terça-feira, 29 de outubro de 2019

polícia - Menina de 13 anos pede socorro por WhatsApp após ser estuprada pelo pai


Resultado de imagem para menina pede socorro por WhatsApp após ser e******** pelo pai

'Uma garota de 13 anos pediu socorro à irmã pelo WhatsApp depois de ser estuprada pelo pai, em São Vicente, litoral de São Paulo. Segundo a irmã, a adolescente depois contou que foi vítima de abusos de maneira recorrente na casa. O caso é investigado pela Polícia Civil e as informações são do G1 Santos e Região.


O crime foi em setembro, segundo a irmã, que resolveu denunciar agora porque o pai continua solto. Há várias mensagens da garota relatando os abusos. “Não aguento mais, quero morrer. Ele diz que só quer fazer carinho em mim, mas só quer passar a mão no meu peito”, diz um dos trechos.

A irmã mora em São José do Rio Preto e diz que depois de receber a mensagem foi até São Vicente para pegar a garota. “No mesmo dia que recebi as mensagens eu fui. Quando cheguei, ela arrumou as malas e eu trouxe ela e mais dois irmãos meus, de 14 e 10 anos, para cá. Assim que cheguei na minha cidade procurei a delegacia”, lembra.
  
Os filhos viviam sós com o pai na casa, pois a mãe saiu de casa há dois anos e não visita mais as crianças.

Mensagens e investigação

Nas mensagens, a menina pede para ir morar com a irmã. “Se você quiser, te ajudo a pagar o aluguel, água, mas por favor me tira daqui”, pede em um dos áudios. Em outra mensagem, ameaça partir para violência. “Vou bater nele. Ele pode até me bater, mas não quero mais sofrer por isso”, escreveu. A vítima contou na delegacia que foi drogada várias vezes pelo pai antes dos abusos.

Depois da denúncia, o homem saiu de casa e não foi mais achado. A irmã diz que elas vivem com medo. "Só quero que a justiça seja feita. Que ele pague pelo que fez. A polícia não pode procurá-lo como culpado porque não tem provas materiais, só se ela estivesse morta ou grávida ou se tivesse feito o exame logo após o estupro", relata.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o homem, que não teve nome divulgado, é investigado por estupro de vulnerável. O caso está em andamento."






Mulher tem “apagão” enquanto dirigia e é salva pela filha de 12 anos


Redação da Aleteia / Sempre Família



Sem saber dirigir, a menina precisou de muita coragem para conseguir controlar e estacionar o carro

Aconteceu na cidade de Wasilla, no Alasca. Melaniah Andrade, de 12 anos, estava com a mãe dela, Nicole Johnson, de 42, fazendo compras em uma loja de departamentos.

Dentro da loja, a garota já tinha percebido que a mãe estava “fora de si”, pois pegava coisas aleatórias e ia jogando tudo no carrinho.

Quando Melaniah e Nicole foram para o estacionamento para pegar o carro e voltar para casa, a garota já estava com medo do que poderia acontecer. “Minha mãe ficou olhando para o nada e não falava comigo”. Segundo a menina, Nicole começou a dirigir e, de repente, começou a chamá-la de “mãe”. Assustada, a menina ligou rapidamente para a emergência, pedindo ajuda.

Nicole teve o que os neurologistas chamam de “crise de ausência”. Segundo os especialistas, isso acontece quando a pessoa perde a consciência, mas não chega a desmaiar. “Ela mantém a atividade dos músculos e acaba tendo um comportamento automático”, explicou o neurologista Gustavo Franklin ao site Sempre Família.   E foi exatamente isso que a mãe de Melaniah relatou depois do episódio. “Eu estava no piloto automático e não estava processando nada”, conta Nicole.

“Sinto que fiz um bom trabalho”

“Não tenho certeza do que está acontecendo”, disse a menina chorando na ligação que, depois, foi obtida pela KTUU, emissora de notícias local. Seguindo as instruções do operador, Melaniah acendeu as luzes de alerta e, em seguida, sua mãe entrou em uma rua sem saída, acelerando em direção a uma árvore. Felizmente, o carro bateu apenas em um pedaço de grama. Foi quando a garota tirou o pé de sua mãe do acelerador, estacionou o carro e removeu as chaves do contato.

Alguns dias depois, a Polícia de Wasilla e as tropas estaduais do Alasca deram a Melaniah um prêmio de heroísmo por sua coragem. A garota recebeu uma placa que a parabenizava por seus “esforços extraordinários”. “Sinto que fiz um bom trabalho”, afirma Melaniah.



quinta-feira, 24 de outubro de 2019

O que fazer se você não quer mais ser solteiro(a)?


Edifa


Você cansou de ficar sozinho e deseja encontrar a sua alma gêmea? Aqui vão algumas dicas que serão muito úteis!

Você já está cheio de hábitos de uma pessoa solteira, você duvida das suas técnicas de “sedução” e não sabe mais lidar com o sexo oposto? Uma ajudinha não vai te fazer mal. Descubra algumas dicas afiadas que te ajudarão a encontrar um amor com um grande “A”.

