Front Católico
"Maria não é nada
daquilo que me ensinaram; ela é simplesmente mãe e não quer glórias, não quer
ser Deus, só quer ser mãe e cuidar de mim."
Me chamo Carlinhos
Alma, para minha mãe esta atitude foi uma bênção porque meu pai passava noites
e noites nas festas e isto lhe preocupava muito. Logo começou a ir com ele para
a Igreja Batista para lhe fazer companhia. Desde então nunca mais entrou em uma
Igreja Católica. Meus pais não são casados na Igreja e isto impedia que minha
mãe participasse da comunhão do corpo de Cristo. Este empecilho já não existia
na Igreja Batista e isto confortou seu coração que há muito vivia aflita com
aquela situação, não aceita, pela Igreja.
Eu, um adolescente, não
tive outra opção a não ser acompanhar meus pais; confesso que tive muito medo
das gritarias que os crentes faziam numa Igreja Pentecostal nos fundos da minha
casa, mas na Igreja Batista, era um silêncio, e lá fui me adaptando.
Depois de um certo
tempo, fui vendo que eles desfaziam de tudo que eu tinha aprendido,
transformando Maria mãe de Jesus numa mulher qualquer, na qual era praticamente
proibido demonstrar amor por ela ou até mesmo falar que a amava, pois, estava
sendo idólatra e os idólatras não herdariam o reino de Deus.
Como vim de uma família
de músicos, eu tocava razoavelmente bem para minha idade, e estava tendo um
conflito de formação religiosa na minha mente. Logo fui convidado para tocar
nos eventos da noite, mas como era apenas um adolescente, aquilo era a melhor
coisa que eu pude conhecer.
Virava e mexia, eu
estava também na Igreja Batista tocando novamente com as bandas daquela Igreja,
até que decidi que não era isso que queria. Resolvi desaparecer das Igrejas,
não quis mais compromisso com nenhuma e fiquei assim por três anos da minha
vida.
Vivia satisfeito com
minha decisão, até que um dia chegou uma pessoa da Igreja Católica para fazer
os arranjos de seu CD. Já estava acostumado a fazer arranjos para duplas
sertanejas, forró, baião e até algumas gospel para os Evangélicos, mas para
Igreja Católica nunca tinha feito.
Quando eles entravam no
estúdio faziam uma oração de uma maneira que eu desconhecia na Igreja Católica,
achando tudo estranho, mas não comentava nada a respeito.
Depois da gravação me
convidaram para tocar no lançamento do CD, e foi quando minha vida começou a
mudar. Conheci o ministério de Evangelização Amigos do Pai, que ao terminar o
lançamento, me perguntaram se tocava em alguma banda. Disse que não, e eles me
convidaram a entrar no ministério de Evangelização Amigos do Pai. Naquele
momento eu confesso que meu desejo era dizer um não, nem pensar, mas respondi –
vamos orar- concordaram e me deram um cartão de apresentação da banda, e foi
exatamente o que eles fizeram durante três meses.
Numa quinta-feira
acordei cheio de vontade de tocar em uma banda, mas não queria tocar nos
eventos da noite. Procurei o cartão da banda, por procurar, pois nunca guardava
cartões, mas o da banda estava lá novinho em folha, peguei e liguei
imediatamente perguntando se haviam conseguido um tecladista, pois estava
disposto a fazer um teste para ver se eu encaixava dentro do que eles queriam.
Só ouvi uma voz trêmula me respondendo que ainda não tinha encontrado um
tecladista, e se eu quisesse ensaiar, teria um na quinta feira na casa da
Juliana, uma das vocalistas da banda. Eles ainda estavam orando e tudo estava
sendo confirmado através da oração.
A forma na qual fui
escolhido por Deus me comoveu muito porque conheci um Deus totalmente
diferente. Muito interessante também foi o meu encontro com Maria, mãe de
Jesus, que para mim ainda era algo difícil de entender. Foi marcante, estávamos
fazendo o cerco de Jericó na comunidade vida nova, que foi a grande responsável
por toda esta cura interior que me atormentava há muitos anos.
Foi lindo, perfeito, vi
que Maria não era nada daquilo que me ensinaram na “outra” igreja; ela era
simplesmente mãe e não queria glórias, não queria ser Deus, não queria nada, só
ser mãe e cuidar de mim.
Hoje, três anos depois,
estou casado, tenho duas filhas lindas e uma esposa maravilhosa. Sou muito
feliz e posso dizer a todo mundo, com toda sinceridade do meu coração: Maria,
eu te amo, graças a Deus.
Obs.: Esse testemunho foi
relatado pessoalmente pelo tecladista da Banda Amigos do Pai, Carlinhos Alma a
Jaime Francisco de Moura
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