"Hipertensão arterial,
alteração de gorduras no corpo, diabetes mellitus, resistência à insulina,
dificuldade de locomoção, dificuldades na respiração, problemas na
socialização…
Ao ler isso, nós
automaticamente pensamos nos adultos obesos, comendo batatas fritas ou
maionese; mas não se engane: todas as complicações acima são problemas que cada
vez mais encontramos em crianças. E se os problemas nos adultos vão evoluindo
com problemas no coração, rins e outros órgãos, imagine esses problemas
evoluindo desde a infância! É triste ver gente ainda na juventude, mas com
problemas de pessoas idosas…
A princípio, podemos
pensar que, ao termos uma criança com problemas de sobrepeso, o problema deve
ser hormonal. Nem sempre. Os problemas hormonais contabilizam uma pequeníssima
parcela de culpa nesses quadros, e normalmente são crianças com obesidade
grave.
Então de quem é a culpa
da obesidade infantil?
Toda nossa! Dos pais ou
responsáveis! Com certeza!
Acabamos com nossos
bons hábitos de vida, mudando a alimentação do dia a dia, infelizmente para
pior. Observe esses casos:
1- A criança não gostou da comida oferecida
no almoço, então não come e espera que a mãe faça algo mais apetitoso que ela
goste de comer. Ou pior: existem crianças que passam quase o dia todo em jejum
para à noite serem recompensadas com alguma guloseima, “pois afinal, não comeu
nada o dia inteiro…”
2- Em um restaurante ou mercado, o pai ou a
mãe são vítimas de um surto com gritos, choros e pernas batendo por um certo
alimento que o adulto acaba “tendo que comprar” para acabar com o surto.
3- Na casa de familiares, os pais acabam
levando um lanche para o filho porque ele não come as comidas oferecidas e os
adultos acabam passando vergonha com a situação criada.
Isso tudo começa com a
criança pequena, desde os 6 meses, quando introduzimos os alimentos para os
bebês, os pais já devem cuidar dos hábitos alimentares. Somente sendo
vigilantes e persistentes, esses adultos conseguirão que seu filho tenha um
hábito alimentar saudável e não ganhe peso em excesso.
Mas e se isso já
aconteceu? Não se desespere, pois existem três soluções…
A primeira é a
reeducação alimentar. Isso vem de casa, e de todos. Não esperem que seus filhos
sejam felizes comendo o que vocês, pais, não comem. A mudança é para todos.
Isso também quer dizer não comprar guloseimas. Não estamos querendo que sua
família faça uma dieta radical. Porém, sabemos que, se tem em casa, ele vai
comer. Então, não compre…
A segunda: exercício
físico é fundamental. Infelizmente, só alterando a alimentação, não teremos uma
resposta total. Então coloque as crianças para brincar… Nada de computador e
outros estímulos ao sedentarismo; isso só piora.
A terceira: reeducação
sobre o horário e a maneira de comer. Sempre sentados à mesa; nada de comer na
frente da TV ou computador; se possível, faça as refeições em horários
específicos. Também não ofereça uma grande refeição à noite ou pouco antes da
criança dormir.
As atitudes para
prevenir ou tratar a obesidade infantil vêm primeiro de casa. Então vamos
começar a mudança e pôr as mãos na massa. Nesse caso, as mãos na salada!"
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