segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
Parte 15 - Passa depressa a glória do mundo | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Parte 14 - Seremos julgados pelo amor | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson
A solidão pode trazer felicidade?
Talita Rodrigues
A solidão é mestra em
nos (re)apresentar a Deus
Hoje, escrevo sobre a
solidão e o papel importantíssimo que ela representa em nossa história.
Sabemos muito bem que
ninguém gosta de solidão. A solidão corrói o coração, nos deixa apáticos e,
muitas vezes, nos tira o chão e o sentido de viver. A solidão possui aspecto cinza.
É tempo nublado, é desesperança e desassossego. A solidão exige que saiamos da
zona de conforto, que lidemos com o lado
mais escuro da vida e de “ser”.
A solidão, é a única
coisa que permanece quando todos se vão, quando o amor acaba, quando os sonhos
voam para longe e quando absolutamente tudo o que planejávamos desaparece
completamente.
A solidão nos obriga a
desatar nós. Obriga-nos a nos reconciliar com nossa própria história ferida e a
sair corajosamente em busca da felicidade perdida.
Apesar da solidão não
nos proporcionar nada de agradável a olhos nus, ela é mestra e nos ensina sobre
o que é viver de fato.
A solidão, é um dos
únicos sentimentos que fazem com que recorramos a Deus, porque quando sentimos
a solidão em sua forma mais profunda e sem cor, já não somos mais
autossuficientes. E é justamente neste momento, que precisamos de alguém que
esteja ali, por e para nós.
A solidão nos
possibilita conhecer o vazio de uma vida que poderia ser completa, o cinza das
cores que a vida nos proporciona todos os dias e a falta de uma completude que
já possuímos.
A solidão é mestra em
nos (re)apresentar a Deus. A fazer com que nossos olhos se voltem para cima,
para que (re)conheçamos, então, que a verdadeira alegria vem Dele. A solidão
nos proporciona o prazer e a coragem de ter a fé do tamanho de um grão de
mostarda. Fé de que tudo ficará bem, e que na hora certa voltaremos a enxergar
a vida colorida novamente – e que quando isso acontecer, daremos o valor
merecido a cada momento e a cada milagre que Deus nos proporciona.
Deus permite, sim, a
solidão, pois sem elas jamais (re)conheceríamos e viveríamos a experiência da
verdadeira felicidade. E meu amigo(a), quando vivemos e (re)conhecemos a
verdadeira felicidade, já não morremos mais em vida, vivemos em vida!
Parte 13 - Toda perfeição tem alguma imperfeição | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson
A incrível história da jovem que se livrou do diabo porque se chamava Maria
ACI Digital / Redação
da Aleteia
Santo Afonso Maria de
Ligório relata em seu livro “As Glórias de Maria” (Cap. X) que, seguindo as
referências de outros dois autores católicos, por volta do ano 1465 vivia em
Güeldres (Holanda) uma jovem chamada Maria que foi levar alguns recados à
Nimega (Países Baixos) e ali foi tratada grosseiramente pela sua tia.
No caminho de volta, a
jovem desconsolada e com raiva invocou a ajuda do demônio e este apareceu em
forma de homem e prometeu ajudá-la com algumas condições.
“‘Não lhe peço outra
coisa – disse o inimigo – mas de agora em diante não faça novamente o sinal da
cruz e mude de nome’. ‘Quanto ao primeiro, não farei mais o sinal da cruz –
respondeu-lhe –, mas meu nome de Maria, não mudarei. Gosto muito dele’. ‘Então
eu não te ajudarei’, replicou o demônio”.
Finalmente, depois de
muita discussão, eles concordaram que ela se chamaria a primeira letra do nome
de Maria, ou seja, M. Depois de fazerem o pacto, ambos se foram à Amberes, onde
a jovem viveu durante seis anos com essa companhia perversa e levando uma vida
má.
Certo dia, a jovem
disse ao inimigo que desejava ir à sua terra, o demônio odiou essa ideia, mas
finalmente consentiu. Ao chegar à cidade de Nimega, descobriram que estava
tendo uma apresentação na Praça a vida de Santa Maria.
