sexta-feira, 20 de junho de 2014

Comer muita carne vermelha pode aumentar risco de câncer de mama

Pesquisa de Harvard mostrou que probabilidade por ser 22% maior entre mulheres que consomem mais de seis porções do alimento por dia

Consumo de carne vermelha pode estar relacionado a risco de câncer de mama, diz estudo
Uma nova pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, sugere que uma alimentação rica em carne vermelha ajuda a elevar o risco de câncer de mama. Inversamente, substituir a carne vermelha por frango, peixe ou leguminosas ao menos uma refeição por dia diminui essa probabilidade.
Estudos já haviam sugerido que uma dieta rica em proteína pudesse favorecer o desenvolvimento do câncer de mama. Porém, como as fontes de proteína na alimentação são muito variadas, era possível supor que cada alimento proteico tivesse um efeito distinto sobre a doença.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Dietary protein sources in early adulthood and breast cancer incidence: prospective cohort study

Onde foi divulgada: BMJ

Quem fez: Maryam S Farvid Takemi, Eunyoung Cho, Wendy Chen e Walter C Willett

Instituição: Universidade Harvard, nos Estados Unidos

Resultado: Consumir muita carne vermelha pode elevar risco de mulher ter câncer de mama em até 22% durante vinte anos. Porém, substituir ao menos uma porção do alimento por frango, leguminosas, castanhas ou peixe diminui essa chance em 14%.
Diante disso, os pesquisadores de Harvard decidiram avaliar o impacto de diferentes fontes de proteína — incluindo carne vermelha, frango, peixe, leguminosas (como feijão, lentilha e ervilha) e castanhas — no risco de uma mulher ter câncer de mama.

O estudo da equipe, publicado nesta terça-feira no BMJ, se baseou nos dados de 89 000 mulheres que começaram a ser acompanhadas em 1991, quanto tinham entre 26 e 45 anos. Naquele ano, elas responderam a um questionário sobre seus hábitos alimentares relatando a frequência com que consumiam cada alimento a partir de uma escala que ia desde "nunca ou menos de uma vez ao mês" até "seis ou mais vezes por dia".
Durante os vinte anos seguintes, houve 2 830 casos de câncer de mama entre as participantes. A prevalência da doença foi 22% maior entre aquelas que comiam mais carne vermelha (seis ou mais vezes por dia) em comparação com as que consumiam o alimento com menor frequência (nunca ou menos de uma vez por mês). Carne vermelha inclui tanto o alimento não processado (carne bovina e suína, por exemplo) quanto o processado (como salsicha, presunto e bacon).

A pesquisa não encontrou relação entre o consumo de frango, peixe, leguminosas e castanhas e um risco maior ou menor de câncer de mama. No entanto, os resultados mostraram que substituir ao menos uma porção de carne vermelha por algum desses alimentos todos os dias pode diminuir a propensão à doença em 14%. 
Gordura — Não é somente uma dieta rica em proteína que foi associada a um maior risco de câncer de mama. Um estudo italiano publicado em abril deste ano demonstrou que consumir muita gordura eleva as chances de a mulher ter alguns tipo de tumores de mama. O risco aumenta especialmente com a ingestão de gordura saturada, que é encontrada em alimentos de origem animal, como carne vermelha, manteiga e queijo.

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