURD contornando o normal processo de adoções em Portugal e promovendo a separação de dois irmãos: Filipe Bezerra Cardoso foi separado de seu irmão, Pedro, também ele adotado por outro bispo da IURD.

Nasceu no Rio de Janeiro em 31 de outubro de 1973. Casou-se aos 17 anos com o bispo Renato Cardoso. Ao lado do marido, apresenta o programa A Escola do Amor na rede Record.

Bispo Renato Cardoso


Marido de Cristiane Cardoso, a filha mais velha do bispo Macedo. É pai adotivo de Filipe.

Nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1972. É considerado um dos mais importantes bispos da IURD e apontado pela mídia como o sucessor de Edir Macedo.

Além de apresentador, ao lado da mulher, é autor de diversos livros sobre “casamento feliz”.

Filipe Cardoso


Nasceu em Lisboa em 21 de abril de 1993. Adotado por Cristiane e Renato Cardoso, é neto do bispo Edir Macedo. Foi entregue ao lar da Universal pela avó, em 1996, à revelia da própria mãe, que considera que a Igreja Universal do Reino de Deus lhe roubou o filho.

Jaqueline Duran Marques


Foi diretora do lar da IURD em Lisboa e é mulher do bispo Sidney, que esteve em Portugal no final dos anos 1990.

O bispo Macedo o obrigou a adotar Pedro, o irmão mais velho de Filipe, que tinha uma mancha preta e peluda num braço e que Cristiane, filha do líder da IURD, não quis adotar.

Pedro Duran Marques


Nasceu em 24 de fevereiro de 1990. É irmão biológico de Filipe Bezerra Cardoso e foi adotado por Jaqueline Duran Marques, então diretora do orfanato, a mando do bispo Edir Macedo.

Aos 6 anos, libertou a mãe que era mantida em cárcere privado na própria casa e que sofria violência doméstica por parte do pai.

Foi entregue ao orfanato da IURD pela avó em 1996, à revelia da mãe biológica.

“Clara”
Mãe biológica de Pedro e Filipe, as crianças entregues ao lar da IURD pela avó e sem o seu consentimento. “Clara” foi a vítima de maus tratos de que falamos acima: seu filho mais velho, então com 6 anos, foi quem a ajudou a escapar dos abusos do marido.

Pediu ajuda à mãe, seguidora da IURD, para cuidar dos netos enquanto fazia uma desintoxicação. Quando regressou, ela já tinha entregue os netos ao lar da IURD.

Conseguiu visitá-los apenas três vezes. Em uma seguinte tentativa de visitar o orfanato, descobriu que eles já tinham sido entregues para adoção.

O tribunal português afirma que a mãe tinha dado o consentimento para adoção, mas “Clara” nunca foi ouvida – nem sequer chegou a sentar-se num tribunal. Na ocasião, o seu documento de identidade estava desaparecido, o que explica o falso consentimento com que o tribunal foi enganado.

Não sabia do paradeiro dos filhos e continuava a procurá-los nas redes sociais.