"Parece uma história fictícia ou um roteiro de filme, mas é a mais pura verdade: uma garota, hoje com 18 para 19 anos, reencontrou seu pai biológico depois de 12 anos de separação e eles se apaixonaram um pelo outro. Em entrevista para a
New York Magazine, ela faz um relato sobre como se reaproximaram, o sentimento entre eles e os planos para o futuro.
A menina, que não teve o nome divulgado apesar de ser maior de idade, conta que seus pais se conheceram no colégio e que ela foi concebida na noite de formatura. Eles até tiveram um breve relacionamento de seis meses, mas, devido a um problema psicológico da mãe (ela era bipolar), o namoro dos dois não deu certo e eles se separaram.
A infância
O pai não acompanhou a gravidez nem tampouco esteve presente na noite em que ela nasceu. A mãe começou a ter surtos cada vez mais frequentes. Ela precisou ser internada e, por esse motivo, a jovem foi criada pelos avós maternos. Então, enquanto ela ainda era um bebê, não teve contato algum com a figura paterna.
O homem reapareceu quando a garota tinha por volta de 3 ou 4 anos de idade e disse que queria ter mais contato com a filha. Eles passavam os finais de semana juntos, e ele costumava mimar a menina, dando vários brinquedos e a levando para passear. Porém, quando ela completou 5 anos, ele novamente sumiu porque não suportava a sua mãe.
A adolescência sem o pai e o sofrimento pela sua ausência
Como é de se esperar, ela sofreu muito com a ausência da figura paterna e sempre se lembrava dele, mas não o procurava. A garota relata que também sofria no convívio com a mãe, que é muito autoritária. Até que, quando a jovem completou 15 anos, ele mandou um email para a mulher dizendo que queria ver a filha.
Começou então uma briga entre as duas. A menina afirmava que sentia falta do pai e queria vê-lo. A mãe perguntava como ela poderia perder alguém que nunca teve. Esse debate durou dois anos e, durante esse tempo, o pai não se reaproximou da filha. O reencontrou foi acontecer quando ela já tinha 17 anos de idade.
A reaproximação
Devido à rigidez de sua mãe, a menina não tinha acesso nem mesmo ao seu Facebook. A mulher controlava a senha e impedia que a filha entrasse na rede social sem autorização. Então, um dia depois de recuperar seus dados, o pai a adicionou. Ao ser questionado por que não tinha feito isso antes, ele disse que ela sempre rejeitava os pedidos. Era a mãe.
Então ele mostrou a ela vários emails enviados para a mulher solicitando visitá-la, mas ela nunca respondia. Uma semana depois, ele foi vê-la e a garota pediu para passar uns dias com ele. Nessa época, o homem morava com a namorada, que aceitou a visita da menina por um tempo. Foi realmente um alívio para ela se ver livre da mãe.
A atração entre os dois
Desde o primeiro momento, a jovem sempre achou o pai muito lindo e se reprimia por ter esse tipo de pensamento sobre ele. Por outro lado, ela o via como rapaz qualquer, já que toda a vida passou longe dele e não tinha uma figura paterna associada àquele homem. Depois de cinco dias, já se sentia sexualmente e romanticamente atraída por ele.
Nos primeiros dias de sua estadia na casa do pai, a jovem dormia no chão e o homem no sofá, até que passaram a dormir os dois no mesmo lugar e, quando deram por si, estavam juntos de conchinha. Ela se assustou com a situação e ele admitiu para a menina que havia tido uma ereção durante a noite, mas ela nada percebeu.
A primeira relação sexual e o amor entre os dois
Certa noite, ela o mordeu de brincadeira e viu que ele se arrepiou. O pai beliscou a coxa da jovem e ela também teve a mesma reação. Eles se assustaram, mas acabaram se beijando e fizeram amor. Foi a primeira vez da jovem, que já havia namorado duas vezes — um rapaz e uma menina —, mas nunca tinha se entregado a ninguém.
Depois disso, eles ficaram ainda mais apaixonados um pelo outro. O homem terminou o seu namoro e ela mudou-se definitivamente para a casa dele. Como é de se esperar, a mãe e sua família não aceitam o relacionamento dos dois, mas a família paterna abençoou o casal e até disse que estão ansiosos para que eles tenham filhos.
Planos para o futuro
E é claro, esse é um dos planos deles: ter filhos biológicos. A jovem já pesquisou sobre relações incestuosas e o risco de gerar crianças que podem ter problemas genéticos e constatou que existe muito mito por trás desse fato. O sonho da garota (e também de seu pai/noivo) é ter os seus próprios bebês, sem precisar adotar.
Antes disso, eles sonham em se casar, primeiro mudando-se para Nova Jersey — já que lá o incesto adulto não é ilegal — e, depois, realizando uma cerimônia grandiosa, cheia de todos os detalhes que a jovem sempre sonhou. Só então ela pretende ligar para a mãe para avisá-la de que, se quiser ver seus netos, basta enviar dinheiro para eles irem até ela.
O preconceito
Para a jovem, essa relação é perfeitamente normal, mas ela admite que, aos olhos da sociedade, estão cometendo um crime. Além do fato gritante do incesto, existe também a diferença de idade entre os dois: ela está com 18 e ele com 37 anos. Mas eles garantem que isso não atrapalha em nada e a menina afirma que está mais feliz do que nunca.
O homem costuma lhe dar bons conselhos, corrige seus defeitos e a elogia. Eles se sentem ligados o tempo todo, mas a menina afirma que, quando precisa de uma figura paterna, apenas diz: "Ei, pai, preciso de você", e então ele não é mais o seu noivo ou namorado. Isso não confunde o casal, mas não tem a aceitação da maioria das pessoas.
Atração Sexual Genética (Genetic Sexual Attraction) — a GSA
A história dessa garota não é única no mundo. Por incrível que pareça, 50% dos parentes afastados que se reencontram quando adultos sentem essa atração romântica e sexual. Isso tem o nome de Atração Sexual Genética, também conhecida por GSA, e a psicologia tem várias explicações, inclusive o fato de haver muitas semelhanças entre as duas partes.
A GSA foi descoberta no final dos anos 80, quando o fundador de um grupo de apoio à a crianças adotadas que recentemente reencontraram seus pais biológicos se sentiu amorosamente e sexualmente atraído por sua filha que conheceu 26 anos mais tarde. Então ele pesquisou sobre isso e descobriu que não é tão incomum quanto ele pensava."