domingo, 30 de dezembro de 2018
Morning Show - Papa, Bolsonaro, aborto e o filme
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
sábado, 22 de dezembro de 2018
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Coração de Maria, morada da Santíssima Trindade
Por: Nilton César Boni,
CMF
A Santíssima Trindade é
a comunidade perfeita. Pai, Filho e Espírito Santo vivem unidos e partilham da mesma
essência, deles procedem o bem e a criação, nada existe sem o consentimento
deles. A Trindade nos forma e nos ensina a viver em família, ordenadamente, com
equilíbrio e maturidade, sempre nos conduzindo para águas mais profundas na fé.
Deste mistério participa
Maria, com todo o seu ser e sua consciência de Mãe de Cristo. Maria, a
escolhida e bem-aventurada, participa da plena unidade da Trindade. Ela foi
agraciada com o dom da maternidade e desempenha no seio da família humana a
missão de atrair todos para seu Filho.
Repleta do Espírito
Santo, Maria torna-se o templo do divino, colaborando no mistério da salvação
da humanidade por meio da Encarnação do Verbo. A Virgem eleita, segundo o
desígnio da Trindade, comunica seu sim, de modo esplêndido, ao se entregar
totalmente à vontade do Pai. No coração da Trindade, Maria já ocupava um lugar especial,
fora pensada e amada como ninguém mais, foi escolhida na sua humildade e
reconhecida por Deus como a mulher cheia de ternura, encanto e admiração.
Nela, habita a certeza
de que nunca estamos sozinhos. Assim como o Bom Pastor cuida e dá a vida por
suas ovelhas, Maria cuida de seus filhos adotivos com determinação e amor, inserindo-os
no coração da Trindade para aprenderem a amar, consolar e edificar o Reino. Nos
olhos de Maria, a Trindade é a expressão da vida perfeita em Deus, lugar do repouso
e da misericórdia, onde os discípulos podem se abrigar e se instruir.
O específico da vocação
de Maria é que ela acreditou, confiou, entregou-se ao plano da salvação. A Mãe
do Senhor torna-se o templo do mistério cristão e faz chegar a todos o mesmo
amor que ela recebeu da Trindade. O que Maria tem na sua riqueza de dons, ela, generosamente,
partilha conosco. O melhor de Maria, sua sede de Deus, nos é entregue com a mesma
fé que um dia ela recebeu. Nesse sentido, a Trindade consuma sua presença,
abençoando a mulher e mãe de Nazaré como a “nova Eva”, disposta a abrigar em
seu coração o Deus verdadeiro, comunicado desde sempre mediante a fé.
O Coração de Maria é o
lugar onde a Trindade faz sua morada. Essa afirmação nos ensina a buscar o divino
cotidianamente a fim de que jamais nos separemos da inesgotável força de
santificação que a Trindade nos proporciona; faz com que sejamos cristãos
comprometidos com a construção de um mundo cheio de amor. Assim, desejamos
estar, permanentemente, sob a proteção do sagrado, vivenciando com profunda
reverência os mistérios de nossa fé.
Que o Coração de Maria
abra as portas do nosso coração para também nos convertermos na morada da Santíssima
Trindade. Que não desperdicemos nosso tempo com as futilidades da vida, mas
tenhamos ardentes experiências de encontro com a Trindade e comunguemos com
seus ideais.
Coração de Maria,
morada da Santíssima Trindade, tende piedade de nós!
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Coração de Maria, templo do Espírito Santo
Por: Nilton César Boni,
CMF
Na primeira cena da
Anunciação, o anjo do Senhor disse a Maria que a “sombra do Altíssimo” estaria
sobre ela. De fato, as coisas que aconteceram com Maria só se explicam por meio
da ação do Espírito Santo. Não são os olhos humanos que podem atestar o fato,
mas sim o mistério de Deus revelado ao coração da pobre jovem de Nazaré.
O Espírito Santo é a
força de Deus penetrando na alma das pessoas, dando vida e consolando os
corações. Maria é a portadora da luz, foi invadida plenamente com a força do
Espírito e dotada de todos os dons, como no dia de Pentecostes. Na Encarnação,
passa a entender os desígnios de Deus na história da humanidade, pois ela mesma
carrega no ventre a salvação. Sua história repleta de fé e bondade é o reflexo
da ação de Deus por meio do Espírito.
Naquele momento, somente
o anjo do Senhor testemunhou a fecundação, e os céus se abriram para louvar o
Criador. Só o Espírito foi capaz de elevar tamanha humanidade de Maria ao grau
de Mãe de Deus. Assim, ela se torna o templo, a morada do Espírito, aquela que
é cheia de graça e suscita a santidade.
