Claudio de Castro
Para Ele, nada é
impossível
Sei que não sou santo,
que erro, que deixou Deus ofendido.
Dirijo o carro e logo
passo perto de uma igreja. Lá está Jesus, meu melhor amigo, no sacrário.
Como Adão, costumamos
nos esconder de Deus quando pecamos. Ele, mesmo sabendo de tudo, sai a nos
procurar e nos recebe com os braços abertos. Quando você ama de verdade, você
abraça e perdoa.
Esta manhã, senti que
Jesus me dizia: “Cláudio, você passou direto. Não virá me ver?”
É impossível dizer não
quando Ele te pede algo, né? Ele é assim… Eu queria me confessar primeiro antes
de entrar no oratório, onde Jesus está presente. Mas não deu.
“Está bem, Senhor. Irei
te ver”, digo. E logo volto até aquela bela igreja, onde sei que ele me espera.
Apareço sorrindo desde
a porta e digo: “Prometo que vou me confessar assim que eu puder”.
E sinto que, de alguma
maneira, ele me responde: “Vamos, bobo, entre já, eu te conheço e quero estar
contigo. Somos amigos, nunca se esqueça disso”.
Eu quase ri por causa
disso. Mas entrei no oratório. Ficamos em silêncio, de frente um para o outro.
Jesus e eu. Depois, senti que ele me perguntava: “Eu gostaria de lhe dar uma
graça. Se você pudesse escolher, qual me pediria”
Isso me pareceu genial
e minha mente voou, sabendo que, para Ele, nada é impossível.
Eu poderia pedir
felicidade ou que nunca me faltassem recursos para sustentar a minha família.
De cara, pensei em sabedoria, que abre portas e caminhos. Eu gostaria também de
“discernimento”, já que em certas ocasiões eu meto os pés pelas mãos por não
saber discernir e pensar rápido. E se eu lhe pedisse a facilidade de perdoar?
Seria estupendo!
Saí daquele oratório
confuso e caminhei um pouco para fora da igreja de Guadalupe, na Rua 50, em
Panamá. Logo me veio à mente uma palavra simples, que reunia todos os meus
desejos e me permitiria alcançá-los: “AMAR”.
“É isso”, gritei
emocionado. “Vou pedir a Jesus uma faísca de seu amor para que eu seja capaz de
amar, perdoar, e compreender o quanto a vida é maravilhosa, apesar das
dificuldades”.
Voltei ao oratório,
dizendo: “quero amar, Jesus. Amar os que me ajudam, os que me apreciam e os que
me prejudicam. Principalmente os que me prejudicam. Porque se eu amar, serei
capaz de perdoar, abraçar e seguir adiante com a aminha vida. Ensina-me a amar
como Tu amas”.
Nisso, eu me ajoelhei
no genuflexório, fechei meus olhos e rezei por um tempão, na certeza de que
seria ouvido.
Que bom é Jesus!
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