“Ao ver tal
apresentação, a pobre M, por aquela pequena devoção à Mãe de Deus que havia
conservado, começou a chorar. ‘O que fazemos aqui? – disse-lhe o companheiro –
Você quer que representemos outra comedia?’ Agarrou o seu braço para tirá-la
daquele lugar, mas ela resistia, então ao ver que a perdia, enfurecido a
levantou e a lançou no meio do teatro”.
Em seguida, a jovem
contou sua triste história, foi confessar-se com o pároco, que a remeteu ao
Bispo e este ao Papa. O Pontífice, depois de ouvir sua confissão impôs como
penitência levar sempre três argolas de ferro: uma no pescoço e uma em cada
braço.
A jovem Maria obedeceu
e foi para Maestricht (Países Baixos), onde viveu em um mosteiro para
penitentes.
“Ali viveu quatorze
anos fazendo grandes penitências. Uma manhã, ao levantar-se viu que as três
argolas tinham quebrado. Dois anos depois, morreu com fama de santidade; e
pediu para ser enterrada com aquelas três argolas que, de escrava do inferno,
tinham-na transformado em feliz escrava da sua libertadora”.
Parte 12 - Espírito puro e simples | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson
Os benefícios espirituais para quem invoca o Santíssimo Nome de Maria
Philip Kosloski
Maria tem um papel
especial na história da salvação e continua ajudando o povo de Deus sempre que
a invocam
Éverdade que “em nome
de Jesus todo joelho se dobrará, no céu, na terra e debaixo da terra”
(Filipenses 2,10). Mas Deus também concedeu ao nome de Maria um profundo poder
espiritual.
Maria tem um papel
especial na história da salvação e continua ajudando o povo de Deus sempre que
a invocam. É um grande mistério, mas incontáveis santos reforçaram ao longo
dos séculos que, quanto mais nos aproximamos de Maria, mais nos aproximamos de
seu Filho, Jesus.
O Papa Bento XVI também
promoveu essa realidade e apontou para uma citação de São Bernardo de Claraval
ao visitar a Abadia de Heiligenkreuz, na Áustria. A citação abaixo é um resumo
da crença católica da intercessão mariana e nos assegura que sempre que
invocarmos o nome de Maria, seremos aproximados de Jesus:
“Através das palavras
de São Bernardo, convido todos a se tornarem um filho confiante diante de
Maria, assim como o Filho de Deus. São Bernardo diz, e dizemos com ele:
Olhe para a estrela do
mar, invoque Maria … quando estiver em perigo, em desespero ou em dúvida, pense
em Maria, invoque Maria.Que o nome dela nunca esteja longe de seus lábios ou
longe de seu coração.
Se você a seguir, você
não se perderá; se você rezar para ela, não se desesperará;
se você voltar seus
pensamentos a ela, não errará.
Se ela te abraçar, você
não cairá; se ela te proteger, você não precisará temer;
se ela for seu guia,
você não se cansará;
se ela for benevolente
com você, você certamente chegará ao seu destino”.
Parte 12 - Quero escutar só a Ti Jesus | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson
Por que a inveja chega até nós do inferno, com os demônios escolhendo-a logo após o orgulho
Fr Robert McTeigue, SJ
Este dos sete pecados
capitais é um veneno sem antídoto
Oque é pior: inveja ou
ciúme?
Essa é uma pergunta um
pouco complicada. As pessoas as usam alternadamente, então é como perguntar: “O
que é mais redondo – um círculo ou uma esfera?”
A inveja é listada como
um dos sete pecados capitais. Estamos dando uma nova olhada nos sete pecados
capitais (leia sobre outros aqui).
O Catecismo afirma:
“Inveja é a tristeza que se experimenta perante o bem alheio e o desejo
imoderado de se apropriar dele. É um vício capital”.
Ciúme e inveja diferem
significativamente. E eu acho que a inveja é o pior dos dois. Esta ilustração
pode ajudar a explicar o porquê.