1 Desenvolva relações de amizade desinteressadas e perceba as suas atitudes egoístas. “Sim, sim, eu venho à sua festa”, mas interiormente você pensa: “A menos que eu ache algo melhor para fazer”. Outro exemplo: Erik confia todos os seus problemas, especialmente os do coração, a Emily, que mesmo que tente, não consegue impedir de apaixonar-se por ele. Até o dia em que, de surpresa, Erik anuncia: “A propósito, estou noivo com a Mariana”. Erik não compreenderá que Emily, magoada, vai se negar a ir ao seu casamento.

2 Desenvolva o seu eu interior. Pare de buscar fugas no trabalho ou em noitadas. Busque ficar ao menos uma noite por semana sozinho(a) em casa sem telefonar nem acessar as redes sociais a fim de buscar o equilíbrio interior necessário.

3 Outros solteiros precisam ouvir o conselho contrário: saia de si e saia de casa; pare de ir todo final de semana apenas para a casa dos seus pais, de justificar a sua solidão e sua mania de fugir dos outros.

4 Evite ficar muito preso apenas na espiritualidade, por exemplo: “Eu cuido das coisas do Senhor, ele se ocupa de me encontrar um esposo(a)”. Se você estivesse desempregado, o que você faria? Certamente estaria procurando trabalho ativamente. O abandono à providência divina não é um abandono das suas responsabilidades. “Tudo aquilo que puderes fazer, faça. Aquilo que você não conseguir, confie à misericórdia de Deus”, dizia Didache, um cristão do primeiro século. La Fontaine também dizia: “Ajude a você mesmo e o céu te ajudará”.

5 Pare de imaginar o esposo(a) ideal a partir das qualidades dos seus melhores amigos ou dos membros da sua família. A inteligência de um, a beleza do outro, a espiritualidade do terceiro. Aceite que o outro seja imperfeito. Ao conhecer outros casais você vai parar de idealizar também o casamento. Nós somos feitos para nos arriscar e não para nos guardar.

6 Reserve um tempo para reler a sua história. Nós não permanecemos solteiros aos 35 ou 40 anos sem nenhuma razão. Isso não quer dizer que a culpa é inteiramente sua. Mas reduzir tudo a um problema da sociedade também não é justo.

7 Se você passou por dificuldades ou se falhou, especialmente se você percebe que acusou o outro, a tentação é de reprimir todos os sentimentos dolorosos do passado. A única atitude verdadeira e libertadora é tomar consciência do luto a viver e do perdão a ser dado. Isso não é feito em um dia ou sem a ajuda de Deus.

8 O medo de sofrer novamente, de sair de si e do novo que paralisa o solteiro. Ouse mudar, se abrir a outros grupos, novas relações. Essas pequenas mudanças o preparam para as grandes (o matrimônio).

9 Por fim, o objetivo de sua vida não é o casamento, por mais bonito que seja, mas a união com Cristo. Ou seja, amar e ser amado. Encontre a Deus para se deixar ser amado e consolado. Por sua vez, dê a si mesmo. Um dia sem ter encontrado mais de um amigo, é uma pena; um dia sem ter amado em nome de Jesus, é um verdadeiro desperdício. “Na noite de nossa vida, seremos julgados pelo amor”, diz São João da Cruz. Quem saberia dizer quando será essa noite?

Padre Pascal Ide

A santa que foi vítima de abuso sexual


Larry Peterson


A Cova de Iria, onde Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos de Fátima, é uma homenagem a esta mártir

Em outubro, quando lembramos o Milagre do Sol de Fátima e o Santo Rosário, podemos também dar uma olhada na história de uma santa da cidade vizinha a Fátima, Tomar. O nome dela é Santa Irene de Tomar (ou Santa Iria) e ela foi martirizada em 653.

Diz a lenda que Irene nasceu em um lugar chamado Nabancia, hoje conhecido como Tomar, localizado em Portugal. Ela era de família rica e influente. Seus pais conseguiram um professor particular para Irene e a enviaram para uma escola do convento.

Irene era bastante bonita, e os poucos homens que realmente tinham a chance de vê-la ficavam sempre apaixonados por sua beleza. Na região, havia um homem na  chamado Britald. Ele começou a segui-la no caminho para a igreja.

O homem ficou apaixonado por ela e finalmente se aproximou de Irene, pedindo que ela se casasse com ele. Ela recusou, dizendo que havia feito voto de celibato e se entregado a Deus.

No entanto, havia outro homem apaixonado por Irene. Era o tutor dela, Remigio. Ele era um monge encarregado pelos pais da moça não apenas de ensinar a filha, mas também de protegê-la. Com o passar do tempo, Remigio cresceu em luxúria, e, um dia, cercou Irene com avanços irracionais e impuros. Ela o afastou com a maior força possível, mas Remigio não foi embora. Depois, o homem ficou furioso, deixou o cargo de tutor e planejou uma vingança.

As pessoas começaram a perguntar a Remigio por que ele não estava mais ensinando Irene. Ele começou a dizer que descobrira que ela estava grávida e enviou uma mensagem para Irene, perguntando se poderia encontrá-la por alguns momentos para lhe dar algum material para estudar.


Como os rumores de sua gravidez continuaram a se espalhar, Irene concordou em se encontrar com Remigio. Ele ofereceu-lhe uma bebida, e ela aceitou. A lenda conta que Remigio havia inventado um veneno que faria o abdômen inchar. Quando as pessoas viram Irene com a barriga inchada, acreditaram na mentira de Remigio.

