sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O santo participa do mundo ele não participa da mundanidade




Trecho da homilia de padre Eliseu 
Domingo, 4 de Novembro de 2018. Solenidade de Todos os Santos


Os santos são pessoas comuns que dirigem as suas vidas segundo a orientação do evangelho. Qual é a orientação que o evangelho nos dá pra chegarmos a santidade? está no evangelho segundo são Mateus no capitulo 5, as bem-aventuranças.

O Papa Francisco chama as bem-aventuranças “a carteira de identidade do cristão”. Jesus começa dizendo nas bem aventuranças: Bem aventurados os pobres de espíritos, porque é deles o reino do céus. E o que é um pobre de espirito? As vezes nós confundimos as coisas, e respondemos assim, é uma pessoa humilde, desanimada, coitadinha. 

Pobre de espirito não é uma pessoa desanimada nem coitadinha, pobre de espirito é alguém que coloca a sua esperança somente em Deus, seja na abundância de bens ou na ausência de bens, seja na saúde ou na doença, seja na alegria ou na tristeza, ele coloca a sua esperança em Deus. São esses os pobres de espíritos, Jesus os chamam de bem-aventuras (felizes). Portanto o santo é alguém feliz. Feliz porque acolhe o projeto de Deus em sua vida, e coloca-se a serviço do outro e também se coloca a serviço do mundo.  De modo o santo não é servir ao mundo no sentido mundano, mas que está em todos os ambientes do mundo. Por exemplo: todos aqueles irmãos nossos que já participam da gloria de Deus, estiveram nas escolas, nos escritórios, no campo, no meio social. Foi ali o terreno, o chão da vida que eles travaram a grande batalha para poder chegar a participar do projeto de Deus.

Porque em qualquer ambiente onde estivermos temos de viver por distinção ou seja viver de modo diferente. O sal é diferente da comida e dá gosto, a luz é diferente da escuridão para iluminar, o fermento é diferente da massa para fazer uma receita. Assim deve ser a vida do santo, uma diferença que se mistura, na sagrada escritura no livro de levítico no capítulo 11,45 diz:  "Sedes santos porque Eu Sou Santo". É Deus que fala para o seu povo. Quando nós dizemos Santo, Santo, Santo. Nós estamos unidos a todos aqueles que estão na gloria cantando a santidade de Deus. Elevemos nossos corações para Deus, com o desejo de também fazer com que a nossa vida seja marcada pela santidade, mesmo com as tribulações do nosso dia a dia.  

Mas é em meio as tribulações da vida que somos provados para vivermos ou não a santidade. No livro do apocalipse capitulo 7,13-14 diz: Então um dos anciãos me perguntou: "Quem são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram? " Respondi: "Senhor, tu o sabes". E ele disse: "Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.

São os mártires, são os confessores, são os apóstolos, são os profetas de todas as épocas, de todas as raças, de todos os tempos. Mas o nosso trabalho em vista da santidade se da no presente, se da no agora, por isso que o evangelho insiste em apontar os pobres de espirito porque deles é o reino dos céus.  

Por isso que o salmo diz, “esta é a geração que procura o Senhor”. Quem é essa geração que procura o senhor? É a geração que não dirige a sua mente para crime, que não dirige a sua mente para mal. Portanto, onde nós vamos nos santificar, fora do mundo? Não, nós vamos nos santificar estando no mundo. O santo participa do mundo, ele não participa da mundanidade, uma coisa é o mundo outra coisa é a mundanidade. Embora nos santificamos neste meio da diversidade da vida. Numa constante busca de união com os outros e naturalmente em comunhão com Deus.      
   

Papa: anunciar Cristo não é marketing, mas coerência de vida


  Por: Vatican News



Papa celebra a missa na Casa Santa Marta

Na missa na Casa Santa Marta, Francisco rezou pela unidade dos cristãos, no dia em que a Igreja festeja Santo André, padroeiro da Igreja de Constatinopla.


Giada Aquilino – Cidade do Vaticano   


Na festa de Santo André (30/11), o Papa Francisco celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta, convidando os fiéis a estarem "próximos da Igreja de Constantinopla", a Igreja de André, rezando “pela unidade das Igrejas”.

Coerência em anunciar Cristo

Na homilia, o Pontífice exortou a deixar de lado “aquela atitude, o pecado, o vício” que cada um de nós tem “dentro” de si, para ser “mais coerente” e anunciar Jesus de modo que as pessoas creiam com o nosso testemunho.

Refletindo sobre a Primeira Leitura, em que São Paulo explica como a fé provenha da escuta e a escuta diz respeito à Palavra de Cristo, o Papa recordou como é “importante o anúncio do Evangelho”, o anúncio de que “Cristo nos salvou, de que Cristo morreu e ressuscitou por nós”. De fato, o anúncio de Jesus Cristo não é levar "uma simples notícia”, mas “a única grande Boa Notícia”. Francisco explicou então o que significa o anúncio:

Não é um trabalho de publicidade, fazer propaganda para uma pessoa muito boa, que fez o bem, curou tantas pessoas e nos ensinou coisas belas. Não, não é publicidade. Tampouco é fazer proselitismo. Se alguém vai falar de Jesus Cristo, pregar Jesus Cristo para fazer proselitismo, não, isso não é anúncio de Cristo: isso é um trabalho, de pregador, feito com a lógica do marketing. Que é o anúncio de Cristo? Não é nem proselitismo nem propaganda nem marketing: vai além. Como é possível compreender isso? É antes de tudo ser enviado.