Eu participei de uma
festa de aniversário no quintal de um menino de 5 anos de idade. Os pais de
Mikey pareciam ter comprado os cinco primeiros corredores da loja de brinquedos
para a ocasião. Mike foi o primeiro a sair, correndo de pacote em pacote,
gritando de alegria. As coisas ficaram feias quando as outras crianças correram
para o quintal com ele, igualmente encantadas com os pacotes. Ele correu de
criança em criança, pegando pacotes e gritando: “MEU!” Ele estava ficando
sobrecarregado. No outro extremo do quintal estava o Grande Prêmio: um jipe
movido a bateria, com espaço suficiente para Mikey e sua pilhagem – seu carro
de fuga! Ele empilhou pacotes nos bancos dianteiros e traseiros e olhou para
escapar. Para seu horror, ele viu que não seria capaz de colocar todos os seus
presentes no carro. Havia crianças demais de quem se defender, e não havia
espaço suficiente para todos os presentes. Desesperado, ele gritou:
“NÃOOOOOOO!” Pensei comigo: “Se Dante tivesse visto isso, haveria outro canto
no Inferno.”
A inveja é pior porque
é um veneno sempre expansivo. O ciúme pode dizer: “Não quero que você tenha o
que eu tenho!” A inveja diz: “Quero ter o que você tem (sem merecer)!” Na pior
das hipóteses, a inveja diz: “Eu não quero que você tenha o que você tem. ”São
João Vianney tinha essas palavras terríveis sobre a inveja:
“A Inveja, meus filhos,
segue o orgulho; quem tem inveja tem orgulho. Veja, a inveja nos chega do
inferno; os demônios pecaram por orgulho, pecaram também por inveja, invejando
nossa glória, nossa felicidade. Por que invejamos a felicidade e os bens dos
outros? Porque somos orgulhosos; gostaríamos de ser os únicos possuidores de
talentos, riquezas, estima e amor de todo o mundo! Nós odiamos nossos iguais,
porque eles são nossos iguais; nossos inferiores, pelo medo de que eles possam
se igualar a nós; nossos superiores, porque estão acima de nós.”
“Da mesma forma, meus
filhos, que o diabo, após sua queda, sentiu, e ainda sente, raiva extrema por
nos ver herdeiros da glória do bom Deus, o homem invejoso sente tristeza ao ver
a prosperidade espiritual e temporal de seu vizinho. Meus filhos, andamos nos
passos do diabo; como ele, ficamos irritados com o bem e nos alegramos com o
mal.”
A inveja não é
racional; e não nos traz nenhum bem. Satanás é a ilustração perfeita dessa
verdade. No entanto, a inveja pode ser uma estratégia política muito astuta:
“Eles têm porque você não tem; então eu tirarei deles para dar pra você.”
Somente uma pessoa de
mente clara e bom caráter pode resistir à oferta material em troca do voto. É
assim que as multidões são enganadas, e os tiranos são recompensados. A
história está repleta de exemplos sangrentos do que acontece quando a inveja
incendeia uma população.
No extremo mais
distante, a inveja pode levar à violência. Mais comumente, a inveja leva ao
ressentimento, à dívida e à perda da capacidade de desfrutar de qualquer coisa
que seja boa. O Antigo Testamento oferece muitos desses avisos. Aqui estão
apenas alguns:
O sentimento sadio é
vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos. (Provérbios 14, 30)
O ressentimento mata o
insensato, e a inveja destrói o tolo. (Jó 5, 2)
O Novo Testamento nos
exorta a elevar nossos corações acima das trivialidades:
Vocês cobiçam coisas, e
não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem
a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. (Tiago 4, 2)
O pecado é uma
expressão do desejo irracional de colocar algum bem acima do bem supremo que é
Deus.
A inveja é
especialmente repulsiva porque gera rancor – uma inclinação a dizer (e, pior,
provocar): “Se eu (e somente eu) não posso ter isso – ninguém pode!”
Pensai nas coisas que
são de cima, e não nas que são da terra. (Colossenses 3, 2)
Vamos fazer um exame de
consciência esta semana e ver se o ídolo da inveja tem um santuário em nossos
corações. E então vamos confessar.
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