quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Medite sobre o amor de Maria e José pelo Menino Jesus


Por: Philip Kosloski

HOLY FAMILY

Após o nascimento de Jesus, seus pais o olharam com um amor que nós deveríamos imitar

O Natal é uma oportunidade perfeita para usar nossa imaginação durante a oração. Especialmente para os pais, pode ser uma experiência poderosa meditar no terno amor que José e Maria tiveram pelo filho recém-nascido.

Em um livro de orações do século XIX, o autor olha para o casal sagrado e pondera o que estava acontecendo em seus corações. Primeiro, podemos imaginar o imenso amor que Maria teve pelo menino Jesus:

É Jesus, o grande Deus do céu, que veio viver e sofrer como uma criança pequena, para que possamos ver o quanto Ele nos ama e como deseja estar conosco.

Ele não está sozinho. Uma jovem e gentil mãe se inclina sobre ele. Seus olhos estão cheios de amor e adoração.

Uma mãe terna e vigilante.

A Terra nunca viu uma mãe assim. Nunca pode haver outra igual a ela, tão pura, tão santa, como uma flor de lírio branco e impecável entre os espinhos escuros da terra.

Ela não tem lugar melhor nesta noite para colocar seu bebê recém-nascido.

É Maria, nossa Mãe Maria.

Sua e nossa mãe para sempre.

Depois de meditar sobre o amor que Maria tinha por Jesus, podemos voltar nossos pensamentos a José e a toda admiração que ele deve ter sentido:

Um homem sério e pacífico os vigia, calmo no meio de toda essa cena de pobreza.

Nada pode perturbá-lo, nada o assusta, pois seu coração pertence a Deus, àquela criança cujo pai adotivo ele é a partir de agora.

É José, nosso querido São José.

José deve ter tido muito o que contemplar naquela noite de Natal. Ele nunca esperava ser o pai-guardião do Messias.

É providencial que a época do Natal tenha uma “oitava”, oito dias durante os quais a Igreja celebra o dia de Natal, refletindo sobre os muitos mistérios revelados naquela noite.

Para nós, vamos tentar lembrar a noite de Natal e meditar sobre os santos pais de Jesus, colocando-nos com eles, até segurando o Menino Jesus em nossos próprios braços. Que a paz que eles sentiram esteja conosco e, esperançosamente, permaneça conosco pelo resto do ano.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Novo filme de Terrence Malick é uma lição de resistência à pressão dos colegas


Michael Rennier

Film Une vie cachée

“Uma vida oculta” é a história inspiradora de Franz Jagerstatter, cuja coragem e integridade podem ajudar a moldar-nos

Onovo filme de Terrence Malick, A Hidden Life (Uma vida oculta/Uma vida escondida), lançado nos cinemas este mês, é baseado na história real do beato Franz Jagerstatter, um agricultor austríaco, casado e pai de três filhos, que foi recrutado como soldado do exército alemão em 1943.

Mesmo que os horrores dos campos de concentração nazistas ainda não haviam sido revelados, ele tinha certeza de que a guerra estava errada. Pior ainda, todos os soldados do exército eram obrigados a prestar juramento de lealdade a Hitler.

Franz estava disposto a encontrar uma maneira de servir no exército, se fosse necessário, talvez num hospital, mas estava absolutamente decidido que não juraria lealdade pessoal a Hitler. No filme, enquanto os homens se alinham à esquerda e à direita diante do comandante, levantam a mão direita e fazem um juramento, Franz permanece com os dois braços ao lado, os lábios imóveis. Ele não trairá suas convicções internas. Por sua coragem, ele é jogado na prisão e, depois, executado.

Depois de assistir ao filme, fiquei refletindo muito. Tenho uma mente independente e autoconfiante em relação ao certo e ao errado, mas teria sido tão íntegro quanto Franz?

Pensei ainda: como tenho reagido à pressão dos colegas? Olhando para trás, é fácil afirmar que eu teria agido como Franz, que todos sabiam que Hitler era mau e que ninguém com um pingo de fibra moral teria cooperado com ele.

Mas aqui está o que me incomodou: tenho certeza de que eu teria prestado juramento. De alguma forma, eu teria me convencido de que era justificável, que estava fazendo isso pela minha família, que não havia problema em mentir para homens maus, que eu estava sendo forçado a fazê-lo e que não era minha culpa.

Na aldeia de Franz, St. Radegund, todos os outros juraram e lutaram pelos nazistas. Seus vizinhos não eram homens maus, estavam apenas tentando sobreviver, mas a cumplicidade deles deixou Franz isolado e sozinho.

No filme de Malick, enquanto Franz debate se vai prestar juramento ou não, ele está sujeito à pressão dos colegas em todas as direções. Seus amigos dizem que ele será executado e deixará seus filhos órfãos – ele estaria abandonando sua família, dizem eles.

O prefeito argumenta agressivamente que ele está envergonhando toda a vila. Amigos e vizinhos se voltam contra ele, zombam dele e evitam-no. Na prisão, ele é repetidamente interrogado e pressionado a mudar de ideia. Eles dizem que sua postura moral não tem sentido, que ele perderá a vida por nada e que tudo o que precisa fazer é prestar juramento e dizer algumas palavras insignificantes para ser libertado. Até o próprio advogado que o defende no julgamento militar tenta forçá-lo a mudar de ideia.

