O observador permanente da Santa Sé na Organização
das Nações Unidas falou sobre “crianças e adolescentes migrantes não
acompanhados e direitos humanos” nas
Nações Unidas onde afirmou que a comunidade internacional deve combater esse
“insulto à dignidade humana”.
“Este é um insulto à dignidade humana e toda a
comunidade internacional deve concentrar todos os esforços para responder a
tais sofrimentos e privação de direitos humanos fundamentais consagrados na
Convenção sobre os Direitos da Criança”, afirmou Dom Ivan Jurkovicl.
Em mensagem enviada ontem, 12, à Agência Ecclesia,
Dom Ivan Jurkovic disse que as crianças migrantes que fogem sozinhas “não têm
acesso” a educação e cuidados de saúde e “enfrentam o grande risco de
vulnerabilidade”.
Neste contexto, o arcebispo esloveno denunciou os
traficantes de seres humanos, “predadores sexuais e outras pessoas sem
escrúpulos que desejam causar danos a crianças e adolescentes”.
O observador permanente da Santa Sé na Organização
das Nações Unidas participou num painel de discussão sobre ‘crianças e
adolescentes migrantes não acompanhados e direitos humanos’, na 35.ª Sessão do
Conselho dos Direitos Humanos, dia 9 de junho.
O arcebispo esloveno recordou que na última sessão
do Conselho dos Direitos Humanos a Santa Sé, com a Comissão Internacional de
Migração Católica (ICMC) e a Caritas Internationalis, chamou “a atenção para os
motivos” de existirem tantas crianças migrantes sem proteção dos pais, ou
outros familiares, e como “responder a uma escalada tão dramática”.
“A Santa Sé reitera o seu forte apelo para proteger
a dignidade e os direitos fundamentais de cada pessoa e implementar, sem
reservas, leis, princípios e políticas humanitárias em resposta a pessoas em
movimento, especialmente não acompanhadas”, desenvolveu.
Na 35ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos na
ONU, o observador permanente da Santa Sé assinalou que respeitar as crianças “é
respeitar toda a humanidade”, pelo futuro e “esperança” que são, por isso, “não
devem ser criminalizadas ou sujeitas a medidas punitivas” pela situação que
estão a viver.
“A possibilidade de um autêntico desenvolvimento
humano integral deve ser garantido para todas as crianças”, observou Dom Ivan
Jurkovicl.
O arcebispo esloveno recordou a mensagem do Papa Francisco
para o Dia Mundial de Migrantes e Refugiados 2017, onde o pontífice destacou
“as dificuldades e os perigos enfrentados pelas crianças migrantes” e alertou
que são “invisíveis e sem voz, escondidas dos olhos do mundo”
“Estes nossos pequenos irmãos, especialmente quando
não estão acompanhados, estão expostos a inúmeros perigos. E digo-vos que são
muitos”, afirmou o pontífice argentino, na Praça de São Pedro, a 15 janeiro.
O observador permanente da Santa Sé na ONU disse
ainda que as crianças migrantes não acompanhadas “são a evidência dramática de
desigualdades” e questionou como se pode garantir a sua proteção e
desenvolvimento.
Por Canção Nova, com Agência Ecclesia
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