Por: Centro de Espiritualidade Josefino Marelliana
Considerando que o nome
José é ainda muito popular em muitos lugares, que muitíssimas Igrejas são
dedicadas a ele no mundo inteiro, que ultrapassa o número de 200 as
Congregações Religiosas que o têm como protetor e que ele é o Patrono Universal
da Igreja Católica, pode-se dizer que São José não é pouco conhecido, mas sim
que é mal conhecido.
Por muitos séculos foi
cômodo representá-lo como um velho de barba branca com o intuito de defender
com isso a Virgindade de Maria, assim como também não faltaram intenções de
mostrá-lo como um viúvo que tinha filhos quando então foi escolhido para ser
esposo de Maria e com ela casou-se, pensando-se, que assim se resolveria o
problema dos irmãos de Jesus, mesmo se muitos se opuseram a estas conclusões
erradas e injustas quanto à sua pessoa.
José de Nazaré é um
homem excepcional que foi escolhido por Deus para ser o esposo da Virgem
Santíssima e para servir o Verbo Encarnado, Jesus Cristo. Ele recebeu uma
tarefa nobre com uma missão específica dentro do plano da salvação da
humanidade e para isso foi enriquecido com uma excepcional dignidade de graças
especiais.
José é um homem
profundamente religioso, que vivenciou um vivo senso de Deus na sua vida
acatando o primado da vontade divina a seu respeito e tudo isto ele demonstrou
quando Deus se dignou entrar em sua casa e com ele conviver, dando prova de uma
profunda humildade e de uma obediência incondicional.
José é uma pessoa
grandemente reflexiva e isto ele o demonstrou desde quando procurava entender a
divina maternidade de Maria, quando vislumbrando viu o Salvador do mundo nascer
na pobreza e ser homenageado pelos pastores e magos, quando o apresentou no
Templo, quando na fuga que com ele e sua esposa fez para o Egito e depois de lá
voltou para a sua pátria. Em suma, ele, como descreve o evangelista Mateus, é
um homem justo, alguém consumado na perfeição.
Devido a importância
deste astro de primeira grandeza, embora ainda bastante escondido, a Igreja ao
longo dos séculos não deixou de honrá-lo, e por isso não precisamos ficar
esperando que 7 a ela apresente novidades sobre ele, como se tivesse mais o que
dizer. Portanto, para nós é importante ressaltar os pontos salientes dos
ensinamentos da Igreja através dos Santos Padres, dos Teólogos e dos devotos
Josefinos e que se encontram disseminados ao longo dos séculos.
O objetivo deste nosso
curso é de tornar São José conhecido para que também ele seja mais amado e
venerado. Felizmente existem uns poucos Centros de Estudos sobre São José em
alguns países, os quais têm procurado ao longo destas últimas décadas
aprofundar e difundir a teologia Josefina, denominada mais precisamente de
Josefologia. Infelizmente a ausência da Josefologia nos currículos dos estudos
de Teologia tem contribuído significativamente para um vazio tanto nas
pregações como na catequese sobre a importância do Guarda do Redentor no
mistério da Redenção.
Ultimamente, mais
precisamente em 15 de agosto de 1989, a Igreja proporcionou-nos reflexões
preciosas sobre este a quem Deus “confiou a guarda dos seus tesouros mais
preciosos, Jesus e Maria”, ao lançar, por ocasião do centenário da publicação
da Carta Encíclica Quamquam Pluries de 15 de agosto de 1889, a Exortação
Apostólica Redemptoris Custos de João Paulo II. Com esta a Igreja manifestou
toda a importância que São José tem, o qual, ao lado de Cristo, Redentor do
homem, e da Mãe do Redentor, recebeu de Deus uma sublime missão, sendo chamado
a servir diretamente o, “mistério escondido desde os séculos em Deus” (Ef 3,9),
quando na plenitude dos tempos ele enviou “o seu Filho, nascido de uma mulher,
para resgatar aqueles que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de
filhos” (Gal 4,4s).
A importância de São
José dentro dos planos de Deus é indiscutível porque foi ele justamente chamado
para ser o Guarda do Redentor participando do mistério de nossa salvação como
nenhuma outra pessoa, com exceção de Maria e sendo justamente com ela envolvido
na realidade deste evento salvífico como depositário do mesmo amor com que o
Pai “nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por Jesus Cristo” (Ef
1,5). Ele participou juntamente com sua esposa da fase culminante da
auto-revelação de Deus em Jesus Cristo tendo sido colocado por primeiro pelo
próprio Deus sobre o caminho de peregrinação da fé, sobre o qual Maria caminhou
de modo perfeito, participando da mesma fé da Mãe de Deus 8 e sendo-lhe consequentemente
o sustentáculo na fé, no evento da divina Anunciação.
Por tudo o que São José
é e representa para a Igreja e para os cristãos, sinto-me contente em poder
partilhar com você, caro internauta, um pouco do muito que se tem, embora não
em língua portuguesa, sobre José que foi aqui na terra o “cooperador do
mistério providencial de Deus”, sendo o pai de Jesus.
Como religioso e
sacerdote membro de uma Congregação que tem como seu Protetor e modelo e tem
além do mais, como um dos aspectos de seu carisma a finalidade de “reproduzir
na vida e no apostolado o mistério cristão como o viveu São José”, e o empenho
de difundir a espiritualidade de São José, espero transmitir um pouco daquilo
que o nosso Centro de Espiritualidade Josefino – Marelliano tem como objetivo
de aos poucos tornar-se para todo o Brasil um verdadeiro centro de irradiação e
difusão da Espiritualidade Josefina.
Seja São José o nosso
guia e mestre nesta diferente e nova empreitada sendo ele, como afirmou o Papa
Paulo VI, “uma luz que difunde os seus raios benéficos para todos nós que a
partir de agora nos pomos a percorrer nesta nova estrada denominada de
Josefologia.
Pe. José Antonio
Bertolin, OSJ
San José le bendiga, me parece que este curso de Josefología va a ser de mucho provecho para nuestra vida cristiana.
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