quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Parte 14 - Seremos julgados pelo amor | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson


A solidão pode trazer felicidade?

Talita Rodrigues


A solidão é mestra em nos (re)apresentar a Deus
Hoje, escrevo sobre a solidão e o papel importantíssimo que ela representa em nossa história.

Sabemos muito bem que ninguém gosta de solidão. A solidão corrói o coração, nos deixa apáticos e, muitas vezes, nos tira o chão e o sentido de viver. A solidão possui aspecto cinza. É tempo nublado, é desesperança e desassossego. A solidão exige que saiamos da zona de conforto,  que lidemos com o lado mais escuro da vida e de “ser”.

A solidão, é a única coisa que permanece quando todos se vão, quando o amor acaba, quando os sonhos voam para longe e quando absolutamente tudo o que planejávamos desaparece completamente.

A solidão nos obriga a desatar nós. Obriga-nos a nos reconciliar com nossa própria história ferida e a sair corajosamente em busca da felicidade perdida.

Apesar da solidão não nos proporcionar nada de agradável a olhos nus, ela é mestra e nos ensina sobre o que é viver de fato.

A solidão, é um dos únicos sentimentos que fazem com que recorramos a Deus, porque quando sentimos a solidão em sua forma mais profunda e sem cor, já não somos mais autossuficientes. E é justamente neste momento, que precisamos de alguém que esteja ali, por e para nós.

A solidão nos possibilita conhecer o vazio de uma vida que poderia ser completa, o cinza das cores que a vida nos proporciona todos os dias e a falta de uma completude que já possuímos.

A solidão é mestra em nos (re)apresentar a Deus. A fazer com que nossos olhos se voltem para cima, para que (re)conheçamos, então, que a verdadeira alegria vem Dele. A solidão nos proporciona o prazer e a coragem de ter a fé do tamanho de um grão de mostarda. Fé de que tudo ficará bem, e que na hora certa voltaremos a enxergar a vida colorida novamente – e que quando isso acontecer, daremos o valor merecido a cada momento e a cada milagre que Deus nos proporciona.

Deus permite, sim, a solidão, pois sem elas jamais (re)conheceríamos e viveríamos a experiência da verdadeira felicidade. E meu amigo(a), quando vivemos e (re)conhecemos a verdadeira felicidade, já não morremos mais em vida, vivemos em vida!

Parte 13 - Toda perfeição tem alguma imperfeição | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson


A incrível história da jovem que se livrou do diabo porque se chamava Maria


ACI Digital / Redação da Aleteia

BLESSED Virgin Mary

Santo Afonso Maria de Ligório relata em seu livro “As Glórias de Maria” (Cap. X) que, seguindo as referências de outros dois autores católicos, por volta do ano 1465 vivia em Güeldres (Holanda) uma jovem chamada Maria que foi levar alguns recados à Nimega (Países Baixos) e ali foi tratada grosseiramente pela sua tia.

No caminho de volta, a jovem desconsolada e com raiva invocou a ajuda do demônio e este apareceu em forma de homem e prometeu ajudá-la com algumas condições.

“‘Não lhe peço outra coisa – disse o inimigo – mas de agora em diante não faça novamente o sinal da cruz e mude de nome’. ‘Quanto ao primeiro, não farei mais o sinal da cruz – respondeu-lhe –, mas meu nome de Maria, não mudarei. Gosto muito dele’. ‘Então eu não te ajudarei’, replicou o demônio”.

Finalmente, depois de muita discussão, eles concordaram que ela se chamaria a primeira letra do nome de Maria, ou seja, M. Depois de fazerem o pacto, ambos se foram à Amberes, onde a jovem viveu durante seis anos com essa companhia perversa e levando uma vida má.

Certo dia, a jovem disse ao inimigo que desejava ir à sua terra, o demônio odiou essa ideia, mas finalmente consentiu. Ao chegar à cidade de Nimega, descobriram que estava tendo uma apresentação na Praça a vida de Santa Maria.

