Tom Hoopes
A história desta família irá ajudá-los a entender a parábola
de Jesus sobre o Juízo Final
Recentemente, ouvi uma história de um aluno que me
horrorizou, porque vi o quão diabólico é este pecado comum – um pecado do qual
sou cúmplice, mas nunca confessei. É o pecado da falta de acolhida na missa e
da falta de hospitalidade em geral.
A família do aluno estava almoçando rapidamente em uma parada de estrada. Quando outra família os viu fazer o sinal-da-cruz, disseram que haviam “tentado ser católicos uma vez”.
“Tentou ser católico? O que você quer dizer?”
“Começamos a ler sobre a fé católica e começamos a ir à missa em uma igreja próxima todos os domingos. Estávamos pagando o dízimo e tudo mais”, disseram eles. “Fomos por cerca de dois meses. Mas ninguém nunca disse olá para nós. O padre nunca perguntou quem eram seus novos doadores. Nós apenas esperávamos um pouco após a missa todos os domingos. Então entrávamos no carro e dirigíamos para casa.”
Consequentemente, eles voltaram para a igreja protestante em que haviam começado, onde foram recebidos de braços abertos.
Ai. Eu tenho pensado muito nessa história e sobre a importância de fazer a acolhida na missa às pessoas novas que chegam na paróquia. Abaixo assinalo alguns lembretes do porquê devemos dar as boas-vindas aos estranhos em nossas vidas.
1. Faça isso porque você deve dar as boas-vindas aos
estranhos se quiser ir para o céu
A história da família me ajudou a entender a parábola de
Jesus sobre o juízo final.
De fato, o rei surpreende um grupo com a promessa de salvação, dizendo “eu era um estranho e você me acolheu”. E surpreende outro grupo com a maldição, dizendo “eu era um estranho e você não me acolheu”.
Assim, o que quer que eles tenham feito ao menor de seus irmãos, fizeram também a ele.
2. Aproveite a dica que a Bíblia oferece e não pense neles como estranhos
Jesus nos dá um conselho de como acolher os estranhos (ou o estrangeiro). De fato, ele diz que devemos pensar que estamos acolhendo o próprio Senhor.
A Carta aos Hebreus (13, 2) diz o mesmo:
Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E dos maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles.
Assim, pense da seguinte maneira: cada pessoa que você
encontra é feita à imagem e semelhança de Deus.
3. Seja como minha esposa, não como eu. Não aja como se fosse uma tarefa difícil
Minha esposa é caridosa, especialmente em relação à acolhida
na missa. Eu não sou. Se tivéssemos um tapete vermelho, ela o estenderia para
estranhos. Na verdade, ela costuma conversar com as novas famílias depois da
missa. Frequentemente, ensina nossos filhos a estarem atentos aos que não estão
sendo incluídos nas situações sociais.
Praticar hospitalidade de forma gratuita requer alguma preparação. Segundo São João Crisóstomo, “toda família deve ter um quarto onde Cristo seja bem-vindo na pessoa do estrangeiro faminto e sedento”.
4. A conversa leva à conversão
Jesus disse: “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos
outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos
outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos
outros.”
Como Jesus nos amou? Não apenas morrendo por nós. Ele amou os pecadores jantando com eles, e nos ama passando tempo conosco nos sacramentos. Na verdade, Ele fala às pessoas “de coração a coração”.
Sua salvação pode depender disso. E talvez não apenas a sua salvação.
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