Hoje pela manhã, enquanto tomava um café com leite e
comia um pão com queijo assado na manteiga, vi a mascara que cobre o rosto
daquele pobre homem que tomava o seu café da manhã, refletindo sobre si mesmo,
enquanto comia um pão com queijo assado. O mundo inteiro passava diante dos
seus olhos, castanhos. Era como se fosse uma maquina do tempo, voltando ao
passado tão presente, mas ao mesmo tempo na imensidão de uma galáxias anos luz
longe da outra.
Quando as luzes se apagam, É assim que eu me sinto em
noites de sábado, desse outono inverno. Não sei exatamente no que estou
pensando. dessa vez alguém me chamou pelo o meu nome, e estava chorando com
medo do escuro que há dentro de si. Tentei ouvir, mas a televisão estava fora
do ar, fechei os olhos e olhei para dentro de mim, senti um imenso vazio. E
aquele alguém era o meu próprio eu, que estava me chamando. minha alma queimava
em chamas de amor.
O mundo estava feito uma dama de vermelho, dançando
naquele salão ao som de um bolero. E de longe eu observava na sede de sentir
seu corpo inteiro coladinho ao meu. Mas tudo isso foi um sonho de quem está trancado
há dias num quarto de hospício. Vivendo apenas de pensamentos retorico de um
passado que nunca existiu.
Só na minha cabeça. Será que a felicidade é uma mentira
que alguém contou em noites de solidão. Se for quero viver essa mentira até os
meus últimos dias de vida. Mas o poeta diz ao declamar um poemas de Mario
quitanda.
“Lá bem no alto do décimo
segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada
Esperança
E ela pensa que quando todas
as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada
miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o
povo:
— Como é teu nome,
meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo
de novo!)
Ela lhes dirá bem
devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é
ES-PE-RAN-ÇA...”
Quando acabou de declamar o poema esperança, seus olhos
se encheram de lagrimas .