Tenho certeza de que toda essa pressão afetou Franz. A pressão dos colegas não funciona apenas em crianças em idade escolar; os adultos são influenciados diariamente. Há pressão para ter um casamento perfeito, uma casa digna de uma revista, uma carreira de sucesso. Há pressão para nunca questionar as normas sociais, seguir o fluxo e não causar problemas. Qualquer pessoa que vote no político errado ou expresse uma opinião antiquada – mesmo que seja algo que todos acreditamos há alguns anos atrás – pode ser evitada ou ridicularizada.

Isso pode ocorrer de várias maneiras. Na minha própria vida, por exemplo, não como carne às sextas-feiras, pois ainda é uma prática penitencial normativa para os católicos. Até isso causa uma pressão sutil dos colegas, porque eu tenho que escolher restaurantes específicos se encontrar um amigo na sexta-feira e, ocasionalmente, chego a um jantar de sexta-feira à noite apenas para parecer rude por não comer.

Eu também sou pai de seis filhos e há pressão dos pais de todos os cantos. As crianças não praticam esportes o suficiente, não têm as roupas certas nem os eletrônicos mais novos, são muito restritas em quais filmes podem assistir e com quem podem brincar… isso continua e continua. A pressão dos colegas geralmente não é explícita, mas existe muito e é uma poderosa influência em nossas decisões.

Como podemos resistir?

Primeiro, precisamos estar cientes de como a pressão dos colegas está nos afetando. Estamos sendo indevidamente influenciados por outros a ponto de estarmos sendo falsos em nossa própria consciência?

Isso pode acontecer facilmente, porque na verdade existem dois fatores na tomada de decisões: um processo racional, pelo qual logicamente pensamos em nossas decisões; e um componente emocional, que está diretamente conectado à nossa sensação de bem-estar.

Basicamente, quando tomamos uma decisão que nos ajuda a nos encaixar em um grupo, nosso cérebro libera uma substância química chamada dopamina, que nos faz sentir calmos. Isso é particularmente forte no cérebro dos adolescentes, mas também afeta os adultos. Ela fornece forte motivação para tomar uma decisão simplesmente porque assim a pessoa se sente bem.

Quantas vezes decidimos fazer algo apenas pela influência de outra pessoa? Precisamos entender como a pressão dos colegas atua em nosso cérebro e desenvolver um forte senso de autoestima e confiar em nós mesmos. Franz Jagerstatter levou um tempo para refletir sobre sua decisão. Ele sabia que estava certo e se recusou a deixar alguém convencê-lo disso. Ele não era um homem teimoso e de mente fechada. Ele discutiu sua decisão com a esposa, por exemplo, mas nunca permitiu que o impulso emocional superasse a razão e seu compromisso de fazer o que sabia ser o certo.

Todos estamos sujeitos à pressão dos colegas e não há como escapar dela (embora possa ser aconselhável riscar as pessoas prejudiciais de nossas interações diárias). O mundo é um lugar maravilhoso, e a diversidade de nossas opiniões, a maneira como influenciamos e ensinamos uns aos outros pode ser realmente bonita.

Acho que nenhum de nós gostaria de estar totalmente isolado. Mas viver em sociedade significa que nos depararemos com a pressão dos colegas. O beato Franz Jagerstatter nos mostra como podemos enfrentar isso.

No final, Franz morreu com a morte de um mártir, mas, ao contrário do que todos disseram, ele não foi esquecido. Ele não só foi beatificado pela Igreja – um passo importante na canonização de um santo – como também virou filme sob as mãos de um dos diretores mais talentosos de nossa época.

Acontece que fazer a coisa certa, ser fiel a si mesmo e proteger sua integridade pessoal são qualidades altamente valorosas. Aqueles que resistem à pressão dos colegas, ao que parece, são as pessoas que mudam o mundo.

domingo, 15 de dezembro de 2019

BloggerFlix - À Procura Da Felicidade





Um filme Inspirado em uma história real, À procura da felicidade narra a trajetória de Chris Gardner, um pai de família que passa por problemas financeiros e é abandonado pela esposa.

Interpretado por Will Smith, Chris se vê na posição de pai solteiro e precisa cuidar de seu filho, Christopher, de cinco anos.

Ele consegue um estágio em uma corretora de ações devido à sua habilidade como vendedor, mas o trabalho não é remunerado.

Com tantos problemas financeiros, Chris e o filho são despejados e passam a viver em abrigos, banheiros públicos e estações de metrô.
Chris, no entanto, nunca abandonou a motivação para mudar a sua realidade.

O filme de superação conta a trajetória dele até se tornar um milionário, atuando como corretor da bolsa de valores.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

A Trindade - Capitulo II - O procedimento neste estudo sobre a Trindade


 Imagem relacionada

Considerando o precedente, com a ajuda de nosso Deus e Senhor e conforme nossa capacidade, empreenderemos a tarefa que nos pedem, e assim demonstraremos que a Trindade é um só e verdadeiro Deus, e quão retamente se diz, se crê e se entende que o Pai, o Filho e o Espírito Santo possuem uma só e mesma substância ou essência.