É um fato inédito o que
aconteceu com Maria, e disso somos devedores. A sabedoria do Pai imprime na miséria
humana a mais alta celebração do mistério divino. Aquela mulher humilde
torna-se a portadora da fé que jamais encerra seu agir no mundo. Maria foi tão
especial ao se deixar invadir pelo Espírito que não pensou nas consequências,
simplesmente acolheu Deus com mansidão. O fiat, ou o “faça-se segundo a vontade
de Deus”, é um acontecimento rico em significados e transcende nossa fé.
Maria tem consciência
de sua missão de ser portadora do Espírito de Deus e, mesmo nas dificuldades,
quando se vê apunhalada pelo sofrimento do Filho, abandona-se em Deus, naquele
que a compreende e a restaura. O Espírito Santo faz de Maria uma nova criatura,
a nova Eva que agarra a serpente e instaura um novo tempo de graça para a
Igreja nascente. Só pode realizar as obras de Deus quem também deixa o Espírito
habitar em seu coração.
Com esse gesto, o
Coração Imaculado de Maria nos ensina que, pelo Batismo, Cristo faz sua morada
em nós. Ele, o cordeiro pascal, nos unge com o Espírito Santo, para que
iluminemos o mundo. É uma grande alegria poder participar desse ato de amor de
Deus e se unir a Maria na grande missão redentora.
Que a Santíssima Mãe de
Deus, templo do Espírito Santo, nos conduza à plena consciência da fé e que
sejamos templos de Deus para os que sofrem, os que ainda não se encontraram e,
principalmente, para as futuras gerações de cristãos. Como Maria, sejamos
homens e mulheres nascidos do Pentecostes, possamos falar a língua do amor e
fazer com que os dons sejam espalhados para a santificação e edificação da
criação inteira.
Coração de Maria,
templo do Espírito Santo, rogai por nós!
Horror: ocultando gravidez, blogueira matou e jogou no lixo filhos recém-nascidos
Por: Francisco Vêneto
A cultura do descarte
não é "retórica de sacristia", mas um fato inegável que precisa de
respostas - respostas que a própria cultura do descarte não pode dar
Ocanal de TV
norte-americano WBTW 13 divulgou que a youtuber e blogueira de maquiagem Alyssa
Anne Dayvault, de 30 anos, foi presa sob a acusação de matar dois filhos
recém-nascidos, em duas gestações diferentes, e jogá-los no lixo para manter
escondidas essas duas ocasiões em que havia ficado grávida.
Pela gravidade dos dois
crimes, ela aguarda julgamento no estado da Carolina do Sul sem possibilidade
de fiança.
De acordo com a
imprensa, Alyssa chegou com sangramento vaginal a um hospital de North Myrtle Beach,
onde os médicos constataram a presença de um cordão umbilical e de placenta e
acionaram a polícia para esclarecer o paradeiro do bebê.
Alyssa confessou que
tinha dado à luz e que o bebê havia nascido vivo, mas morreu por falta do
atendimento médico necessário e das medidas mínimas para a preservação da sua
vida. A blogueira de moda ainda admitiu que jogou o corpo numa lixeira e que
não informou às autoridades nem sobre o nascimento nem sobre o óbito de seu
bebê.
O caso ganhou
proporções ainda mais impactantes quando Alyssa assumiu que já tinha feito a
mesma coisa com um filho anterior, nascido em novembro de 2017. As autoridades
conseguiram registros médicos de um ultrassom feito por Alyssa no início do ano
passado, no qual se comprovava uma gravidez saudável.
Cultura do descarte –
literalmente
Alguns comentários de
internautas postados em redes sociais e em sites de notícias que repercutiram o
caso internacionalmente vão além do enviesado debate sobre o inexistente
“direito” a matar bebês e tocam o real assunto a ser discutido: o valor de uma
vida.
Tratou-se de um
infanticídio no mínimo culposo.
Quando se chega ao
ponto de deixar morrer culposamente não só um (o que já seria terrível), mas
dois filhos recém-nascidos, e de jogar os seus corpos no lixo como um gesto de
literal descarte do respeito à vida, fica claro, ou deveria, que a cultura do
descarte, assim denunciada pelo Papa Francisco, não é “retórica de sacristia”,
mas um fato inegável que precisa com urgência de respostas – e respostas que a
própria cultura do descarte não é capaz de dar.
O infanticídio, assim
como o aborto livre apresentado como suposto “direito” e até como “progresso”,
é um sintoma. A verdadeira doença é uma só e a mesma: a cultura do descarte.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
sábado, 15 de dezembro de 2018
Massacre em Campinas - o que a mídia omite
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
Perder o controle pode literalmente causar um ataque cardíaco
Por: Javier Fiz Pérez
O risco de um ataque cardíaco é significativamente maior
quando você perde a calma
Mau humor pode aumentar o risco de ter ataque cardíaco ou
derrame, segundo a Associação Americana de Psicologia.
