terça-feira, 1 de julho de 2014

Dicas para alimentar seu cão com comida caseira

algumas décadas atrás, dar ração para os cachorros era uma prática distante, tanto pelo preço dos produtos quanto pelo costume caseiro de oferecer ao animal às sobras das refeições. Hoje, é quase impensável criar cachorros sem ração. Afinal, há para todos os bolsos, raças, portes e até problemas de saúde. Mas também é possível sim alimentar os bichinhos com comidas caseiras. Sempre com cuidado para não exagerar, respeitando limites, itens e quantidades adequadas, mesmo se administradas junto a rações.
A zootecnista Aline Conceição Almeida, doutora em nutrição e manejo alimentar para animais, lembra que com orientação de profissionais e o manejo adequado não há contraindicação em oferecer comida ¿humana¿ aos animais. A exceção fica principalmente para os carboidratos e produtos industrializados. Confira abaixo 21 dicas da especialista em alimentação e quais os benefícios e malefícios que alguns grupos alimentares podem trazer.
 

É importante ressaltar que quando o animal só se alimenta de ração e nunca recebe complementos fora de sua dieta, a inclusão de alimentos naturais bruscamente aumenta o risco de diarreia, por falta de adaptação da flora intestinal aos alimentos novos. Então, todas as modificações nas dietas devem começar com pequenas quantidades. 

O maior problema em alimentar os cães com dieta caseira é confundi-los com os humanos. Os animais possuem características de metabolismo muito diferentes das nossas, e a maior parte dos erros estão exatamente na falta de conhecimento dessas particularidades.


O alimento caseiro, quando é oferecido respeitando limites, itens e quantidades adequadas pode ser muito benéfico à saúde do animal, favorecendo a absorção de nutrientes e melhorando a saúde intestinal entre outras vantagens


É muito importante para quem deseja adotar essa prática consultar um zootecnista, que tem a formação de nutricionista especializado para animais, para conhecer esses limites que possam favorecer, e não prejudicar a saúde dos pets


Como a alimentação humana é muito rica em carboidratos pouco complexos, como os açúcares, entre os erros mais comuns podemos encontrar estão o ganho de peso excessivo, diarreias e problemas de dentes


É importante ressaltar que quando o animal só se alimenta de ração e nunca recebe complementos fora de sua dieta, a inclusão de alimentos naturais bruscamente aumenta o risco de diarreia, por falta de adaptação da flora intestinal aos alimentos novos. Então, todas as modificações nas dietas devem começar com pequenas quantidades


Dificilmente encontra-se justificativa plausível para contraindicação de frutas para cães. As frutas são fontes de antioxidantes naturais e vitaminas muito benéficas para a saúde, além de conter água e sais minerais


Um diferencial de maior benefício ainda, com relação às frutas está nas suas proporções entre a relação de fibras não-fermentáveis e fermentáveis pelo intestino grosso, que melhora a absorção de nutrientes e previne contra contaminação de bactérias patogênicas causadoras de diarreias e enterites (inflamações na mucosa intestinal) e mantém o fluxo intestinal normal


O tipo de açúcar contido nas frutas é ainda considerado de boa qualidade para o metabolismo, visto que não é formado por moléculas de glicose unicamente, mas sim em conjunto com a frutose, que reduz a exigência na liberação de insulina pelo pâncreas, reduzindo os riscos de diabetes. O segredo é a moderação, excessos de algumas frutas podem causar alterações desagradáveis, porém nada sérias


Abacate é muito rico em moléculas gordurosas e açúcares e, em excesso, pode causar diarreia além de aumentar o risco de sobrepeso

Bananas possuem muito carboidrato e seu excesso também aumenta o risco de sobrepeso. Ao contrário do abacate, pode causar retenção das fezes


Uvas, frescas ou na forma de passas, podem causar gases e, com isso, cólicas, pois possuem alto teor de fibras fermentáveis. Ainda existe o risco de danos aos rins pelo conteúdo de suas sementes


Mangas, apesar de muito saborosas, o excesso, pelo seu teor de fibras não-fermentáveis, pode causar amolecimento das fezes e redução da digestão dos nutrientes da ração


