terça-feira, 27 de março de 2018

A poderosa devoção às Cinco Chagas de Jesus


Por: Philip Kosloski

JESUS,HOLY WOUNDS

O Papa Francisco é um dos principais promotores dessa antiga devoção

Ao longo dos séculos, consolidou-se entre os cristãos uma poderosa devoção às Cinco Chagas de Cristo, que representam as Suas principais feridas durante a Paixão e Morte. Muitos santos praticaram esta devoção, que é uma das favoritas do Papa Francisco.

A primeira carta de São Pedro diz:

“Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados” (1 Pedro 2,24).

Alicerçada nesta passagem bíblica, a devoção às Chagas de Cristo tomou força especial nos séculos XII e XIII, quando os cristãos começaram a redescobrir a Terra Santa e a meditar com ainda mais vivacidade sobre a Paixão de Jesus.

Uma célebre homilia de São Bernardo de Claraval, destacando as Chagas de Cristo, se tornou um dos textos mais relevantes a respeito desta devoção. Em uma das passagens, ele pergunta aos fiéis:

“Onde podem os fracos encontrar firme segurança e paz a não ser nas chagas do Salvador?”

As Chagas de Cristo, obviamente, eram numerosas, devido à brutal violência dos açoites, da coroação de espinhos, dos golpes que os soldados Lhe deram, das feridas e quedas durante a subida rumo ao Calvário e da própria crucificação e retirada da cruz, mas, com o tempo, a devoção passou a representar a totalidade das feridas de Jesus mediante as cinco principais: as das duas mãos, as dos dois pés e a do lado perfurado. As Cinco Chagas de Cristo passaram a ser rememoradas na liturgia durante a Vigília Pascal, quando o sacerdote colocava cinco grãos de incenso no Círio Pascal. Mesmo o rosário dominicano tem traços desta devoção, com os cinco pais-nossos intercalados entre as demais orações.

Santa Gertrudes foi outra promotora da devoção às Cinco Chagas de Cristo. Após meditar sobre as feridas que o Redentor sofreu por nós, ela teve uma visão do próprio Jesus, que lhe dizia:

“Percebe com quanta glória Eu te apareço agora. De igual maneira te aparecerei à hora de morreres; cobrirei todas as manchas dos teus pecados e também as daqueles que saudarem as minhas chagas com a mesma devoção”.

O Papa Francisco, no ângelus de 18 de março deste ano, fez a seguinte reflexão:

“Não se esqueçam disto: olhem para o crucifixo, mas para dentro dele. Existe a linda devoção de rezar um pai-nosso para cada uma das cinco chagas: enquanto rezamos esse pai-nosso, procuramos ir entrando pelas feridas de Jesus até bem profundamente no Seu coração. E lá conheceremos a grande sabedoria do mistério de Cristo, a grande sabedoria da cruz”.

Pela devoção às Cinco Chagas de Cristo, reconhecemos a grande dor que Ele sofreu por cada um de nós e invocamos a Sua misericórdia para lavar os nossos pecados.

sábado, 24 de março de 2018

Acompanhemos Jesus: o Guia da Semana Santa, dia por dia


Pe. Charles Pope

Semana Santa

Uma breve explicação de cada jornada desta Semana Santa que está prestes a começar: do Domingo de Ramos à Vigília da Páscoa

O grande Mistério Pascal pulsa no coração da fé cristã: trata-se da unidade indissociável entre a Paixão, a Morte, a Ressurreição e a Ascensão de Jesus Cristo, os acontecimentos salvíficos em que culmina toda a História da Salvação.

Estamos prestes a viver a Semana Santa. Sugerimos que você guarde e compartilhe este guia e o repasse todos os dias desta Semana Santa, caminhando ao lado de Jesus nas jornadas mais difíceis que Ele viveu nesta terra.

Esta é a semana em que o ministério público de Jesus chega ao ápice.

SOBRE A RECONSTITUIÇÃO DA SEMANA SANTA:

Alguns estudiosos negam que possamos reconstituir o dia-a-dia da última semana de Jesus devido às lacunas históricas e a episódios que não se encaixam numa cronologia perfeita. Além disso, São João propõe um cenário muito diferente (talvez como interpretação teológica) da Última Ceia e da relação entre ela e a Páscoa. A sequência de fatos que recapitulamos a seguir obedece basicamente aos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Se considerarmos as diferenças apenas no nível do detalhe e não como diferenças de fato, é um material que pode ser de grande ajuda espiritual para todos nós.

Convidamos você, portanto, a ler esta reconstituição como um cenário provável, mas não inquestionável, da última semana de Jesus. Participe das liturgias da Semana Santa em sua paróquia, celebrando-as na comunidade da Igreja e abrindo-se à experiência renovada da realidade central da nossa fé: nosso Senhor Ressuscitado está vivo no meio de nós!

DOMINGO DE RAMOS


Domingo de Ramos

A Semana Santa começou com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Na manhã do domingo, narrada pelos quatro evangelistas, a procissão de ramos em mãos nos transforma em parte daquela multidão que recebe Jesus como Rei. De acordo com Marcos, 11,11, Jesus voltou naquela mesma noite para Betânia, na periferia de Jerusalém. Talvez Ele tenha ficado com seus amigos Marta, Maria e Lázaro. É uma noite em que Jesus considera em seu coração os dias tão difíceis que o esperam.

SEGUNDA-FEIRA DA SEMANA SANTA

De acordo com Mateus 21, Marcos 11 e Lucas 19, Jesus retorna a Jerusalém neste dia e, vendo as práticas comerciais vergonhosas realizadas na área do templo, reage com zelosa indignação, expulsando os vendilhões e denunciando que eles transformaram a casa de seu Pai num covil de ladrões. O evangelho de João registra ainda que Ele repreendeu a incredulidade das multidões. Marcos, em 11,19, escreve que Jesus voltou para Betânia também nesta noite. Oremos com Jesus, tão zeloso por nos purificar. Reflexão: ainda insistimos em transformar a religião em negócio?

