sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

As figuras bíblicas que não podem faltar no presépio


Mathilde de Robien

crèche


Use a Bíblia como guia – e não esqueça o burro!

Se você tiver que fazer uma escolha, por razões financeiras ou estéticas, entre a multidão de figuras a serem incluídas no seu presépio, deixe suas decisões serem guiadas pela Bíblia.

Que melhor guia do que os Evangelhos para nos ajudar a representar melhor o nascimento do Menino Jesus? Quando confiamos nas Escrituras, apenas cerca de 10 personagens estão presentes no cenário da Natividade. Os textos de São Lucas e São Mateus, os dois evangelistas que contam a história do nascimento de Jesus em Belém, falam sobre os principais personagens que estiveram envolvidos neste acontecimento?

A SAGRADA FAMÍLIA

“Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura.” (Lucas 2,16)

Maria e José, cuja rendição total à vontade de Deus permitiu que Cristo viesse ao mundo, são os personagens centrais da Natividade. Quanto a Jesus, para quem todos os olhos convergem, Ele é o futuro rei do universo. Às vezes, surge um debate: o menino Jesus deveria estar fora do presépio até a véspera de Natal? Ou podemos colocá-lo na manjedoura no primeiro domingo do advento? É aconselhável colocá-lo na noite de Natal. Mas cada família pode seguir suas próprias tradições.

O ANJO DO SENHOR

“Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. 10.O anjo disse-lhes: “Não temais, eis que vos anuncio uma Boa-Nova que será alegria para todo o povo.”  (Lucas 2, 9-10)

O anjo não está lá para “parecer bonito” acima da manjedoura. Enviado por Deus, o anjo alerta os pastores do nascimento de Cristo no relato de São Lucas (capítulo 2). O anjo, portanto, tem um lugar especial no presépio.

OS PASTORES

“E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lucas 2,7)

Os pastores são os primeiros a serem informados do nascimento de Jesus e os primeiros a vir a adorá-lo. É por isso que as ovelhas também têm seu lugar no presépio! Um pastor e duas ovelhas são suficientes para representar os rebanhos.

OS MAGOS

“Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.” (Mateus 2,11)

Os Magos, que se acredita serem estudiosos persas, aparecem apenas no Evangelho de Mateus (capítulo 2). Seus nomes – Gaspar, Melchior e Balthazar – foram dados apenas a eles no século VI. Eles ficam um pouco mais afastados da manjedoura para indicar que estão a caminho. A chegada deles na frente do Menino Jesus acontece em 6 de janeiro, o dia da Epifania.

O BURRO E O BOI

Quer os amantes das cenas da Natividade gostem ou não, burros e bois não são mencionados nas histórias bíblicas da Natividade. Portanto, não os consideramos indispensáveis. A tradição popular foi realmente extraída de um evangelho apócrifo chamado “Pseudo-Mateus”, onde está escrito que “dois dias após o nascimento do Senhor, Maria deixou a caverna, entrou em um estábulo e colocou a Criança em uma manjedoura, e o boi e o burro, dobrando os joelhos, O adoravam.” Os primeiros escritores cristãos também associaram a presença desses animais com uma passagem de Isaías (capítulo 1, versículo 3), lida como uma referência ao Messias: “O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono”.

O mundo sobrenatural dos Anjos - Pe. Paulo Ricardo

Acredite Mais em Você | Padre Fábio de Melo

Oração de uma mãe de família


Edifa

MOTHERHOOD


Uma mãe de família cristã não pode viver plenamente o seu dia sem colocá-lo nas mãos de Deus

A oração permite de fato relativizar muitas preocupações e modismos. Ela dá a cada coisa o seu lugar, mesmo no funcionamento da casa. A oração de uma mãe frequentemente ocupada não precisa ser longa, mas ela é essencial.

Todo o meu trabalho de hoje eu te oferto, meu Deus,

Para a tua glória e pela salvação do mundo

Que nada no meu dia se perca, Senhor

Tu vês meus problemas, esforços e o cansaço que tento esconder

Novamente, tudo coloco em tuas mãos.