De acordo com um estudo publicado no European Heart Journal,
pessoas que já têm fatores de risco, como histórico de doenças cardíacas, são
particularmente suscetíveis.
Nos 120 minutos após um ataque de raiva, o risco de sofrer um
ataque cardíaco aumenta quase cinco vezes e o de um derrame mais de três vezes,
de acordo com dados de nove estudos envolvendo milhares de pessoas.
Pesquisadores da Harvard School of Public Health mostraram
que uma explosão isolada de raiva representa um risco relativamente baixo. De
acordo com seus cálculos, no entanto, se for um episódio de raiva por mês, uma
em cada 10 mil pessoas com pouco risco cardiovascular teria um ataque cardíaco
ou derrame por ano – estatística que aumenta se forem indivíduos com alto risco
cardiovascular, já que seria quatro para cada 10.000 indivíduos.
Ataques cardíacos
Ataques cardíacos são a principal causa de morte em todo o
mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, e isso está crescendo; em
1990, representou 12% das mortes; em 2013, esse número estava próximo de 17%.
Um ataque cardíaco consiste na morte (ou necrose) de parte do
tecido de um órgão. Geralmente, a necrose ocorre como resultado da obstrução da
artéria que a irriga.
Quando o tecido necrótico está na musculatura do coração, é
chamado de infarto do miocárdio. Os infartos também podem ocorrer em outros
órgãos; além do coração, os mais comuns são o cérebro, os rins e o intestino.
Os infartos cerebrais são conhecidos como “acidentes
cerebrovasculares” ou “acidentes vasculares cerebrais”. Entre os fatores mais
relevantes que predispõem a ocorrência de ataques cardíacos estão o consumo de
tabaco e álcool, obesidade, sedentarismo, diabetes e níveis elevados de
colesterol. Eles também ocorrem com mais frequência em homens, em pessoas com
mais de 40 anos de idade e naqueles com histórico familiar de doença
cardiovascular.
Acúmulo de estresse
O risco é cumulativo, o que significa que as pessoas
propensas a perder a paciência têm maior probabilidade de sofrer um ataque
depois de uma explosão.
Cinco ataques de raiva por dia podem resultar em cerca de 158
ataques cardíacos extras para cada 10.000 indivíduos de baixo risco por ano.
Esse número aumenta para 657 se estivermos olhando para pessoas propensas a
problemas cardiovasculares.
O que está claro é que o estresse crônico pode contribuir
para doenças cardíacas, em parte porque pode aumentar a pressão sanguínea e em
parte porque as pessoas podem lidar com o estresse de maneira prejudicial, dois
exemplos dos quais podem ser o hábito de fumar e beber muito álcool.
Prevenção
A prática continuada de exercícios de relaxamento físico e
cognitivo pode ajudar o corpo a parar de emitir respostas de estresse em
momentos inapropriados. A pesquisa científica apoia particularmente os
procedimentos de relaxamento muscular progressivo e respiração lenta e
profunda. Resumindo: se você valoriza sua vida, certifique-se de que o controle
do estresse e da raiva esteja entre suas habilidades.
sábado, 1 de dezembro de 2018
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
O santo participa do mundo ele não participa da mundanidade
Trecho
da homilia de padre Eliseu
Domingo,
4 de Novembro de 2018. Solenidade de Todos os Santos
Os santos são pessoas
comuns que dirigem as suas vidas segundo a orientação do evangelho. Qual é a
orientação que o evangelho nos dá pra chegarmos a santidade? está no evangelho
segundo são Mateus no capitulo 5, as bem-aventuranças.
O Papa Francisco chama
as bem-aventuranças “a carteira de identidade do cristão”. Jesus começa dizendo nas bem aventuranças: Bem aventurados os pobres de espíritos, porque é deles o reino do céus. E o que
é um pobre de espirito? As vezes nós confundimos as coisas, e respondemos
assim, é uma pessoa humilde, desanimada, coitadinha.
Pobre de espirito não é
uma pessoa desanimada nem coitadinha, pobre de espirito é alguém que coloca a
sua esperança somente em Deus, seja na abundância de bens ou na ausência de
bens, seja na saúde ou na doença, seja na alegria ou na tristeza, ele coloca a
sua esperança em Deus. São esses os pobres de espíritos, Jesus os chamam de bem-aventuras
(felizes). Portanto o santo é alguém feliz. Feliz porque acolhe o projeto de
Deus em sua vida, e coloca-se a serviço do outro e também se coloca a serviço
do mundo. De modo o santo não é servir
ao mundo no sentido mundano, mas que está em todos os ambientes do mundo. Por
exemplo: todos aqueles irmãos nossos que já participam da gloria de Deus,
estiveram nas escolas, nos escritórios, no campo, no meio social. Foi ali o
terreno, o chão da vida que eles travaram a grande batalha para poder chegar a
participar do projeto de Deus.