Assim não poderão afirmar, por assim dizer, que enganamos os adversários com nossas pretensões. Mas que se convençam pela própria experiência de que existe aquele sumo Bem, só visível às mentes muito puras. 

E se eles não podem compreender, é porque o limitado olhar da inteligência humana não é capaz de se fixar nessa luz sublime, se não for alimentado pela justiça fortalecida pela fé. 

Primeiramente, porém, é preciso demonstrar pela autoridade das santas Escrituras, a certeza de nossa fé. 

Em seguida, se Deus assim quiser e ajudar, atenderemos a esses gárrulos raciocinares mais cheios de si do que capazes, vítimas de um mal deveras perigoso, a fim de que encontrem uma doutrina da qual não possam duvidar.

Se não quiserem se convencer, queixem-se antes da debilidade de suas mentes do que da verdade, ou mesmo da nossa argumentação. 

Se neles ainda restar algum amor ou temor a Deus, retornem aos princípios e à ordem da fé, e assim experimentem a saudável medicina dos fiéis, existente na Igreja, de modo que uma piedade autêntica cure a mente doentia incapaz de perceber a verdade imutável, e leve a evitar que a temeridade desregrada os faça emitir opiniões maldosamente falsas. 

Não me cansarei de procurar, se tiver alguma dúvida; e não me envergonharei de aprender, se cair em algum erro.



Referências: Patrística - Santo Agostinho - A Trindade - Vol. 7. Editora Paulus. 

As figuras bíblicas que não podem faltar no presépio


Mathilde de Robien

crèche


Use a Bíblia como guia – e não esqueça o burro!

Se você tiver que fazer uma escolha, por razões financeiras ou estéticas, entre a multidão de figuras a serem incluídas no seu presépio, deixe suas decisões serem guiadas pela Bíblia.

Que melhor guia do que os Evangelhos para nos ajudar a representar melhor o nascimento do Menino Jesus? Quando confiamos nas Escrituras, apenas cerca de 10 personagens estão presentes no cenário da Natividade. Os textos de São Lucas e São Mateus, os dois evangelistas que contam a história do nascimento de Jesus em Belém, falam sobre os principais personagens que estiveram envolvidos neste acontecimento?

A SAGRADA FAMÍLIA

“Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura.” (Lucas 2,16)

Maria e José, cuja rendição total à vontade de Deus permitiu que Cristo viesse ao mundo, são os personagens centrais da Natividade. Quanto a Jesus, para quem todos os olhos convergem, Ele é o futuro rei do universo. Às vezes, surge um debate: o menino Jesus deveria estar fora do presépio até a véspera de Natal? Ou podemos colocá-lo na manjedoura no primeiro domingo do advento? É aconselhável colocá-lo na noite de Natal. Mas cada família pode seguir suas próprias tradições.

O ANJO DO SENHOR

“Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. 10.O anjo disse-lhes: “Não temais, eis que vos anuncio uma Boa-Nova que será alegria para todo o povo.”  (Lucas 2, 9-10)

O anjo não está lá para “parecer bonito” acima da manjedoura. Enviado por Deus, o anjo alerta os pastores do nascimento de Cristo no relato de São Lucas (capítulo 2). O anjo, portanto, tem um lugar especial no presépio.

OS PASTORES

“E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lucas 2,7)

Os pastores são os primeiros a serem informados do nascimento de Jesus e os primeiros a vir a adorá-lo. É por isso que as ovelhas também têm seu lugar no presépio! Um pastor e duas ovelhas são suficientes para representar os rebanhos.

OS MAGOS

“Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.” (Mateus 2,11)

Os Magos, que se acredita serem estudiosos persas, aparecem apenas no Evangelho de Mateus (capítulo 2). Seus nomes – Gaspar, Melchior e Balthazar – foram dados apenas a eles no século VI. Eles ficam um pouco mais afastados da manjedoura para indicar que estão a caminho. A chegada deles na frente do Menino Jesus acontece em 6 de janeiro, o dia da Epifania.

O BURRO E O BOI

Quer os amantes das cenas da Natividade gostem ou não, burros e bois não são mencionados nas histórias bíblicas da Natividade. Portanto, não os consideramos indispensáveis. A tradição popular foi realmente extraída de um evangelho apócrifo chamado “Pseudo-Mateus”, onde está escrito que “dois dias após o nascimento do Senhor, Maria deixou a caverna, entrou em um estábulo e colocou a Criança em uma manjedoura, e o boi e o burro, dobrando os joelhos, O adoravam.” Os primeiros escritores cristãos também associaram a presença desses animais com uma passagem de Isaías (capítulo 1, versículo 3), lida como uma referência ao Messias: “O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono”.