Jesus expulsa os vendilhões do templo

TERÇA-FEIRA DA SEMANA SANTA

Segundo Mateus, Marcos e Lucas, Jesus retorna mais uma vez a Jerusalém, onde é confrontado pelos dirigentes do templo quanto à Sua atitude do dia anterior. Eles questionam a autoridade de Jesus, que responde e ensina usando parábolas como a da vinha (cf. Mt 21,33-46) e a do banquete de casamento (cf. Mt 22,1). Há também o ensinamento sobre o pagamento dos impostos (cf. Mt 22,15) e a repreensão aos saduceus, que negam a ressurreição (cf. Mt 22,23). Jesus faz ainda a terrível profecia sobre a destruição de Jerusalém caso os seus habitantes não creiam nele, afirmando que não restará pedra sobre pedra (cf. Mt 24). Continuemos a rezar com Jesus e a ouvir atentamente os seus ensinamentos finais, pouco antes da Paixão.

QUARTA-FEIRA DA SEMANA SANTA

É neste dia que Judas conspira para entregar Jesus, recebendo em troca trinta moedas de prata (cf. Mt 26,14). Jesus provavelmente passou o dia em Betânia. À noite, Maria de Betânia o unge com um caro óleo perfumado. Judas objeta contra esse “desperdício”, mas Jesus o repreende e diz que Maria o ungiu para o seu sepultamento (cf. Mt 26,6). Os ímpios conspiram contra Jesus. Reforcemos a nossa oração em união com Ele. Reflexão: de que forma nos prestamos a apoiar, mesmo sem querer diretamente, aqueles que conspiram contra Jesus?

QUINTA-FEIRA SANTA


Começa o Tríduo Pascal, os três dias que culminarão na Ressurreição de Jesus. O Cristo instrui seus discípulos a se prepararem para a Última Ceia. Durante o dia, eles fazem os preparativos (cf. Mt 26,17). Na Missa da Ceia do Senhor que celebramos em nossas paróquias, recordamos e tornamos presente, neste dia, a Última Ceia que Jesus compartilhou com seus apóstolos. Estamos no andar superior, com Jesus e os doze, e fazemos o que eles fizeram. Por meio do ritual de lavar os pés (Jo 13, 1) de doze paroquianos, todos nós nos unimos no serviço de uns aos outros. Por meio da celebração desta primeira Missa e da instituição da Sagrada Eucaristia (Mt 26,26), unimo-nos a Jesus e recebemos o Seu Corpo e o Seu Sangue como se fosse a primeira vez. Nesta Eucaristia, damos especiais graças a Deus pelo dom do sacerdócio ministerial: foi nesta noite que Ele ordenou os seus doze apóstolos a “fazerem isto em memória de mim”. Após a Última Ceia, que foi a Primeira Missa, os apóstolos e Jesus se dirigem pelo Vale do Cedron até o Horto das Oliveiras, onde o Cristo lhes pede que orem e vigiem, enquanto Ele experimenta a sua agonia (cf. Mt 26,30).

Jesus Getsemani Josef Untersberger

Nós também iremos em procissão, com Jesus vivo no Santíssimo Sacramento, até o altar de repouso, previamente preparado na paróquia, e que representa o Horto. A liturgia de hoje termina em silêncio. É antigo o costume de passar uma hora em adoração diante do Santíssimo Sacramento nesta noite. Permanecemos, assim, ao lado de Jesus no Horto das Oliveiras e oramos enquanto Ele enfrenta a sua terrível agonia. Perto da meia-noite, Jesus será traído por Judas. O Cristo será preso e levado para a casa do sumo sacerdote (cf. Mt 26,47).

SEXTA-FEIRA SANTA

Durante toda a noite, Jesus fica trancado no calabouço da casa do sumo sacerdote. Pela manhã, Ele é levado até a presença de Pilatos, o governador romano, que repassa o caso para o rei Herodes. Herodes o manda de volta para Pilatos, que, em algum momento no meio da manhã, cede à pressão das autoridades do templo e das multidões e condena Jesus à morte cruel por crucificação. No final da manhã, Jesus é levado pelos soldados através da cidade até a colina do Gólgota. Ali, ao meio-dia, Ele é pregado à cruz e agoniza durante cerca de três horas.



Por volta das três da tarde, Jesus entrega o Espírito ao Pai e morre. Descido da cruz, é colocado apressadamente no sepulcro antes do anoitecer. Este é um dia de oração, jejum e abstinência. Sempre que possível, os cristãos são chamados a se abster do trabalho, de compromissos sociais e de entretenimento, a fim de se dedicarem à oração e à adoração em comunidade. De manhã ou ao meio-dia, muitas paróquias realizam a última via-crúcis e uma palestra espiritual sobre as sete palavras finais de Jesus. Outras paróquias oferecem a via-crúcis e as “Sete Palavras” às 3h da tarde, no momento da morte de Jesus. À tarde ou à noite, nos reunimos silenciosamente em nossas igrejas para refletir sobre a morte de Jesus na cruz e rezar pelas necessidades do mundo. Também veneramos a redenção de Cristo na cruz com um beijo sobre o crucifixo. Nossa fome, neste dia de jejum, é satisfeita com a Sagrada Comunhão, consagrada na véspera e distribuída no final desta liturgia. Refletimos também sobre os apóstolos, que podem ter se reunido com medo na noite anterior e refletido sobre tudo o que havia acontecido

