sexta-feira, 20 de junho de 2014

Tomate


Pesquisadores descobriram um novo benefício do tomate. O fruto está sendo usado como matéria-prima para a fabricação de um suplemento alimentar chamado Ateronon, que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. As pílulas, vendidas na Inglaterra, são feitas a base de licopeno, substância responsável pela cor avermelhada do tomate e de propriedades antioxidantes, ou seja, capazes de retardar o envelhecimento celular. Segundo os pesquisadores, o Ateronon pode melhorar a função das células do endotélio (camada interna dos vasos sanguíneos) em até 50%, aumentando a flexibilidade dos vasos.

Carne processada faz mal ao coração do homem, diz estudo

Homens que consomem mais de 78 gramas por dia de presunto, salame ou salsicha, por exemplo, correm maior risco de sofrer insuficiência cardíaca

Salame

Homens que comem mais carne vermelha processada, que é rica em sódio e conservantes, podem ter um risco maior de sofrer insuficiência cardíaca e de morrer em decorrência do problema em comparação com aqueles que consomem menores quantidades do alimento. É o que descobriu um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico Circulation: Heart Failure.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Processed and Unprocessed Red Meat Consumption and Risk of Heart Failure: A Prospective Study of Men

Onde foi divulgada: periódico Circulation: Heart Failure​

Quem fez: Joanna Kaluza, Agneta Akesson e Alicja Wolk

Instituição: Universidade de Ciências da Vida de Varsóvia, na Polônia, e Instituto Karolinska, na Suécia

Resultado: Comer muita carne vermelha processada pode aumentar em até 28% o risco de insuficiência cardíaca entre homens e dobrar a chance de morte por essa doença.
Segundo a pesquisa, a incidência da doença em um período de doze anos é 28% maior entre homens que comem 78 gramas ou mais de carne vermelha processada, como presunto, salsicha e salame, do que os que ingerem 25 gramas ou menos do alimento ao dia. Além disso, o risco de morte por insuficiência cardíaca chega a ser duas vezes superior para quem mais consome carne processada.
O estudo também concluiu que cada 50 gramas de carne processada (cerca de duas fatias de presunto, por exemplo) a mais consumidos no dia eleva em 8% o risco de insuficiência cardíaca. A pesquisa não encontrou relação entre excesso de carne vermelha não processada e uma maior incidência da doença.

Os resultados do trabalho se basearam nos dados de 37 000 homens de 45 a 79 anos, acompanhados durante doze anos. No início do estudo, os participantes responderam a um questionário sobre hábitos alimentares.
"Para reduzir o risco de insuficiência cardíaca e outras doenças, sugerimos que as pessoas evitem carne vermelha processada e limitem a quantidade de carne vermelha não processada em até duas porções por semana. Além disso, que sigam uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e peixe", diz Joanna Kaluza, professora do Departamento de Nutrição Humana da Universidade Ciências da Vida de Varsóvia, na Polônia. Segundo ela, é provável que os resultados de um estudo feito com mulheres sejam semelhantes ao do conduzido em homens.
A doença — A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração passa a bombear o sangue de maneira ineficaz, não conseguindo satisfazer a necessidade do organismo e reduzindo o fluxo sanguíneo do corpo. A doença faz com que os músculos dos braços e das pernas se cansem mais rapidamente, os rins trabalhem menos e a pressão arterial fique baixa. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, é mais comum em idosos. Atinge uma média de uma a cada 100 pessoas.

Veja dicas de como trocar o sal por outros temperos mais saudáveis

Ervas e outros condimentos são alternativa para preparar alimentos saborosos

Veja dicas de como trocar o sal por outros temperos mais saudáveis stock.xchng/Divulgação
A comida não tem graça sem um bom tempero, certo? Mas abusar do sal, o condimento mais usado e conhecido para dar sabor aos alimentos, não é nada saudável. Pelo contrário: quanto menos você colocar no prato, melhor para a sua saúde.
— O sal não é o vilão da alimentação, mas reduzir a quantidade é sempre uma boa ideia. O seu consumo em excesso está relacionado ao aumento da pressão arterial e também pode trazer más consequências para a função cardíaca — adverte o nutrólogo Paulo Henkin.
Para reduzir a quantidade de sal, é preciso encontrar alternativas para temperar os pratos. A nutricionista funcional Alice Müller dá dicas de como usar condimentos saudáveis e tão (ou mais!) saborosos como o sal.
Mix de ervas 
Pode ser usado em substituição do sal para preparar carnes, molhos, feijão, entre outros alimentos. Bata no liquidificador partes iguais de sal marinho, orégano, manjericão e alecrim (ervas desidratadas). Você pode variar usando semente de mostarda, cominho e pimenta do reino.