“Ao ver tal apresentação, a pobre M, por aquela pequena devoção à Mãe de Deus que havia conservado, começou a chorar. ‘O que fazemos aqui? – disse-lhe o companheiro – Você quer que representemos outra comedia?’ Agarrou o seu braço para tirá-la daquele lugar, mas ela resistia, então ao ver que a perdia, enfurecido a levantou e a lançou no meio do teatro”.

Em seguida, a jovem contou sua triste história, foi confessar-se com o pároco, que a remeteu ao Bispo e este ao Papa. O Pontífice, depois de ouvir sua confissão impôs como penitência levar sempre três argolas de ferro: uma no pescoço e uma em cada braço.

A jovem Maria obedeceu e foi para Maestricht (Países Baixos), onde viveu em um mosteiro para penitentes.

“Ali viveu quatorze anos fazendo grandes penitências. Uma manhã, ao levantar-se viu que as três argolas tinham quebrado. Dois anos depois, morreu com fama de santidade; e pediu para ser enterrada com aquelas três argolas que, de escrava do inferno, tinham-na transformado em feliz escrava da sua libertadora”.

Parte 12 - Espírito puro e simples | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson


Os benefícios espirituais para quem invoca o Santíssimo Nome de Maria


Philip Kosloski

PRAYING TO MOTHER MARY

Maria tem um papel especial na história da salvação e continua ajudando o povo de Deus sempre que a invocam

Éverdade que “em nome de Jesus todo joelho se dobrará, no céu, na terra e debaixo da terra” (Filipenses 2,10). Mas Deus também concedeu ao nome de Maria um profundo poder espiritual.

Maria tem um papel especial na história da salvação e continua ajudando o povo de Deus sempre que a invocam. É um grande mistério, mas incontáveis ​​santos reforçaram ao longo dos séculos que, quanto mais nos aproximamos de Maria, mais nos aproximamos de seu Filho, Jesus.

O Papa Bento XVI também promoveu essa realidade e apontou para uma citação de São Bernardo de Claraval ao visitar a Abadia de Heiligenkreuz, na Áustria. A citação abaixo é um resumo da crença católica da intercessão mariana e nos assegura que sempre que invocarmos o nome de Maria, seremos aproximados de Jesus:

“Através das palavras de São Bernardo, convido todos a se tornarem um filho confiante diante de Maria, assim como o Filho de Deus. São Bernardo diz, e dizemos com ele:

Olhe para a estrela do mar, invoque Maria … quando estiver em perigo, em desespero ou em dúvida, pense em Maria, invoque Maria.Que o nome dela nunca esteja longe de seus lábios ou longe de seu coração.

Se você a seguir, você não se perderá; se você rezar para ela, não se desesperará;
se você voltar seus pensamentos a ela, não errará.
Se ela te abraçar, você não cairá; se ela te proteger, você não precisará temer;
se ela for seu guia, você não se cansará;
se ela for benevolente com você, você certamente chegará ao seu destino”.

Parte 12 - Quero escutar só a Ti Jesus | Série A Imitação de Cristo - Direção Espiritual | Frei Gilson

Por que a inveja chega até nós do inferno, com os demônios escolhendo-a logo após o orgulho


Fr Robert McTeigue, SJ

ENVY

Este dos sete pecados capitais é um veneno sem antídoto
Oque é pior: inveja ou ciúme?

Essa é uma pergunta um pouco complicada. As pessoas as usam alternadamente, então é como perguntar: “O que é mais redondo – um círculo ou uma esfera?”

A inveja é listada como um dos sete pecados capitais. Estamos dando uma nova olhada nos sete pecados capitais (leia sobre outros aqui).

O Catecismo afirma: “Inveja é a tristeza que se experimenta perante o bem alheio e o desejo imoderado de se apropriar dele. É um vício capital”.

Ciúme e inveja diferem significativamente. E eu acho que a inveja é o pior dos dois. Esta ilustração pode ajudar a explicar o porquê.