PIETA W SZTUCE

SÁBADO SANTO

O corpo de Jesus está no sepulcro, mas a sua alma, entre os mortos, anuncia o Reino dos Céus. Chega a hora em que os mortos ouvem a voz do Filho de Deus – e os que a ouvem viverão (Jo 5,25). Enquanto isso, desolados com a morte de Jesus, os discípulos observam o sábado judaico imersos na tristeza. Eles se esqueceram da promessa de Jesus. Mas nós não podemos nos esquecer! Não podemos esquecer! Nesta noite, depois do pôr-do-sol, nós nos reuniremos em nossas paróquias para a Grande Vigília Pascal, durante a qual experimentaremos o Jesus ressuscitado dos mortos! Começaremos o nosso encontro na escuridão e acenderemos o fogo da Páscoa, que nos lembra que Jesus é a Luz que brilha nas trevas. Jesus é a Luz do mundo. Entraremos na igreja e ouviremos atentamente os relatos da Bíblia que descrevem a obra salvadora de Deus nos tempos passados. É então que, de repente, as luzes da igreja são acesas e é cantado o Glória jubiloso com o qual celebramos o momento da Ressurreição de Cristo! Jesus Cristo vive! Na alegria da Ressurreição, celebramos então os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia para os nossos catecúmenos e para os candidatos que se prepararam durante muitas semanas até a chegada desta noite. Como Igreja, cantamos o Aleluia pela primeira vez em longos quarenta dias. Faça tudo que estiver ao seu alcance para estar presente nesta noite na Vigília Pascal e convide também os seus amigos e a sua família. A Ressurreição de Cristo é o centro da nossa fé: é o momento mais importante de toda a História da Salvação! A nossa vigília culmina em uma alegria pascal que nunca mais terá fim!

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quinta-feira, 22 de março de 2018

Inteligência Artificial: A Vida em Um Milhão de Anos - Documentário

Francisco aos jovens: a anedota da fofoqueira e a dura paulada no vício da fofoca


Por: Redação da Aleteia

POPE FRANCIS

O Papa aproveita um relato anedótico para fazer uma afirmação contundente: "Um fofoqueiro faz a mesma coisa que um terrorista"

No seu encontro desta última segunda-feira, dia 19, com os jovens que participam da reunião pré-sinodal sobre a juventude, o Papa Francisco contou uma história que, por sua vez, ele próprio tinha ouvido de um cardeal a respeito de um sacerdote e uma paroquiana fuxiqueira.

A anedota contada pelo Papa diz o seguinte:

“[O sacerdote] era de um grande senso de humor e tinha na paróquia uma mulher muito fofoqueira, que falava de todos e de tudo. E ela morava tão perto da igreja que, da janela do quarto dela, até podia ver o altar.

Ela ia à Missa todos os dias, e, depois, passava as outras horas do dia andando pela paróquia e falando dos outros.

Um dia ela ficou doente e ligou para o padre para dizer: ‘Padre, estou de cama, com uma gripe muito forte. Por favor, o senhor pode trazer a comunhão para mim?’. Então o sacerdote respondeu: ‘Não se preocupe. Com a língua grande que você tem, você consegue chegar da sua janela até o tabernáculo’”.

Depois de relatar esse caso, que poderia parece uma grosseria de parte do sacerdote, Francisco explicou o quanto o vício da fofoca é incomparavelmente mais feio, mais grave, mais destruidor e mais pecaminoso que o humor ferino utilizado pelo padre naquele momento:

“Menciono o tema da fofoca porque, para mim, é uma das coisas mais feias nas comunidades cristãs. Sabiam que a fofoca é terrorismo? A fofoca é um terrorismo? Sim, porque um fofoqueiro faz a mesma coisa que um terrorista: ele chega, fala com uma pessoa, joga a bomba da fofoca, destrói e vai embora”.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Entenda o que é a Onipotência Suplicante da Virgem Maria


Por: Prof. Felipe Aquino

VIRGIN MARY

Maria é a medianeira de todas as graças de Deus

A nossa Consagração a Nossa Senhora começou no Calvário; foi Jesus mesmo quem nos deu essa graça, quando nos entregou a Sua Mãe para ser a nossa Mãe. Quando Jesus se dirige à Sua Mãe e lhe chama de “mulher”, em vez de chamá-la de mãe, em Cana da Galileia (Jo 2) e aos pés da Cruz (Jo 19,25-27), é para nos indicar qual é a “Mulher” a que Deus se referiu no Gênesis. Esta “Mulher” é Sua Mãe. Na cruz, momentos antes de morrer, Jesus nos deu Sua Mãe: “Mulher, eis aí teu filho” (Jo 19, 26). Precisamos dela para a nossa salvação dizem os Santos.

O milagre das bodas de Caná mostra com toda clareza que tudo que a Virgem Maria pedir a Jesus, ele entenderá; e Ela sabe pedir aquilo que está de acordo com a vontade de Deus e o nosso bem. A História da Igreja mostra como Maria atua na vida dos filhos de Jesus e da Igreja. Todos os santuários marianos são repletos de testemunhos de milagres alcançados pela devoção a Maria. Desde o século II nossos irmãos mártires do Império Romano, em Alexandria, norte do Egito, já rezavam aquela famosa oração: “Debaixo da Vossa proteção nos refugiamos Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Virgem gloriosa e Bendita.”

Maria é a Medianeira de todas as graças de Deus, por ser Mãe de Deus; por meio dela Deus uniu o Céu e a Terra. Isto afirmam os Santos Padres e os Santo doutores. São Bernardo, falecido em 1153, é autor da célebre sentença: “Deus quis que recebamos tudo por Maria”. S. Luiz de Montfort, no seu “Tratado da Verdadeira Devoção a Virgem Santíssima,” resume tudo dizendo:

“Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as graças e denominou-as Maria… Deus Filho comunicou a Sua Mãe tudo que adquiriu por Sua vida e morte: Seus méritos infinitos e Suas virtudes admiráveis. Fê-la tesoureira de tudo que Seu Pai Lhe deu em herança; e é por ela que Ele aplica Seus méritos aos membros do corpo Místico, que comunica suas virtudes, e distribui Suas graças é ela o canal misterioso, o aqueduto por que passam abundante e docemente Suas misericórdias. Deus Espírito Santo comunicou a Maria, Sua fiel Esposa, Seus dons inefáveis, escolhendo-a para dispensadora de tudo que Ele possui. Deste modo ela distribui Seus dons e Suas graças a quem quer, quanto quer, como quer e quando quer, e dom nenhum pé concedido aos homens que não passe por suas mãos virginais. Tal é a vontade de Deus, que tudo tenhamos suas mãos virginais. Tal é a vontade de Deus, que tudo tenhamos por Maria, e assim será enriquecida, elevada e honrada pelo Altíssimo aquela que em toda a vida quis ser pobre, humilde, e escondida até o nada” (Tratado da Verdadeira Devoção a Virgem Santíssima,Tvd, n. 23-25).

