Redação da Aleteia
A “Oração a Jesus“ ou
“Invocação ao Nome de Jesus“ é uma prece antiquíssima, cuja popularização
contou com grande influência dos Padres do Deserto
AIgreja celebra hoje, 3
de janeiro, o Santíssimo Nome de Jesus, que, obviamente, foi honrado e venerado
na Igreja desde os primeiros tempos (cf. Fp 2,10), mas em cuja honra só se
formalizou um culto litúrgico a partir do século XIV.
O grande propagador
desta devoção foi o franciscano São Bernardino de Siena (1380-1444), que
costumava divulgar uma imagem da Eucaristia emitindo raios de luz, sob o
monograma “IHS“, abreviação do Nome de Jesus em grego. Mais adiante, a piedade
popular daria a esta mesma sigla uma nova interpretação: “Iésus Hóminum
Salvátor“, que, em latim, quer dizer “Jesus Salvador dos Homens“. Santo Inácio
de Loyola, aliás, faria deste monograma o emblema dos padres jesuítas.
O nome Jesus vem do
hebraico “Jeshua“, “Joshua” ou “Jehoshua”, que significa “Javé é Salvação“.
O Santíssimo Nome de
Jesus foi dado pelo céu. São Lucas nos diz em seu Evangelho:
“Completados que foram
os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o Nome de Jesus,
como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno” (Lc 2,
21).
E o Novo Testamento
afirma:
“Por isso Deus o
exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes,
para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos.
E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor”
(Fil 2, 9-11).
A Invocação ao Nome de
Jesus
A “Oração a Jesus“ ou
“Invocação ao Nome de Jesus“ é uma prece antiquíssima, cuja popularização
contou com grande influência dos Padres do Deserto. Uma primeira forma desta
oração foi mencionada por São Diádoco de Foticeia, monge asceta da Grécia no
início do século V. A prece foi depois inserida na coletânea de textos
espirituais conhecida como Filocalia (ou Philokalia), que veio a se tornar um
livro básico da tradição cristã oriental, tornando-se muito popular nas igrejas
ortodoxas, particularmente na Rússia, onde foi ainda mais difundida por outro
clássico da literatura espiritual: Relatos de um Peregrino Russo, do século
XIX.
É uma simples e
riquíssima tradição, focada em Jesus e na Sua misericórdia. Estas são algumas
das várias formas diferentes de fazer a mesma prece:
Senhor Jesus Cristo,
tende piedade de mim!
Senhor Jesus Cristo,
Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador!
Senhor Jesus Cristo,
Filho de Deus, tende piedade de nós, pecadores!
Jesus Cristo, Filho de
Deus, Senhor, tende piedade de nós, pecadores!
Senhor Jesus,
misericórdia!
Alguns frutos da
confiante invocação do Nome de Jesus
Oferece ajuda nas
necessidades corporais, segundo a promessa de Cristo: “Estes milagres
acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas
línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará
mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16,17-18).
No Nome de Jesus, os
Apóstolos deram força aos aleijados (At 3,6; 9,34) e vida aos mortos (At 9,40).
Dá confiança nas
provações espirituais. O Nome de Jesus recorda ao pecador o “pai do filho
pródigo” e o bom samaritano; ao justo, recorda o sofrimento e a morte do
inocente Cordeiro de Deus.
Protege-nos de Satanás
e de suas artimanhas, pois o diabo teme ao Nome de Jesus, quem o venceu na
Cruz.
No Nome de Jesus,
obtemos toda bênção e graça no tempo e na eternidade, pois Cristo disse: “O que
pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará” (Jo 16,23). A Igreja costuma
terminar as suas orações com as palavras “Por Jesus Cristo, nosso Senhor”,
cumprindo assim o que escreveu São Paulo: “Para que ao nome de Jesus se dobre
todo joelho no céu, na terra e nos infernos” (Fl 2,10).
Gostei da informação. Parabéns!
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