O mundo sobrenatural dos Anjos - Pe. Paulo Ricardo

Acredite Mais em Você | Padre Fábio de Melo

Oração de uma mãe de família


Edifa

MOTHERHOOD


Uma mãe de família cristã não pode viver plenamente o seu dia sem colocá-lo nas mãos de Deus

A oração permite de fato relativizar muitas preocupações e modismos. Ela dá a cada coisa o seu lugar, mesmo no funcionamento da casa. A oração de uma mãe frequentemente ocupada não precisa ser longa, mas ela é essencial.

Todo o meu trabalho de hoje eu te oferto, meu Deus,

Para a tua glória e pela salvação do mundo

Que nada no meu dia se perca, Senhor

Tu vês meus problemas, esforços e o cansaço que tento esconder

Novamente, tudo coloco em tuas mãos.

Coloca no meu coração alegria e amor,

Sobretudo nas horas que eu estiver mais cansada,

Para que aqueles que voltam para a nossa casa se sintam um pouco 

perto de ti!



Bénédicte Drouin

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Como o Advento nos ensina a ser melhores como pais e mães


Michael Rennier

CHRISTMAS

O Advento tem muito a nos ensinar sobre o valor da paciência, principalmente com as crianças

Minha esposa e eu recebemos seis filhos neste mundo, e cada gravidez parece ter durado mais do que a anterior. Talvez seja que, à medida que envelhecemos, tenhamos menos resistência física. Ou talvez, a cada novo bebê, fiquemos mais empolgados e impacientes para conhecer o próximo. A gravidez é para pessoas pacientes. Parece uma espera infinitamente longa por aquele novo pequenino.
A gravidez é a primeira de muitas e muitas vezes que nossos filhos nos fazem esperar. Agora passamos nossos dias esperando que as crianças calcem os sapatos para podermos ir à igreja, esperando no carro para buscá-las nas práticas esportivas, esperando que elas finalmente desliguem as telas. Esperamos as birras e discussões terminarem.

No passado, eu tendia a responder a provocações muito rapidamente. Se alguém dissesse algo que eu não gostasse, respondia rapidamente com um comentário sarcástico ou defensivo. Havia muito pouco pensamento sobre como eu realmente deveria reagir, apenas um sentimento rápido, seguido por uma resposta da qual me arrependeria imediatamente. Eu era muito impaciente, do tipo que fica muito frustrado quando um comprador na minha frente caminha muito devagar com o carrinho no corredor do supermercado ou um motorista anda muito devagar na pista.

Para aqueles que a possuem, essa falta de paciência é transferida para a paternidade, onde a falha é rapidamente exposta. Os bebês, por exemplo, são literalmente conectados para estressar seus pais. É uma técnica de sobrevivência. Quando me tornei pai, não entendia que meu bebê não estava chorando porque estava querendo que eu o pegasse – ele estava apenas tentando nos dizer que estava com fome. À medida que os bebês se tornam crianças, eles começam a explorar seus limites. Eles começam a contar mentiras inúteis e elaboradas sobre coisas aleatórias. Desobedecem de propósito ou testam a determinação e a consistência das regras estabelecidas.

Lembro que minha filha de três anos correu uma vez para a rua 100 vezes seguidas. Cada vez eu dizia a ela “Não” e a colocava de volta no quintal. Pela centésima vez, ela finalmente conseguiu e parou de correr para a rua, mas demorou muito tempo. As crianças podem se tornar fisicamente agressivas enquanto trabalham para resolver as emoções. Na adolescência, eles passam por uma exploração natural de seus limites, muitas vezes ultrapassando fronteiras e encontrando o caminho para a maturidade apenas cometendo erros.

Tudo isso é um jogo de espera. Os pais devem, com calma, mas consistentemente, ajudar seus filhos a crescer, e isso requer muita paciência. No final, a recompensa é um ser humano totalmente atualizado, que vale absolutamente a pena, mas para nós pais, que ainda estamos no meio dela, a luz no fim do túnel pode parecer terrivelmente distante.

O tempo do Advento, é claro, é como a espera pela chegada de um bebê. Então, o  Advento também é um jogo de espera. Todo impulso que temos insiste em que estamos perdendo tempo, se não avançarmos para o Natal e começarmos a comemorar o mais cedo possível. Por causa disso, o Advento se perdeu na confusão dos preparativos para as férias, o que é uma pena, porque o Advento tem muito a nos ensinar sobre o valor da paciência. Ele traz um foco renovado à disciplina espiritual, incentivando-nos a examinar nossas vidas para que a celebração do Natal, uma vez que finalmente chegue, seja realmente significativa.

Quando me tornei católico, nove anos atrás, e comecei a levar o Advento a sério, isso não apenas me ajudou a me preparar para o Natal, mas também a desenvolver uma vontade de ser paciente comigo mesmo e com todas as minhas falhas. Isso me ensinou o valor da espera. Espiritualmente, sou como uma criança que ainda comete erros constantes. Deus espera por mim. Sabendo disso, nunca vou desistir. Como um bom pai, Ele acredita em nós, mas nunca nos apressa, nunca fica impaciente à medida que avançamos em direção à maturidade espiritual.

