quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Dicas úteis para ter uma memória de elefante

 Edifa 

Datas de aniversário, senhas, letras de músicas… Para evitar as lacunas de memória, temos que estimular constantemente nosso cérebro. Aqui você pode ler alguns exercícios práticos para colocar em funcionamento os neurônios diariamente

Amemória só se desgasta se não for usada. A doutora Cécile Maître dá algumas dicas para trabalhar ela todos os dias.

Como funciona a memória?

A memória nos permite capturar, acumular e recuperar as informações que recebemos. Existem três fases que intervêm em sucessão. Primeira, a memória sensorial, muito curta, da qual participam os cinco sentidos. Ela é muito importante para a instalação da segunda fase , a memória de curto prazo, que dura algumas dezenas de segundos e permite gravar um rosto, uma paisagem, uma figura, um fragmento musical …

Essas informações serão gravadas e armazenadas na memória de longo prazo, que abrange meses, anos ou mesmo uma vida inteira. Isso permite preservar lembranças, conhecimentos históricos e geográficos, mas também realizar ações como dirigir, digitar no computador, tocar piano …

Dependendo das tarefas realizadas, diferentes partes do cérebro são estimuladas, daí a importância das atividades mentais variadas. E perseverar: a habilidade de aprender diminui com a idade, mas não a capacidade.

Como exercitar a memória?

Aprender. De tudo um pouco: poemas, receitas, números de telefones, endereços, roteiros, listas de compras e, porque não, versículos bíblicos. Para fazer isso, podemos usar meios mnemônicos. Você tem que se esforçar para lembrar eventos importantes do dia, de meses ou anos anteriores.

Jogar. Dando preferência à jogos que requeiram reflexão, lógica e conhecimentos: baralho, xadrez, Scrabble, palavras cruzadas, Sudoku, jogo do Memory. É conveniente ir revezando eles, pois cada um apela para o funcionamento de uma atividade cerebral diferente.

Ler. Ler faz o cérebro funcionar melhor do que as telas do computador. Reveze livros de reflexão com jornais, revistas e livros de romances. Nada melhor do que viajar no tempo e no espaço para reacender as memórias da escola.

Manter a calma. O estresse e a ansiedade atrapalham a capacidade de aprender.

Deixe-se surpreender, maravilhe-se! A indiferença é um obstáculo à memória.

E … dormir. Durante a noite, o cérebro classifica e organiza as informações do dia. A falta de sono prejudica a memória.

Doutora Cécile Maître

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Você já imaginou ser a primeira e única pessoa católica do seu país? Este homem foi

Redação da Aleteia

KINLEY TSHERING

“Como se não bastasse” (e não bastava mesmo), ele ainda se ordenou padre em 1995 – o primeiro padre do seu país

Oreino budista do Butão, situado entre a Índia e a China, não permitia a conversão a outras religiões quando Kinley Tshering se converteu ao catolicismo, tornando-se o único católico do seu país. “Como se não bastasse” (e não bastava mesmo), ele ainda se ordenou padre.

O Butão só permitiu legalmente a plena liberdade religiosa em 1995. Mas já em 1974, aos 15 anos, Kinley havia abraçado o catolicismo quando estudava numa escola católica de Darjeeling, na Índia, recebendo os sacramentos em segredo. Depois, ele estudou com os jesuítas em Bangalore e Mumbai.

 Ele sentia uma inquietação interior:

“Eu sempre quis consagrar minha vida a Cristo como sacerdote. Mas meus estudos profissionais, as pressões da família e o meu estilo de vida não estavam ajudando a tomar uma decisão final”.

Foi quando ele pediu que Deus lhe desse um sinal:

“Eu me lembro que pedi a Deus: ‘Tens que me dar um sinal como aquele que deste a Teresa do Menino Jesus, de ver neve no verão. O suficiente para que eu não duvide’. Foi assim que eu rezei durante uma viagem, na Missa de domingo, perto do hotel”.

 Era o ano de 1986 e Kinley trabalhava como representante de uma empresa indiana. Em um voo para Calcutá, ele se sentou ao lado de ninguém menos que… a Madre Teresa de Calcutá.

“Meu coração batia forte e estava difícil até de respirar (…) Ela ficou muito curiosa quando eu contei que era do Butão e que era católico. Expliquei que tinha me convertido e, naquele pouco tempo ao lado dela, percebeu a angústia do meu coração: o meu desejo de ser sacerdote, mas todas as tentações que eu tinha . Ela pegou a minha mão e me disse: ‘Eu não digo isso para muita gente, mas digo a você: você tem vocação. Seja generoso com Deus e Ele será generoso com você’. Os meus olhos se encheram de lágrimas e eu chorei todo o resto do voo para Calcutá, cheio de alegria. Eu tinha pedido a Deus um milagre para confirmar a minha vocação e Ele me enviou um anjo, como tinha enviado para a Virgem Maria. Eu não tinha mais nada a dizer a não ser ‘Eis-me aqui! Sou o servo do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra'”.

Kinley entrou no noviciado jesuíta em Kurseong e, após a sua ordenação sacerdotal, em 1995, foi até Calcutá para agradecer à Madre Teresa pela sua ajuda. Quando ela o viu, a primeira coisa que disse foi:

“Durante os últimos dez anos eu rezei por você”.

O pe. Kinley Tshering foi o primeiro padre católico de Butão. Depois de ter sido o superior da comunidade dos jesuítas de Darjeeling, na Índia – a mesma cidade onde havia descoberto a Cristo em sua juventude -, o pe. Kinley retornou há cerca de três anos para o seu país natal, onde é missionário. A comunidade católica do Butão é um “pequeno rebanho”, como na metáfora evangélica: são hoje cerca de 100 católicos em todo o país.