Redação da Aleteia
Onda de acusações
falsas contra padres atingiu vários países. A verdade começa a vir à tona, mas
a mídia continua fingindo que não vê este lado
Ajustiça da Espanha
informou, em abril de 2017, que não foi encontrado nenhum indício real de que o
padre Román Martínez tivesse abusado sexualmente de um jovem que havia relatado
os supostos abusos ao Papa Francisco.
O Tribunal Provincial
de Granada, no sul do país, absolveu o pe. Román Martínez e, em sua sentença,
registrou que as declarações do jovem denunciante continham “graves
contradições” e que ele “proporcionou versões imprecisas e instáveis dos
acontecimentos“.
Mesmo depois dessa
decisão da justiça espanhola, a Santa Sé continuou a sua própria investigação e
análise minuciosa do caso. O Vaticano também concluiu que as acusações não se
sustentavam, constatando a inocência do sacerdote. Com isto, foi determinado
neste mês de novembro que a arquidiocese de Granada reabilite o ministério
sacerdotal do padre Román Martínez e de outros dois sacerdotes, pe. Francisco
José Martínez Campos e pe. Manuel Morales Morales, igualmente vitimados, como
supostos cúmplices, pela mesma acusação forjada de abuso sexual. Os padres
inocentados foram enviados a novas missões pastorais.
Segundo as falsas
acusações, os abusos sexuais teriam sido cometidos entre 2004 e 2007. Os três
sacerdotes afetados pela falsa denúncia ficaram afastados do ministério desde
outubro de 2014.
O caso repercutiu
mundialmente porque a suposta vítima tinha escrito ao Papa Francisco relatando
ter sofrido abusos. O Papa telefonou pessoalmente para o jovem, pediu perdão em
nome da Igreja e o orientou a contar todos os fatos ao arcebispo de Granada,
dom Javier Martínez, para que ele pudesse dar início a uma investigação. Esta é
a prática adotada pela Santa Sé na sua política de tolerância zero contra
abusos sexuais, fortalecida desde o pontificado de Bento XVI e tornada ainda
mais rígida pelo Papa Francisco.
Não é o primeiro caso,
nem será o último, de acusações falsas cometidas contra sacerdotes católicos por
supostos abusos sexuais. No entanto, os casos desmentidos não costumam ser
mencionados pelos veículos de mídia que fazem questão de alardeá-los em
manchetes garrafais quando as acusações são registradas, ainda que sem provas.
Um dos casos de mais
aberrantes de falsidade criminosa é o do jovem norte-americano Daniel
Gallagher, que ficou conhecido nos EUA como “Billy Doe”: por causa das suas
mentiras, três padres foram presos injustamente – e um deles, o pe. Charles
Engelhardt, morreu na cadeia em novembro de 2014 após ter um pedido negado pela
justiça para se submeter a uma cirurgia cardíaca. O caso é particularmente
revoltante quando se observam também as atitudes parciais adotadas por membros
do judiciário, que, em tese, deveriam ter defendido a justiça e a verdade.
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