Porque em qualquer
ambiente onde estivermos temos de viver por distinção ou seja viver de modo
diferente. O sal é diferente da comida e dá gosto, a luz é diferente da
escuridão para iluminar, o fermento é diferente da massa para fazer uma receita.
Assim deve ser a vida do santo, uma diferença que se mistura, na sagrada
escritura no livro de levítico no capítulo 11,45 diz: "Sedes santos porque Eu
Sou Santo". É Deus que fala para o seu povo. Quando nós dizemos Santo, Santo,
Santo. Nós estamos unidos a todos aqueles que estão na gloria cantando a
santidade de Deus. Elevemos nossos corações para Deus, com o desejo de também fazer
com que a nossa vida seja marcada pela santidade, mesmo com as tribulações do nosso dia a dia.
Mas é em meio as tribulações da vida que
somos provados para vivermos ou não a santidade. No livro do apocalipse capitulo 7,13-14 diz: Então um dos anciãos me perguntou: "Quem são estes que estão
vestidos de branco, e de onde vieram? " Respondi: "Senhor, tu o
sabes". E ele disse: "Estes são os que vieram da grande tribulação e
lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
São os mártires, são os
confessores, são os apóstolos, são os profetas de todas as épocas, de todas as
raças, de todos os tempos. Mas o nosso trabalho em vista da santidade se da no
presente, se da no agora, por isso que o evangelho insiste em apontar os pobres
de espirito porque deles é o reino dos céus.
Por isso que o salmo diz, “esta é a geração
que procura o Senhor”. Quem é essa geração que procura o senhor? É a geração
que não dirige a sua mente para crime, que não dirige a sua mente para mal. Portanto, onde nós vamos nos santificar, fora do mundo? Não, nós vamos nos santificar
estando no mundo. O santo participa do mundo, ele não participa da mundanidade,
uma coisa é o mundo outra coisa é a mundanidade. Embora nos santificamos neste meio da diversidade da vida. Numa constante busca de união com os outros e
naturalmente em comunhão com Deus.
Papa: anunciar Cristo não é marketing, mas coerência de vida
Na missa na Casa Santa
Marta, Francisco rezou pela unidade dos cristãos, no dia em que a Igreja
festeja Santo André, padroeiro da Igreja de Constatinopla.
Giada Aquilino – Cidade do Vaticano
Na festa de Santo André
(30/11), o Papa Francisco celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta, convidando
os fiéis a estarem "próximos da Igreja de Constantinopla", a Igreja
de André, rezando “pela unidade das Igrejas”.
Coerência em anunciar
Cristo
Na homilia, o Pontífice
exortou a deixar de lado “aquela atitude, o pecado, o vício” que cada um de nós
tem “dentro” de si, para ser “mais coerente” e anunciar Jesus de modo que as
pessoas creiam com o nosso testemunho.
Refletindo sobre a
Primeira Leitura, em que São Paulo explica como a fé provenha da escuta e a
escuta diz respeito à Palavra de Cristo, o Papa recordou como é “importante o
anúncio do Evangelho”, o anúncio de que “Cristo nos salvou, de que Cristo
morreu e ressuscitou por nós”. De fato, o anúncio de Jesus Cristo não é levar
"uma simples notícia”, mas “a única grande Boa Notícia”. Francisco explicou
então o que significa o anúncio:
Não é um trabalho de
publicidade, fazer propaganda para uma pessoa muito boa, que fez o bem, curou
tantas pessoas e nos ensinou coisas belas. Não, não é publicidade. Tampouco é
fazer proselitismo. Se alguém vai falar de Jesus Cristo, pregar Jesus Cristo
para fazer proselitismo, não, isso não é anúncio de Cristo: isso é um trabalho,
de pregador, feito com a lógica do marketing. Que é o anúncio de Cristo? Não é
nem proselitismo nem propaganda nem marketing: vai além. Como é possível
compreender isso? É antes de tudo ser enviado.
Portanto, ser enviado
“à missão”, fazendo entrar “em jogo a própria vida”. O apóstolo, o enviado que
“leva o anúncio de Jesus Cristo”, explicou Francisco, “o faz com a condição de
que coloque em jogo a própria vida, o próprio tempo, os próprios interesses, a
própria carne”. O Papa citou um ditado argentino, que implica “colocar a
própria carne sobre o fogo”, isto é, colocar-se em jogo.
