sábado, 16 de novembro de 2019
Eis aqui a serva do Senhor - Juninho Cassimiro
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
É correto usar a mão esquerda para fazer o sinal da cruz? Por quê?
Pe. Henry Vargas Holguín
Depois de descobrir o significado deste gesto, você
terá muito orgulho de fazer o sinal da cruz
Pergunta
É correto usar a mão esquerda para fazer o sinal da
cruz? Sou canhota e às vezes o faço com a esquerda. Quando eu era criança,
minha mãe me ensinou que só se faz com a mão direita. É verdade ou mito?
Resposta
“O cristão começa o seu dia, as suas orações, as
suas atividades, pelo sinal da cruz ‘em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo. Amém’. O batizado consagra o dia à glória de Deus e apela para a graça
do Salvador, que lhe permite agir no Espírito, como filho do Pai. O sinal da
cruz fortalece-nos nas tentações e nas dificuldades” (Catecismo da Igreja
Católica, 2157).
A primeira pessoa a fazer o sinal da cruz foi o
próprio Jesus, que estendeu seus braços na cruz. E seus braços estendidos entre
o céu e a terra traçaram o sinal indelével da Aliança.
Nos primeiros séculos, era costume fazer o sinal da
cruz sobre a testa. Pouco a pouco, o costume se transformou no que conhecemos
hoje: fazer uma grande cruz sobre nós mesmos, da testa ao peito e do ombro esquerdo
ao direito.
E por que os padres abençoam com a mão direita?
Porque os antigos ícones mostram Cristo ou os
hierarcas da Igreja abençoando com a mão direita.
A direita nos recorda a alegria dos que foram
salvos, dos que fazem a vontade de Deus, já que o Filho colocará as ovelhas
fiéis à sua direita (Mt 25, 31).
Esta forma de fazer o sinal da cruz também tem um
significado teológico profundo.
O sinal da cruz começa com a mão direita da cabeça
até o peito, aceitando que nosso Senhor Jesus Cristo desceu do alto (isto é, do
Pai) à terra pela sua santa Encarnação.
O sinal da cruz continua, partindo do lado esquerdo,
onde está o coração, lugar no qual se guarda com amor o mistério pascal de
Jesus (sua dolorosa Paixão e Morte), a dirigindo-se depois ao lado direito,
recordando que Jesus está sentado à direita do Pai pela sua gloriosa Ascensão.
Ou seja, a cruz termina na glória celestial.
A Igreja sempre considerou o lado direito como
preponderante. É por isso que, para traçar o sinal da cruz, usa-se também a mão
direita.
Ao incensar o altar, também se começa sempre pelo
lado direito.
Nosso Senhor nos diz que, entre outras coisas, a
caridade também se faz com a mão direita: “Quando você der esmola, que sua mão
esquerda não saiba o que fez a direita” (Mt 6, 3).
Mas é importante fazer o sinal da cruz de maneira
especial?
Sim. Nós não temos nenhuma autoridade para mudar,
negar ou criticar, segundo nossa maneira de pensar, a tradição cristã que é
observada hoje e que começou há muitos séculos.
Precisamos levar em consideração que, no âmbito da
vida social, há protocolos que têm de ser respeitados, mesmo quando ainda não
conhecemos sua origem ou significado. Quando se cumprimenta alguém, dá-se a mão
direita, não a esquerda, por exemplo.
As regras de boas maneiras na sociedade não são
meras formalidades, mas expressam respeito e cordialidade. Quando, em nome da
espontaneidade, as pessoas deixam de lado as boas maneiras, podem acabar se
tornando até brutas, ásperas, toscas.
Na vida de piedade acontece a mesma coisa. A mão
direita é considerada mais “digna” e por isso a usamos.
Assim, por exemplo, o padre dá a comunhão com a mão
direita, ainda que seja canhoto. Não é proibido nem pecado que se dê a comunhão
com a esquerda, mas é uma questão de boa educação litúrgica, bem como um
detalhe de amor a Jesus.
De qualquer maneira, é bom conservar detalhes que
têm um significado e, se fazemos por amor, valem ainda mais. Não se trata de
formalismos vazios. Nossa fé dá sentido a estes gestos.
Utilizar a mão direita para as ações litúrgicas e/ou
religiosas nunca pode ser ofensivo para os canhotos. De fato, os bispos e
sacerdotes canhotos também fazem o sinal da cruz e dão bênçãos com a mão
direita.
