terça-feira, 28 de maio de 2019

Por que você não deve ficar com raiva quando algo (ou alguém) atrapalha sua oração


Por: Philip Kosloski

WOMAN,HOME,PRAYER

Cada momento de nossa vida deve ser oferecido ao Senhor (até as interrupções das nossas preces)

Tirar um tempo para a oração é, muitas vezes uma tarefa difícil, especialmente para quem é casado e tem filhos. Nestes casos, encontrar 15 ou 30 minutos para a oração pode ser quase impossível.

E mesmo quando conseguimos um tempinho para rezar, pequenas mãos e vozes inevitavelmente o interrompem. Por exemplo: você decidiu que amanhã acordará uma hora mais cedo para passar a manhã lendo um bom livro espiritual ou simplesmente descansando em meditação silenciosa.

Aí você acorda cedo, senta na sua poltrona confortável e abre seu livro. Depois de alguns minutos de felicidade e tranquilidade, o seu filho mais novo acorda, desce os degraus e imediatamente começa a pedir o café da manhã. Já era o seu momento de tranquilidade!

Ou, para dar um exemplo diferente, você pode não ter filhos em casa e todo dia você tira um bom tempo para orar. Na maioria das vezes, você nunca é interrompido. Porém, um dia você se senta e logo depois seu vizinho te telefona para fazer uma pergunta. Você conversa e volta à oração. Depois de alguns minutos, alguém da igreja liga e tem uma pergunta diferente. Alguns minutos depois, a campainha toca e, nesse momento, você atende a porta de uma maneira muito “sem caridade”! Já aconteceu isso com você?

Pois saiba que São Francisco de Sales nos aconselha a não ficarmos nervosos quando somos interrompidos no meio de uma prece. Ele relata uma história milagrosa que aconteceu com São Francisco de Roma, que estava recitando o Ofício de Nossa Senhora e foi interrompido quatro vezes por uma senhora que estava a procura do marido dela na rua para resolver algum problema de casa. São Francisco ficou furioso, mas, resolvido o problema da senhora, ele voltou a rezar e notou que algo estava diferente: os versos estavam escritos em letras douradas.

Sales usa esse exemplo para explicar como “os esforços, de acordo com a vocação de cada um, não diminuem o amor Divino, mas o aumentam, e, por assim dizer, aumentam o trabalho de devoção. O rouxinol não ama menos sua melodia quando ele faz suas pausas do que quando ele canta…”

Embora a oração seja um tempo precioso para promover nosso amor a Deus, devemos também considerar nossas outras obrigações como formas de aumentar nossa união com Ele. Nossa vida inteira é para ser uma oferta a Deus, quer estejamos sozinhos em oração ou ocupados com nossas atividades pela casa.

Enfim, cada momento da nossa vida é um presente. Cabe a nós usarmos esses momentos para glorificarmos a Deus.

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