Por: Vanderlei de Lima
Importantes pontos para
sadia reflexão em um mundo voltado a aventuras, comprovadamente, perigosas
Vez ou outra, algum
pesquisador expõe sua análise sobre falhas encontradas no preservativo
masculino. Desmente, assim, cientificamente, o lema quase inquestionável
segundo o qual a “camisinha” seria 100% segura para barrar o vírus HIV, da
AIDS.
A mais recente que
temos foi publicada por Religión en Libertad, no dia 19 de julho último,
online, com o título Un informe de la Administración francesa cuestiona la eficacia
del preservativo para frenar el VIH.
O referido estudo –
elaborado pelos doutores Gilles Duhamel e Aquilino Morelle – questiona a
eficácia dos preservativos na prevenção da infecção pelo HIV. Demonstra não ser
ele, de modo algum, 100% seguro. Tem eficácia de reduzir para 80% o risco de
contágio nas relações entre homem e mulher e para 70% nos parceiros do sexo
masculinos. Isso faz parte do que o trabalho considera uma “situação epidêmica
grave e preocupante”, na França, com 6000 novas infecções a cada ano e
“concentrada, há mais de 35 anos desde o seu aparecimento, na população de
homens que fazem sexo com outros homens”.
Para o autor da
matéria, “o relatório invalida o discurso dominante em três pontos. Primeiro,
questiona as campanhas de prevenção do HIV com base em um método com
probabilidades de cerca de 20 a 30% de falha. Em segundo lugar, usa as
expressões ‘epidemia’ e ‘pandemia’, termos que fogem a abordagens ideológicas.
Finalmente, lembra que a infecção está ‘concentrada’ na população masculina que
tem relações com pessoas do mesmo sexo”. Daí a pergunta: quem, em sã
consciência, tomaria avião de uma empresa na qual a cada 100 decolagens 20 a 30
acabam em desastre fatal?
Em sentido contrário à
França, temos o pouco divulgado caso da Uganda. Aquele país da África, em vez
de preservativos falhos, optou pela guarda da castidade. Tudo começou quando
Yoweri Museveni, presidente da Uganda, afirmou: “Os médicos me disseram que a
doença não tinha cura, mas fiquei aliviado. A AIDS não é tão contagiosa quanto
a sars ou o ebola. Não se pega no ônibus ou num aperto de mão. A AIDS é uma
doença disseminada, principalmente, pelo sexo desprotegido. Se as pessoas
soubessem disso, poderiam evitá-la. Então, batemos os tambores [costume das
aldeias – nota nossa] e demos o alarme”. A partir daí, uma intensa propaganda
teve início. Dizia: “A AIDS é transmitida por relações sexuais… Você precisa se
proteger… Não vale a pena morrer por sexo”. Além disso, o lema: “Voltinhas
zero. Fique com seu parceiro”.
O resultado eficaz não
tardou vir: na escola, o número de meninos entre 13 e 16 anos que tinha vida
sexual ativa caiu de 61%, em 1994, para 5%, em 2001. As meninas que mantinham
relações sexuais despencou de 24% para 2%, no mesmo período. Mais: em 1995,
apenas cerca de 50% dos casais eram fieis no relacionamento; em 2001, 97% dos
homens e 88% das mulheres eram fiéis. Já o número de homens que admitia manter
casos aventureiros caiu 50% de 1989 a 2001 (cf. Seleções, janeiro de 2004, p.
59-62).
Para o Dr. Leopoldo
Salmaso, infectologista no Hospital de Pádua, Itália, quem vive a castidade
reduz em ao menos 10.000 vezes o risco de contágio pelo HIV, conforme bons
peritos, mas, por razões ideológicas, isso quase não é devidamente divulgado (O
Lutador, 14-20/01/1996, p. 3). Será porque – de modo direto – contraria a
mentalidade reinante e a forte indústria do preservativo amplamente difundido e
– de forma indireta – valoriza a tão combatida castidade?
Pergunta-se, por fim:
afinal, que se entende e como se pratica a castidade? – A castidade é a
regulamentação natural – e sobrenatural, no 6º Mandamento da Lei de Deus (cf.
Êx 20, 14; Dt 5,18; Mc 10,9 etc.) –, do forte instinto sexual humano. Para
solteiros é a abstenção das relações sexuais e para casados é a relação sexual
exercida dentro do matrimônio aberto, com responsabilidade, à geração de
filhos.
Eis importantes pontos
para sadia reflexão em um mundo voltado a aventuras, comprovadamente,
perigosas. Aqui, se tem um assunto no qual a Ciência confirma a tão atacada
Moral Católica defensora da castidade.
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