Portanto, ser enviado “à missão”, fazendo entrar “em jogo a própria vida”. O apóstolo, o enviado que “leva o anúncio de Jesus Cristo”, explicou Francisco, “o faz com a condição de que coloque em jogo a própria vida, o próprio tempo, os próprios interesses, a própria carne”. O Papa citou um ditado argentino, que implica “colocar a própria carne sobre o fogo”, isto é, colocar-se em jogo.

Esta viagem, de ir ao anúncio, arriscando a vida, porque jogo a minha vida, a minha carne – esta viagem – tem somente passagem de ida, não de volta. Voltar é apostasia. Anunciar Jesus Cristo com o testemunho. Testemunhar significa colocar em jogo a própria vida. Faço aquilo que digo.

Os mártires experimentam o verdadeiro anúncio

A palavra, “para ser anúncio”, deve ser testemunho, reiterou Francisco, que fala de “escândalo” a propósito dos cristãos que dizem sê-lo e depois vivem “como pagãos, como descrentes”, como se não tivessem “fé”.

O Papa então convida à “coerência entre a palavra e a própria vida: isso – evidenciou – se chama testemunho”. O apóstolo, o anunciador, “aquele que leva a Palavra de Deus, é uma testemunha”, que coloca em jogo a própria vida “até o fim”, e é “também um mártir”. De outro lado, foi Deus Pai que para "fazer-se conhecer" enviou “seu Filho em carne, arriscando a própria vida”. Um fato que “escandalizava assim tanto e continua a escandalizar”, porque Deus se fez “um de nós”, numa viagem “com passagem somente de ida”.

O diabo tentou convencê-lo a tomar outra estrada, e Ele não quis, fez a vontade do Pai até o fim. E anúncio Dele deve ir para a mesma estrada: o testemunho, porque Ele foi a testemunha do Pai feito carne. E nós devemos fazer-nos carne, isto é, fazer-nos testemunhas: fazer, fazer aquilo que dizemos. E isso é o anúncio de Cristo. Os mártires são aqueles que [demonstram] que o anúncio foi verdadeiro. Homens e mulheres que deram a vida – os apóstolos deram a vida – com o sangue; mas também tantos homens e mulheres escondidos na nossa sociedade e nas nossas famílias, que dão testemunho todos os dias, em silêncio, de Jesus Cristo, mas com a própria vida, com aquela coerência de fazer aquilo que dizem.

Um anúncio frutuoso

O Papa recordou que todos nós, com o Batismo, assumimos “a missão” de anunciar Cristo”: vivendo como Jesus “nos ensinou a viver”, “em harmonia com aquilo que pregamos”, o anúncio será “frutuoso”. Se, ao invés, vivemos “sem coerência”, “dizendo uma coisa e fazendo outra contrária”, o resultado será o escândalo. E o escândalo dos cristãos, concluiu, faz muito mal “ao povo de Deus”.

6 breves conselhos de um santo do século XX para vencermos a nós mesmos


Por: Redação da Aleteia

WOMAN

Um deles tem a ver com o "minuto heroico" - que pode parecer até fácil de conquistar, mas...

São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, propõe em seu livro “Caminho” diversas reflexões breves, mas certeiras, para quem quer mudar de vida mediante o domínio de si mesmo.

Aqui vão 6 delas:

1 – “Procura mortificações que não mortifiquem os outros” (179).

2 – “O mundo só admira o sacrifício com espetáculo porque ignora o valor do sacrifício escondido e silencioso” (185).

3 – “Tudo o que não te leva a Deus é um estorvo. Arranca-o e atira-o para longe” (189).

4 – “Vence-te em cada dia desde o primeiro momento, levantando-te pontualmente a uma hora fixa, sem conceder um só minuto à preguiça. Se, com a ajuda de Deus, te venceres, muito terás adiantado para o resto do dia. Desmoraliza tanto sentir-se vencido na primeira escaramuça!” (191)

5 – “Estes são os saborosos frutos da alma mortificada: compreensão e transigência para as misérias alheias; intransigência para as próprias” (198).

6 – “O minuto heroico. É a hora exata de te levantares. Sem hesitar: um pensamento sobrenatural e… fora! O minuto heroico: aí tens uma mortificação que fortalece a tua vontade e não debilita a tua natureza” (206).

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Como se faz a meditação católica?

Por: Rumo à Santidade

MAN PRAYING

Santo Afonso Maria de Ligório responde com o passo a passo

A meditação ou oração mental contém três partes:

A Preparação
A Meditação
A Conclusão

I. PREPARAÇÃO

Na preparação fazem-se três atos:

1º Ato de Fé na presença de Deus, dizendo:

Meu Deus, eu creio que estais aqui presente e Vos adoro com todo o meu afeto

2º Ato de Humildade, por um breve ato de contrição:

Senhor, nesta hora deveria eu estar no inferno por causa dos meus pecados; de todo o coração arrependo de Vos ter ofendido, ó Bondade infinita.

3º Ato de Petição de luzes:

Meu Deus, pelo amor de Jesus e Maria, esclarecei-me nesta meditação, para que tire proveito dela.