São Bernardino de Sena disse que: “Todos os dons virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos pelas mãos de Maria, a quem ela quer, quando quer, como quer, e quanto quer” (Tvd, p. 137).

Vejamos o que os Santos doutores disseram sobre isso, em todos os tempos, como se pode ver:

SANTO EFRÉM (†373), doutor: “Minha Santíssima Senhora, Santa Mãe de Deus, cheia de graças e favores divinos, Distribuidora de todos os bens! Vós sois, depois da Santíssima Trindade, a Soberana de todos; depois do Medianeiro, a Medianeira do Universo, Ponte do mundo inteiro para o céu.” (Vamos todos a Maria Medianeira, VtMM, p. 97).

SANTO AGOSTINHO (354-430), doutor, afirma que as orações de Maria junto a Deus têm mais poder junto da Majestade divina que as preces e intercessão de todos os anjos e santos do céu e da terra (Tvd, n. 27). Maria Santíssima é de fato a Medianeira de Todas as Graças como inúmeras vezes afirmou o Papa Pio XI: “É a Rainha de todas as graças, a Medianeira de Todas as Graças” (VtMM, p. 68). Santo Agostinho põe nos lábios de Nossa Senhora estas palavras: “Deus me constituiu porta do Céu, um lugar de passagem para o Filho do Altíssimo” (MM, p. 73). Por isso a Ladainha a chama de “Porta do Céu”.

SÃO JOÃO CRISÓSTOMO (349-407), doutor de Constantinopla, disse que: “Maria foi feita Mãe de Deus também para que, por sua poderosa intercessão e doce misericórdia, se salvem os infelizes que por sua vida má não se poderiam salvar segundo a justiça divina”.

SÃO JOÃO DAMASCENO (650-749) dizia: “Ser vosso devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de salvação que Deus dá àqueles que quer salvar” (Tvd n. 40 e 41).

SÃO BERNARDO (1090-1153), doutor, assim diz: “Tal é a vontade de Deus que quis que tenhamos tudo por Maria. Se, portanto, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que isto nos vem por suas mãos”. “Eras indigno de receber as graças divinas: por isso foram dadas a Maria a fim de que por ela recebesses tudo o que terias” (idem).

SÃO BOAVENTURA (1218-1274), bispo e doutor da Igreja: “Deus depositou a plenitude de todo o bem em Maria, para que nisto conhecêssemos que tudo que temos de esperança, graça e salvação, dela deriva até nós” (idem, p. 101). “Só Maria achou graça diante de Deus (Lc 1,30), sem auxílio de qualquer outra criatura E todos, depois dela, que acharam graça diante de Deus acharam-na por intermédio dela, e é só por ela que acharão graça os que ainda virão” (Tvd, n. 44). Maria é a Mãe de misericórdia; isto é, resgata os pecadores e os leva de volta a Deus. Como diz a Ladainha, ela é o “refúgio dos pecadores” e a “consoladora dos aflitos”. “Tal como a lua paira entre a terra e o céu, coloca-se Maria continuamente entre Deus e os pecadores para Lhe aplacar a ira contra eles e iluminá-los para que voltem a Deus” (GM, p. 146).

SANTO ALBERTO MAGNO (1206-1280), doutor: “É anunciada à Santíssima Virgem tal plenitude de graça, que se tornou por isso a fonte e o canal de transmissão de toda a graça a todo o gênero humano” (ibidem).

O Senhor revelou a SANTA CATARINA DE SENA (1347-1380) ,doutora, que sua intenção, ao criar Maria, era conquistar por sua doçura os corações dos homens, sobretudo dos pecadores, e atraí-los a si” (GM, p. 147).

SÃO PEDRO CANÍSIO (1521-1597), doutor da Igreja: “O Filho atenderá Sua Mãe e o eterno Pai ouvirá Seu próprio Filho: eis o fundamento de toda nossa esperança” (ibidem).

SÃO ROBERTO BELARMINO (1542-1621), bispo e doutor da Igreja: “Todos os dons, todas as graças espirituais que por Cristo, como cabeça, descem para o corpo, passam por Maria que é como o colo desse corpo místico” (ibidem, p. 102).

SANTO AFONSO DE LIGÓRIO(1696-1787), doutor da Igreja, afirma: “Deus quer que pelas mãos de Maria nos cheguem todas as graças… A ninguém isso pareça contrário à sã teologia. Pois Santo Agostinho, autor dessa proposição, estabelece que Maria tem cooperado por sua caridade para o nascimento espiritual de todos os membros da Igreja” (Glórias de Maria, p. 15). E Santo Afonso pergunta: “É lícito a um pecador desesperar de sua salvação quando a própria Mãe do Juiz se lhe ofereceu por Mãe e advogada?” (idem). Agradece, portanto ao Senhor que te deu uma tão grande medianeira, nos exorta S. Bernardo.

Esta mesma doutrina foi confirmada pelo Papa Pio XI na Encíclica sobre o Santo Rosário, de 29 de setembro de 1937: “Convidamos a todos os fiéis para conosco agradecerem a Deus por termos recuperado a saúde. Como em outra parte já havemos dito, atribuímos essa graça à intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, mas sabemos também que tudo quanto nos vem de Deus, o recebemos das mãos de Maria Santíssima” (idem, p. 70).