Coloca no meu coração alegria e amor,

Sobretudo nas horas que eu estiver mais cansada,

Para que aqueles que voltam para a nossa casa se sintam um pouco 

perto de ti!



Bénédicte Drouin

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Como o Advento nos ensina a ser melhores como pais e mães


Michael Rennier

CHRISTMAS

O Advento tem muito a nos ensinar sobre o valor da paciência, principalmente com as crianças

Minha esposa e eu recebemos seis filhos neste mundo, e cada gravidez parece ter durado mais do que a anterior. Talvez seja que, à medida que envelhecemos, tenhamos menos resistência física. Ou talvez, a cada novo bebê, fiquemos mais empolgados e impacientes para conhecer o próximo. A gravidez é para pessoas pacientes. Parece uma espera infinitamente longa por aquele novo pequenino.
A gravidez é a primeira de muitas e muitas vezes que nossos filhos nos fazem esperar. Agora passamos nossos dias esperando que as crianças calcem os sapatos para podermos ir à igreja, esperando no carro para buscá-las nas práticas esportivas, esperando que elas finalmente desliguem as telas. Esperamos as birras e discussões terminarem.

No passado, eu tendia a responder a provocações muito rapidamente. Se alguém dissesse algo que eu não gostasse, respondia rapidamente com um comentário sarcástico ou defensivo. Havia muito pouco pensamento sobre como eu realmente deveria reagir, apenas um sentimento rápido, seguido por uma resposta da qual me arrependeria imediatamente. Eu era muito impaciente, do tipo que fica muito frustrado quando um comprador na minha frente caminha muito devagar com o carrinho no corredor do supermercado ou um motorista anda muito devagar na pista.

Para aqueles que a possuem, essa falta de paciência é transferida para a paternidade, onde a falha é rapidamente exposta. Os bebês, por exemplo, são literalmente conectados para estressar seus pais. É uma técnica de sobrevivência. Quando me tornei pai, não entendia que meu bebê não estava chorando porque estava querendo que eu o pegasse – ele estava apenas tentando nos dizer que estava com fome. À medida que os bebês se tornam crianças, eles começam a explorar seus limites. Eles começam a contar mentiras inúteis e elaboradas sobre coisas aleatórias. Desobedecem de propósito ou testam a determinação e a consistência das regras estabelecidas.

Lembro que minha filha de três anos correu uma vez para a rua 100 vezes seguidas. Cada vez eu dizia a ela “Não” e a colocava de volta no quintal. Pela centésima vez, ela finalmente conseguiu e parou de correr para a rua, mas demorou muito tempo. As crianças podem se tornar fisicamente agressivas enquanto trabalham para resolver as emoções. Na adolescência, eles passam por uma exploração natural de seus limites, muitas vezes ultrapassando fronteiras e encontrando o caminho para a maturidade apenas cometendo erros.

Tudo isso é um jogo de espera. Os pais devem, com calma, mas consistentemente, ajudar seus filhos a crescer, e isso requer muita paciência. No final, a recompensa é um ser humano totalmente atualizado, que vale absolutamente a pena, mas para nós pais, que ainda estamos no meio dela, a luz no fim do túnel pode parecer terrivelmente distante.

O tempo do Advento, é claro, é como a espera pela chegada de um bebê. Então, o  Advento também é um jogo de espera. Todo impulso que temos insiste em que estamos perdendo tempo, se não avançarmos para o Natal e começarmos a comemorar o mais cedo possível. Por causa disso, o Advento se perdeu na confusão dos preparativos para as férias, o que é uma pena, porque o Advento tem muito a nos ensinar sobre o valor da paciência. Ele traz um foco renovado à disciplina espiritual, incentivando-nos a examinar nossas vidas para que a celebração do Natal, uma vez que finalmente chegue, seja realmente significativa.