Esta viagem, de ir ao
anúncio, arriscando a vida, porque jogo a minha vida, a minha carne – esta
viagem – tem somente passagem de ida, não de volta. Voltar é apostasia.
Anunciar Jesus Cristo com o testemunho. Testemunhar significa colocar em jogo a
própria vida. Faço aquilo que digo.
Os mártires
experimentam o verdadeiro anúncio
A palavra, “para ser
anúncio”, deve ser testemunho, reiterou Francisco, que fala de “escândalo” a
propósito dos cristãos que dizem sê-lo e depois vivem “como pagãos, como
descrentes”, como se não tivessem “fé”.
O Papa então convida à
“coerência entre a palavra e a própria vida: isso – evidenciou – se chama
testemunho”. O apóstolo, o anunciador, “aquele que leva a Palavra de Deus, é
uma testemunha”, que coloca em jogo a própria vida “até o fim”, e é “também um
mártir”. De outro lado, foi Deus Pai que para "fazer-se conhecer"
enviou “seu Filho em carne, arriscando a própria vida”. Um fato que
“escandalizava assim tanto e continua a escandalizar”, porque Deus se fez “um
de nós”, numa viagem “com passagem somente de ida”.
O diabo tentou
convencê-lo a tomar outra estrada, e Ele não quis, fez a vontade do Pai até o
fim. E anúncio Dele deve ir para a mesma estrada: o testemunho, porque Ele foi
a testemunha do Pai feito carne. E nós devemos fazer-nos carne, isto é,
fazer-nos testemunhas: fazer, fazer aquilo que dizemos. E isso é o anúncio de
Cristo. Os mártires são aqueles que [demonstram] que o anúncio foi verdadeiro.
Homens e mulheres que deram a vida – os apóstolos deram a vida – com o sangue;
mas também tantos homens e mulheres escondidos na nossa sociedade e nas nossas
famílias, que dão testemunho todos os dias, em silêncio, de Jesus Cristo, mas
com a própria vida, com aquela coerência de fazer aquilo que dizem.
Um anúncio frutuoso
O Papa recordou que
todos nós, com o Batismo, assumimos “a missão” de anunciar Cristo”: vivendo
como Jesus “nos ensinou a viver”, “em harmonia com aquilo que pregamos”, o
anúncio será “frutuoso”. Se, ao invés, vivemos “sem coerência”, “dizendo uma
coisa e fazendo outra contrária”, o resultado será o escândalo. E o escândalo
dos cristãos, concluiu, faz muito mal “ao povo de Deus”.
6 breves conselhos de um santo do século XX para vencermos a nós mesmos
Por: Redação da Aleteia
Um deles tem a ver com
o "minuto heroico" - que pode parecer até fácil de conquistar, mas...
São Josemaria Escrivá,
fundador do Opus Dei, propõe em seu livro “Caminho” diversas reflexões breves,
mas certeiras, para quem quer mudar de vida mediante o domínio de si mesmo.
Aqui vão 6 delas:
1 – “Procura
mortificações que não mortifiquem os outros” (179).
2 – “O mundo só admira
o sacrifício com espetáculo porque ignora o valor do sacrifício escondido e
silencioso” (185).
3 – “Tudo o que não te
leva a Deus é um estorvo. Arranca-o e atira-o para longe” (189).
4 – “Vence-te em cada
dia desde o primeiro momento, levantando-te pontualmente a uma hora fixa, sem
conceder um só minuto à preguiça. Se, com a ajuda de Deus, te venceres, muito
terás adiantado para o resto do dia. Desmoraliza tanto sentir-se vencido na
primeira escaramuça!” (191)
5 – “Estes são os
saborosos frutos da alma mortificada: compreensão e transigência para as
misérias alheias; intransigência para as próprias” (198).
6 – “O minuto heroico.
É a hora exata de te levantares. Sem hesitar: um pensamento sobrenatural e…
fora! O minuto heroico: aí tens uma mortificação que fortalece a tua vontade e
não debilita a tua natureza” (206).
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
Como se faz a meditação católica?
Por: Rumo à Santidade
Santo Afonso Maria de Ligório responde com o passo a
passo
A meditação ou oração mental contém três partes:
A Preparação
A Meditação
A Conclusão
I. PREPARAÇÃO
Na preparação fazem-se três atos:
1º Ato de Fé na presença de Deus, dizendo:
Meu Deus, eu creio que estais aqui presente e Vos
adoro com todo o meu afeto
2º Ato de Humildade, por um breve ato de contrição:
Senhor, nesta hora deveria eu estar no inferno por
causa dos meus pecados; de todo o coração arrependo de Vos ter ofendido, ó
Bondade infinita.