Não posso deixar de notar que as disciplinas do Advento, se eu as aplicar à paternidade, são incrivelmente úteis. Não preciso responder rápida e imprudentemente às provocações de meus filhos. Mal posso esperar para responder até conseguir fazer isso de maneira mais apropriada e construtiva. Não preciso sentir frustração ou raiva porque meus filhos cometem erros ou parecem estar testando meus limites. Eles estão apenas sendo crianças e eu posso esperar. Não preciso me preocupar que eles não pareçam estar amadurecendo no ritmo que acho que deveriam. Posso confiar que, com o amor e a orientação de sua mãe e eu, eles ficarão bem. Não preciso me apressar para alcançar uma meta imaginária no futuro. Eu posso esperar aqui com meus filhos, amando cada minuto de compartilhar a jornada ao lado deles.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Precisamos perdoar e pedir perdão - Padre Gilson Sobreiro

O catador de lixo que fez questão de pagar o dízimo (e além do valor correto)



Redação da Aleteia / Comunidade Shalom


“Eu dou 1 real a mais para Deus”, disse o homem

O site da Comunidade Shalom publicou um testemunho emocionante e surpreendente.

A missionária Raquel Tomé conta que auxiliava em uma Missa na cidade de Fortaleza, CE, quando avistou um “senhor, já com os cabelos brancos, roupa suja e aspecto pobre. Ele vinha com um carrinho de coleta de lixo, aproximou-se da esquina da praça,  sentou-se no chão e começou a abrir os sacos de lixo buscando alguma coisa que desse para vender”.

A missionária, então, se compadeceu do homem e rezou a Deus, pedindo para que não faltassem o pão material e o espiritual para aquele senhor.

Terminadas as orações, o homem pediu para falar com um dos acólitos, que chamou Raquel.

“Eu estava fazendo a coleta quando um irmão me disse que aquele senhor queria dar alguma coisa’. Eu pensei que fosse um papel com intenções para colocar na missa, então me aproximei dele e perguntei o que ele desejava. O homem respondeu-me exatamente assim: ‘Eu acabei de ganhar R$ 50,00, quanto tenho que dar de dízimo?’.

Eu fiquei tão surpresa que respondi sem calcular, afirmando que seriam R$ 10,00. Ele então falou: ‘Fica aí que eu vou pegar mais’ , e foi até o seu carrinho de lixo. Vi que ele estava com algum dinheiro na mão,  o papel que eu pensava ser de intenções. Como fiquei na dúvida, por conta da emoção, perguntei e um irmão me falou que o valor do dízimo seria de R$ 5,00. Então, corri atrás do senhor e falei  que o correto seriam cinco reais”, conta a missionária.

A surpresa

Quando o homem voltou, Raquel Tomé ficou surpresa com o gesto dele. Ela detalha:

“O senhor me deu 3 notas de R$ 2,00 e falou: ‘eu dou um real a mais para Deus’, e repetiu: ‘EU DOU UM REAL A MAIS PARA DEUS’. Fiquei tão emocionada, perguntei se tinha um lápis ou caneta para eu anotar o nome dele para colocar no meu caderno de intercessão. Ele então apontou com as duas mãos para o céu e disse: ‘não precisa, Deus está vendo’. Pegou seu carrinho, com os olhos cheios de lágrimas – os meus também – e foi embora”.

Claro que este ato de gratidão foi visto e reconhecido por Deus com muito amor!



quinta-feira, 14 de novembro de 2019

É correto usar a mão esquerda para fazer o sinal da cruz? Por quê?


Pe. Henry Vargas Holguín

Resultado de imagem para porque nao se faz o sinal da cruz com a mão esquerda

Depois de descobrir o significado deste gesto, você terá muito orgulho de fazer o sinal da cruz
Pergunta

É correto usar a mão esquerda para fazer o sinal da cruz? Sou canhota e às vezes o faço com a esquerda. Quando eu era criança, minha mãe me ensinou que só se faz com a mão direita. É verdade ou mito? 

Resposta

“O cristão começa o seu dia, as suas orações, as suas atividades, pelo sinal da cruz ‘em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém’. O batizado consagra o dia à glória de Deus e apela para a graça do Salvador, que lhe permite agir no Espírito, como filho do Pai. O sinal da cruz fortalece-nos nas tentações e nas dificuldades” (Catecismo da Igreja Católica, 2157).

A primeira pessoa a fazer o sinal da cruz foi o próprio Jesus, que estendeu seus braços na cruz. E seus braços estendidos entre o céu e a terra traçaram o sinal indelével da Aliança.

Nos primeiros séculos, era costume fazer o sinal da cruz sobre a testa. Pouco a pouco, o costume se transformou no que conhecemos hoje: fazer uma grande cruz sobre nós mesmos, da testa ao peito e do ombro esquerdo ao direito.

E por que os padres abençoam com a mão direita?

Porque os antigos ícones mostram Cristo ou os hierarcas da Igreja abençoando com a mão direita.

A direita nos recorda a alegria dos que foram salvos, dos que fazem a vontade de Deus, já que o Filho colocará as ovelhas fiéis à sua direita (Mt 25, 31).

