Veja quais evitar – ou pelo menos reduzir o consumo – ao longo dos nove meses
Quanto mais natural, melhor. A dica da nutricionista Elaine Moreira resume como deve ser a alimentação da gestante. Evite alimentos industrializados, excesso de sal e de cafeína. “Além disso, não é o período de provar comidas novas, por causa do risco de alergias”, ressalta. A seguir, a especialista aponta outros alimentos que merecem atenção durante a gravidez.
Carnes cruas ou mal passadas
Tanto as de bovinos quanto as de peixes só devem ser consumidas cozidas. O perigo está no parasita que provoca a toxoplasmose, presente em carnes cruas e fezes de animais. Mesmo que ele não seja encontrado no peixe, há risco de contaminação cruzada – que acontece, por exemplo, se a pessoa que preparou o alimento tiver manipulado outro contaminado. Todo cuidado é pouco, pois a doença é assintomática para a mãe, mas pode levar ao aborto ou deixar sequelas graves no bebê. Mesmo quem já têm o protozoário no organismo (o que é descoberto nos exames do primeiro trimestre da gestação) está proibida de comer carne crua, já que esse tipo de alimento oferece ainda risco de infecções gastrointestinais por meio das bactérias Salmonella e E. coli.
Adoçantes
Há poucos estudos sobre o consumo durante a gestação. Sabe-se, entretanto, que a sacarina e o ciclamato podem ser prejudiciais para o bebê. Se você tiver que usar adoçantes durante a gravidez, os mais indicados são a sucralose, a estévia e o acessulfame (em geral, aparece combinado a outros). Por isso, fique atenta ao rótulo das embalagens.
Cafeína
Em excesso, faz mal. Pesquisas mostram que a substância está associada, por exemplo, ao baixo peso ao nascer. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de, no máximo, 300 mg de cafeína por dia (o equivalente a três xícaras de 240 ml de café coado ou duas de expresso). Evite beber o café de estômago vazio, já que a substância aumenta a produção de suco gástrico e pode causar azia. Vale lembrar que ela também é encontrada no chá verde e nos refrigerantes à base de cola.
Bebidas gaseificadas
Não existe contra-indicação, mas as bebidas com gás, até mesmo a água, prejudicam ainda mais a digestão do que os líquidos comuns. Simplesmente porque aumentam o volume do estômago. Melhor tomá-las somente entre as refeições – e não durante. Se você não resiste a um refrigerante, evite os à base de cola (por causa da cafeína) e as versões light, que em geral têm diversas combinações de adoçantes.
Comidas industrializadas
Têm de ser restringidas, na medida do possível. Não apenas por serem pobres em nutrientes, mas também porque a maioria contém sódio em excesso. O mineral é importante para o organismo, já que mantém o volume de líquidos, mas quando o limite recomendado por dia – até 2 g – é ultrapassado, os efeitos são inchaços e aumento da pressão arterial. Sopas, temperos e salgadinhos industrializados são os principais vilões.
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