Depois uma Ave Maria à Santíssima Virgem, a fim de que nos obtenha esta luz; e na mesma intenção um Glória ao Pai a São José, ao Anjo da Guarda e ao nosso Santo Protetor.

Estes atos devem ser feitos com atenção, mas brevemente; depois deles se fará a Meditação.

II. MEDITAÇÃO

Para a Meditação sirvamo-nos sempre de um livro, ao menos no começo, parando nas passagens que mais impressão nos fazem. São Francisco de Sales diz que devemos imitar as abelhas, que se demoram numa flor enquanto acham mel, e voam depois para outra.

Note-se além disto que são três os frutos da meditação: afetos, súplicas e resoluções; nisto é que consiste o proveito da oração mental. Assim, depois de haverdes meditado numa verdade eterna, e Deus ter falado ao vosso coração, é mister que faleis a Deus:

1º Pelos Afetos

Isto é, pelos atos de fé, agradecimento, adoração, louvor, humildade, e sobretudo de amor e de contrição, que é também ato de amor. O amor é como que uma corrente de ouro que une a alma a Deus. Conforme Santo Tomás, todo o ato de amor nos merece mais um grau de glória eterna. Eis aqui exemplos de atos de amor:

Meu Deus, eu Vos amo sobre todas as coisas.
Eu Vos amo de todo o meu coração.
Fazei-me saber o que é de vosso agrado; quero fazer em tudo a vossa vontade.
Regozijo-me por serdes infinitamente feliz.
Para o ato de contrição basta dizer:

Bondade infinita, pesa-me de Vos ter ofendido.

2º Pelas Súplicas

Pedindo a Deus luzes, a humildade ou qualquer outra virtude, uma boa morte, a salvação eterna; mas principalmente o dom do seu santo amor e a santa perseverança, porque, no dizer de São Francisco de Sales, com o amor se alcançam todas as graças.

Se a nossa alma está em grande aridez, basta dizermos:

Meu Deus, socorrei-me. Senhor, tende compaixão de mim. Meu Jesus, misericórdia!

Ainda que nada mais fizéssemos, a oração seria excelente.

3º Pelas Resoluções

Antes de se terminar a oração, cumpre tomar alguma resolução, não geral, como por exemplo evitar toda falta deliberada, de se dar todo a Deus, mas particular, como por exemplo evitar com mais cuidado tal defeito, em que se caia mais vezes, ou praticar melhor tal virtude em que a alma procurará exercer-se mais vezes: como seja, aturar o gênio de tal pessoa, obedecer mais exatamente a tal superior ou a regra, mortificar-se mais frequentemente em tal ponto, etc. Nunca terminemos a nossa oração sem havermos formado uma resolução particular.

III. CONCLUSÃO

Enfim, a conclusão da oração compõem-se de três atos:

1º De agradecimento pelas luzes recebidas, e de pedido de perdão das faltas cometidas no tempo da oração:

Senhor, eu Vos agradeço as luzes e os afetos que me destes nesta meditação e Vos peço perdão das faltas nela cometidas.

2º De oferecimento das resoluções tomadas e de propósito de guardá-las fielmente:

Meu Deus, eu Vos ofereço as resoluções que com a vossa graça acabo de tomar, e resolvido estou a executá-las, custe o que custar.

3º De súplica, pedindo ao Pai Eterno, pelo amor de Jesus e de Maria, a graça de executá-las fielmente:

Meu Deus, pelos merecimentos de Jesus Cristo e pela intercessão de Maria Santíssima, dai-me a força de por fielmente em prática as resoluções que tomei.

Termina-se a oração recomendando a Deus a Santa Igreja, os seus Prelados, as Almas do Purgatório, os pecadores, e todos os nossos parentes, amigos e benfeitores, por um Pai Nosso e uma Ave Maria, que são as orações mais úteis por nos serem ensinadas por Jesus Cristo e pela Igreja:

Senhor, eu Vos recomendo a Santa Igreja, com os seus Prelados, as Almas do Purgatório, a conversão dos pecadores, e todas as minhas necessidades espirituais e temporais bem como as dos meus parentes, amigos e benfeitores.

Depois da Meditação

Depois da meditação devemos:

1º Conforme o conselho de São Francisco de Sales, fazer um ramalhete de flores afim de cheirá-lo durante o dia, quer dizer, imprimir bem na memória um ou dois pensamentos que mais impressão nos fizeram, para os recordarmos e nos revigorarmos durante o dia.

2º Por logo em prática as resoluções tomadas, tanto nas ocasiões pequenas como nas grandes, que se apresentarem: por exemplo suportarmos com paciência uma pessoa irada contra nós, mortificarmo-nos na vista, no ouvido, na conversa.

3º Por meio do silêncio e recolhimento, conservar o mais tempo possível os afetos excitados na oração; sem isso, o fervor concebido na oração esvaecer-se-á logo pela dissipação no proceder ou pelas conversas inúteis.



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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Papa: sábio pensar no fim, será um encontro de misericórdia com Deus

Por: Vatican News


Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano

Alessandro Di Bussolo - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco, na homilia na Missa na Casa Santa Marta, fala de nosso fim e do fim do mundo, "a colheita" do livro do Apocalipse. "Como será o meu fim? Como eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando me chamar? Pensar nisso é sábio e nos ajuda a ir em frente, até o encontro com Deus, uma prestação de contas mas também um momento de "alegria".

