Dominika Cicha
James Harrison ficou
conhecido como “braço de ouro”
À primeira vista, James
Harrison, de 80 anos, é um simples senhor que brinca com seus netos, sai para
passear e coleciona selos postais. Mas ele tem em seu corpo um grande tesouro,
que salvou a vida de mais de 2 milhões de bebês australianos.
Tudo começou em 1951,
quando James, aos 14 anos, foi submetido a uma cirurgia para extrair um pulmão.
“Recebi 13 bolsas de sangue e a minha vida foi salva graças à ajuda de
desconhecidos. Eu disse para mim mesmo que, quando fosse o suficientemente
grande, iria me tornar um doador de sangue”, lembra.
Ele cumpriu a promessa
dois dias depois de completar 18 anos. Pouco depois, ficou sabendo que seu
sangue contém anticorpos raros, que podem ajudar as grávidas com risco de
seroconversão grave, relacionada ao
fator Rh do sangue. Isso acontece quando o sangue da mãe é Rh- e o do bebê é
Rh+. Nos piores casos, esta incompatibilidade de tipos sanguíneos causa abortos
espontâneos ou graves lesões cerebrais ao bebê.
Com a ajuda de James
Harrison (cujo corpo foi assegurado pela quantia de 1 milhão de dólares), os
médicos encontraram uma solução. A fim de prevenir a doença hemolítica do
recém-nascido, as mães recebiam o anticorpo anti-D extraído do sangue de James.
Dessa maneira, o “homem
do braço de ouro”, como ficou conhecido, salvou mais de 2 milhões de bebês. Um
deles foi seu neto, Scott.
“Eu conheci algumas
mães e elas me agradeceram por isso. Uma delas perdeu três filhos e, depois das
injeções, deu à luz sete bebês saudáveis. Talvez eu seja o responsável pela
superpopulação de nosso país. É genial ver as mães felizes e seus filhos”,
disse Harrison em uma entrevista ao Today.com.
Em 2011, ele doou
sangue pela milésima vez. Assim, seu nome foi incluído no Guiness Book, o livro
dos recordes.
Fontes: nydailynewc.com, today.com, cnn.com
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