sábado, 5 de outubro de 2019

Quem é a menina mártir brasileira Benigna, que o Papa Francisco vai beatificar


Aleteia Brasil


Ela foi morta aos 13 anos de idade porque resistiu a uma tentativa de estupro no Ceará

Nesta semana, o Brasil foi abençoado com a notícia de que o Papa Francisco autorizou a beatificação da menina mártir Benigna Cardoso da Silva, assassinada aos 13 anos de idade porque resistiu aos assédios sexuais de um adolescente.

Reconhecida como “heroína da castidade“, a menina nascida em 15 de outubro de 1928 em Santana do Cariri, no Ceará, foi morta em 24 de outubro de 1941 depois de ser abordada por Raul Alves a poucos metros da própria casa, enquanto ia buscar água. O rapaz a golpeou com um facão porque ela se recusou firmemente a ter relações sexuais com ele.

O pe. Cristiano Coelho Rodrigues, mentor espiritual de Benigna, escreveu na época uma nota ao lado do registro de batismo da menina:

“Morreu martirizada, às 4 horas da tarde, no dia 24 de outubro de 1941, no sitio Oiti. Heroína da Castidade, que sua santa alma converta a freguesia e sirva de proteção às crianças e às famílias da Paróquia. São os votos que faço à nossa santinha”.

A devoção a Benigna foi crescendo ao longo dos anos. A Romaria da Menina Benigna, que acontece desde 2004 entre os dias 15 e 24 de outubro, passou neste ano a fazer parte do calendário oficial do Estado do Ceará.

Dom Gilberto Pastana, bispo da diocese do Crato, declarou a respeito da autorização concedida pelo Papa Francisco para a beatificação de Benigna:

“Alegremo-nos todos, toquemos os sinos de nossas igrejas, clamemos ao Senhor essa vibrante alegria, não somente para a diocese de Crato, mas para todo o Ceará e o Brasil!”

No próximo dia 21 de outubro, será celebrada a Santa Missa na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato, às 17h, “em louvor a tão grande acontecimento”.

O pe. Paulo Lemos, pároco de Santana do Cariri, resumiu para a imprensa cearense o que a beatificação de Benigna confirma:

“Aqui viveu uma santa de Deus e ela poderá ser elevada à honra dos altares”.

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