"Como será o meu fim? Como eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando me chamar?" É sábio pensar no fim", “nos ajuda a seguir em frente”,  a fazer um exame de consciência sobre que coisas eu deveria corrigir e quais “levar em frente porque são boas".

O Papa Francisco dedicou sua homilia matutina na Casa Santa Marta, ao fim do mundo e da própria vida, porque "nesta última semana do ano litúrgico, a Igreja nos faz refletir sobre isso, e “é uma graça", comenta Papa, "porque não gostamos de pensar no fim", "adiamos esta reflexão sempre para amanhã”.

Na primeira leitura, tirada do livro do Apocalipse, São João fala do fim do mundo "com a figura da colheita", com Cristo e um Anjo armado com uma foice. Quando chegar nossa hora, prossegue Francisco, deveremos "mostrar a qualidade do nosso trigo, a qualidade da nossa vida". E acrescenta: "Talvez alguém entre vocês diga: 'Padre, não seja tão sombrio, que estas coisas não nos agradam ...', mas é a verdade":

“É a colheita, onde cada um de nós se encontrará com o Senhor. Será um encontro e cada um de nós dirá ao Senhor: "Esta é a minha vida. Este é meu trigo. Esta é minha qualidade de vida. Errei? "- todos deveremos dizer isso, porque todos erramos - "Fiz coisas boas" - todos fazemos coisas boas; e um pouco mostrar ao Senhor o trigo”.

O que eu diria, pergunta-se ainda o Pontífice, "se hoje o Senhor me chamasse? 'Ah, nem percebi, eu estava distraído ...'. Nós não sabemos nem o dia nem a hora. 'Mas padre, não fale assim que eu sou jovem' - 'Mas olha quantos jovens partem, quantos jovens são chamados ...'. Ninguém tem a própria vida assegurada ".

Em vez disso, é certo que todos nós teremos um fim. Quando? Somente Deus o sabe:

“Nos fará bem nesta semana pensar no fim. Se o Senhor me chamasse hoje, o que eu faria? O que eu diria? Que trigo eu mostraria a ele? o pensamento do fim nos ajuda a seguir em frente; não é um pensamento estático: é um pensamento que avança  porque é levado em frente pela virtude, pela esperança. Sim, haverá um fim, mas esse fim será um encontro: um encontro com o Senhor. É verdade, será uma prestação de contas daquilo que fiz, mas também será um encontro de misericórdia, de alegria, de felicidade. Pensar no fim, no final da criação, no fim da própria vida é sabedoria; os sábios fazem isso”.

Assim, conclui o Papa Francisco, a Igreja convida-nos esta semana a nos perguntarmos "como será o meu fim? Como eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando ele me chamar? Devo fazer  "um exame de consciência" e avaliar "que coisas eu deveria corrigir, porque não estão bem? Que coisas devo apoiar e levar em frente porque são boas? Cada um de nós tem tantas coisas boas!". E neste pensamento não estamos sozinhos: "há o Espírito Santo que nos ajuda": 

“Esta semana peçamos ao Espírito Santo a sabedoria do tempo, a sabedoria do fim, a sabedoria da ressurreição, a sabedoria do encontro eterno com Jesus; que nos faça entender essa sabedoria que existe na nossa fé. Será um dia de alegria o encontro com Jesus. Rezemos para que o Senhor nos prepare. E cada um de nós, esta semana, termine a semana pensando no final: "Eu acabarei. Eu não permanecerei eternamente. Como gostaria de acabar?”


Cinema Cristão - Deus não está morto 3 (filme completo)

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

É depressão ou burnout? Veja como saber a diferença


Por: Calah Alexander

SPIRALA ZMĘCZENIA

O esgotamento no trabalho é real, então aqui está o caminho para reconhecer esse mal

Eu não sabia que era perfeccionista até começar a trabalhar fora de casa. Quando eu ficava em casa, minha casa nunca estava maravilhosamente organizada e meus filhos não estavam perfeitamente vestidos, então eu não me considerava perfeccionista. E eu não era – pelo menos em casa.

No trabalho, no entanto, tem sido uma história completamente diferente. Não apenas tive de encarar minhas tendências perfeccionistas, como também tive de encarar o fato de que essas tendências são desencadeadas pelas coisas mais bobas e acabam piorando tudo, em vez de melhorar.

Por exemplo, passei uma quantidade absurda de tempo em um domingo tentando descobrir como usar um formulário de mala direta para tornar minha comunicação por e-mail mais eficiente. Eu fiquei pensando sobre quanto tempo dominar essa técnica me salvaria a longo prazo – mas no curto prazo, eu perdi um dia inteiro e ainda tinha uma pilha de e-mails para enviar.

Acabei indo para a cama muito mais tarde do que deveria naquela noite, e comecei a semana correndo e tendo dormido apenas duas horas. Na quarta-feira, eu estava tão abatida e esgotada que as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto no momento em que entrei no meu carro.

Eu não conseguia explicar – eu não estava triste, e não era como se estivesse chorando de verdade. Meus olhos continuavam a derramar lágrimas toda vez que eu estava atrás do volante e indo para o trabalho. Até aquele momento eu estava invariavelmente empolgada com o trabalho, então esse novo estado era alarmante e assustador.