3º Ato de Petição de luzes:
Meu Deus, pelo amor de Jesus e Maria, esclarecei-me
nesta meditação, para que tire proveito dela.
Depois uma Ave Maria à Santíssima Virgem, a fim de
que nos obtenha esta luz; e na mesma intenção um Glória ao Pai a São José, ao
Anjo da Guarda e ao nosso Santo Protetor.
Estes atos devem ser feitos com atenção, mas
brevemente; depois deles se fará a Meditação.
II. MEDITAÇÃO
Para a Meditação sirvamo-nos sempre de um livro, ao
menos no começo, parando nas passagens que mais impressão nos fazem. São
Francisco de Sales diz que devemos imitar as abelhas, que se demoram numa flor
enquanto acham mel, e voam depois para outra.
Note-se além disto que são três os frutos da
meditação: afetos, súplicas e resoluções; nisto é que consiste o proveito da
oração mental. Assim, depois de haverdes meditado numa verdade eterna, e Deus
ter falado ao vosso coração, é mister que faleis a Deus:
1º Pelos Afetos
Isto é, pelos atos de fé, agradecimento, adoração,
louvor, humildade, e sobretudo de amor e de contrição, que é também ato de
amor. O amor é como que uma corrente de ouro que une a alma a Deus. Conforme
Santo Tomás, todo o ato de amor nos merece mais um grau de glória eterna. Eis
aqui exemplos de atos de amor:
Meu Deus, eu Vos amo sobre todas as coisas.
Eu Vos amo de todo o meu coração.
Fazei-me saber o que é de vosso agrado; quero fazer
em tudo a vossa vontade.
Regozijo-me por serdes infinitamente feliz.
Para o ato de contrição basta dizer:
Bondade infinita, pesa-me de Vos ter ofendido.
2º Pelas Súplicas
Pedindo a Deus luzes, a humildade ou qualquer outra
virtude, uma boa morte, a salvação eterna; mas principalmente o dom do seu
santo amor e a santa perseverança, porque, no dizer de São Francisco de Sales,
com o amor se alcançam todas as graças.
Se a nossa alma está em grande aridez, basta
dizermos:
Meu Deus, socorrei-me. Senhor, tende compaixão de
mim. Meu Jesus, misericórdia!
Ainda que nada mais fizéssemos, a oração seria
excelente.
3º Pelas Resoluções
Antes de se terminar a oração, cumpre tomar alguma
resolução, não geral, como por exemplo evitar toda falta deliberada, de se dar
todo a Deus, mas particular, como por exemplo evitar com mais cuidado tal
defeito, em que se caia mais vezes, ou praticar melhor tal virtude em que a
alma procurará exercer-se mais vezes: como seja, aturar o gênio de tal pessoa,
obedecer mais exatamente a tal superior ou a regra, mortificar-se mais
frequentemente em tal ponto, etc. Nunca terminemos a nossa oração sem havermos
formado uma resolução particular.
III. CONCLUSÃO
Enfim, a conclusão da oração compõem-se de três
atos:
1º De agradecimento pelas luzes recebidas, e de
pedido de perdão das faltas cometidas no tempo da oração:
Senhor, eu Vos agradeço as luzes e os afetos que me
destes nesta meditação e Vos peço perdão das faltas nela cometidas.
2º De oferecimento das resoluções tomadas e de
propósito de guardá-las fielmente:
Meu Deus, eu Vos ofereço as resoluções que com a
vossa graça acabo de tomar, e resolvido estou a executá-las, custe o que
custar.
3º De súplica, pedindo ao Pai Eterno, pelo amor de
Jesus e de Maria, a graça de executá-las fielmente:
Meu Deus, pelos merecimentos de Jesus Cristo e pela
intercessão de Maria Santíssima, dai-me a força de por fielmente em prática as
resoluções que tomei.
Termina-se a oração recomendando a Deus a Santa
Igreja, os seus Prelados, as Almas do Purgatório, os pecadores, e todos os
nossos parentes, amigos e benfeitores, por um Pai Nosso e uma Ave Maria, que
são as orações mais úteis por nos serem ensinadas por Jesus Cristo e pela
Igreja:
Senhor, eu Vos recomendo a Santa Igreja, com os seus
Prelados, as Almas do Purgatório, a conversão dos pecadores, e todas as minhas
necessidades espirituais e temporais bem como as dos meus parentes, amigos e
benfeitores.
Depois da Meditação
Depois da meditação devemos:
1º Conforme o conselho de São Francisco de Sales,
fazer um ramalhete de flores afim de cheirá-lo durante o dia, quer dizer,
imprimir bem na memória um ou dois pensamentos que mais impressão nos fizeram,
para os recordarmos e nos revigorarmos durante o dia.