A notícia chegou ao primeiro pretendente rejeitado de Irene, Britald. Ele estava absolutamente lívido por Irene ter mentido para ele e ter sido promíscua.

Britald, então, contratou um mercenário para matar a moça. Irene estava voltando da oração da tarde quando o assassino a atacou. Ele esgueirou-se por trás dela e cortou sua garganta. O criminoso jogou o corpo no rio Tejo.

Depois disso, toda a população começou a perguntar sobre a moça, que desaparecera da Missa e das orações.

Neste ponto, a lenda se volta para o tio de Irene, o abade Celius, que recebeu uma revelação mística sobre a verdade da morte de Irene e a localização de seu corpo. O tio reuniu uma procissão de pessoas e fez uma peregrinação até o local onde ele sabia que seu corpo seria encontrado. As correntes da água levaram o corpo de Irene às margens de Scalabis (hoje conhecida como Santarém, que significa Santa Irene).

Quando a procissão chegou ao local, as águas recuaram e os restos intactos de Irene foram encontrados. Observou-se também que ela não estava grávida e que havia sido vítima de mentiras e calúnias. Os monges fizeram um enterro formal, e a história de Santa Irene (Santa Iria) começou a se espalhar. A Cova da Iria, onde Nossa Senhora apareceu aos pastorinhas de Fátima, recebeu esse nome em homenagem a ela.

Hoje, Santa Irene de Tomar é homenageada como santa e mártir em Portugal e na Igreja Católica. Ela é a santa padroeira de Tomar e Santarém, e seu dia de festa é 20 de outubro.

sábado, 12 de outubro de 2019

Foto de bebê “fazendo o Sinal da Cruz” em pleno útero materno enternece a rede


Redação da Aleteia


A bebezinha é filha de um casal católico promotor dos exemplos dos santos para crianças

Os esposos norte-americanos Michael e Maggie Jetty se tornaram conhecidos no Instagram pelo perfil Saintly Heart, no qual expõem o seu trabalho artesanal com bonecos de madeira que representam santos católicos.

Pais de 4 filhos a quem procuram educar esmeradamente na fé católica, eles compartilharam recentemente uma ultrassonografia da sua quinta criança, uma menina que está a caminho.

A imagem mostra a bebê levando a mão à testa. O casal aproveitou a semelhança desse gesto singelo com o Sinal da Cruz e compartilhou essa impressão com seus seguidores, com bom humor e destacando valores espontâneos como a fé e a preciosidade da vida:

“Interrompemos nosso ‘feed’ de santos para compartilhar esta bela imagem da vida. Nossa doce menina, com 19 semanas no útero, já está fazendo o sinal da cruz! A vida é tão preciosa!”


Fotos e interpretações

As redes sociais trazem com frequência imagens às quais pessoas atribuem significados peculiares. Mesmo em casos perfeitamente naturais, pode ser bom para a alma reconhecer nas manifestações da natureza pequenos lampejos de inspiração e beleza:






quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Por que os psicanalistas não acreditam em castidade?


Padre Paulo Ricardo


Freud explica? Não, os santos explicam!

Muitos psicanalistas não creem na possibilidade de uma vida casta. E isso se deve às teses de seu pai fundador, Sigmund Freud; para quem a pregação cristã sobre a castidade, seja no matrimônio, seja no celibato, não passava de uma espécie de armadura colocada sobre o ser humano. Em seus escritos, Freud considera o homem um animal defeituoso, dominado por uma pulsão que o leva à vida: o eros. O homem, portanto, deseja fazer sexo, ter prazer. Não obstante, há uma estrutura no mundo que, segundo Sigmund Freud, o oprime, impedindo-o de realizar todos os seus desejos. Essas estruturas, por sua vez, seriam apenas uma superfície, uma crosta artificial, cujo intuito não poderia ser outro senão mascarar as reais inclinações do gênero humano. Foi baseado nessa argumentação que Freud chegou a ensinar aos seus alunos que se o homem fosse colocado numa prisão com outros malfeitores, tarados sexuais e pervertidos, em pouco tempo, todos estariam entregues ao próprio instinto, fossem eles padres, advogados, médicos, juízes, etc.

Essa afirmação de Sigmund Freud, não obstante, já foi bastante refutada nos últimos decênios, inclusive por um de seus alunos mais famosos: Viktor Frankl[1]. Victor Frankl padeceu os horrores do regime nazista, nos campos de concentração da Áustria, onde foi mantido por quase três anos. Em meio àquela tragédia, marcada por um sentimento cortante de terror e medo, o médico psiquiatra viveu na pele o que seu mestre, Freud, havia apenas descrito na teoria: a fome, a tortura, o desespero e a dor. Mas para frustração da psicanálise freudiana, Frankl descobriu que quando os indivíduos daquele ambiente tinham em que se agarrar, surgia-lhes uma faísca de esperança, que os mantinha vivos e mais saudáveis, ao passo que aqueles que já não viam mais sentido algum em sua existência entregavam-se facilmente à morte. Dessa experiência nasceu o famoso livro “Man’s search for meaning”, no qual Frankl discorre sobre a busca do homem por um sentido na vida.