Eu comecei a me preocupar que estivesse entrando em depressão ou em um colapso mental, até que eu apareci em uma reunião em que um colega de equipe deu uma olhada no meu rosto e disse: “Você está esgotada”.

Eu estava, de fato, esgotada – algo que eu nunca tinha realmente entendido antes em um contexto de trabalho, mas esse é um fenômeno real estudado por psicólogos como Ellen Hendriksen, que explicou a diferença entre o esgotamento e a depressão para Medium:

O burnout (esgotamento no trabalho), em muitos aspectos, parece semelhante à depressão. Mas enquanto os dois compartilham muitas características, o burnout tende a ser mais situacional do que o estado geral da depressão.

“Se as pessoas se sentem como se uma bigorna tivesse pousado nelas no trabalho, mas se elas se animam com o jogo de futebol ou aula de culinária, então provavelmente não é depressão”, diz Hendriksen. “A depressão atinge todas as áreas da vida, mas o burnout pode ser mais específico no trabalho. Sangra, mas há um contraste…”.

Robert Taibbi, assistente social clínico licenciado e autor de vários livros sobre saúde mental, diz que é importante descobrir como seus hábitos específicos de trabalho podem estar afetando sua felicidade.

“Tem a ver com olhar para a sua personalidade”, diz Taibbi. “O que o seu trabalho exige? Quão no controle você está? Você tem dificuldade em delegar e obter ajuda nas coisas? Você fica obcecado porque você tende a ser perfeccionista?”. Se você tende a procrastinar, por exemplo, infindáveis ​​disputas de última hora podem ser a raiz do seu esgotamento. Se você sentir que assumiu muita coisa, mas não quer atribuir tarefas a outras pessoas, talvez seja isso que esteja causando seus problemas.

Eu não podia me arriscar a ficar gravemente esgotada, porque não podia me dar ao luxo de perder tempo. Então, eu terminei as tarefas naquele dia, fui para a cama o mais cedo possível. Eu me entreguei naquela quinta-feira para descansar e reiniciar, e no dia seguinte passei algum tempo perguntando aos meus colegas de equipe como eles faziam para tornar a comunicação mais simples e eficaz.

Então eu fiz algo realmente incrível. Em vez de escolher a ideia que parecia a mais perfeita para mim, escolhi aquela que parecia mais fácil. Isso foi contra todas as fibras do meu ser, mas eu sabia que tinha que priorizar. E uma das minhas prioridades rapidamente se tornou evitar tarefas em que eu poderia me perder nos detalhes, como tinha feito com o formulário de mala direta.

Eu não consigo expressar o quão mais fácil se tornou o trabalho – e a vida! – desde que deixei de lado a obsessão de encontrar a maneira mais perfeita de fazer tudo e resolvi encontrar a melhor maneira de fazê-lo. Eu realmente consegui realizar coisas que eu não pensava que conseguiria por meses, e estou começando a perder a sensação de estar sempre atrasada e em pânico.

sábado, 24 de novembro de 2018

61% da população mundial vive em países onde a liberdade religiosa não é respeitada


Por: Ajuda à Igreja que Sofre

CRUCIFIX

Fundação pontifícia ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) apresenta a nova edição (14ª) do relatório sobre “Liberdade Religiosa no Mundo – 2018”

61% da população mundial vive em países onde a liberdade religiosa não é respeitada. Em outras palavras, 6 em cada 10 pessoas em todo o mundo não podem expressar sua fé com total liberdade. O dado é uma das conclusões da 14ª edição do relatório sobre “Liberdade Religiosa no Mundo – 2018”, lançado hoje pela fundação pontifícia ACN (Ajuda à Igreja que Sofre).

O relatório analisa 196 países do mundo, examinando o grau em que o direito básico à liberdade religiosa é respeitado em relação às religiões praticadas no mundo, conforme definido no Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.

Graves violações da liberdade religiosa foram detectadas em de 38 países

Em 17 países, prevalece a discriminação com base na fé religiosa, enquanto nos outros 21, há uma perseguição total das minorias religiosas, em alguns casos, até o ponto de morte.

O relatório revela que de uma forma geral, em todo o mundo, o respeito pela liberdade religiosa se agravou, e em alguns dos países mais carentes do ponto de vista da liberdade religiosa, a situação se deteriorou nos últimos dois anos.

Em reação a esse desenvolvimento, o Presidente Executivo da ACN, Thomas Heine-Geldern, recorda que “o Papa Francisco, assim como seus antecessores imediatos, todos enfatizaram que a liberdade religiosa é um direito humano fundamental enraizado na dignidade do homem. Como uma fundação papal, consideramos ser nosso dever chamar a atenção mundial para esse vínculo intrínseco entre a liberdade religiosa e a dignidade humana por meio de informações adequadas”.

No cinturão do meio da África, a liberdade religiosa é ameaçada pelo avanço do islamismo jihadista, enquanto em países como a Índia há uma preocupação real com o crescimento do “ultranacionalismo” hindu, que resultou em um declínio acentuado na liberdade religiosa no país nos últimos dois anos.

O relatório produzido pela ACN indica que em 22 países a razão dos ataques à liberdade religiosa está enraizada no islamismo radical, enquanto que em outros países as causas dominantes estão enraizadas, notadamente, no autoritarismo de Estados ou governos que seguem uma política de nacionalismo extremo.