Evidentemente, utilizar a direita, mais que uma
questão de fé, é uma convenção, que busca expressar uma maior dignidade no que
se faz – daí que signifique um maior respeito e, portanto, mais amor também.
Na liturgia, a elegância também é uma virtude e, se
os gestos são feitos com amor, seu significado e mérito serão maiores.
Valorizar a cruz
Quando entendemos o que a cruz implicou para Jesus a
favor nosso, quando recordamos que na cruz Jesus nos amou até o extremo, e se
nosso pequeno gesto do sinal da cruz é consciente, estaremos continuamente
reorientando nossa vida em boa direção, pois carregar a cruz é o que Jesus pede
para segui-lo.
Todo gesto simbólico pode nos ajudar a entrar em
comunhão com aquilo que o gesto significa, e isso é o mais importante.
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Receita que dá água na boca - Torta de Sardinha da Mamãe
"De vez em quando vemos
notícias, que nos entristecem, de mulheres que dão à luz e em seguida abandonam
seus bebês… no hospital, na rua, em sacolas, nas portas de casas, até no lixo…
Se você é como eu,
presumo que também fica se questionando: “Por que isso ocorre?”, ou “Qual a
real razão que leva uma mulher a não sentir compaixão por seu bebê?”
Cheguei a uma conclusão,
ainda que não definitiva: Todo bebê precisa ser adotado no coração de sua mãe.
Se esse “clique” não acontece, a mulher apenas gera… e assim, a missão dela
acaba sendo a de proporcionar a uma outra mulher a dádiva de ser mãe. Repare
que até mesmo um filho adotivo não será acolhido verdadeiramente se for só
adotado judicialmente. O papel sozinho, as palavras impressas num documento,
não vão acionar o “clique”. Repito: todo filho, biológico ou não, precisa ser
adotado no coração da mãe. Esperamos que esse “clique”, vindo de Deus, aconteça
naturalmente. A sociedade espera por isso. Talvez até a própria mulher tenha
essa expectativa. Mas por motivos diversos, que não cabem a mim julgar, pode
ocorrer que esse clique não funcione.
Dentro desse tema,
comecei a refletir “ Por que será que, lá no íntimo, eu tenho essa convicção de
que sou uma filha adotada no coração da minha mãe?”
Não é porque ela me
alimentou, vestiu, penteou, lavou minhas roupas, ensinou, financiou meus gostos
e cuidou de mim quando adoeci.
Nem é porque os
melhores anos da sua juventude ela doou de bom grado a mim.
Tampouco é porque
herdei o timbre da sua voz, o formato de seus olhos, sua morenice e seus
quadris.
Não é porque ela me
livrou das vezes em que eu me trancava no banheiro e não sabia sair.
Nem é porque me
socorreu quando fui atropelada.
Não, não é porque a sua
generosidade transcende todo o meu entendimento.
Também não, não é
porque adotou meu marido como um filho e a minha filha como uma caçula extra.
Tudo isso foi
importante e bem feito por ela, porém, não vamos apenas riscar o verniz. Existe
mais debaixo da superfície. Muito mais.
Eis alguns motivos
inegáveis pelos quais eu sei que sou sua filha não só de carne, mas também do
coração:
É porque me surpreendo
repetindo à minha filha as mesmas frases que minha mãe me dizia na minha
infância.
É porque me encontro na
urgência de ensinar à minha filha tudo o que sei. E muito do que sei, óbvio,
veio da minha mãe: minha primeira professora.
É porque eu sinto que
os cabelos brancos que coroam a cabeça dela — e começam a faiscar na minha —
são uma chamada do ciclo da vida à responsabilidade sublime de tentar cuidar
dela tão bem como ela cuidou de mim (e sei, com certo pesar, que jamais poderei
retribuir todo esse cuidado na mesma medida).
É porque sua fé e
muitos dos seus pontos de vista sobre a vida se fixaram em mim como um legado
que atravessará gerações.
É porque sei que posso
contar com ela, mesmo estando longe. Se eu a chamar, ela dará um jeito de se
fazer presente.
É porque ela me olha
com os olhos de misericórdia, que sabem que eu não sou flor que se cheire, mas
me aceita mesmo assim.
É porque eu penso que,
se eu conseguir ser para minha filha apenas metade do que minha mãe foi e tem
sido pra mim, isso já fará de mim uma mãe maravilhosa.
