Comportamento infantil favorável aos legumes e verduras deve ser incentivado e trabalhado cedo
Quer criar filhos que tenham mente aberta e que não reclamem sobre ter de comer vegetais? Apresente-os a ervilhas e cenouras desde muito novos e não desista após a primeira tentativa, afirmam pesquisadores britânicos.
E eles entendem do assunto, já que, para a pesquisa, a equipe da Universidade de Leeds usou um dos alimentos menos populares e mais estranhos para os testes com os miniparticipantes: purê de alcachofra.
Para o estudo, cientistas alimentaram 332 bebês e crianças, com idades entre 6 e 38 meses, provenientes do Reino Unido, França e Dinamarca. As crianças receberam entre 5 e 10 porções de pelo menos 100g do purê, tanto em sua forma básica quanto adoçado ou misturado a óleo vegetal.
As crianças mais novas, principalmente aquelas com menos de 24 meses, consumiram mais purê do que as mais velhas. Aos dois anos, fase mais conhecida como "os terríveis dois", as crianças começam a descobrir sua vontade própria e ficam relutantes para testar coisas novas.
A maioria das crianças (40%) foi classificada como "aprendiz", e representa aquelas que aumentaram o consumo ao longo do tempo. Os "limpadores de pratos" foram aqueles que consumiram mais de 75% do que era oferecido e representaram 21% do total. Os "não alimentados" foram os que comeram menos de 10g após cinco tentativas (16% do total). Os demais foram classificados como outros.
Os pesquisadores descobriram que o grupo mais complicado, dos "não alimentados", era composto sobretudo pelos mais velhos, já em época de pré-escola. Eles descobriram, também, que adoçar o purê não fazia diferença alguma na quantidade ingerida pelas crianças. A moral do estudo?
— Se você deseja encorajar seus filhos a comerem vegetais, procure começarcedo e oferecer o alimento repetidamente. Mesmo se seu filho é difícil, a exposição de cinco a 10 vezes irá ajudar— declara a líder da pesquisa, Marion Hetherington.
Outros estudos sugerem que uma variedade maior de vegetais seja oferecida, que se lidere pelo exemplo e que os vegetais não sejam classificados como saudáveis, na hora de convencer as crianças.
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