Por: Luz Ivonne Ream
Esta fase pode ser até
uma segunda lua de mel para o casal que sempre investiu no amor
Definitivamente, o
ninho vazio é uma prova de fogo para os casamentos. É quando comprovaremos se
realmente investimos no nosso amor como casal ou se, simplesmente, fomos pais
(e não companheiros).
Alguns matrimônios não
sobrevivem a esta fase, já que os casais “sentem” que não há amor entre eles.
Isso porque, ao longo da vida e durante os anos em que construíram a família,
eles não alimentaram o vínculo mais importante: o de marido e mulher.
Eles deixaram de se
cuidar e agora “sentem” que não há nada mais que os una. Então, decidem se
separar, porque se veem como dois desconhecidos dividindo cama e teto.
Por isso, muito
cuidado! Lembre-se de que o amor não pertence ao plano das emoções, mas ao
plano da vontade.
Quando o último filho
abandonar o ninho, apesar da dor que sentimos, temos que mudar nosso chip
interior de tristeza por gratidão, e o de dor por satisfação.
A solidão, esse vazio
interior que sentimos, deverá ser resolvida com paciência e amor (e, muitas
vezes, regada a lágrimas). Temos que enfrentar juntos, marido e mulher, e
respeitarmos nossos momentos de sofrimento. Nem que seja apenas com um olhar, o
silêncio ou um aperto de mão.
Quando nos sentirmos
cabisbaixos, vamos lembrar o quanto nos filhos ficariam felizes se tivessem
voado do ninho e deixado seus pais se amando como uma família unida.
Tudo muda quando você
sente a humilde satisfação de saber que os filhos não se vão porque estão
fartos do ambiente familiar, mas porque precisam seguir os sonhos e as missões
deles. Tudo isso nos ajuda como casais, para crescermos em mútua admiração e
reconhecimento.
A minha sensação de
vazio já passou. E, apesar de sentirmos saudade de nossos filhos, atualmente
estamos vivendo uma segunda lua de mel. A diferença é que, agora, a relação
está mais madura. É um amor que nasce de uma decisão consciente e madura de
querer amar.
E como o amor maduro do
casal pode crescer? Vou falar como acontece comigo e com meu marido.
Para começar, toda
manhã, quando eu acordo, meu coração emana um profundo suspiro de gratidão por
saber que haverá um novo dia para eu continuar amando meu marido. Sou muito
feliz pelo simples fato de ele existir e estar ao meu lado. Nosso dia começa e
termina com um beijo e com um “eu te amo, obrigado por me fazer tão feliz”.
Diariamente, nós dois
trabalhamos para construir e alimentar nossa relação, levando em conta nossas
mútuas necessidades e fazendo de tudo para que elas sejam satisfeitas.
Nós também enviamos
mensagens de texto um para o outro para nos fazermos presentes e recordarmos o
nosso amor.
Sempre damos risadas
das coisas mais simples e vivemos um dia de cada vez. Já não nos preocupamos
tanto com o amanhã. Queremos viver o hoje, amando-nos e cuidando de nós.
Nos dias de folga,
vamos ao cinema à meia noite ou ficamos até altas horas da madrugada assistindo
filmes.
Também rezamos e
ajudamos na comunidade juntos.
Enfim, fazemos de tudo
para nos conquistarmos todos os dias como homem e mulher. Ele faz mágica na
minha vida e eu na dele.
Nossa relação se tornou
mais sólida, mágica e maravilhosa graças a esses detalhes. Parecemos
recém-casados, pois o tempo é todo nosso. Além de querermos ser pais exemplares
para nossos filhos, também queremos ser felizes.
Nós dois continuamos
com nossos deveres profissionais, mas a nossa autêntica realização é a pessoal.
Ele é a prioridade da minha vida e eu a dele.
Portanto, se você está
passando pela experiência do ninho vazio, lembre-se de alimentar seu amor por
meio de detalhes diários. Maridos e esposas, aproveitem essa fase da vida e
cresçam no amor. E, quando estiverem diante de Deus, digam: “Não poderia ter
amado mais meu esposo (ou minha esposa)”.
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