Esta forma de fazer o sinal da cruz também tem um significado teológico profundo.

O sinal da cruz começa com a mão direita da cabeça até o peito, aceitando que nosso Senhor Jesus Cristo desceu do alto (isto é, do Pai) à terra pela sua santa Encarnação.

O sinal da cruz continua, partindo do lado esquerdo, onde está o coração, lugar no qual se guarda com amor o mistério pascal de Jesus (sua dolorosa Paixão e Morte), a dirigindo-se depois ao lado direito, recordando que Jesus está sentado à direita do Pai pela sua gloriosa Ascensão. Ou seja, a cruz termina na glória celestial.

A Igreja sempre considerou o lado direito como preponderante. É por isso que, para traçar o sinal da cruz, usa-se também a mão direita.

Ao incensar o altar, também se começa sempre pelo lado direito.

Nosso Senhor nos diz que, entre outras coisas, a caridade também se faz com a mão direita: “Quando você der esmola, que sua mão esquerda não saiba o que fez a direita” (Mt 6, 3).

Mas é importante fazer o sinal da cruz de maneira especial?

Sim. Nós não temos nenhuma autoridade para mudar, negar ou criticar, segundo nossa maneira de pensar, a tradição cristã que é observada hoje e que começou há muitos séculos.

Precisamos levar em consideração que, no âmbito da vida social, há protocolos que têm de ser respeitados, mesmo quando ainda não conhecemos sua origem ou significado. Quando se cumprimenta alguém, dá-se a mão direita, não a esquerda, por exemplo.

As regras de boas maneiras na sociedade não são meras formalidades, mas expressam respeito e cordialidade. Quando, em nome da espontaneidade, as pessoas deixam de lado as boas maneiras, podem acabar se tornando até brutas, ásperas, toscas.

Na vida de piedade acontece a mesma coisa. A mão direita é considerada mais “digna” e por isso a usamos.

Assim, por exemplo, o padre dá a comunhão com a mão direita, ainda que seja canhoto. Não é proibido nem pecado que se dê a comunhão com a esquerda, mas é uma questão de boa educação litúrgica, bem como um detalhe de amor a Jesus.

De qualquer maneira, é bom conservar detalhes que têm um significado e, se fazemos por amor, valem ainda mais. Não se trata de formalismos vazios. Nossa fé dá sentido a estes gestos.

Utilizar a mão direita para as ações litúrgicas e/ou religiosas nunca pode ser ofensivo para os canhotos. De fato, os bispos e sacerdotes canhotos também fazem o sinal da cruz e dão bênçãos com a mão direita.

Evidentemente, utilizar a direita, mais que uma questão de fé, é uma convenção, que busca expressar uma maior dignidade no que se faz – daí que signifique um maior respeito e, portanto, mais amor também.

Na liturgia, a elegância também é uma virtude e, se os gestos são feitos com amor, seu significado e mérito serão maiores.

Valorizar a cruz

Quando entendemos o que a cruz implicou para Jesus a favor nosso, quando recordamos que na cruz Jesus nos amou até o extremo, e se nosso pequeno gesto do sinal da cruz é consciente, estaremos continuamente reorientando nossa vida em boa direção, pois carregar a cruz é o que Jesus pede para segui-lo.

Todo gesto simbólico pode nos ajudar a entrar em comunhão com aquilo que o gesto significa, e isso é o mais importante.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Receita que dá água na boca - Torta de Sardinha da Mamãe


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"De vez em quando vemos notícias, que nos entristecem, de mulheres que dão à luz e em seguida abandonam seus bebês… no hospital, na rua, em sacolas, nas portas de casas, até no lixo…

Se você é como eu, presumo que também fica se questionando: “Por que isso ocorre?”, ou “Qual a real razão que leva uma mulher a não sentir compaixão por seu bebê?”

Cheguei a uma conclusão, ainda que não definitiva: Todo bebê precisa ser adotado no coração de sua mãe. Se esse “clique” não acontece, a mulher apenas gera… e assim, a missão dela acaba sendo a de proporcionar a uma outra mulher a dádiva de ser mãe. Repare que até mesmo um filho adotivo não será acolhido verdadeiramente se for só adotado judicialmente. O papel sozinho, as palavras impressas num documento, não vão acionar o “clique”. Repito: todo filho, biológico ou não, precisa ser adotado no coração da mãe. Esperamos que esse “clique”, vindo de Deus, aconteça naturalmente. A sociedade espera por isso. Talvez até a própria mulher tenha essa expectativa. Mas por motivos diversos, que não cabem a mim julgar, pode ocorrer que esse clique não funcione.

Dentro desse tema, comecei a refletir “ Por que será que, lá no íntimo, eu tenho essa convicção de que sou uma filha adotada no coração da minha mãe?”

Não é porque ela me alimentou, vestiu, penteou, lavou minhas roupas, ensinou, financiou meus gostos e cuidou de mim quando adoeci.

Nem é porque os melhores anos da sua juventude ela doou de bom grado a mim.

Tampouco é porque herdei o timbre da sua voz, o formato de seus olhos, sua morenice e seus quadris.