Mas antes que Viktor Frankl fizesse essa constatação, já havia na teologia católica quem a tivesse feito. Santa Teresa d’Ávila, por exemplo, no seu livro Castelo interior, faz uma analogia muito interessante com relação à alma humana. Ela compara nossa alma a um castelo, dizendo que se o homem quiser realmente se conhecer, ele deve adentrar aos quartos mais íntimos dessa morada. E a porta de entrada para essa morada é a oração. No século XX, uma filósofa chamada Edith Stein – ou Teresa Benedita da Cruz, como viria a se chamar após entrar para o carmelo – começou a se interrogar perante os escritos de Teresa d’Ávila se era possível que os psicólogos não tivessem acesso à própria alma[2]. Não estaria Santa Teresa querendo impor uma visão exclusivamente espiritual sobre um assunto tão vasto? Era o que se perguntava Edith Stein a respeito daqueles escritos, e qual não foi sua surpresa quando, após muito refletir, deu-se por vencida e admitiu: sim, somente pela oração se tem acesso à nossa alma. A alma humana, no dizer de Santa Teresa d’Ávila, é o jardim das delícias de Deus. Deus habita dentro de nós. Por outro lado, o pecado nos arrancou de nós mesmos, fazendo com que saíssemos de nossa alma, isto é, do castelo interior. É por isso que Santa Teresa diz que a maioria das pessoas encontra-se fora do castelo, fora de sua alma, vivendo aos seus arredores. A oração, porém, consiste numa relação amorosa com Deus, em que eu me desfaço totalmente de minhas máscaras. Quem quiser entrar no castelo, portanto, precisa entregar-se à oração. Essa é a única porta de entrada.

A psicologia de Freud só foi capaz de atingir o fosso desse castelo. Ele, sim, atingiu apenas a superficialidade da existência humana. Mas é preciso ir além. Desse modo, insiste Santa Teresa, se se quer atingir a última morada, é necessário, pois, admitir também nossas próprias fraquezas. Quando entramos na primeira morada entram conosco nossos animais, sabandijas – para usar a linguagem de Teresa -, que ficam nos mordiscando, impedindo-nos de enxergar a beleza do castelo. Isso explica o porquê de tantos católicos, após algumas tentativas de verdadeira conversão, desistirem no meio do caminho, dando razão às teorias de Freud. Temos de ser mais generosos. É preciso que estejamos dispostos a dar o próximo passo: ir para a outra morada. E é nesta relação de amor com Deus que encontramos nossa alma e, por conseguinte, a castidade. Trata-se de uma entrega. Por isso, deve-se fugir da atitude da mulher de Ló que, olhando para trás, à procura dos bens que deixara, converte-se em estátua de sal. Não olhemos para trás. Olhemos para Cristo. Ame a Deus e você encontrará a castidade.

Referências

1. Olavo de Carvalho, A mensagem de Viktor Frankl, in Bravo, novembro de 1997.

2, Edith Stein (ou Teresa Benedita da Cruz) foi uma filósofa e fenomenóloga judia do século XX, cujo trabalho foi influenciado por Edmund Husserl, de quem foi aluna e assistente. Após sua conversação, decidiu entrar para o carmelo, onde viveria até a trágica deportação para o campo de concentração de Auschwitz, vindo a morrer na câmara de gás. O Papa João Paulo II a canonizou em 1998, sob os auspícios de que seu exemplo pudesse nos inspirar sentimentos de verdadeira comunhão com Deus, sobretudo no instante da dor.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Parte 23 - Resistir ao impulso do mal | Série A Imitação de Cristo | Frei Gilson


Qual é a marca de um amigo ou amiga de verdade?


Dolors Massot

HUGGING

Amigos verdadeiros são um tesouro, por isso é importante saber quem eles são

A amizade tem sido valorizada ao longo dos séculos. O livro bíblico de Eclesiastes, escrito no século II antes de Cristo, inclui estas belas palavras: “Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a bondade de sua fidelidade. Um amigo fiel é um remédio para a vida e a imortalidade.”

De modo geral, fazemos amigos no curso normal da vida. Quando ingressamos em ambientes diferentes – começando quando somos crianças, em nossa vizinhança e em nossa família, e à medida que crescemos, em nossa cidade, na escola, no trabalho – descobrimos pessoas que se tornam nossos amigos. Todos sentimos a alegria de nos reunir com eles, conversar, compartilhar experiências, dar conselhos uns aos outros.

Querendo o que é bom para a outra pessoa

Nossas experiências de vida incluem muitos momentos de felicidade quando somos acompanhados por amigos, que geralmente são os que tornaram esses momentos possíveis.

Coisas como viagens, eventos esportivos, formatura na escola ou festas de aniversário estão entre as inúmeras boas experiências que tivemos com nossos amigos.

Como podemos saber se alguém é um amigo de verdade, e não apenas alguém que está passando por nossa vida de uma maneira agradável e divertida? E como podemos transformar essas pessoas amigáveis ​​e divertidas cuja companhia desfrutamos em amigos autênticos?

A amizade tem um aspecto básico: os amigos querem o bem do outro. Amigos não são realmente amigos se forem úteis apenas para alcançar o sucesso profissional ou para se conectar com outras pessoas, ou para satisfazer nosso ego e vaidade, porque queremos estar cercados por pessoas influentes.

