Patologia está associada ao envelhecimento e prejudica a nitidez das imagens ao reduzir a visão
Cerca de 80% dos brasileiros nunca ouviram falar em degeneração macular relacionada à idade (DMRI), de acordo com pesquisa realizada com mais de quatro mil pessoas em cinco cidades do Brasil pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV).
A doença é a primeira causa de cegueira em pacientes de 65 anos ou mais e afeta entre 25 e 30 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A DMRI está associada ao envelhecimento e prejudica a fixação e a nitidez das imagens, pois reduz gradualmente a visão central dos pacientes. A forma mais agressiva do problema é a DMRI úmida, identificada pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos, extravasando sangue e fluído na mácula, região localizada no centro da retina e responsável pelo foco da visão.
A OMS estima que cerca de três milhões de pessoas no mundo sejam acometidas por essa forma da doença, representando 8,7% de todos os casos de cegueira e 50% dos casos em países industrializados.
Algumas mudanças na dieta podem ajudar a controlar a DMRI. Isso porque existem pigmentos como a luteína e a zeaxantina que reduzem os riscos de piora de algumas doenças.
— Eles estão presentes naturalmente na mácula e também em alimentos como vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes, tais como nectarina, laranja, mamão, pêssego, brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, ervilha, milho e rúcula, brócolis dentre outros, além de verduras de folha verde escura, como couve, espinafre e escarola— diz o oftalmologista Walter Takahashi.
Há também os fatores desencadeantes da DMRI e um deles é a oxidação dos tecidos da retina, que nada mais é do que o envelhecimento dos tecidos.
— Os antioxidantes têm um papel importante na prevenção da doença, seja reduzindo os riscos de piora ou estabilizando a lesão. São substâncias como as vitaminas C e E, o betacaroteno e o zinco, presentes, por exemplo, no óleo de linhaça, azeite de oliva, brócolis, couve e pimentão— acrescenta Takahashi.
Além da dieta, a doença deve ser contida com tratamentos medicamentosos. É o caso da injeção intravítrea que inibe o crescimento de novos vasos sanguíneos, provocando a diminuição de fluído e sangramentos e melhorando, desta forma, a visão de pacientes com DMRI.
— São medicações que reduzem os vasos anormais que se formam na fase úmida. Elas são realizadas por meio de infusões dentro do olho e, em pelo menos 90% dos casos, a visão fica estável ou melhora— explica o médico.
Como qualquer doença, quanto mais cedo é iniciado o tratamento, melhores são os resultados. Entretanto, por se tratar de uma patologia degenerativa, não há cura definitiva. Dessa forma, o paciente deve ser monitorado contìnuamente, a cada 30, 60, 90 dias, dependendo da agressividade da doença.
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