LEÃO XIII, na mesma Encíclica “Octobri mense”, de 22 de setembro de 1891, faz suas as palavras de São Bernardo: “Toda a graça concedida ao mundo segue esta tríplice gradação: de Deus a Jesus Cristo, de Jesus Cristo à Santíssima Virgem, da Santíssima Virgem aos homens: tal é a ordem maravilhosa de sua disposição” (ibidem, p. 74).

A Virgem Maria, como Mãe da Igreja, sempre a protegeu contra os ataques do inferno, das heresias e das guerras. Foi assim, por exemplo, em 1571, em Lepanto, na Grécia, quando os turcos otomanos muçulmanos se preparavam para destruir o cristianismo na Europa. No dia da vitória (07/10/1571) das forças cristãs, que levavam também o Rosário como arma, o Papa S. Pio V estabeleceu o Dia de Nossa Senhora do Santo Rosário.

Por tudo isso, o povo de Deus aprendeu: “Pede à Mãe que o Filho atende!”. “Tudo por Jesus, mas nada sem Maria!”.    

Isso também passa


Por: Resiliência Mag 


Acredite: o melhor ainda está por vir

Não é fácil, nunca foi fácil, mas a gente tem esse instinto de sobrevivência impregnado em nossa essência, e sempre damos um jeitinho de superar.

Amigos que nos decepcionam, amores que nos traem, familiares que nos apunhalam pelas costas. Superamos e aprendemos a conviver com a dor de perder alguém querido.

Caímos, levantamos, sangramos, choramos, caímos de novo e de novo, mas, de alguma maneira, essa força sobrenatural, esse sentimento, que gostamos de chamar de fé, nos sustenta, nos carrega no colo quando perdemos a força para andar, essa confiança naquele que nos deu a vida, acalenta nosso sofrimento, seca as nossas lágrimas e sussurra baixinho em nossos ouvidos que: isso também vai passar!

E a verdade, é que isso passa, sim!

Eu não sei qual é o seu “isso”, mas posso te assegurar, por experiência própria, que isso dói, machuca, tortura, assombra, mas passa, e você sobrevive, você supera, porque superar, é algo inerente ao ser humano.

Está misturado ao sangue que corre em nossas veias, porque fomos feitos para triunfar. Essa força maior que nos criou, não nos fez para desistir no primeiro obstáculo. As escrituras sagradas nos apresentaram um desejo do criador, para que vivêssemos com abundância. Então, é preciso saber cair, é preciso aprender com os erros, é preciso superar.

Eu sei que existem dias escuros que cegam a nossa visão, que cobrem e impedem a nossa luz de brilhar, mas, eu também sei que são nesses momentos, quando nos sentimos desamparados, e que o coração bate mais acelerado, com medo, eu sei, que são nestes momentos, que a nossa verdadeira força vem à tona, porque desistir nunca foi e nunca será uma opção. Porque temos dentro desse coração tão forte e tão frágil ao mesmo, um poder divino de continuar.

Então continue, supere, respire fundo, sobreviva, mas muito mais do que isso, viva com a certeza de que o melhor ainda está por vir, e que, apesar de todas as tempestades, o sol sempre volta a brilhar.

BISPO PRESO, BISPO PETISTA, MAÇONARIA E CAMPANHA DO LULA

Por: Bernardo P Küster  

Ordenado o primeiro padre da história da tribo indígena brasileira baniwa


Por: Redação da Aleteia

pe Baniwa

Feito inédito é celebrado pelo povo de um dos mais isolados e extensos municípios de todo o Brasil, no coração da selva amazônica

No último sábado, 17 de março, foi ordenado o primeiro sacerdote do povo indígena baniwa (ou baníua, em grafia aportuguesada). É o pe. Geraldo Trindade Montenegro, conhecido, conforme a tradição local, também pelo nome da tribo: pe. Geraldo Baniwa. O bispo ordenante foi dom Edson Damian, da diocese amazônica de São Gabriel da Cachoeira.

Formado no Seminário Interdiocesano de Manaus, o agora sacerdote fez as suas práticas pastorais na Paróquia Nossa Senhora da Assunção, que oferece acompanhamento às comunidades do Rio Içana e Rio Ayarí, perto da fronteira com a Colômbia. Trata-se da região de origem do pe. Geraldo, nascido na comunidade de Araripirá Cachoeira.

Enfatizando que um padre deve respeitar a comunidade e não ser “aquele que decide e manda”, o novo sacerdote afirma:

“Ser padre, receber o Sacramento da Ordem, é se tornar presença de Jesus no mundo cotidiano”.

O pe. Geraldo vai assumir a paróquia da sua comunidade de nascimento, em meio aos seus parentes, e quer ser ali “presença plena de Deus“, conforme declarou no final da sua ordenação.

São Gabriel da Cachoeira fica na fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela. É a diocese com a maior porcentagem de população indígena em todo o país, superando 90%. O município é um dos maiores do Brasil em extensão territorial, com 293.000 quilômetros quadrados. Vivem nele 23 povos indígenas que falam 18 línguas diferentes – e as três principais dentre elas, em um caso inédito na federação brasileira, têm status de idiomas oficiais ao lado do português: as línguas baniwa, tukano e nheengatu (a título de curiosidade cultural, o nheengatu é a versão remanescente do tupi antigo, sendo por isso também chamado, ainda que imprecisamente, de tupi moderno).

Evangelho e culturas autóctones
O anúncio do Evangelho deve responder às realidades locais, como recorda o Magistério da Igreja, e, na Amazônia, a diversidade de povos, línguas, culturas e realidades sociais aumenta os desafios pastorais. Nesse contexto, o protagonismo dos agentes locais ganha importância singular.