2º Por logo em prática as resoluções tomadas, tanto
nas ocasiões pequenas como nas grandes, que se apresentarem: por exemplo
suportarmos com paciência uma pessoa irada contra nós, mortificarmo-nos na
vista, no ouvido, na conversa.
3º Por meio do silêncio e recolhimento, conservar o
mais tempo possível os afetos excitados na oração; sem isso, o fervor concebido
na oração esvaecer-se-á logo pela dissipação no proceder ou pelas conversas
inúteis.
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Papa: sábio pensar no fim, será um encontro de misericórdia com Deus
Por: Vatican News
Alessandro Di Bussolo -
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco, na
homilia na Missa na Casa Santa Marta, fala de nosso fim e do fim do mundo,
"a colheita" do livro do Apocalipse. "Como será o meu fim? Como
eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando me chamar? Pensar nisso é sábio e
nos ajuda a ir em frente, até o encontro com Deus, uma prestação de contas mas
também um momento de "alegria".
"Como será o meu
fim? Como eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando me chamar?" É
sábio pensar no fim", “nos ajuda a seguir em frente”, a fazer um exame de consciência sobre que
coisas eu deveria corrigir e quais “levar em frente porque são boas".
O Papa Francisco
dedicou sua homilia matutina na Casa Santa Marta, ao fim do mundo e da própria
vida, porque "nesta última semana do ano litúrgico, a Igreja nos faz
refletir sobre isso, e “é uma graça", comenta Papa, "porque não
gostamos de pensar no fim", "adiamos esta reflexão sempre para amanhã”.
Na primeira leitura,
tirada do livro do Apocalipse, São João fala do fim do mundo "com a figura
da colheita", com Cristo e um Anjo armado com uma foice. Quando chegar
nossa hora, prossegue Francisco, deveremos "mostrar a qualidade do nosso
trigo, a qualidade da nossa vida". E acrescenta: "Talvez alguém entre
vocês diga: 'Padre, não seja tão sombrio, que estas coisas não nos agradam
...', mas é a verdade":
“É a colheita, onde
cada um de nós se encontrará com o Senhor. Será um encontro e cada um de nós dirá
ao Senhor: "Esta é a minha vida. Este é meu trigo. Esta é minha qualidade
de vida. Errei? "- todos deveremos dizer isso, porque todos erramos -
"Fiz coisas boas" - todos fazemos coisas boas; e um pouco mostrar ao
Senhor o trigo”.
O que eu diria, pergunta-se
ainda o Pontífice, "se hoje o Senhor me chamasse? 'Ah, nem percebi, eu
estava distraído ...'. Nós não sabemos nem o dia nem a hora. 'Mas padre, não
fale assim que eu sou jovem' - 'Mas olha quantos jovens partem, quantos jovens
são chamados ...'. Ninguém tem a própria vida assegurada ".
Em vez disso, é certo
que todos nós teremos um fim. Quando? Somente Deus o sabe:
“Nos fará bem nesta
semana pensar no fim. Se o Senhor me chamasse hoje, o que eu faria? O que eu
diria? Que trigo eu mostraria a ele? o pensamento do fim nos ajuda a seguir em
frente; não é um pensamento estático: é um pensamento que avança porque é levado em frente pela virtude, pela
esperança. Sim, haverá um fim, mas esse fim será um encontro: um encontro com o
Senhor. É verdade, será uma prestação de contas daquilo que fiz, mas também
será um encontro de misericórdia, de alegria, de felicidade. Pensar no fim, no
final da criação, no fim da própria vida é sabedoria; os sábios fazem isso”.
Assim, conclui o Papa
Francisco, a Igreja convida-nos esta semana a nos perguntarmos "como será
o meu fim? Como eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando ele me chamar?
Devo fazer "um exame de consciência"
e avaliar "que coisas eu deveria corrigir, porque não estão bem? Que
coisas devo apoiar e levar em frente porque são boas? Cada um de nós tem tantas
coisas boas!". E neste pensamento não estamos sozinhos: "há o Espírito
Santo que nos ajuda":
“Esta semana peçamos
ao Espírito Santo a sabedoria do tempo, a sabedoria do fim, a sabedoria da
ressurreição, a sabedoria do encontro eterno com Jesus; que nos faça entender
essa sabedoria que existe na nossa fé. Será um dia de alegria o encontro com
Jesus. Rezemos para que o Senhor nos prepare. E cada um de nós, esta semana,
termine a semana pensando no final: "Eu acabarei. Eu não permanecerei
eternamente. Como gostaria de acabar?”