Amigos verdadeiros não se aproveitam.

Amigos compartilham o que está acontecendo internamente

Há outro aspecto distintivo da amizade que devemos incluir: amigos autênticos compartilham sua vida interior. A amizade segue nos dois sentidos, doar e receber.

Isso significa que, nas grandes amizades, as pessoas compartilham suas experiências de sofrimento, preocupação e batalhas internas, e se ajudam em momentos de dificuldade. Elas também compartilham suas mais profundas alegrias e descobertas mais pessoais. Amigos conhecem o coração um do outro.

Não se trata necessariamente de compartilhar nossos pensamentos e sentimentos mais profundos nas redes sociais ou de poder beber vinho um com o outro toda sexta-feira à noite. A maneira como isso acontece é algo diferente em toda amizade

Com quem compartilho minhas confidências e as profundezas do meu coração? Essa pessoa compartilha deles comigo? É assim que os verdadeiros amigos são, e dura por toda a ampla variedade de circunstâncias que podemos experimentar ao longo de nossas vidas, mesmo que nem sempre possamos estar fisicamente presentes um com o outro.

Se você tem um amigo assim, você realmente tem um tesouro inestimável.

Parte 22 - Desregramentos do desejo | Série A Imitação de Cristo | Frei Gilson


3º Episódio - Depressão Não é Frescura! | Até onde a depressão pode nos levar? Como ajudar alguém com depressão

Parte 21 - Obstáculos para a Leitura da Sagrada Escritura | Série A Imitação de Cristo | Frei Gilson




Feminilidade: o que é e como adotá-la como mulher moderna


Maëlys Delvolvé


O "gênio feminino" é algo que todas as mulheres possuem

Em seu livro My Body Doesn’t Belong to You, Marianne Durano, professora de filosofia e mãe de dois filhos, denuncia a violência tecnológica e médica sofrida pelas mulheres de nossa época.
Ela discute tópicos importantes, como práticas ginecológicas abusivas, pílula contraceptiva, gravidez vista como uma doença, locais de trabalho inadequados, tecnologia reprodutiva assistida e barriga de aluguel.

Mas este livro não é apenas um inventário de todas as intervenções tecnológicas atuais que alienam uma mulher de seu corpo. Por meio de seu testemunho pessoal como mulher e mãe, Marianne Durano propõe maneiras de ajudar as mulheres a recuperar seus corpos, nos contextos pessoal, social e político. Essas propostas, fundamentadas em um pensamento filosófico sólido, são a verdadeira força do livro.

Como podemos valorizar o corpo feminino em uma sociedade que busca negar suas características específicas? A resposta de Marianne Durano é simples: deixando de ver uma mulher como um homem mais fraco. No último capítulo de seu livro, a autora explica como nossa sociedade foi influenciada por uma filosofia que, de Aristóteles a Simone de Beauvoir, mostra desprezo pelo corpo feminino ou simplesmente o ignora.

Em resposta a essa rejeição histórica, Durano propõe o corpo feminino, com todas as suas características particulares, como sujeito próprio da reflexão filosófica. Isso requer o reconhecimento de que o corpo de uma mulher é diferente do de um homem, porque pode acolher a vida. O potencial para a maternidade não é insignificante. O corpo feminino deve ser considerado um corpo materno, um lugar de onde brota a vida.

Para Durano, a maternidade é uma característica fundamental do corpo feminino. Ela denuncia a ideia hierárquica de que a masculinidade tem precedência e que as mulheres devem negar sua feminilidade para se parecerem mais com os homens, alcançando assim a igualdade utópica. Reconhecer e valorizar a incrível capacidade de uma mulher de acolher a vida é essencial para ajudar as mulheres a abraçar sua feminilidade.

Autoconhecimento e autoaceitação

Como podemos impedir que nosso corpo seja apropriado por laboratórios farmacêuticos e um sistema médico invasivo? Aprendendo a conhecer a nós mesmas e a ouvir nossos corpos sem sufocá-los com hormônios. Para conseguir isso, Marianne Durano pede melhores informações sobre métodos naturais de controle de natalidade, que dependem do conhecimento da mulher sobre seus ciclos.

Muitas vezes apresentados como ineficazes e obsoletos, esses métodos são de fato muito confiáveis ​​se forem bem compreendidos e praticados. Muitas organizações oferecem cursos sobre esses métodos, e vários aplicativos permitem que as mulheres acompanhem seus ciclos e anotem suas observações diárias. Aprender a conhecer e respeitar o seu corpo é uma ótima maneira de cuidar da sua fertilidade.

Estações

Compreender seu ciclo pode permitir que uma mulher reconheça como seu corpo experimenta as quatro estações do mês: inverno, fase da morte e renascimento, coincide com a menstruação; primavera, quando o corpo se prepara para a ovulação; verão, fase de plenitude que se segue à ovulação; e outono, pouco antes da próxima menstruação.

Uma mulher não segue a mesma trajetória linear que um homem em sua relação com o tempo. Seu corpo diverge naturalmente das demandas do local de trabalho atualmente definido para ser igualmente produtivo todos os dias do mês.