Os leigos e leigas, religiosas e religiosos e os padres da região, que conhecem a realidade local, têm em tese maior facilidade para se adaptar à vida das comunidades. O povo baniwa está profundamente esperançoso diante do futuro, pois seu novo padre fala a sua língua, está identificado com a sua cultura e pretende inculturar o Evangelho numa realidade que sempre fez parte da sua vida. Muitos catequistas locais consideram que ter um pároco indígena é um aspecto que reforçará decisivamente o trabalho missionário, hoje e no futuro.

terça-feira, 20 de março de 2018

Por que o chocolate é um símbolo apropriado para a Páscoa?


Por: Fr Joshan Rodrigues

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Quem me conhece sabe que eu tenho o paladar voltado para os doces – e ainda mais afinado para o chocolate. Costumo dizer: “traga-me uma barra de chocolate e você conquistará a minha confiança”.

Para mim, uma das muitas bênçãos de viajar sempre pela Europa é estar num continente que leva a sério o chocolate.

É por isso que eu fiquei agradavelmente chocado quando encontrei um belo artigo de Sara Maitland no The Tablet. No texto, ela faz uma dissecção espiritual do chocolate como eu nunca tinha lido antes. Eu devo agradecê-la por combinar duas coisas que eu amo muito: chocolate e catolicismo.

Pois bem, quando chega a Páscoa, a gente sempre encontra lojas abastecidas com ovos e coelhos de chocolate de diferentes tamanhos. E quando observamos como o chocolate é feito, lembramos o verdadeiro significado da data.

“Na Páscoa, Deus nos dá seu maior presente e, portanto, celebrar essa alegria com o chocolate é totalmente apropriado. O chocolate é fruto da terra e do trabalho das mãos humanas. A transformação do cacau natural em chocolate comestível é um processo complicado e laborioso, que envolve fermentação, secagem, limpeza, torrefação, moagem e aquecimento.”- Sara Maitland, The Tablet (22 de abril de 2017)

O processo de produção do chocolate, portanto, nos lembra o suor e as lágrimas de Jesus durante sua paixão e morte. Uma semente deve cair na terra e morrer antes que ela produza seus frutos. É o mesmo com a semente de cacau.

Já reparou como a Páscoa altera nosso humor. Nós fomos discretos, introspectivos e arrependidos durante a Quaresma. Mas, na Páscoa, nossa alegria explode ao receber a Boa Nova da vitória do nosso Salvador sobre o pecado e a morte. O chocolate também melhora nosso humor. Não me deixe lembrar de todos aqueles momentos em que você devorou uma barra de chocolate naqueles momentos emocionais difíceis! Sim, eu também já fiz isso…Ele levanta nossos espíritos e nos faz sentir bem; tira parte da dor e nos traz conforto …

Além disso, o chocolate é excepcionalmente “moldável” – pode ganhar muitas formas e sabores diferentes. Como a graça viva de Deus derramada em nossos corações, ele pode ser “diferente” para cada pessoa. Existem formatos e sabores para crianças e adultos mais sofisticados. Essa adaptação individual às necessidade e desejos mostra como Deus age de maneira diferente em cada um de nós. Ele é generoso e sensível. Não existe uma fórmula rígida para todos.

O cacau bruto é extremamente amargo, como o vinagre que ofereceram a Jesus na Cruz. É somente através de um longo e laborioso processo que se torna doce. O grão deve ser recolhido (preso), seco, descascado e moído (flagelado e crucificado), fermentado (colocado na sepultura) e, depois, transformado em doçura e alegria (ressurreição).

É por isso que o chocolate é um símbolo apropriado para a Páscoa. Então, da próxima vez que você quiser um pedaço de chocolate, não se sinta culpado. Lembre-se do grande amor que Deus tem para você. “Oh, provai e vede como o Senhor é bom”.

Ou, como diz a famosa frase de Forrest Gump, “A vida é uma caixa de chocolates”.

P.S.: Sim, este artigo foi escrito no momento em que eu estava sob o efeito de chocolate.

Bispo de Formosa e padres são presos suspeitos de desvio de dinheiro


quinta-feira, 15 de março de 2018

Como ensinar a seu filho qual é a verdadeira Igreja de Cristo?

As criancinhas com Leucemia do Hospital Oswaldo Cruz do Recite estão sem injeção Por irresponsabilidade do Governo do Estado de Pernambuco

Ciência comprova benefícios de rezar o terço… para o corpo!


Po: Lucandrea Massaro

POPE ROSARY

E quem confirma este fato é um médico da Universidade de Helsinki, na Finlândia, um dos países mais desenvolvidos do mundo

Respiração mais equilibrada, diminuição da pressão, menos radicais livres no sangue, músculo cardíaco mais saudável… É um remédio que faz tudo isso? Sim: a oração.

Rezar o rosário, em particular, traz benefícios não apenas para a alma de quem o recita (como se fosse pouco!), mas também para o equilíbrio geral do corpo.

E quem confirma este fato não é o Pe. José da igrejinha do vilarejo nem a dona Ursulina da missa das seis, mas o Dr. Luciano Bernardi, da Universidade de Helsinki, na Finlândia – um dos países mais desenvolvidos do mundo e sempre destacado pela qualidade das suas instituições de ensino.

