quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

A dura provação do câncer infantil para toda a família


Redação da Aleteia 


“No começo, ela não entendia por que o irmãozinho que era tão travesso e brincalhão agora dormia o tempo todo, não podia andar sozinho ou estava quase sempre faltando à escola. O mundo deles desmoronou”.

Crianças com câncer são uma realidade chocante, dolorosa e dilacerante. A mãe de família Kaitlin Burge, do Texas, compartilhou sem filtros a sua perspectiva pungente da doença e do impacto sobre a família, mediante fotografias pungentes do filho Beckett, de 4 anos.

As imagens têm provocado uma onda de comoção e de solidariedade, em especial entre outros pais de crianças doentes. “O câncer de uma criança é um desafio para toda a família“, confessa a mãe.

São fotos que preferiríamos não ver. No entanto, elas são paradoxalmente necessárias para conscientizar sobre o quanto a vida de uma família pode ser impactada pela doença de uma criança. Kaitlin Burge tirou essas fotos em janeiro, mas elas ainda representam um “dia comum” na vida do filho, diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda há mais de um ano. O pequeno Beckett toma toda noite uma pílula quimioterapêutica e faz visitas mensais à clínica onde recebe as suas sessões de quimioterapia. O tratamento provoca vômitos que determinam o ritmo do dia-a-dia. Um cotidiano pesado de carregar para a criança, mas também para seus irmãos e para toda a família.

“Ficar do lado do seu irmãozinho, segurá-lo pela mão e afagar as suas costas. Passar de treze quilos para nove. Isso é o câncer infantil“, comenta a mãe no Facebook, em uma das fotos. Nela vemos Beckett acompanhado pela irmãzinha enquanto passa por mais um dos seus momentos de tanto desconforto.

Em reportagem veiculada pela CNN, Kaitlin declarou:

“A nossa família está dividida. Minha bebê de 23 meses teve que ir para casa da vovó. Estamos todos muito cansados. Perdemos muitos amigos e outros relacionamentos estão sendo postos à prova. Não conseguimos mais viver como antes”.

Para a mãe, focar na saúde de Beckett implica ter menos tempo para as duas filhas, Aubrey, de 5 anos, e a bebê de 23 meses.

“Nós temos que vencer a luta contra o câncer, mas não podemos esquecer os outros filhos. Porque eles acabam sendo frequentemente esquecidos. Só que eles mesmos fazem muitos sacrifícios que as pessoas ao redor deles nem percebem”.

Sacrifícios como os de Aubrey, a irmãzinha que ficou com a mãe e com o irmão, tanto no hospital quanto em casa.

“No começo, ela não entendia por que o irmãozinho que era tão travesso e brincalhão agora dormia o tempo todo, não podia andar sozinho ou estava quase sempre faltando à escola. O mundo deles desmoronou”.

Beckett continuará em tratamento em agosto de 2021. É toda uma eternidade para a família.

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