José, conforme nos
ensinam os relatos da infância de Jesus, era
carpinteiro. Herdou essa
profissão do pai, pois era
costume o pai transmitir a profissão ao filho. Portanto, desde a adolescência
ele pertencia à categoria dos artesãos.
Analisando os costumes da época, podemos inferir com toda probabilidade que
José era dono de uma oficina, portanto muito mais que um simples carpinteiro.
Não fabricava somente móveis, portas e janelas, como nos vem à mente que pensamos nos afazeres de um carpinteiro, mas a sua profissão era muito ampla, abrangendo outras aptidões, segundo as necessidades da pequena Nazaré, onde morava e que com certeza, não oferecia possibilidades de mão-de-obra especializada. José não foi carpinteiro em Jerusalém, ou em Tiberíades, Jerico ou Cafarnaum, onde viviam a aristocracia e a burguesia, e onde poderia ter executado com maior satisfação trabalhos mais refinados e móveis de luxo. Ao contrário exerceu a sua dura e obscura profissão em um lugarejo perdido nas montanhas, fora de mão, em um lugar de lavradores rústicos, com casas pobres e muito simples. Assim, teve que se adaptar produzindo objetos rústicos e com técnica atrasada.
Não fabricava somente móveis, portas e janelas, como nos vem à mente que pensamos nos afazeres de um carpinteiro, mas a sua profissão era muito ampla, abrangendo outras aptidões, segundo as necessidades da pequena Nazaré, onde morava e que com certeza, não oferecia possibilidades de mão-de-obra especializada. José não foi carpinteiro em Jerusalém, ou em Tiberíades, Jerico ou Cafarnaum, onde viviam a aristocracia e a burguesia, e onde poderia ter executado com maior satisfação trabalhos mais refinados e móveis de luxo. Ao contrário exerceu a sua dura e obscura profissão em um lugarejo perdido nas montanhas, fora de mão, em um lugar de lavradores rústicos, com casas pobres e muito simples. Assim, teve que se adaptar produzindo objetos rústicos e com técnica atrasada.
Sendo um artesão, um
artífice que, além de trabalhar com madeira e ferro, também se adaptava às necessidades dos
nazarenos, era uma pessoa muito conhecida, de confiança e benquisto pelos
habitantes de sua pequena cidade. Podemos supor que executava a maior parte de
seu trabalho num canto da sua humilde
casa.
Naturalmente a sua profissão
facilitava o contato com muitas pessoas, inclusive de fora de Nazaré e das
regiões circunvizinhas. Neste sentido, não é lógico afirmar que José tenha
vivido toda a sua vida confinado no seu pequeno mundo de trabalho. Podemos dizer que conhecia o seu
país e a forma variada do seu trabalho facilitava a sua presença nas casas
cujos moradores solicitavam os seus préstimos, assim como o contato com pessoas
de outras regiões, de onde provinham, sem dúvida, materiais
para o seu trabalho.
O dia de um hebreu começava bem cedo com o
trabalho, mas já às 09:00 horas, José, fiel à tradição do seu povo, interrompia
as atividades para recitar a oração prescrita pela lei. Ali mesmo, no recanto
da sua oficina, em pé, voltado para o
Templo de Jerusalém e com as mãos erguidas para o céu, rezava esta oração: "Escuta Israel: O Senhor é o nosso Deus, o Senhor é um só. Amarás o senhor teu Deus
com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças..."
Após cumprir essa
obrigação religiosa, retornava ao serviço: afinal, era com o suor do seu rosto,
com a força de seus músculos e com os calos de suas mãos que tirava o sustento
para si e para a sua família.
Ao meio-dia havia outra
interrupção no trabalho e, de novo,
outro momento de oração, na qual rezava
lembrando a obediência aos mandamentos
divinos, o amor exclusivo do
coração e da alma ao Senhor. Deus e a promessa das bênçãos divinas. Depois dessa oração, a
primeira parte da jornada de trabalho estava
terminada.
Fazia-se então a
refeição. Após um breve descanso,
voltava-se à atividade normalmente, mas às 15h00 estava previsto um outro
intervalo para o terceiro momento de
oração do dia. E aqui mais uma vez José, como de resto o bom israelita, elevava
seus pensamentos a Deus, recordando as proezas da saída do Egito, na qual Javé
colocou- se como o Deus do seu povo. Portanto, competia ao povo lembrar e pôr em prática todos os
mandamentos. Feito esse momento de oração, retomava-se novamente o
trabalho, até o fim da jornada.
Assim, aquele pequeno
recanto da casa pobre de Nazaré foi o palco que
acolheu por muitos anos as três personagens mais importantes que viveram
na terra: Jesus, Maria e José. Seus dias transcorriam calmamente. Nada ali
se manifestava grandioso, portentoso ou extraordinário.
José, imperturbável ao barulho da serra e do martelo, procurava dias após dia cadenciar
tudo com suas orações e meditações. Animado
por esse espírito, todos os seus trabalhos assumiam um significado profundo
e imenso diante de Deus. Afinal, era ali, de
maneira escondida, que se
processava um grande mistério: um artesão pobre ensinava ao próprio Filho de Deus uma profissão e este lhe obedecia colocando em
prática todos os seus ensinamentos.
Na verdade, José se
apresenta como um homem completo para o
seu tempo. Era seguro de si, possuía todos os requisitos de um homem instruído
para a sua época, embora não fosse um homem de cátedra, mas um homem
prático, capaz de tomar decisões
coerentes e pertinentes à sua missão. Esse artesão desconhecido foi,
efetivamente, um gigante de espírito. Descendente da tribo de Judá e da antiga dinastia da família do rei Davi, teve Nazaré da Galiléia como sua morada e a
carpintaria como local de trabalho. Eis uma breve síntese deste leigo que viveu
na Palestina no tempo do dominador Herodes, em que César Augusto e Tibério
imperavam com todo esplendor.
Esta personagem saiu
naturalmente da simplicidade e com a sua escolha sublime por parte de Deus, tornou-se o elo fundamental de
ligação com a genealogia messiânica, particularmente pela aceitação imediata
dos desígnios de Deus a seu respeito e da disposição de cumpri-los. Sua
característica foi justamente o devotamente total de sua vida ao serviço da
encarnação e da missão redentora do Filho de Deus, missão única e grandiosa.
Por isso, foi enriquecido abundantemente com dons especiais por parte de Deus,
e sua vida, iluminada por uma luz divina.
Até o presente momento
procuramos projetar, ainda que palidamente, o
contexto sócio-cultural-religioso do tempo em que São José viveu.
Toca-nos agora concentrar nossas atenções mais na pessoa e no ministério que o nosso ilustre santo
personagem desenvolveu no cumprimento fiel da sua vocação ao lado de Jesus e de
Maria, sua esposa. Tenho consciência da limitação desta abordagem, visto que
não se trata de uma análise profunda e pormenorizada sobretudo da parte
teológica do nosso assunto em questão, porém procurei espelhar-me o mais
genuinamente possível no que de melhor existe neste assunto.
Questões para o
aprofundamento pessoal
1. O que significa a profissão de José?
2. Como era geralmente dividida a jornada de
José?
Postado por Centro de
Espiritualidade Josefino Marelliana
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