Marinada
Use vinho, suco de laranja, suco de limão ou suco de abacaxi, e acrescente temperos como cebola, alho, alecrim, coentro, sálvia, tomilho e louro. Deixe a carne marinando na geladeira por cerca de uma hora. O tempero deixa a carne saudável e saborosa.

Óleo de especiarias
Utilize azeite de oliva extravirgem, pimenta dedo-de-moça, um dente de alho, um ramo de alecrim e folhinhas de manjericão. Use o próprio vidro do azeite para juntar os ingredientes. Varie os temperos e você terá vários sabores para temperar a salada, refogar a comida ou comer com pão e torradinhas integrais.

Gersal
Adicione ao arroz, legumes ou saladas. Para prepará-lo, misture quatro colheres de chá de semente de gergelim torrado com duas colheres de chá de sal marinho grosso. Triture e guarde em um pote fechado.

Caldo de legumes caseiro
Cozinhe alho, alho-poró, louro, orégano, aipo, cenoura, moranga e talos com água. Coe e congele em potes para usar em risotos, sopas e molhos.

Gostosos e nutritivos
A nutricionista funcional Alice Müller indica condimentos para temperar a comida e dar mais sabor aos alimentos. Conheça:
Alho: combina com molhos, feijão, lentilha, grão de bico, sopas, carnes e arroz. Fortalece a imunidade e ajuda a controlar a pressão alta e o colesterol.
Alho-poró: use em refogados, risotos, sopas e omeletes. Tem sabor e aroma mais brandos do que o alho. Auxilia a desintoxicação do fígado e, por ter inulina, fibra que provoca saciedade.
Aipo: o aipo ou salsão fresco é utilizado como salada ou em pratos cozidos a base de peixes, gado e aves. As folhas podem aromatizar os caldos. É diurético e pode ajudar na prevenção de cálculos renais.
Alecrim: fica ótimo com batata, cenoura, couve flor, abobrinha, frango e sopas. É estimulante, diminuindo o cansaço mental, e é digestivo.
Açafrão: coloque no final das preparações, como sopas, molho de tomate, arroz, risotos, omeletes, carnes e frutos do mar, sempre associado à pimenta do reino. Tanto o açafrão verdadeiro, como é popularmente conhecido, quanto o açafrão da terra ou a cúrcuma exercem efeito anti-inflamatório e antioxidante.
Canela: moída, combina com moranga, carne moída e frutas assadas. Melhora a ação da insulina e o controle da glicose sanguínea.
Cebola: pode ser assada com pimenta do reino, usada em conservas e refogada para temperar legumes, carnes e molhos. Tem quercetina, que fortalece e protege os vasos sanguíneos e pode ajudar a reduzir sintomas alérgicos.
Cebolinha: adicione a omeletes, sopas, molhos, saladas, hortaliças cozidas, gado, frango, peixe e batata cozida. Tem fitoquímicos que atuam na proteção contra doenças cardiovasculares e câncer.
Coentro: usa-se as folhas frescas para temperar pescados e as sementes em conservas, peixes, frutos do mar e pratos com soja. Tem capacidade antioxidante, antialérgica, antitumoral e antimicrobiana.
Cominho: em semente, pode ser colocado sobre pães, saladas de batata ou de repolho. Em pó, é muito usado para temperar feijão e diversos pratos salgados. Tem propriedade carminativa (redução de gases intestinais e gástrico).
Curry: usado em molho de tomate e de carne, leite de coco, carne, frango, peixe, arroz e hortaliças cozidas ou assadas. O curry tem sabor picante e é uma mistura de 8 a 30 ervas benéficas, como cominho, canela, gengibre, açafrão e pimenta, tornando-o uma especiaria rica em antioxidantes.
Gengibre: pode ser usado em raízes inteiras e frescas ou secas e moídas. Tem aroma adocicado e sabor forte e picante. Use no arroz, na carne, no frango, no peixe, no refogado de legumes, nos bolos, nos biscoitos, nos sucos e nos chás. Beneficia a circulação sanguínea e tem efeito anti-inflamatório. Também pode melhorar enjoos e mal-estar.
Hortelã: adicione à salada de folhas ou tomate, berinjela, abobrinha, ervilha, peixes, sucos, chás e geleia. Melhora a digestão e é protetor do fígado e desintoxicante.
Louro: é um tempero muito usado na cozinha brasileira, combina com marinadas, assados, ensopados, conservas, feijão e sopas. Tem propriedade analgésica, carminativa, diurética e auxilia no trabalho do fígado.