Para ajudar as mulheres a se orgulharem de sua feminilidade, a sociedade deve respeitar sua natureza. Segundo Marianne Durano, é necessário considerar a relação de uma mulher com o tempo como distinta da de um homem. Todo mês, ela vive uma morte e renascimento, sinais de sua fertilidade e potencial maternidade.

Gravidez

Marianne Durano também denuncia a maneira pela qual nossa sociedade vê a gravidez como uma patologia, o que pode deixar as mulheres grávidas assoladas por incertezas e angústias, às vezes até mesmo em isolamento. Como podemos evitar essa visão profundamente tendenciosa da gravidez?

Uma maneira de combater essa mentalidade é incentivar associações que apoiam mulheres grávidas. Outra é apoiar os ginecologistas que capacitam as mulheres – que não consideram a gravidez uma doença.

É importante que toda mulher grávida seja bem apoiada, inclusive após o parto. Durano destaca a importância da “quarentena” pós-parto – um período de 40 dias após o parto, durante o qual a mãe se recupera do esforço da gravidez e do parto. A importância dessas poucas semanas não deve ser negligenciada. A família e os amigos devem cercar a nova mãe com amor para ajudá-la a cuidar de si mesma e do recém-nascido.

A mudança começa em cada um de nós

Para que essas mudanças se enraízem, elas devem ser adotadas pela sociedade. Marianne Durano defende uma reorganização da sociedade a partir do lar, não das finanças. De fato, o significado original da palavra grega “oikos”, da qual derivamos “economia”, é “lar comum”. Um retorno ao lar implicaria uma apreciação renovada pelas profissões de ajuda e pela educação. Essas profissões, frequentemente ocupadas por mulheres, são frequentemente desvalorizadas.

Temos que esperar por mudanças sociais e políticas para viver plenamente nossa feminilidade? Para Marianne Durano, que define o corpo feminino como um lugar de liberdade por excelência, a mudança começa em casa, na autogovernança.

Todo atividade doméstica, como cozinhar, cuidar da casa, cuidar dos filhos, deve ser vivida como meio de reforçar a verdadeira feminilidade. Nesse sentido, as mulheres têm um papel essencial a desempenhar na formação do futuro, especificamente na manutenção do respeito à vida e na transmissão de valores às gerações mais jovens. Devemos arregaçar as mangas e abraçar nosso gênio feminino!

sábado, 5 de outubro de 2019

Parte 20 - Como ler as Sagradas Escrituras | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson


Quem é a menina mártir brasileira Benigna, que o Papa Francisco vai beatificar


Aleteia Brasil


Ela foi morta aos 13 anos de idade porque resistiu a uma tentativa de estupro no Ceará

Nesta semana, o Brasil foi abençoado com a notícia de que o Papa Francisco autorizou a beatificação da menina mártir Benigna Cardoso da Silva, assassinada aos 13 anos de idade porque resistiu aos assédios sexuais de um adolescente.

Reconhecida como “heroína da castidade“, a menina nascida em 15 de outubro de 1928 em Santana do Cariri, no Ceará, foi morta em 24 de outubro de 1941 depois de ser abordada por Raul Alves a poucos metros da própria casa, enquanto ia buscar água. O rapaz a golpeou com um facão porque ela se recusou firmemente a ter relações sexuais com ele.

O pe. Cristiano Coelho Rodrigues, mentor espiritual de Benigna, escreveu na época uma nota ao lado do registro de batismo da menina:

“Morreu martirizada, às 4 horas da tarde, no dia 24 de outubro de 1941, no sitio Oiti. Heroína da Castidade, que sua santa alma converta a freguesia e sirva de proteção às crianças e às famílias da Paróquia. São os votos que faço à nossa santinha”.

A devoção a Benigna foi crescendo ao longo dos anos. A Romaria da Menina Benigna, que acontece desde 2004 entre os dias 15 e 24 de outubro, passou neste ano a fazer parte do calendário oficial do Estado do Ceará.

Dom Gilberto Pastana, bispo da diocese do Crato, declarou a respeito da autorização concedida pelo Papa Francisco para a beatificação de Benigna:

“Alegremo-nos todos, toquemos os sinos de nossas igrejas, clamemos ao Senhor essa vibrante alegria, não somente para a diocese de Crato, mas para todo o Ceará e o Brasil!”

No próximo dia 21 de outubro, será celebrada a Santa Missa na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato, às 17h, “em louvor a tão grande acontecimento”.

O pe. Paulo Lemos, pároco de Santana do Cariri, resumiu para a imprensa cearense o que a beatificação de Benigna confirma:

“Aqui viveu uma santa de Deus e ela poderá ser elevada à honra dos altares”.

Parte 19 - A busca da Verdade nas Escrituras | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson

A pergunta que lhe dará a chave para uma vida de oração satisfatória


Philip Kosloski

PRAYER

Se você está lutando para encontrar tempo para rezar, faça esta pergunta

Muitas vezes, queremos ter uma vida de oração gratificante, mas dificilmente encontramos tempo para rezar. A vida é corrida e não é fácil encontrar tempo durante o dia para parar tudo e conversar com Deus.