Tais estados nacionalistas autoritários ou extremos totalizam 16 no total, embora, ao mesmo tempo, representem uma população de mais de 3 bilhões de pessoas, já que incluem países como China, Índia, Coréia do Norte, Birmânia (Mianmar), Vietnã e Quirguistão.

Um dado positivo, no entanto, é apontado no caso da Síria e do Iraque, que indicam melhorias em termos de liberdade religiosa. Após a derrota militar do Estado Islâmico (EI), as minorias religiosas começaram a voltar para suas antigas casas, mais notavelmente no caso dos cristãos das cidades e aldeias das planícies de Nínive, no Iraque.

O “Liberdade Religiosa no Mundo – 2018” ainda estima que cerca de 327 milhões de cristãos vivam em países onde enfrentam perseguição religiosa e 178 milhões em países onde existe discriminação por motivos religiosos. Como resultado, um em cada cinco cristãos em todo o mundo vive em um país onde há perseguição ou discriminação religiosa.

“Infelizmente, uma melhora perceptível na liberdade religiosa ainda está longe”, conclui Thomas Heine-Geldern. “Portanto, mesmo este 14º relatório sobre a liberdade religiosa no mundo não será o último que a ACN terá de preparar para cumprir a sua missão de informação.”

(Recorte Brasil) Panorama geral da liberdade religiosa no Brasil

O panorama geral da liberdade religiosa no Brasil mantém as mesmas características observadas no último relatório da ACN: (1) fragilidade das comunidades religiosas afro-brasileiras, (2) violência contra os muçulmanos, pouco observada por serem uma proporção pequena da população, (3) maior agressividade para com as demais religiões da parte das comunidades neopentecostais.

As principais mudanças ocorridas nesse contexto se devem à atual crise econômica, política e moral, reconhecida pelos principais grupos políticos e sociais do País, ainda que compreendida de forma diferente por cada um deles. A falta de recursos financeiros tende a reduzir os investimentos em programas sociais de defesa dos direitos humanos, ainda mais numa dimensão onde os problemas são pouco reconhecidos pela população brasileira, como é a liberdade religiosa. Por outro lado, a crescente polarização da sociedade tende a envolver também os grupos religiosos, aumentando os conflitos entre eles e deles com o Estado.

Sintoma desse processo é o aumento da perseguição às religiões afro-brasileiras por facções criminosas cujos membros se converteram ao neopentecostalismo. Mostra tanto a dificuldade do Estado para manter a ordem pública como o aumento da agressividade entre os grupos sociais.

O Brasil não é um país com graves conflitos religiosos, mas os dados atuais indicam que o processo de reconhecimento da intolerância religiosa que via acontecendo no período recente poderá ser prejudicado pela crise que o País atravessa.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

O imbecil juvenil


Jornal da Tarde, São Paulo, 3 de abril de 1998


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Já acreditei em muitas mentiras, mas há uma à qual sempre fui imune: aquela que celebra a juventude como uma época de rebeldia, de independência, de amor à liberdade. Não dei crédito a essa patacoada nem mesmo quando, jovem eu próprio, ela me lisonjeava. Bem ao contrário, desde cedo me impressionaram muito fundo, na conduta de meus companheiros de geração, o espírito de rebanho, o temor do isolamento, a subserviência à voz corrente, a ânsia de sentir-se iguais e aceitos pela maioria cínica e autoritária, a disposição de tudo ceder, de tudo prostituir em troca de uma vaguinha de neófito no grupo dos sujeitos bacanas.

O jovem, é verdade, rebela-se muitas vezes contra pais e professores, mas é porque sabe que no fundo estão do seu lado e jamais revidarão suas agressões com força total. A luta contra os pais é um teatrinho, um jogo de cartas marcadas no qual um dos contendores luta para vencer e o outro para ajudá-lo a vencer.

Muito diferente é a situação do jovem ante os da sua geração, que não têm para com ele as complacências do  paternalismo. Longe de protegê-lo, essa massa barulhenta e cínica recebe o novato com desprezo e hostilidade que lhe mostram, desde logo, a necessidade de obedecer para não sucumbir. É dos companheiros de geração que ele obtém a primeira experiência de um confronto com o poder, sem a mediação daquela diferença de idade que dá direito a descontos e atenuações. 

É o reino dos mais fortes, dos mais descarados, que se afirma com toda a sua crueza sobre a fragilidade do recém-chegado, impondo Lhe provações e exigências antes de aceitá-lo como membro da horda. A quantos ritos, a quantos protocolos, a quantas humilhações não se submete o postulante, para escapar à perspectiva aterrorizante da rejeição, do isolamento.

Para não ser devolvido, impotente e humilhado, aos braços da mãe, ele tem de ser aprovado num exame que lhe exige menos coragem do que flexibilidade, capacidade de amoldar-se aos caprichos da maioria — a supressão, em suma, da personalidade. É verdade que ele se submete a isso com prazer, com ânsia de apaixonado que tudo fará em troca de um sorriso condescendente. A massa de companheiros de geração representa, afinal, o mundo, o mundo grande no qual o adolescente, emergindo do pequeno mundo doméstico, pede ingresso. E o ingresso custa caro. 