Manjericão: fresco ou seco, é usado com tomate (tanto nos molhos quanto nas saladas), massas (no molho pesto), carnes e sopas. Auxilia na diminuição de danos oxidativos, envelhecimento precoce, aterosclerose e diabetes.
Mostarda: em grãos ou moída na hora, combina com conserva de hortaliças, assados, molhos e carnes. È fonte de colina, estimulante da memória.
Noz moscada: encontrada em sementes e em pó, mas é preferível moída na hora, para que seu sabor adocicado possa ser mais conservado. Usada em recheios, molhos, espinafre, moranga, batata e em pratos a base de ovos.
Orégano: o sabor característico da pizza vem da utilização do orégano, mas pode ser utilizado molhos de tomate, vinagre, sopas, massas, legumes, saladas, ensopados, feijão e ovos. Tem forte poder antifúngico e antioxidante.
Pimenta do reino e pimenta vermelha: usar nas carnes, molhos, risotos, ensopados, omelete, feijão e lentilha. Melhora o fluxo de sangue, contém potentes analgésicos naturais e pode inibir o crescimento de células tumorais.
Salsa: colocar no final do preparo de omelete, sopa, molhos, saladas, hortaliças cozidas, carne, frango, peixe, carreteiro e batata cozida. É fonte de vitamina C, que fortalece o sistema imune e auxilia na absorção de ferro dos alimentos.
Sálvia: combina com frango, molho de tomate e molho de carne, sopa e ensopados. No chá, pode ajudar a diminuir os calorões da menopausa. Tem compostos antioxidantes com atividade antiinflamatória e anticarcinogenica.
Tomilho: os ramos frescos podem aromatizar carnes e hortaliças. Combina também com tomate, pimentão e berinjela. Pode ser adicionado a vinagres ou azeites. Tem poder antioxidante e antibacteriano.

Café da manhã pode não ser tão importante para quem está de dieta, diz estudo

Pesquisa apontou que fazer a refeição regularmente não contribui para a perda de peso
Café da manhã pode não ser tão importante para quem está de dieta, diz estudo Mateus Bruxel/Agencia RBS
Pesquisadores da Universidade do Alabama dizem que pular o café da manhã não atrapalha a perda de peso, mas também não ajuda. O estudo, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, examinou o impacto das recomendações de pular ou não o café da manhã em 309 adultos ligeiramente acima do peso, com idades entre 20 e 65 anos, todos tentando perder peso de maneira ativa.
Durante 16 semanas, grupos experimentais foram aconselhados a comer ou pular o café da manhã, ao passo que o grupo de controle era formado por alguns que tomavam café da manhã e outros que não. Ninguém nesse grupo recebeu nenhuma orientação sobre o cardápio da refeição, apenas informações nutricionais saudáveis.
A principal autora do estudo, Emily Dhurandhar, professora do Departamento de Comportamento de Saúde, alega não haver evidências que comprovem que a ingestão de café da manhã leva à perda de peso.
— A maioria dos estudos anteriores demonstrou correlação, mas não necessariamente causa. Em contraste, usamos uma triagem grande, aleatória e controlada para examinar se recomendações sobre café da manhã possuem efeito causal na perda de peso, com mudança de peso sendo nosso principal resultado — disse Emily.
Considerada a refeição mais importante do dia, o café da manhã sempre foi recomendado como uma peça importante no controle do peso. Muitos nutricionistas acreditam que a manhã é o melhor momento para a maior refeição do dia, reduzindo a fome mais tarde, e concentrando o principal consumo calórico cedo, sob o argumento de que será queimado ao longo do dia.
— Agora que sabemos que a recomendação geral de "tomar café da manhã todos os dias" não faz diferença na perda de peso. Podemos avançar estudando outras técnicas para melhorar a eficácia. Devemos tentar entender por que tomar ou pular o café da manhã não influencia na perda de peso, apesar de ser evidente que pode influenciar no apetite ou no metabolismo — aponta Emily.
Embora o estudo de Dhurandhar tenha examinado os efeitos do café da manhã em pessoas que estavam de dieta, não especificou o que elas consumiram.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Descubra as propriedades e vantagens dos chás