“Mami”, obrigada por
não ter se contentado só em me dar à luz, mas por ter me adotado em seu coração!
Te amo!
A cozinha era onde ela
passava boa parte do dia, nos anos 80, na Terra da Garoa. Em cima do seu fogão
esmaltado vermelho sempre havia reluzentes panelas areadas com esmero, contendo
a refeição para nutrir a família. Nessa cozinha paulistana, minha mãe me
ensinou a comer de tudo, a ler cadernos de receitas escritos com sua letra
arredondada, a lavar louça e a fazer a lição de casa.
Era indício certo de um
gostoso final de semana quando a famosa torta de sardinha da mamãe nascia
perfumada do forno dela. Essa torta sempre cresceu linda, com cara de pizza
caseira. Veio da minha avó carioca o hábito de fazê-la aos sábados. A tradição
passou para a minha mãe, que fazia em São Paulo , hoje eu faço em Curitiba e
ensino a você a receita que minha filha também fará — sabe-se lá em qual
cidade…
A sardinha, por ser
barata, é considerada a “prima pobre” dos peixes. Que injustiça! Ela tem
bastante ômega-3, uma gordura boa para o coração e para o cérebro. Combate o
colesterol ruim, contribui para reduzir a pressão arterial e é rica em vitamina
B12, mantendo o bom funcionamento do sistema nervoso.
Torta de Sardinha da
mamãe
- 10 colheres de sopa
de farinha de trigo (usei integral, mas minha mãe sempre usa a tradicional)
- 2 colheres de sopa de
maizena
- 2 colheres de sopa de
fermento
- 3 ovos
- 1 xíc. de óleo
- 2 xíc. de leite
Todas as colheres de
sopa devem ser com medidas “de mãe” — “fazendo morro“.
Bata os ingredientes no
liquidificador, coloque a massa em fôrma untada e enfarinhada. Faça um molho a
seu gosto com sardinhas, molho de tomate, cebola, pimentão, cheiro verde,
queijo, milho, orégano ou o que preferir. Cubra a massa com esse molho e leve
ao forno até a massa dourar nas bordas."
SAÚDE - Obesidade Infantil
"Hipertensão arterial,
alteração de gorduras no corpo, diabetes mellitus, resistência à insulina,
dificuldade de locomoção, dificuldades na respiração, problemas na
socialização…
Ao ler isso, nós
automaticamente pensamos nos adultos obesos, comendo batatas fritas ou
maionese; mas não se engane: todas as complicações acima são problemas que cada
vez mais encontramos em crianças. E se os problemas nos adultos vão evoluindo
com problemas no coração, rins e outros órgãos, imagine esses problemas
evoluindo desde a infância! É triste ver gente ainda na juventude, mas com
problemas de pessoas idosas…
A princípio, podemos
pensar que, ao termos uma criança com problemas de sobrepeso, o problema deve
ser hormonal. Nem sempre. Os problemas hormonais contabilizam uma pequeníssima
parcela de culpa nesses quadros, e normalmente são crianças com obesidade
grave.
Então de quem é a culpa
da obesidade infantil?
Toda nossa! Dos pais ou
responsáveis! Com certeza!
Acabamos com nossos
bons hábitos de vida, mudando a alimentação do dia a dia, infelizmente para
pior. Observe esses casos:
1- A criança não gostou da comida oferecida
no almoço, então não come e espera que a mãe faça algo mais apetitoso que ela
goste de comer. Ou pior: existem crianças que passam quase o dia todo em jejum
para à noite serem recompensadas com alguma guloseima, “pois afinal, não comeu
nada o dia inteiro…”
2- Em um restaurante ou mercado, o pai ou a
mãe são vítimas de um surto com gritos, choros e pernas batendo por um certo
alimento que o adulto acaba “tendo que comprar” para acabar com o surto.
3- Na casa de familiares, os pais acabam
levando um lanche para o filho porque ele não come as comidas oferecidas e os
adultos acabam passando vergonha com a situação criada.
Isso tudo começa com a
criança pequena, desde os 6 meses, quando introduzimos os alimentos para os
bebês, os pais já devem cuidar dos hábitos alimentares. Somente sendo
vigilantes e persistentes, esses adultos conseguirão que seu filho tenha um
hábito alimentar saudável e não ganhe peso em excesso.