Eu participei de uma festa de aniversário no quintal de um menino de 5 anos de idade. Os pais de Mikey pareciam ter comprado os cinco primeiros corredores da loja de brinquedos para a ocasião. Mike foi o primeiro a sair, correndo de pacote em pacote, gritando de alegria. As coisas ficaram feias quando as outras crianças correram para o quintal com ele, igualmente encantadas com os pacotes. Ele correu de criança em criança, pegando pacotes e gritando: “MEU!” Ele estava ficando sobrecarregado. No outro extremo do quintal estava o Grande Prêmio: um jipe ​​movido a bateria, com espaço suficiente para Mikey e sua pilhagem – seu carro de fuga! Ele empilhou pacotes nos bancos dianteiros e traseiros e olhou para escapar. Para seu horror, ele viu que não seria capaz de colocar todos os seus presentes no carro. Havia crianças demais de quem se defender, e não havia espaço suficiente para todos os presentes. Desesperado, ele gritou: “NÃOOOOOOO!” Pensei comigo: “Se Dante tivesse visto isso, haveria outro canto no Inferno.”

A inveja é pior porque é um veneno sempre expansivo. O ciúme pode dizer: “Não quero que você tenha o que eu tenho!” A inveja diz: “Quero ter o que você tem (sem merecer)!” Na pior das hipóteses, a inveja diz: “Eu não quero que você tenha o que você tem. ”São João Vianney tinha essas palavras terríveis sobre a inveja:

“A Inveja, meus filhos, segue o orgulho; quem tem inveja tem orgulho. Veja, a inveja nos chega do inferno; os demônios pecaram por orgulho, pecaram também por inveja, invejando nossa glória, nossa felicidade. Por que invejamos a felicidade e os bens dos outros? Porque somos orgulhosos; gostaríamos de ser os únicos possuidores de talentos, riquezas, estima e amor de todo o mundo! Nós odiamos nossos iguais, porque eles são nossos iguais; nossos inferiores, pelo medo de que eles possam se igualar a nós; nossos superiores, porque estão acima de nós.”

“Da mesma forma, meus filhos, que o diabo, após sua queda, sentiu, e ainda sente, raiva extrema por nos ver herdeiros da glória do bom Deus, o homem invejoso sente tristeza ao ver a prosperidade espiritual e temporal de seu vizinho. Meus filhos, andamos nos passos do diabo; como ele, ficamos irritados com o bem e nos alegramos com o mal.”

A inveja não é racional; e não nos traz nenhum bem. Satanás é a ilustração perfeita dessa verdade. No entanto, a inveja pode ser uma estratégia política muito astuta: “Eles têm porque você não tem; então eu tirarei deles para dar pra você.”

Somente uma pessoa de mente clara e bom caráter pode resistir à oferta material em troca do voto. É assim que as multidões são enganadas, e os tiranos são recompensados. A história está repleta de exemplos sangrentos do que acontece quando a inveja incendeia uma população.

No extremo mais distante, a inveja pode levar à violência. Mais comumente, a inveja leva ao ressentimento, à dívida e à perda da capacidade de desfrutar de qualquer coisa que seja boa. O Antigo Testamento oferece muitos desses avisos. Aqui estão apenas alguns:

O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos. (Provérbios 14, 30)

O ressentimento mata o insensato, e a inveja destrói o tolo. (Jó 5, 2)

O Novo Testamento nos exorta a elevar nossos corações acima das trivialidades:

Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. (Tiago 4, 2)

O pecado é uma expressão do desejo irracional de colocar algum bem acima do bem supremo que é Deus.

A inveja é especialmente repulsiva porque gera rancor – uma inclinação a dizer (e, pior, provocar): “Se eu (e somente eu) não posso ter isso – ninguém pode!”

Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. (Colossenses 3, 2)

Vamos fazer um exame de consciência esta semana e ver se o ídolo da inveja tem um santuário em nossos corações. E então vamos confessar.