Além de aquecer o organismo, as bebidas proporcionam diversos benefícios terapêuticos

Descubra as propriedades e vantagens dos chás  Stock Photos/Divulgação
Os chás são excelentes opções para aconchegar e esquentar o organismo durante as temperaturas mais baixas e possuem diferentes propriedades terapêuticas.
— As vantagens já começam pelo ritual de preparo - por si só um ato bastante relaxante, que distrai e vai te tirando um pouco do estresse do dia. Mas os próprios ingredientes também são capazes de oferecer diversos ganhos para a saúde. Existem algumas plantas, como a camomila e o capim cidreira, por exemplo, que são calmantes naturais e excelentes para uma boa noite de sono — afirma a nutricionista Flávia Morais.
Alguns também são aliados no emagrecimento. É o caso, por exemplo, do chá verde, cujo benefício está comprovado cientificamente.
— Dois copos por dia são suficientes para que os resultados sejam observados. O ideal é consumir em torno de dez minutos antes dos exercícios físicos. Isso aumentará a velocidade do gasto calórico, induzindo à perda de gordura — ressalta Flávia.
Porém, para que todas essas propriedades se mantenham, é necessário que a bebida seja preparada da maneira correta. Existem dois métodos: por infusão, que é o modo tradicional utilizado para folhas e flores. Nesse processo, basta colocar a planta em um recipiente, jogar água fervente e deixar tampado por cerca de 5 minutos. Depois, é só coar e servir.
O outro jeito é por decocção, utilizado para as raízes, rizomas, caules, sementes ou cascas da planta, no qual os ingredientes fervem junto com a água por alguns minutos. As proporções para as receitas são de uma a duas colheres de chá para cada xícara de água.
Veja abaixo os benefícios de alguns chás:
Capim Cidreira: alivia gases e auxilia no bom funcionamento do sistema digestivo. Além disso, também é um calmante.
Camomila: alivia a indigestão e diminui a ansiedade. Combate o cansaço e ajuda a induzir ao sono.
Hibisco: diurético, ajuda a diminuir a pressão sanguínea. Rico em antioxidantes, protege contra os radicais livres.
Jasmim: ajuda no combate aos sintomas de depressão, auxilia no tratamento de conjuntivites e problemas de pele, além de aliviar o estresse.
Alecrim: potente digestivo, tem ação antiespasmódica, anti-inflamatória, antifúngica e desintoxicante.
Erva doce: por causa do seu aroma, é muito utilizada para relaxamento. Ajuda a combater cólicas e gases, além de melhorar a digestão.
Canela: controla o diabetes, reduzindo a vontade de comer doces e auxiliando na redução da glicemia. Regula o açúcar no sangue e melhora a circulação.
Gengibre: anti-inflamatório natural. Favorece o sistema digestivo, combatendo enjôos e náuseas.
Camellia sinensisé a planta que dá origem ao chá verde e ao chá branco. Possui como princípio ativo os polifenóis e as catequinas, que evitam a formação de placas de colesterol no sangue, prevenindo derrames e infartos e alguns tipos de câncer.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Estudo explica como fazer as crianças gostarem de vegetais

Comportamento infantil favorável aos legumes e verduras deve ser incentivado e trabalhado cedo