Quando me tornei católico, nove anos atrás, e comecei a levar o Advento a sério, isso não apenas me ajudou a me preparar para o Natal, mas também a desenvolver uma vontade de ser paciente comigo mesmo e com todas as minhas falhas. Isso me ensinou o valor da espera. Espiritualmente, sou como uma criança que ainda comete erros constantes. Deus espera por mim. Sabendo disso, nunca vou desistir. Como um bom pai, Ele acredita em nós, mas nunca nos apressa, nunca fica impaciente à medida que avançamos em direção à maturidade espiritual.

Não posso deixar de notar que as disciplinas do Advento, se eu as aplicar à paternidade, são incrivelmente úteis. Não preciso responder rápida e imprudentemente às provocações de meus filhos. Mal posso esperar para responder até conseguir fazer isso de maneira mais apropriada e construtiva. Não preciso sentir frustração ou raiva porque meus filhos cometem erros ou parecem estar testando meus limites. Eles estão apenas sendo crianças e eu posso esperar. Não preciso me preocupar que eles não pareçam estar amadurecendo no ritmo que acho que deveriam. Posso confiar que, com o amor e a orientação de sua mãe e eu, eles ficarão bem. Não preciso me apressar para alcançar uma meta imaginária no futuro. Eu posso esperar aqui com meus filhos, amando cada minuto de compartilhar a jornada ao lado deles.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Precisamos perdoar e pedir perdão - Padre Gilson Sobreiro

O catador de lixo que fez questão de pagar o dízimo (e além do valor correto)



Redação da Aleteia / Comunidade Shalom


“Eu dou 1 real a mais para Deus”, disse o homem

O site da Comunidade Shalom publicou um testemunho emocionante e surpreendente.

A missionária Raquel Tomé conta que auxiliava em uma Missa na cidade de Fortaleza, CE, quando avistou um “senhor, já com os cabelos brancos, roupa suja e aspecto pobre. Ele vinha com um carrinho de coleta de lixo, aproximou-se da esquina da praça,  sentou-se no chão e começou a abrir os sacos de lixo buscando alguma coisa que desse para vender”.

A missionária, então, se compadeceu do homem e rezou a Deus, pedindo para que não faltassem o pão material e o espiritual para aquele senhor.

Terminadas as orações, o homem pediu para falar com um dos acólitos, que chamou Raquel.

“Eu estava fazendo a coleta quando um irmão me disse que aquele senhor queria dar alguma coisa’. Eu pensei que fosse um papel com intenções para colocar na missa, então me aproximei dele e perguntei o que ele desejava. O homem respondeu-me exatamente assim: ‘Eu acabei de ganhar R$ 50,00, quanto tenho que dar de dízimo?’.

Eu fiquei tão surpresa que respondi sem calcular, afirmando que seriam R$ 10,00. Ele então falou: ‘Fica aí que eu vou pegar mais’ , e foi até o seu carrinho de lixo. Vi que ele estava com algum dinheiro na mão,  o papel que eu pensava ser de intenções. Como fiquei na dúvida, por conta da emoção, perguntei e um irmão me falou que o valor do dízimo seria de R$ 5,00. Então, corri atrás do senhor e falei  que o correto seriam cinco reais”, conta a missionária.

A surpresa

Quando o homem voltou, Raquel Tomé ficou surpresa com o gesto dele. Ela detalha:

“O senhor me deu 3 notas de R$ 2,00 e falou: ‘eu dou um real a mais para Deus’, e repetiu: ‘EU DOU UM REAL A MAIS PARA DEUS’. Fiquei tão emocionada, perguntei se tinha um lápis ou caneta para eu anotar o nome dele para colocar no meu caderno de intercessão. Ele então apontou com as duas mãos para o céu e disse: ‘não precisa, Deus está vendo’. Pegou seu carrinho, com os olhos cheios de lágrimas – os meus também – e foi embora”.

Claro que este ato de gratidão foi visto e reconhecido por Deus com muito amor!