Talita Rodrigues
A solidão é mestra em
nos (re)apresentar a Deus
Hoje, escrevo sobre a
solidão e o papel importantíssimo que ela representa em nossa história.
Sabemos muito bem que
ninguém gosta de solidão. A solidão corrói o coração, nos deixa apáticos e,
muitas vezes, nos tira o chão e o sentido de viver. A solidão possui aspecto cinza.
É tempo nublado, é desesperança e desassossego. A solidão exige que saiamos da
zona de conforto, que lidemos com o lado
mais escuro da vida e de “ser”.
A solidão, é a única
coisa que permanece quando todos se vão, quando o amor acaba, quando os sonhos
voam para longe e quando absolutamente tudo o que planejávamos desaparece
completamente.
A solidão nos obriga a
desatar nós. Obriga-nos a nos reconciliar com nossa própria história ferida e a
sair corajosamente em busca da felicidade perdida.
Apesar da solidão não
nos proporcionar nada de agradável a olhos nus, ela é mestra e nos ensina sobre
o que é viver de fato.
A solidão, é um dos
únicos sentimentos que fazem com que recorramos a Deus, porque quando sentimos
a solidão em sua forma mais profunda e sem cor, já não somos mais
autossuficientes. E é justamente neste momento, que precisamos de alguém que
esteja ali, por e para nós.
A solidão nos
possibilita conhecer o vazio de uma vida que poderia ser completa, o cinza das
cores que a vida nos proporciona todos os dias e a falta de uma completude que
já possuímos.
A solidão é mestra em
nos (re)apresentar a Deus. A fazer com que nossos olhos se voltem para cima,
para que (re)conheçamos, então, que a verdadeira alegria vem Dele. A solidão
nos proporciona o prazer e a coragem de ter a fé do tamanho de um grão de
mostarda. Fé de que tudo ficará bem, e que na hora certa voltaremos a enxergar
a vida colorida novamente – e que quando isso acontecer, daremos o valor
merecido a cada momento e a cada milagre que Deus nos proporciona.
Deus permite, sim, a
solidão, pois sem elas jamais (re)conheceríamos e viveríamos a experiência da
verdadeira felicidade. E meu amigo(a), quando vivemos e (re)conhecemos a
verdadeira felicidade, já não morremos mais em vida, vivemos em vida!
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