Estudo explica como fazer as crianças gostarem de vegetais Fabrizio Motta/Agencia RBS
Quer criar filhos que tenham mente aberta e que não reclamem sobre ter de comer vegetais? Apresente-os a ervilhas e cenouras desde muito novos e não desista após a primeira tentativa, afirmam pesquisadores britânicos.
E eles entendem do assunto, já que, para a pesquisa, a equipe da Universidade de Leeds usou um dos alimentos menos populares e mais estranhos para os testes com os miniparticipantes: purê de alcachofra.
Para o estudo, cientistas alimentaram 332 bebês e crianças, com idades entre 6 e 38 meses, provenientes do Reino Unido, França e Dinamarca. As crianças receberam entre 5 e 10 porções de pelo menos 100g do purê, tanto em sua forma básica quanto adoçado ou misturado a óleo vegetal.
As crianças mais novas, principalmente aquelas com menos de 24 meses, consumiram mais purê do que as mais velhas. Aos dois anos, fase mais conhecida como "os terríveis dois", as crianças começam a descobrir sua vontade própria e ficam relutantes para testar coisas novas.
A maioria das crianças (40%) foi classificada como "aprendiz", e representa aquelas que aumentaram o consumo ao longo do tempo. Os "limpadores de pratos" foram aqueles que consumiram mais de 75% do que era oferecido e representaram 21% do total. Os "não alimentados" foram os que comeram menos de 10g após cinco tentativas (16% do total). Os demais foram classificados como outros.
Os pesquisadores descobriram que o grupo mais complicado, dos "não alimentados", era composto sobretudo pelos mais velhos, já em época de pré-escola. Eles descobriram, também, que adoçar o purê não fazia diferença alguma na quantidade ingerida pelas crianças. A moral do estudo?
— Se você deseja encorajar seus filhos a comerem vegetais, procure começarcedo e oferecer o alimento repetidamente. Mesmo se seu filho é difícil, a exposição de cinco a 10 vezes irá ajudar— declara a líder da pesquisa, Marion Hetherington.
Outros estudos sugerem que uma variedade maior de vegetais seja oferecida, que se lidere pelo exemplo e que os vegetais não sejam classificados como saudáveis, na hora de convencer as crianças.

Introdução correta de alimentos na dieta do bebê ajuda a evitar alergia alimentar

Organismo da criança pode não estar preparado ou não se adaptar a certos tipos de comida

Introdução correta de alimentos na dieta do bebê ajuda a evitar alergia alimentar www.sxc.hu/divulgação
O momento certo de introduzir um alimento da dieta dos bebês é fundamental para a sua saúde. A medida é uma importante forma de evitar as alergias alimentares, já que o organismo das crianças pode não estar preparado ou não de adaptar a certos tipos de comida.
Um dos exemplos de doença que pode ser desencadeada pela alergia alimentar é a asma brônquica. De acordo com a pediatra especialista no assunto Anna Nowak-Wegrzyn, a característica da dieta de cada país exerce influência no número de casos do problema, e estudos recentes comprovaram que a dieta mediterrânea é preventiva.
— Analisando o cenário da Europa, por exemplo, se percebe uma prevalência de casos de asma brônquica em países como Espanha, Portugal, Alemanha e Polônia. A Grécia tem uma dieta muito mais benéfica, e isso pode ser percebido com taxas menores da doença. São alimentos com menos gordura e mais fibras como peixes, frutas e todos os tipos de óleos. Por isso, pode ser considerada uma dieta preventiva — explicou a médica.
Um grupo de oito alimentos é responsável por aproximadamente 90% dos casos de alergia alimentar: laticínios, ovos, lagosta, peixe, nozes, soja, trigo e amendoim. Alguns alimentos como nozes e amendoim são menos comuns na dieta brasileira, especialmente se comparados com nações como Estados Unidos, Canadá e Austrália.
A alimentação saudável e equilibrada das mães também é fundamental, seja antes ou durante a gravidez.
— Recomendamos sempre uma vida saudável, com atividades físicas comendo muitas frutas, vegetais e fibras. Obviamente que o cigarro deve ser evitado porque é um dos maiores fatores de risco não só pela asma, mas porque produz inflamação no corpo e diretamente contribui para o risco de alergias — explicou.
Outros fatores de risco são a poluição, anormalidades na flora intestinal e pouca exposição a luz do sol que gera deficiência de vitamina D. A amamentação por no mínimo seis meses também é altamente recomendada para evitar as alergias.