Certo dia “Nossa Senhora,
com o menino Jesus nos braços, resolveu descer á terra e visita um mosteiro.
Orgulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila e cada um chegava diante da
virgem para prestar-lhe homenagem. Um declamou belos poemas, outro mostrou suas
iluminaras para a bíblia, um terceiro disse o nome de todos os santos. E assim,
um após o outro, os monges homenagearam Nossa Senhora e o Menino Jesus.
No ultimo lugar da fila havia
um padre, o mais humilde do convento, que nunca tinha aprendido os sábios
textos da época. Seus pais eram pessoas simples, que trabalhava num velho circo
das redondezas, e tudo o que lhe havia ensinado era tirar bolas para cimas e
fazer alguns malabarismos.
Quando chegou a sua vez, os
outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não
tinha nada de importante a dizer e podia desmoralizar a imagem do
convento. Entretanto, no fundo do seu
coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si
para Jesus e a Virgem.
Envergonhado, sentindo o
olhar reprovador dos irmãos, ele tirou algumas laranjas do bolso e começou a
joga-las para cima, em números de malabarismo, que era a única coisa que sabia
fazer. Foi nesse instante que o menino
Jesus sorriu e começou a bater palmas no colo de Nossa Senhora. E foi para ele
que a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco menino”.
Essa historia quer nos
mostrar que Nosso Senhor Jesus Cristo deseja servos de coração simples e não um
coração orgulhoso por ser um teólogo de alto escalão e conhecer a fundo os
textos bíblicos ou ser um pregador renomado. Não estou aqui dizendo que Deus
não quer teólogos e nem pregadores, a igreja precisa de teólogos e pregadores
da palavras, são esses homens que defenderam a igreja e a defende desde todo
sempre, como os santos doutores e tantos outros santos com seus testemunhos de
fé.
Quero aqui mostrar que Deus quer homens que as vezes não tem teologia e nem
pregam, que aparentemente aos olhos dos homens não tem nada de importante para
dar a Deus e ao seu semelhante. Que levam o Cristo no seu jeito simples de ser,
partilhando o pão sem olhar a quem , dando a mão ao mais precisado, visitando
os doentes no hospital, limpando o chão da igreja, ele deseja pessoas que dar o
seu melhor naquilo que sabe fazer.
Na realidade não é o que você faz que agrada
a Deus é como você faz para Deus. Vamos analisar essa frase do texto, para entendermos melhor o que
estou tentando explicar.
Entretanto, no
fundo do seu coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma
coisa de si para Jesus e a Virgem. O que agrada nosso Senhor Jesus Cristo é a
sua entrega de coração. O texto nos revela uma entrega total da pessoa do
padre. Mesmo o padre sem ter nada de importante para dar a Deus aos olhos dos
outros monges.
O menino bateu palmas, sorriu, ficou feliz com aquele padre, que
não tinha cultura intelectual, que apenas sabia jogar laranjas para cima. O
jogar laranjas aqui nesse contexto é dar o seu melhor a Deus, não com os seus
diplomas e sim na pessoa que você é. Simples de coração ao si doar por inteiro
a Deus amando como ele nos amou, nas pequenas coisas da vida.
Então a Virgem Maria estende os braços, e nos
deixa segurar o menino Jesus como deixou aquele padre que não tinha nada de
importante a dar o menino Jesus aos olhos dos outros monges. Mas a Virgem deu o
menino para ele segurar porque viu um coração cheio de amor, dando o seu melhor
a Jesus, fazendo um simples malabarismo com algumas laranjas.
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