Não é porque ela me livrou das vezes em que eu me trancava no banheiro e não sabia sair.

Nem é porque me socorreu quando fui atropelada.

Não, não é porque a sua generosidade transcende todo o meu entendimento.

Também não, não é porque adotou meu marido como um filho e a minha filha como uma caçula extra.

Tudo isso foi importante e bem feito por ela, porém, não vamos apenas riscar o verniz. Existe mais debaixo da superfície. Muito mais.

Eis alguns motivos inegáveis pelos quais eu sei que sou sua filha não só de carne, mas também do coração:

É porque me surpreendo repetindo à minha filha as mesmas frases que minha mãe me dizia na minha infância.

É porque me encontro na urgência de ensinar à minha filha tudo o que sei. E muito do que sei, óbvio, veio da minha mãe: minha primeira professora.

É porque eu sinto que os cabelos brancos que coroam a cabeça dela — e começam a faiscar na minha — são uma chamada do ciclo da vida à responsabilidade sublime de tentar cuidar dela tão bem como ela cuidou de mim (e sei, com certo pesar, que jamais poderei retribuir todo esse cuidado na mesma medida).

É porque sua fé e muitos dos seus pontos de vista sobre a vida se fixaram em mim como um legado que atravessará gerações.

É porque sei que posso contar com ela, mesmo estando longe. Se eu a chamar, ela dará um jeito de se fazer presente.

É porque ela me olha com os olhos de misericórdia, que sabem que eu não sou flor que se cheire, mas me aceita mesmo assim.

É porque eu penso que, se eu conseguir ser para minha filha apenas metade do que minha mãe foi e tem sido pra mim, isso já fará de mim uma mãe maravilhosa.

“Mami”, obrigada por não ter se contentado só em me dar à luz, mas por ter me adotado em seu coração! Te amo!

A cozinha era onde ela passava boa parte do dia, nos anos 80, na Terra da Garoa. Em cima do seu fogão esmaltado vermelho sempre havia reluzentes panelas areadas com esmero, contendo a refeição para nutrir a família. Nessa cozinha paulistana, minha mãe me ensinou a comer de tudo, a ler cadernos de receitas escritos com sua letra arredondada, a lavar louça e a fazer a lição de casa.

Era indício certo de um gostoso final de semana quando a famosa torta de sardinha da mamãe nascia perfumada do forno dela. Essa torta sempre cresceu linda, com cara de pizza caseira. Veio da minha avó carioca o hábito de fazê-la aos sábados. A tradição passou para a minha mãe, que fazia em São Paulo , hoje eu faço em Curitiba e ensino a você a receita que minha filha também fará — sabe-se lá em qual cidade…

A sardinha, por ser barata, é considerada a “prima pobre” dos peixes. Que injustiça! Ela tem bastante ômega-3, uma gordura boa para o coração e para o cérebro. Combate o colesterol ruim, contribui para reduzir a pressão arterial e é rica em vitamina B12, mantendo o bom funcionamento do sistema nervoso.


__Torta
Torta de Sardinha da mamãe

- 10 colheres de sopa de farinha de trigo (usei integral, mas minha mãe sempre usa a tradicional)

- 2 colheres de sopa de maizena

- 2 colheres de sopa de fermento

- 3 ovos

- 1 xíc. de óleo

- 2 xíc. de leite

Todas as colheres de sopa devem ser com medidas “de mãe” — “fazendo morro“.

Bata os ingredientes no liquidificador, coloque a massa em fôrma untada e enfarinhada. Faça um molho a seu gosto com sardinhas, molho de tomate, cebola, pimentão, cheiro verde, queijo, milho, orégano ou o que preferir. Cubra a massa com esse molho e leve ao forno até a massa dourar nas bordas."


SAÚDE - Obesidade Infantil


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"Hipertensão arterial, alteração de gorduras no corpo, diabetes mellitus, resistência à insulina, dificuldade de locomoção, dificuldades na respiração, problemas na socialização…

Ao ler isso, nós automaticamente pensamos nos adultos obesos, comendo batatas fritas ou maionese; mas não se engane: todas as complicações acima são problemas que cada vez mais encontramos em crianças. E se os problemas nos adultos vão evoluindo com problemas no coração, rins e outros órgãos, imagine esses problemas evoluindo desde a infância! É triste ver gente ainda na juventude, mas com problemas de pessoas idosas…

A princípio, podemos pensar que, ao termos uma criança com problemas de sobrepeso, o problema deve ser hormonal. Nem sempre. Os problemas hormonais contabilizam uma pequeníssima parcela de culpa nesses quadros, e normalmente são crianças com obesidade grave.

Então de quem é a culpa da obesidade infantil?

Toda nossa! Dos pais ou responsáveis! Com certeza!
Acabamos com nossos bons hábitos de vida, mudando a alimentação do dia a dia, infelizmente para pior. Observe esses casos:

1-     A criança não gostou da comida oferecida no almoço, então não come e espera que a mãe faça algo mais apetitoso que ela goste de comer. Ou pior: existem crianças que passam quase o dia todo em jejum para à noite serem recompensadas com alguma guloseima, “pois afinal, não comeu nada o dia inteiro…”

2-     Em um restaurante ou mercado, o pai ou a mãe são vítimas de um surto com gritos, choros e pernas batendo por um certo alimento que o adulto acaba “tendo que comprar” para acabar com o surto.