Mas e se isso já
aconteceu? Não se desespere, pois existem três soluções…
A primeira é a
reeducação alimentar. Isso vem de casa, e de todos. Não esperem que seus filhos
sejam felizes comendo o que vocês, pais, não comem. A mudança é para todos.
Isso também quer dizer não comprar guloseimas. Não estamos querendo que sua
família faça uma dieta radical. Porém, sabemos que, se tem em casa, ele vai
comer. Então, não compre…
A segunda: exercício
físico é fundamental. Infelizmente, só alterando a alimentação, não teremos uma
resposta total. Então coloque as crianças para brincar… Nada de computador e
outros estímulos ao sedentarismo; isso só piora.
A terceira: reeducação
sobre o horário e a maneira de comer. Sempre sentados à mesa; nada de comer na
frente da TV ou computador; se possível, faça as refeições em horários
específicos. Também não ofereça uma grande refeição à noite ou pouco antes da
criança dormir.
As atitudes para
prevenir ou tratar a obesidade infantil vêm primeiro de casa. Então vamos
começar a mudança e pôr as mãos na massa. Nesse caso, as mãos na salada!"
Mães donas de casa
Como valorizar o
trabalho e elevar a autoestima
Porque é fácil ser
enganado e pensar que os resultados mais importantes são apenas os imediatos
Uma das coisas mais
frustrantes sobre ser uma mãe que fica em casa é que você está inevitavelmente
exausta no final do dia, mas de alguma forma, nada do que você fez parece
explicar isso. Você trocou um monte de fraldas, você cozinhou e lavou roupa.
Você ajudou com o dever de casa, levou as crianças ao parque… isso pode não
parecer tão extraordinário assim.
Se todo esse trabalho
diário doméstico parasse de repente, você pode apostar que as pessoas notariam.
(Você já ficou gripada e ficou olhando alarmada quando a casa inteira ficou um
caos?). O trabalho de uma mãe, quando é feito todos os dias, torna-se
rapidamente invisível, às vezes até para a própria mãe. É difícil lembrar que
isso conta.
Mesmo quando outras
pessoas apreciam o que eu faço, raramente tenho o mesmo reconhecimento para mim
mesma. Meu marido chegará em casa depois de um longo dia na fábrica, e me
agradecerá pelo meu trabalho árduo, mas me sinto boba aceitando a gratidão –
especialmente quando não tenho nada para mostrar, além de que todas as crianças
estão vivas e relativamente secas. À noite, quando sou só eu e meus
pensamentos, digo a mim mesma que não mereço estar tão exausta. Afinal, o que
eu fiz mesmo?
Quando comecei a
queixar de mim mesma, descobri que a melhor cura é me forçar a ser específica
com minhas queixas. “Ok, então, vamos testar essa teoria”, eu penso. “O que
exatamente eu fiz hoje?”
“…Humm” (é difícil
começar a lembrar)… “Eu fiz o café da manhã das crianças, isso conta?”. Então
eu me forço a recordar o dia e anotar tudo o que seria notado se não fosse
feito. Jantamos na mesa como uma família? Alimentei meus filhos e dei à minha
família um tempo especial para se conectarem uns com os outros. Jantares em
família são importantes. Eu finalmente fui à consulta médica? Então eu estou
fazendo o que é necessário para manter o corpo saudável e para proteger o resto
da comunidade da potencial disseminação da doença. Eu li algum livro para meu
filho enquanto o jantar estava no forno? Então mostrei que ele é importante
para mim e que ele vale o meu tempo.
Só porque o seu
trabalho não é visível, não significa que não seja valioso. Fazer minhas listas
de tarefas está me ajudando a lembrar disso. Em vez de me lembrar de todas as
coisas que preciso fazer amanhã, levo um minuto para me lembrar de todas as
coisas que fiz hoje. Qualquer coisa que só é notado quando deixamos de cuidar –
não importa quão pequena ou mais simples que seja – pertence a essa lista. A
ideia é forçar você mesma a reconhecer todo o trabalho muito real que você fez,
tanto mental quanto físico, para se recusar a aceitar que apenas um trabalho
estimulante conta como trabalho.
Lembrar esta verdade
pode fazer uma diferença real para a sua autoestima. A autoestima, afinal de
contas, não é narcisismo. Você não deveria ter estima pelo que é genuinamente
valioso? Bem, você é valiosa. Seu trabalho é valioso. E você deve a você mesma
reconhecer isso.
Fonte: Aleteia
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Assinar:
Postagens (Atom)