O arcebispo Fulton Sheen escreveu sobre o que ele achava ser a fórmula ideal para encontrar tempo para rezar:

“No início do sacerdócio, eu rezava a Hora Santa durante o dia ou a noite. À medida que os anos passavam, e eu me tornava mais ocupado, eu fazia a Hora Santa de manhã cedo, geralmente antes da Santa Missa. Os padres, como todo mundo, são divididos em duas classes: galos e corujas. Alguns funcionam melhor de manhã, outros à noite.”

A pergunta, então, que todo mundo precisa se fazer é: “Sou um galo ou uma coruja?”

Para muitos de nós, a vida, no horário comercial, é incontrolável.  Independentemente de termos de ir para ou trabalho, ficarmos em casa com as crianças ou de sermos aposentados, nossos horários, normalmente, são lotados de afazeres.

Isso nos dá duas opções principais para um período prolongado de oração: começo da manhã ou fim da noite. Esses dois blocos de tempo geralmente são folhas em branco – e normalmente temos controle total sobre o que acontece nestes horários. Claro, podemos ter que levar nosso filho para o jogo de basquete, jantar e tirar o lixo, mas todos os dias escolhemos o que fazer depois que as crianças estão na cama e todas as tarefas concluídas. Podemos sentar para assistir televisão até altas horas da noite, jogar horas e horas de videogame ou realizar uma série de outras atividades.

Claro que a recreação e o relaxamento após um dia estressante não são coisas ruins. Precisamos descansar e nos acalmar. O ponto principal é que podemos escolher o que fazer antes de irmos para a cama e quando acordamos. Portanto,  optar por rezar por 15 a 30 minutos nesse horários é uma possibilidade real.

Então, se você quer ter uma vida de oração satisfatória, descubra em qual parte do dia você vai incluir a oração. Faça disso uma prioridade e você ficará surpreso com a forma como sua vida pode mudar radicalmente para melhor.

2º Episódio - Depressão Não é Frescura! | Como ajudar alguém com depressão? Como você pode se ajudar?

1º Episódio - Depressão Não é Frescura! | O que é felicidade? Qual a diferença entre tristeza e depressão?

Depressão tem cura? Qual a diferença entre depressão e tristeza? Trailer Depressão não é Frescura!

DESCUBRA SEU BIOTIPO - É SUPER FÁCIL !

Adrenalina sobre duas rodas

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Parte 18 - Católicos que não leem a bíblia | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson

Quer ter mais paciência? Aprenda com a natureza


Prof. Felipe Aquino

MOTYL

Deus usa da natureza para nos fazer pacientes, já que esta lição é fundamental para nossa salvação

São Tiago diz que a paciência nos leva à perfeição, a meta de nossa vida cristã. “É preciso que a paciência efetue a sua obra a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma” (Tg 1,4). Ele chega a dizer que é uma “suma alegria” passar por diversas provações, já que elas produzem em nós a paciência (Tg 1,2). É impressionante esse “suma alegria”. Os santos dizem que há dois tipos de martírio: o da morte pela espada; e o da morte lenta, também por amor a Deus, pela paciência.

Não há barreira espiritual que não caia pela força da paciência, que é fruto da fé e do abandono da vida em Deus. Foi pela paciência que Abraão esperou o seu Isaac, 25 anos após a promessa de Deus. Foi pela paciência que Jó venceu as provações e agradou a Deus. Foi pela paciência que a Igreja venceu todos os seus inimigos até hoje: o império romano, as heresias, as perseguições, o comunismo, o ateísmo, os pecados dos seus filhos, etc. Sem paciência não é possível o crescimento humano e espiritual.

Quando os nossos pecados e fraquezas nos assustam e nos desanimam, é preciso ter paciência conosco e aceitar a nossa dura realidade. Assim os santos chegaram à santidade. Quando é difícil caminhar depressa, então é preciso ter paciência e aceitar caminhar devagar. José e Maria salvaram o Menino das mãos de Herodes, indo passo a passo até o Egito. A pressa é inimiga da perfeição.

Quando o trabalho de cada dia se torna monótono e cansativo, é preciso fazê-lo com paciência, oferecendo cada gota de suor a Deus. Quando a oração se torna difícil, é preciso mantê-la com paciência, deixando que ela mesma aumente em nós essa virtude. Quando o obstáculo é intransponível às nossas possibilidades, é preciso saber esperar as circunstâncias mudarem, a graça de Deus agir, e tudo acontecer. Santa Teresa D’Ávila, doutora da Igreja, nos ensina: “Nada te perturbe; nada te espante. Tudo passa. Só Deus não muda; a paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta: Só Deus Basta!”

Quando o sofrimento se faz presente, é preciso não se desesperar, e fazer como os passarinhos que, quietinhos no ninho, esperam a tempestade passar… O remédio é a paciência!

“O sofrimento aceito com paciência é o mais rápido caminho da santificação”, nos garante São Francisco de Sales, com sua autoridade de doutor da Igreja. Foi o santo da paciência; nada lhe tirava o sorriso dos lábios.

Maria, nossa Mãe, é a mulher da paciência. Sempre soube esperar o desígnio de Deus se cumprir, sem se afobar, sem gritar, sem reclamar… A paciência é amiga do silêncio e da fé.

“Meu filho, se entrares para o serviço de Deus (…) prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência… sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência” (Eclo 2,1-3).