3-     Na casa de familiares, os pais acabam levando um lanche para o filho porque ele não come as comidas oferecidas e os adultos acabam passando vergonha com a situação criada.

Isso tudo começa com a criança pequena, desde os 6 meses, quando introduzimos os alimentos para os bebês, os pais já devem cuidar dos hábitos alimentares. Somente sendo vigilantes e persistentes, esses adultos conseguirão que seu filho tenha um hábito alimentar saudável e não ganhe peso em excesso.

Mas e se isso já aconteceu? Não se desespere, pois existem três soluções…

A primeira é a reeducação alimentar. Isso vem de casa, e de todos. Não esperem que seus filhos sejam felizes comendo o que vocês, pais, não comem. A mudança é para todos. Isso também quer dizer não comprar guloseimas. Não estamos querendo que sua família faça uma dieta radical. Porém, sabemos que, se tem em casa, ele vai comer. Então, não compre…

A segunda: exercício físico é fundamental. Infelizmente, só alterando a alimentação, não teremos uma resposta total. Então coloque as crianças para brincar… Nada de computador e outros estímulos ao sedentarismo; isso só piora.

A terceira: reeducação sobre o horário e a maneira de comer. Sempre sentados à mesa; nada de comer na frente da TV ou computador; se possível, faça as refeições em horários específicos. Também não ofereça uma grande refeição à noite ou pouco antes da criança dormir.

As atitudes para prevenir ou tratar a obesidade infantil vêm primeiro de casa. Então vamos começar a mudança e pôr as mãos na massa. Nesse caso, as mãos na salada!"

Mães donas de casa


dona de casa

Como valorizar o trabalho e elevar a autoestima

Porque é fácil ser enganado e pensar que os resultados mais importantes são apenas os imediatos

Uma das coisas mais frustrantes sobre ser uma mãe que fica em casa é que você está inevitavelmente exausta no final do dia, mas de alguma forma, nada do que você fez parece explicar isso. Você trocou um monte de fraldas, você cozinhou e lavou roupa. Você ajudou com o dever de casa, levou as crianças ao parque… isso pode não parecer tão extraordinário assim.

Se todo esse trabalho diário doméstico parasse de repente, você pode apostar que as pessoas notariam. (Você já ficou gripada e ficou olhando alarmada quando a casa inteira ficou um caos?). O trabalho de uma mãe, quando é feito todos os dias, torna-se rapidamente invisível, às vezes até para a própria mãe. É difícil lembrar que isso conta.

Mesmo quando outras pessoas apreciam o que eu faço, raramente tenho o mesmo reconhecimento para mim mesma. Meu marido chegará em casa depois de um longo dia na fábrica, e me agradecerá pelo meu trabalho árduo, mas me sinto boba aceitando a gratidão – especialmente quando não tenho nada para mostrar, além de que todas as crianças estão vivas e relativamente secas. À noite, quando sou só eu e meus pensamentos, digo a mim mesma que não mereço estar tão exausta. Afinal, o que eu fiz mesmo?

Quando comecei a queixar de mim mesma, descobri que a melhor cura é me forçar a ser específica com minhas queixas. “Ok, então, vamos testar essa teoria”, eu penso. “O que exatamente eu fiz hoje?”

“…Humm” (é difícil começar a lembrar)… “Eu fiz o café da manhã das crianças, isso conta?”. Então eu me forço a recordar o dia e anotar tudo o que seria notado se não fosse feito. Jantamos na mesa como uma família? Alimentei meus filhos e dei à minha família um tempo especial para se conectarem uns com os outros. Jantares em família são importantes. Eu finalmente fui à consulta médica? Então eu estou fazendo o que é necessário para manter o corpo saudável e para proteger o resto da comunidade da potencial disseminação da doença. Eu li algum livro para meu filho enquanto o jantar estava no forno? Então mostrei que ele é importante para mim e que ele vale o meu tempo.

Só porque o seu trabalho não é visível, não significa que não seja valioso. Fazer minhas listas de tarefas está me ajudando a lembrar disso. Em vez de me lembrar de todas as coisas que preciso fazer amanhã, levo um minuto para me lembrar de todas as coisas que fiz hoje. Qualquer coisa que só é notado quando deixamos de cuidar – não importa quão pequena ou mais simples que seja – pertence a essa lista. A ideia é forçar você mesma a reconhecer todo o trabalho muito real que você fez, tanto mental quanto físico, para se recusar a aceitar que apenas um trabalho estimulante conta como trabalho.

Lembrar esta verdade pode fazer uma diferença real para a sua autoestima. A autoestima, afinal de contas, não é narcisismo. Você não deveria ter estima pelo que é genuinamente valioso? Bem, você é valiosa. Seu trabalho é valioso. E você deve a você mesma reconhecer isso.

Fonte: Aleteia