Ele destaca especialmente que o santo rosário, sobretudo quando recitado em latim (!), promove especiais benefícios ao músculo cardíaco. Ele diz ainda que, para acalmar a respiração e a ansiedade, os efeitos do rosário são melhores que os dos mantras budistas, que costumam virar “moda” com relativa frequência.

terça-feira, 13 de março de 2018

Ônibus cai em ribanceira: romeiros saem vivos e imagem de Nossa Senhora intacta


Por: Redação da Aleteia

romeiros aparecida acidente

Os 20 peregrinos tinham feito, na ida, uma romaria a cavalo até o Santuário Nacional de Aparecida

No último sábado, 10 de março, um ônibus escolar com 20 romeiros que retornavam de Aparecida caiu em uma ribanceira às margens da rodovia BR-459, entre Delfim Moreira e Piquete, na divisa dos Estados brasileiros de São Paulo e Minas Gerais.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista do ônibus declarou que o veículo sofreu uma pane elétrica no motor. O veículo tombou e só não despencou ainda mais por causa das árvores. O que poderia ter terminado em tragédia, porém, resultou em apenas 3 pessoas levemente feridas, que foram encaminhadas ao hospital de Delfim Moreira (MG).

Todos os 20 peregrinos, que na ida tinham feito uma romaria a cavalo até o Santuário Nacional de Aparecida, saíram vivos – e com uma imagem intacta de Nossa Senhora Aparecida.

O ônibus era da cidade mineira de Carvalhópolis. José Antônio de Carvalho, prefeito da cidade, informou por telefone à emissora EPTV Sul de Minas que uma lei municipal autoriza o uso de ônibus escolares para transportar grupos de romeiros ou quaisquer outros grupos que representem a cidade.

segunda-feira, 12 de março de 2018

ID2 e Guilherme de Sá - Rara Calma

Os 10 infernos do uso de drogas


Por: Javier Fiz Pérez

DRUGS

O consumo de drogas não proporciona nada de positivo a quem quer que seja

Receber informações corretas sobre os danos colaterais e diretos produzidos pelo consumo da droga e especialmente os danos sociais e pessoais quando as pessoas começam a experimentar a mesma.

É aconselhável pensar antes de agir e tomar consciência da vida diferente que pode ser desenvolvida quando se goza da liberdade de quem não depende desse tipo de substância.

As consequências da toxicodependência são igualmente graves se falamos sobre consumidores causais ou consumidores habituais.

1. Vício

É o principal transtorno originado pelas drogas; de fato, é o motor que move o hábito do consumo, de acordo com o estudo “Drugs and the Brain: implications for Preventing and Treating Addiction”, dos médicos N. Volkow e H. Schelbert, a dependência é definida como uma doença, pois afeta o funcionamento normal do organismo.

Também é considerada uma doença cerebral, porque sua estrutura e funcionamento são muito afetados pelas drogas. Por outro lado, uma das principais características do vício é a sua capacidade de modificar os hábitos e o comportamento das pessoas, transformando-as em autênticos autômatos (aquele que não age nem pensa por conta própria) em favor do seu consumo.

2. Síndrome de Abstinência

O consumo frequente de drogas traz consigo a síndrome de abstinência, causando reações físicas e psicológicas evidentes. Dependendo do tipo de droga consumida, os sintomas da síndrome de abstinência variam: decadência, depressão, relutância ou episódios de nervosismo, ansiedade e perda progressiva de controle das emoções.

3. Deterioração do sistema nervoso central

O sistema nervoso central dirige as funções de todo o tecido do corpo; recebe milhares de respostas sensoriais que transmite ao cérebro através da medula espinhal. Qualquer estímulo químico pode produzir uma grande variedade de efeitos sobre a atividade e função do sistema nervoso central. Em casos graves, o vício das drogas pode produzir danos irreversíveis, criando problemas de coordenação, percepções sensoriais e linguagem.

4. Perda de autoestima e sentimento de culpa

Um consumidor dependente, com a passagem do tempo está consciente da deplorável situação que vive, sua atitude dominada pela droga reafirma um sentimento de culpa e perda de autoestima. Infelizmente, o estado de dependência das drogas gradualmente elimina qualquer sentimento interno de amor por si mesmo e esperança.

5. Aumenta a probabilidade de adquirir doenças graves

Distúrbios vasculares, cirrose, hepatite são as doenças mais frequentes em usuários habituais de drogas; a droga gradualmente destrói importantes agentes funcionais do nosso corpo, causando problemas nos órgãos principais.

De acordo com um estudo do “National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases”, o álcool é o grande responsável pelos casos de cirrose hepática, seu efeito é devastador para o organismo.

6. Isolamento

Existe uma relação direta entre solidão ou isolamento e drogas; embora no início estas sejam as causas de entrar nas drogas, à medida que o usuário de drogas avança em seu vício, ele se isola de seu ambiente mais próximo, familiar, pessoal, profissional etc. O viciado vive por e para sua dose de drogas, considerando-a a única prioridade da vida.

7. Tendências paranoicas

O cérebro é uma das vítimas da ingestão da droga, a perda de neurotransmissores e da parcial funcionalidade de diferentes perfis do cérebro pode produzir sensações paralelas e paranoicas ligadas à esquizofrenia.

8. Consequências econômicas

A droga tem um preço, o consumo habitual de uma droga é caro; um único gasto destinado ao vício tem um impacto na economia familiar e pessoal. Pedir dinheiro, roubar etc, são ações que se tornam muito comuns nesses casos, quando os fundos necessários para obter a droga não aparecem.

9. Diminui o sistema imunológico

Ataca diretamente o sistema imunológico, enfraquecendo sua funcionalidade e atividade em nosso organismo. Com isso, o consumidor de drogas se torna cada vez mais indefeso contra infecções ou doenças.

10. Insônia

Embora pareça uma consequência menos importante, a insônia afeta o repouso. Uma pessoa que não descansa corretamente diminuiu suas aptidões: fica mais triste, irritável, pessimista e estressada. Emoções que se multiplicam nos toxicodependentes, corrompendo sua personalidade e habilidade social.

Carta de um adolescente a seu pai há 1.700 anos mostra que nada mudou…


Po: Zelda Caldwell / Redação da Aleteia

carta Theon adolescente egito

Com ironia e chantagem emocional, o texto mostra um adolescente sendo adolescente no Egito do século II ou III da nossa era

O sarcasmo adolescente é qualquer coisa menos novidade. Pelo menos é o que indica esta carta encontrada no Egito e escrita no século II ou III da nossa era, quando o país estava sob controle romano. O destinatário é um homem chamado Theon e quem lhe escreve é o filho dele, um adolescente que tem o mesmo nome do pai, mas que também responde pelo apelido Theonas.