O candidato deve, desde logo, aprender todo um vocabulário de palavras, de gestos, de olhares, todo um código de senhas e símbolos: a mínima falha expõe ao ridículo, e a regra do jogo é em geral implícita, devendo ser adivinhada antes de conhecida, macaqueada antes de adivinhada. O modo de aprendizado é sempre a imitação — literal, servil e sem questionamentos. 

O ingresso no mundo juvenil dispara a toda velocidade o motor de todos os desvarios humanos: o desejo mimético de que fala René Girard, onde o objeto não atrai por suas qualidades intrínsecas, mas por ser simultaneamente desejado por um outro, que Girard denomina o mediador.

Não é de espantar que o rito de ingresso no grupo, custando tão alto investimento psicológico, termine por levar o jovem à completa exasperação, impedindo-o, simultaneamente, de despejar seu ressentimento de volta sobre o grupo mesmo, objeto de amor que se sonega e por isto tem o dom de transfigurar cada impulso de rancor em novo investimento amoroso. 

Para onde, então, se voltará o rancor, senão para a direção menos perigosa? A família surge como o bode expiatório providencial de todos os fracassos do jovem no seu rito de passagem. Se ele não logra ser aceito no grupo, a última coisa que lhe há de ocorrer será atribuir a culpa de sua situação à fatuidade e ao cinismo dos que o rejeitam. Numa cruel inversão, a culpa de suas humilhações não será atribuída àqueles que se recusam a aceitá-lo como homem, mas àqueles que o aceitam como criança. A família, que tudo lhe deu, pagará pelas maldades da horda que tudo lhe exige.

Eis a que se resume a famosa rebeldia do adolescente: amor ao mais forte que o despreza, desprezo pelo mais fraco que o ama. Todas as mutações se dão na penumbra, na zona indistinta entre o ser e o não ser: o jovem, em trânsito entre o que já não é e o que não é ainda, é, por fatalidade, inconsciente de si, de sua situação, das autorias e das culpas de quanto se passa dentro e em torno dele. 

Seus julgamentos são quase sempre a inversão completa da realidade. Eis o motivo pelo qual a juventude, desde que a covardia dos adultos lhe deu autoridade para mandar e desmandar, esteve sempre na vanguarda de todos os erros e perversidades do século: nazismo, fascismo, comunismo, seitas pseudorreligiosas, consumo de drogas. São sempre os jovens que estão um passo à frente na direção do pior. 

Um mundo que confia seu futuro ao discernimento dos jovens é um mundo velho e cansado, que já não tem futuro algum.


Nota: O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota. Olavo de Carvalho; organização Felipe Moura Brasil. - 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2013.

O filho dela está sendo beatificado e ela declara: “Ele me trouxe à Eucaristia”


Por: Ary Waldir Ramos Díaz / Redação da Aleteia

EUCHARISTIC MIRACLES

O testemunho de Antonia Salzano sobre Carlo Acutis, gênio da computação fascinado pelos milagres eucarísticos, falecido aos 15 anos, em 2006, por leucemia fulminante

Carlo Acutis, adolescente italiano que morreu aos 15 anos em 2006 em decorrência de leucemia fulminante, foi declarado “venerável” neste ano pelo Papa Francisco: trata-se de um passo emblemático no processo de beatificação. O testemunho de vida do jovem Carlo está trazendo muitas pessoas para mais perto da fé – a começar pela sua própria mãe, Antonia Salzano, que hoje o considera um “pequeno salvador”: foi ele, afinal, quem lhe ensinou o amor pela Eucaristia.

Antonia tem viajado por vários lugares para testemunhar a história do pequeno gênio da computação que frequentava a Santa Missa todos os dias e que levava uma vida ao mesmo tempo normal e extraordinária, dedicada ao estudo, à família, ao voluntariado em benefício de crianças e idosos e, destacadamente, à vivência de uma fé real e autêntica.

“Desde criança, o Carlo era uma alma muito dedicada. Ele amava ir à igreja, rezar, aprofundar a fé. Eu estava afastada, cresci numa família laica, assim como acho que milhões de pessoas. Ter esse filho que me fazia perguntas insistentes sobre a fé me obrigou a refletir. Foi um motivo para me aproximar da Igreja e dos sacramentos”.

A vida de Carlo neste mundo foi excepcional até os últimos momentos, quando ele declarou que oferecia as suas dores físicas a Deus pelo Papa e pela Igreja. A mãe afirma:

“Para mim, o Carlo foi um pequeno salvador que me levou a seguir um caminho especial. Um caminho em que eu prossigo. Tento espalhar o legado dele, especialmente a exposição sobre os milagres eucarísticos, que vem percorrendo os cinco continentes e ajudando tantas pessoas”.

ACUTIS

De fato, Carlo criou uma mostra focada em divulgar os milagres ocorridos ao longo da história em torno à Santíssima Eucaristia. O website Miracoli Eucaristici, que trata deles, nasceu da inspiração do jovem amigo de Jesus.

“Há testemunhos de pessoas que se aproximaram de Deus e começaram uma vida de fé. Para mim este é o maior sinal. O Carlo se importava muito com a Eucaristia”.

Encarando a doença, Carlo infundiu coragem em sua mãe antes de partir prematuramente.

“Mamãe, não tenha medo, porque, com a Encarnação de Jesus, a morte virou vida e nós não temos que tentar escapar dela. Na vida eterna, algo extraordinário espera por nós”.

