quinta-feira, 23 de março de 2017

CAPITULO I - A PARTIR DE JESUS CRISTO - 2 IGREJA: LUGAR DO ENCONTRO COM JESUS CRISTO


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É na comunidade eclesial que o discípulo missionário, ao contemplar Jesus Cristo, descobre o Verbo que arma sua tenda entre nós, o Filho único do pai, cheio de amor e fidelidade( jo1,14); aquele que, sendo de condição divina, não se fecha em si mesmo, mas se esvaziar até a morte de cruz (Fl2,5ss) e não tem sequer onde reclinar a cabeça ( Mt 8,20). Ele está sempre a caminho para anunciar o Reino, a graça, a justiça e a reconciliação (Lc 4,43). Ele se preocupa com as ovelhas que não fazem parte do rebanho ( Jo 10,16), mesmo que seja uma única ovelha perdida, sofrida ( Lc 15,4-7), para reanima-las diante da dor e da desesperança ( Lc 24,13-335). Deus se comunicar conosco por meio de sua palavra que é Jesus Cristo, verbo feito carne. É este mesmo jesus que virá, um dia, em sua gloria, para julgar os vivos e os mortos ( Mt 25, 31-46).

0 encontro com Jesus  enche a vida de alegria, convida à conversão e ao discipulado missionário.  ‘No inicio do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma pessoa que dá á vida um novo horizonte e, desta forma. O rumo decisivo”. Por sua vez, este encontro é mediado pela ação da igreja, que se concretiza em cada tempo e lugar, de acordo com o jeito de ser de cada povo, de cada cultura. 

A descoberto o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, dom salvífico para toda humanidade, não acontece sem a meditação dos outro (Rm 10,14). Aqui está a fonte da ação evangelizadora. Porque, se alguém acolheu este amor que devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de comunicar aos outros?”. 

A primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, a experiência de sermos salvos por Ele, que nos impele a ama-lo cada vez mais”. A fé, que nasce do encontro pessoal com Cristo, exige a decisão de está com o Senhor, para viver com Ele.  E este estar Ele introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita”. Devido ao respeito pelo interlocutor e pela liberdade que o alto de fé exige, é que este diálogo fé e razão é necessário. Ele se faz ainda mais urgente no contexto da nova evangelização, desafio por “sentimentalismos efêmeros e emocionalismo insaciável”.


Documentos da CNBB 102 

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