Deus usa da natureza para nos fazer pacientes, já que esta lição é fundamental para nossa salvação. Para que todos pudessem sem se cansar aprender essa lição, Deus a colocou como a base da criação. Você semeia o grão de milho e tem de esperar pacientemente seis meses para colher a espiga. Primeiro o grão germina; gera a plantinha que cresce e se fortalece aos poucos, sem cessar e sem correr, silenciosamente. Se adapta ao solo, ao clima, ao tempo… Depois vêm as flores e por fim o fruto.

Toda a natureza nos dá essa lição: crescer devagar, sem parar, com paciência e em silêncio. Nós fomos uma única célula no ventre caloroso da mãe, ela se dividiu em duas… em milhões, aos poucos, lentamente. E assim Deus nos teceu no seio materno, como a mulher vai tricotando uma blusa, ponto por ponto, sem parar, sem correr. Que lição de vida!

É Deus nos falando pelo espelho da natureza. Feliz de quem sabe contemplá-la e aprender as suas belas lições. Tudo que a gente fizer sem paciência e sem contar com a natureza, ela mesma se incumbe de destruir. Deus atrelou nossa vida na paciência que a natureza nos ensina sem cessar.

Parte 17 - Sabedoria | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson


O que eu quero que meus filhos saibam sobre ser católico


Laura Hanby Hudgens

FIRST COMMUNION

Tudo o que ensinamos e toda prática que adotamos devem levar nossos filhos ao relacionamento profundo com Cristo

Vinte anos atrás, quando nossos dois filhos mais velhos eram bebês, meu marido e eu fomos recebidos na Igreja Católica. Eu estava muito feliz na época, e minha alegria nunca diminuiu. Eu amo ser católica. Eu amo a beleza e a unidade da nossa fé.

O ensino do Magisterium tem sido uma fonte de tremendo conforto para mim, colocando meus pés em terreno doutrinário sólido depois de anos saltando de igreja em igreja. E o mais importante: na Igreja Católica, meu relacionamento com Jesus se aprofundou e minha confiança em Seu amor e na Sua misericórdia foi fortalecida.

Como minha fé católica tem sido uma tremenda bênção e por acreditar que tudo o que a Igreja ensina é verdadeiro, naturalmente quero que meus filhos amem nossa fé e continuem católicos.

Para esse fim, tento sempre ter a certeza de que eles conhecem nossa história e se familiarizam com os santos e heróis de nossa fé. Quero que eles conheçam e entendam nossas doutrinas e dogmas, nossas tradições e nossa liturgia. Quero que eles desenvolvam um relacionamento com nossa Mãe Santíssima, amem-na e honrem-na como Jesus a ama e honra. Eu quero que eles se aprofundem nas Escrituras Sagradas e desenvolvam amor e devoção pela palavra inspirada de Deus, mantendo contato constante com ela. E, é claro, quero que eles entendam e recebam os sacramentos como fontes da graça de Deus.

Há muito o que ensinar e muito para eles entenderem. Tudo isso é importante para a salvação e a vida em Cristo. No entanto, quando paro e penso sobre meu objetivo final para meus filhos, eu sei, é claro, que é um relacionamento com Jesus. Esse é todo o propósito de nossa fé católica. É todo o propósito de nossa existência.

Se nossos filhos conseguirem listar todos os papas de Pedro a Francisco, se conseguirem explicar todos os dogmas, se conseguirem recitar o Angelus, o Rosário e a Ladainha dos Santos, mas não conhecerem Deus, não O amarem nem O servirem, perdemos nosso tempo.

Isso não quer dizer que a educação religiosa seja uma perda de tempo ou que não devemos ensinar a nossos filhos a riqueza e a plenitude de nossa fé católica. Certamente não queremos deixar de lado os ensinamentos da Igreja. Não queremos dar a nossos filhos a impressão de que sentimentos calorosos por Jesus substituem a intimidade que compartilhamos com Ele nos sacramentos ou que as preferências pessoais superam a beleza e a riqueza da liturgia.

Por outro lado, por mais preciosa e poderosa que seja nossa fé católica, pais e educadores religiosos nunca devem perder de vista o fato de que tudo isso – as doutrinas, os dogmas, os sacramentos, os santos, as orações e as Escrituras – nos foi dado para nos ajudar a conhecê-Lo, amá-Lo e servi-Lo neste mundo – e ser feliz com Ele no próximo. Tudo o que ensinamos e toda prática que adotamos deve levar nossos filhos mais profundamente a esse relacionamento com Cristo.

Como convertida, sempre foi importante para mim incutir em meus filhos uma sólida compreensão dos ensinamentos da Igreja Católica. Agora que eles são mais velhos, rezo para que não tenha passado tanto tempo ensinando-os sobre a Igreja de Jesus e deixado de enfatizar a eles que o objetivo é ajudar-nos a conhecer, amar e servir Aquele que a fundou.

É claro que sei que minhas tentativas de levar meus filhos a Cristo por meio de Sua Igreja podem ser imperfeitas. Meus filhos terão dúvidas e perguntas sem respostas. Eles podem até se afastar por um tempo. Mas não importa quão imperfeitos meus esforços possam ter sido; confiei-os àquele que é perfeito, e confio que, aconteça o que acontecer, Ele acabará por liderá-los de volta à beleza e plenitude da verdade encontrada na Igreja Católica.