quinta-feira, 12 de setembro de 2019

A solidão pode trazer felicidade?

Talita Rodrigues


A solidão é mestra em nos (re)apresentar a Deus
Hoje, escrevo sobre a solidão e o papel importantíssimo que ela representa em nossa história.

Sabemos muito bem que ninguém gosta de solidão. A solidão corrói o coração, nos deixa apáticos e, muitas vezes, nos tira o chão e o sentido de viver. A solidão possui aspecto cinza. É tempo nublado, é desesperança e desassossego. A solidão exige que saiamos da zona de conforto,  que lidemos com o lado mais escuro da vida e de “ser”.

A solidão, é a única coisa que permanece quando todos se vão, quando o amor acaba, quando os sonhos voam para longe e quando absolutamente tudo o que planejávamos desaparece completamente.

A solidão nos obriga a desatar nós. Obriga-nos a nos reconciliar com nossa própria história ferida e a sair corajosamente em busca da felicidade perdida.

Apesar da solidão não nos proporcionar nada de agradável a olhos nus, ela é mestra e nos ensina sobre o que é viver de fato.

A solidão, é um dos únicos sentimentos que fazem com que recorramos a Deus, porque quando sentimos a solidão em sua forma mais profunda e sem cor, já não somos mais autossuficientes. E é justamente neste momento, que precisamos de alguém que esteja ali, por e para nós.

A solidão nos possibilita conhecer o vazio de uma vida que poderia ser completa, o cinza das cores que a vida nos proporciona todos os dias e a falta de uma completude que já possuímos.

A solidão é mestra em nos (re)apresentar a Deus. A fazer com que nossos olhos se voltem para cima, para que (re)conheçamos, então, que a verdadeira alegria vem Dele. A solidão nos proporciona o prazer e a coragem de ter a fé do tamanho de um grão de mostarda. Fé de que tudo ficará bem, e que na hora certa voltaremos a enxergar a vida colorida novamente – e que quando isso acontecer, daremos o valor merecido a cada momento e a cada milagre que Deus nos proporciona.

Deus permite, sim, a solidão, pois sem elas jamais (re)conheceríamos e viveríamos a experiência da verdadeira felicidade. E meu amigo(a), quando vivemos e (re)conhecemos a verdadeira felicidade, já não morremos mais em vida, vivemos em vida!

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