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
É depressão ou burnout? Veja como saber a diferença
Por: Calah Alexander
O esgotamento no
trabalho é real, então aqui está o caminho para reconhecer esse mal
Eu não sabia que era
perfeccionista até começar a trabalhar fora de casa. Quando eu ficava em casa,
minha casa nunca estava maravilhosamente organizada e meus filhos não estavam
perfeitamente vestidos, então eu não me considerava perfeccionista. E eu não era
– pelo menos em casa.
No trabalho, no
entanto, tem sido uma história completamente diferente. Não apenas tive de
encarar minhas tendências perfeccionistas, como também tive de encarar o fato
de que essas tendências são desencadeadas pelas coisas mais bobas e acabam
piorando tudo, em vez de melhorar.
Por exemplo, passei uma
quantidade absurda de tempo em um domingo tentando descobrir como usar um
formulário de mala direta para tornar minha comunicação por e-mail mais
eficiente. Eu fiquei pensando sobre quanto tempo dominar essa técnica me
salvaria a longo prazo – mas no curto prazo, eu perdi um dia inteiro e ainda
tinha uma pilha de e-mails para enviar.
Acabei indo para a cama
muito mais tarde do que deveria naquela noite, e comecei a semana correndo e tendo
dormido apenas duas horas. Na quarta-feira, eu estava tão abatida e esgotada
que as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto no momento em que entrei no
meu carro.
Eu não conseguia
explicar – eu não estava triste, e não era como se estivesse chorando de
verdade. Meus olhos continuavam a derramar lágrimas toda vez que eu estava
atrás do volante e indo para o trabalho. Até aquele momento eu estava
invariavelmente empolgada com o trabalho, então esse novo estado era alarmante
e assustador.
Eu comecei a me
preocupar que estivesse entrando em depressão ou em um colapso mental, até que
eu apareci em uma reunião em que um colega de equipe deu uma olhada no meu
rosto e disse: “Você está esgotada”.
Eu estava, de fato,
esgotada – algo que eu nunca tinha realmente entendido antes em um contexto de
trabalho, mas esse é um fenômeno real estudado por psicólogos como Ellen
Hendriksen, que explicou a diferença entre o esgotamento e a depressão para
Medium:
O burnout (esgotamento
no trabalho), em muitos aspectos, parece semelhante à depressão. Mas enquanto
os dois compartilham muitas características, o burnout tende a ser mais
situacional do que o estado geral da depressão.
“Se as pessoas se
sentem como se uma bigorna tivesse pousado nelas no trabalho, mas se elas se
animam com o jogo de futebol ou aula de culinária, então provavelmente não é
depressão”, diz Hendriksen. “A depressão atinge todas as áreas da vida, mas o
burnout pode ser mais específico no trabalho. Sangra, mas há um contraste…”.
Robert Taibbi, assistente
social clínico licenciado e autor de vários livros sobre saúde mental, diz que
é importante descobrir como seus hábitos específicos de trabalho podem estar
afetando sua felicidade.
“Tem a ver com olhar
para a sua personalidade”, diz Taibbi. “O que o seu trabalho exige? Quão no
controle você está? Você tem dificuldade em delegar e obter ajuda nas coisas?
Você fica obcecado porque você tende a ser perfeccionista?”. Se você tende a
procrastinar, por exemplo, infindáveis disputas de última hora podem ser a
raiz do seu esgotamento. Se você sentir que assumiu muita coisa, mas não quer
atribuir tarefas a outras pessoas, talvez seja isso que esteja causando seus
problemas.
Eu não podia me
arriscar a ficar gravemente esgotada, porque não podia me dar ao luxo de perder
tempo. Então, eu terminei as tarefas naquele dia, fui para a cama o mais cedo
possível. Eu me entreguei naquela quinta-feira para descansar e reiniciar, e no
dia seguinte passei algum tempo perguntando aos meus colegas de equipe como
eles faziam para tornar a comunicação mais simples e eficaz.
Então eu fiz algo
realmente incrível. Em vez de escolher a ideia que parecia a mais perfeita para
mim, escolhi aquela que parecia mais fácil. Isso foi contra todas as fibras do
meu ser, mas eu sabia que tinha que priorizar. E uma das minhas prioridades
rapidamente se tornou evitar tarefas em que eu poderia me perder nos detalhes,
como tinha feito com o formulário de mala direta.
Eu não consigo
expressar o quão mais fácil se tornou o trabalho – e a vida! – desde que deixei
de lado a obsessão de encontrar a maneira mais perfeita de fazer tudo e resolvi
encontrar a melhor maneira de fazê-lo. Eu realmente consegui realizar coisas
que eu não pensava que conseguiria por meses, e estou começando a perder a sensação
de estar sempre atrasada e em pânico.
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