O papiro foi descoberto no início do século XX em Oxirrinco (Oxyrhynchos), localidade às margens do Nilo, cerca de 160 quilômetros ao sudoeste da atual cidade do Cairo. A carta faz parte da coleção da Biblioteca Bodleian, da Universidade de Oxford, e, traduzida, manda ao papai Theon o seguinte recado de seu filho indignado:

Theon para seu pai, Theon, saudações.

Foi muito gentil de sua parte não me levar com você para a cidade. Se você se recusar a me levar junto para Alexandria, não vou lhe escrever nenhuma carta, nem falar com você, nem lhe desejar boa saúde. Então, se você for para Alexandria, não vou mais lhe dar a mão nem cumprimentá-lo mais. Se você se recusar a me levar, é isso o que vai acontecer. E a minha mãe disse ao Arquelau que ele está me perturbando, mande-o embora! Foi muito gentil você me enviar esses grandes presentes, puro lixo. Eles me distraíram no dia 12, quando você zarpou. Mas tudo bem, mande me buscar, por favor. Se você não fizer isso, eu vou ficar sem comer nem beber. Rezo pela sua saúde.

Dia 18 do mês Tobi.

Enviado a Theon pelo seu filho Theonas.

Adolescentes sendo adolescentes há pelo menos 1.700 anos. Como bem declara o livro do Eclesiastes logo no seu primeiro e imortal capítulo,

“…uma geração passa, outra vem (…) O sol se levanta, o sol se põe (…) O que foi é o que será: o que acontece é o que há de acontecer. Não há nada de novo debaixo do sol. Se é encontrada alguma coisa da qual se diz: ‘Veja: isto é novo’, ela já existia nos tempos passados” (cf. Eclesiastes, 1).

PAPYRUS,OXYRHYNCHUS

domingo, 11 de março de 2018

PADRE ou PALHAÇO? - A verdade sobre a BATINA

Quem julga livro pela capa perde grandes histórias

 Por: Revista Pazes


Como você quer viver sua vida?

Vivemos um mundo de aparências, no qual a beleza externa de tudo e de todos é supervalorizada. Corremos atrás de marcas famosas, fachadas suntuosas, fotos virtuais irretocáveis e corpos perfeitos. Tentamos nos aproximar de pessoas ricas, para obtermos nosso lugar ao sol na terra da fantasia, onde a fama e o luxo imperam.

E, nessa toada, esvaziamos, a pouco e pouco, nossa essência mais íntima, que se perde em meio a tanta superficialidade. Tão acostumados ficamos com a valorização do belo e luxuoso, que acabamos por julgar também as pessoas a partir de materialidades visíveis. A beleza externa sobrepuja qualquer qualidade de caráter e de princípios e somos levados a julgar com base nas aparências, valorizando as coisas e as pessoas a partir do preço estampado nelas.

Queremos uma casa vistosa, com jardins ornamentais e cômodos bem distribuídos. Um carro novinho na garagem, móveis de revista, solários, piscina no quintal. Queremos quadros, vasos, porta-retratos, toalhas, mesas, camas e panelas. É importante impressionar quem olha e quem entra em nossa casa. Enquanto isso, esquecemo-nos de transformá-la em um lar com calor humano, interações sinceras, amor em profusão, verdades compartilhadas.

Desejamos passar uns dias em hotel de cinco estrelas, com ares-condicionados espalhados por todos os recintos, flores trocadas diariamente, atendimento VIP, piscinas de todo tipo, refeições de banquete. Desejamos cenários nababescos, para rechearmos nossas redes sociais de imagens que denotem o desfrute de uma vida bem sucedida. No entanto, permanecemos isolados dentro de nós mesmos, confinados ao wifi de nossos celulares, mecanicamente transitando pelo luxo, sem estreitarmos os laços ao menos com quem está no mesmo quarto conosco.

Ansiamos pelo carro novo, mesmo que às custas de boletos intermináveis, para podermos chegar aos lugares impressionando, provocando inveja, atraindo as atenções para o que podemos comprar. Ansiamos pelo celular de última geração, pelo tênis com molas inúteis ao nosso estilo de vida, pelas telas de sessenta polegadas, pela máquina europeia de café expresso. Porém, nossas dívidas crescem, nosso trabalho se estende a horas exacerbadas e nosso cansaço físico nos impede de perceber o olhar companheiro que nos aguarda em nossa casa, afastando-nos de nossos amores verdadeiros.

Precisamos ser amigos das pessoas endinheiradas, para transitarmos livremente por entre as órbitas das festas, dos clubes e dos restaurantes mais chiques. Precisamos fazer parte do círculo restrito dos colunáveis, de quem frequenta os bares da moda, de quem promove festas opulentas, de quem viaja para o exterior para comprar roupas e montar os enxovais. E, enquanto nos aproximamos disso tudo, distanciamo-nos dos amigos que sempre estiveram ao nosso lado e que gostam da gente de verdade.

O conforto material logicamente é importante, para que possamos descansar com qualidade e oferecer uma vida digna aos nossos familiares. Da mesma forma, nossas conquistas nos tornam mais felizes e realizados como pessoa. No entanto, é necessário que também cultivemos nossas relações com as pessoas que nos rodeiam, alimentando os sentimentos e os valores éticos que devem nortear nossas andanças e a troca de energia com gente que vale a pena, com quem ri e chora junto de nós com sinceridade.

Caso contrário, estaremos sozinhos e enfraquecidos nos momentos de tempestade, em que nada além do amor é capaz de nos resgatar. E, então, nada nem ninguém nos salvará de nós mesmos.