Problemas com verduras e legumes cozidos só são demonstrados quando não existe um limite de inclusão na alimentação. Legumes e verduras de forma geral são benéficos por serem naturalmente fontes de vitaminas e minerais, com bons índices de digestão, contudo devemos tomar cuidado com alimentos pobres em nutrientes e ricos em apenas energia, que podem ocasionar sobrepeso e deficiências de nutrientes



Arroz branco e a batata inglesa são fonte de energia de alta digestão, aumentam a concentração de glicose no sangue e estimulam a liberação de insulina, mas são pobres em outros nutrientes, não devem ser administrados como única fonte de alimento


Arroz integral tem o mesmo problema do arroz branco, agravado pelo teor de fibras insolúveis e sílica, aumentando a velocidade do bolo alimentar no intestino, reduz a digestão dos outros nutrientes da dieta e aumenta o risco de diarreia


Legumes e verduras variadas, como mandioquinha, couve-flor, brócolis, vagens, inhame, cenoura e beterraba, cozidos e oferecidos misturados, geralmente não trazem nenhum tipo de problema

Tomates devem ser oferecidos sem sementes, pois é onde se encontra a maior concentração de oxalatos, citados como potencialmente lesivos aos rins. Esse é o mesmo problema do espinafre e de alguns tipos de brotos, mas as quantidade oferecidas na alimentação dificilmente alcançaria níveis tóxicos. Seus benefícios superam seus malefícios


Massas, pães, macarrão, bolos e biscoitos, principalmente se forem doces devem ser evitados, pois além de serem considerados calorias vazias, ou seja, são energéticos com conteúdo nutricional pobre, os animais são menos eficientes que os humanos para digeri-los. Podem causar, se forem oferecidos frequentemente sobrepeso, diabetes e outras complicações como aumento de risco cardíaco e variação de pressão. Os menos prejudiciais são os integrais, mas mesmo assim devem ser evitados

Chocolate - possui substâncias que podem ser tóxicos e excitantes para sistema nervoso e cardiovascular dos animais, como a theobromina e a cafeína, chegando-se a atingir níveis tóxicos quando são oferecidos quantidades acima de 5g por quilo do animal. Chocolates também são ricos em açúcar e gorduras, que desequilibram o balanço energético e podem engordar


Cebolas e alho são comumente citados como tóxicos, mas como seu sabor é muito forte, dificilmente se atinge os níveis de toxicidade.Em pequenas quantidades são excelentes palatabilizantes (doadores de sabor) naturais com boa aceitação entre os animais. A cebola em excesso pode aumentar a formação de gases. E, o óleo do alho tem sido muito estudado como estimulante do sistema imune e suas fibras são ricas em inulina, um elemento prebiótico de alta qualidade que favorece a flora intestnal


Pimentas devem ser evitadas por causar certa irritação das mucosas, aumentar o risco de gastrite e outros distúrbios do aparelho digestivo


Carnes, de forma geral, fazem bem para cães e gatos, que são carnívoros em essência. O gato ainda mais que o cão. Numa dieta diária natural, pelo menos 50% deve ser constituída de proteína animal, como frango, carne, fígado e peixe, principalmente os brancos,que são de leve digestão e não provocam alergias


Os outros 50% devem ser balanceados com os demais grupos alimentares, levando em conta sempre peso, idade e carga de exercícios realizada diariamente pelo animal. Dentro desses outros alimentos, entram também arroz e milho cozidos, aveias e outros cereais, além das verduras e frutas. A quantidade, porém, deve ser indicada por um profissional


Leite e seus derivados são alimentos saudáveis e importante fonte de cálcio para cães e gatos. O iogurte natural, sem açúcar, deve entrar na dieta dos a animais, principalmente dos mais idosos, porque funciona como um probiótico necessários para regular o intestino


O azeite de oliva cru também é ótimo para ser acrescentado na dieta, sempre em quantidade indicada por um profissional, porque mantém a pele e os pelos bonitos. Aliás, gorduras não podem faltar na alimentação porque ajudam na absorção das vitaminas lipossulúveis. Uma dica é até colocar um pouco de azeite na ração, caso o animal só se alimente com esse tipo de comida


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