O jovem também dizia:

“Todos nascem originais, mas muitos morrem como fotocópias”.

A mãe comenta:

“Jesus nos dá os sacramentos para não morrermos como fotocópias. Ele se doa através da Eucaristia, Deus em pessoa; Seu corpo, sangue, alma e divindade”.

E, citando palavras de Carlo, complementa:

“O nosso objetivo deve ser o Infinito, não o finito. O Infinito é a nossa pátria. O Céu sempre esperou por nós. Jesus é amor, Deus é amor. Quando recebemos a Eucaristia, recebemos amor. O propósito de todo cristão é ser santo. Recebendo a Deus, amando a Deus acima de todas as coisas, amando o próximo como a nós mesmos, recebendo amor através da Eucaristia… Jesus também nos ensina a nos entregarmos aos outros e a crescermos nesse amor a Deus”.

Desde que recebeu a Primeira Comunhão, aos 7 anos de idade, Carlo nunca abandonou o recurso diário à Santa Missa.

“Ele dizia: ‘A Eucaristia é a minha estrada para o céu’. Ele queria que todos entendessem o imenso presente que Jesus nos dá através dos sacramentos”.

Estou grávida. E agora?



Pregnant woman standing in forrest an drelaxing

Como lidar com o turbilhão de emoções e preocupações que vem junto com o "positivo"

Ainfinita sabedoria de Deus concede ao corpo feminino a capacidade de conceber e também uma grande quantidade de hormônios para que esteja apto a abrigar e manter o desenvolvimento desta nova vida. Esses hormônios são os principais responsáveis pela diversidade de emoções que uma gestante experimenta. É por isso que nós, mães, começamos a imaginar como será “do ‘positivo’ em diante”, e mesmo que este bebê tenha sido esperado para aquele momento, todas, em maior ou menor grau, temos medos e preocupações comuns que, se não forem bem direcionados, podem tornar a gestação difícil. Vamos ver alguns deles?

Insegurança com as mudanças na vida

Rotina, hábitos, espaços – em casa ou no trabalho – adequações às novas necessidades; mudanças no corpo, mentalidade, prioridades. Tudo isso faz gerar inseguranças, ou a quebra de falsas seguranças: que dificuldades encontrarei no meu trabalho? Como serei vista pelo meu esposo? A gravidez interferirá no nosso relacionamento conjugal?

Lembre-se: gravidez não é doença, é um estado de atenção, mas natural! Pode ser que seja difícil em alguns momentos, mas a gestante, como qualquer ser humano no âmbito profissional, deve ser tratada como pessoa e não como uma máquina, e ser respeitada nesta condição. Há situações de saúde que podem exigir repouso e afastamento do trabalho. Você não deve se culpar nem se desesperar se isso ocorrer, pois há leis que lhe garantem cobertura neste tempo para que você se dedique aos cuidados necessários.

Sobre seu esposo: assim como para o trabalho você não é uma máquina, para ele – e para você mesma – você não é apenas o corpo, mas uma pessoa que, com toda a sua história de vida, virtudes, defeitos e demais características, é única e irrepetível, e por isso ele a escolheu para trilharem a jornada da vida juntos. Mudanças fazem parte deste caminhar e a clareza do sentido matrimonial os ajudará a viver esta fase com compreensão e alegria.

A saúde do bebê

Desde o ventre, você já estará preocupada com o que comer e beber ou não, e o quanto alguma deficiência de saúde pode afetar o seu bebê. Neste momento, o envolvimento do esposo nos cuidados com a gestação se torna muito importante, tanto como suporte para você, quanto como para fomentar o diálogo e a partilha dos dois. Assim, juntos, decidem os cuidados a tomar e a “listinha” de perguntas a serem feitas ao obstetra. Se há outros filhos, eles também já devem ser “treinados” a cuidarem do irmãozinho desde já, na medida da sua compreensão e possibilidades. Outros membros da família também são importantes nesse apoio, desde que respeitem limites e decisões próprias e exclusivas do casal.

O parto

É o medo principal, seja das mamães de primeira viagem ou das mais experientes. Independentemente dos motivos, talvez as coisas não sejam exatamente como se sonhou. Mas nossa condição feminina nos garante que “dar à luz faz parte da nossa natureza” e esta é a primeira afirmação que você deve repetir ao se deparar com este medo. Cuide-se bem e se prepare para este grande momento. O que vier a mudar dos seus planos será para que tudo transcorra bem e você esteja com seu bebezinho nos braços da forma mais segura possível. Você é capaz!

Há outros medos, como por exemplo, quando a gravidez ocorre num momento de instabilidade familiar ou até mesmo fora deste ambiente. Independente do contexto, é importante frisar que todos nós que temos uma gestante próxima, temos a responsabilidade – familiar e social – de ampará-la e encorajá-la a viver este momento da maneira mais natural possível. Certos comentários devem ser abolidos de nossos diálogos e pensamento, se não condizem com nossa missão de defensores da vida.

O Catecismo nos diz o seguinte: “chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus.” (nº 2367). Então, se você está grávida, meus parabéns! Deus a chamou a participar da criação com Ele. Tranquilize-se, informe-se, cuide-se e confie-se aos cuidados maternais da Virgem Maria que, sem ter planejado, recebeu a Salvação de todos nós em Seu ventre sagrado!


Nossa Senhora do Bom Parto, rogai por nós!