O bebê baleado na barriga da mãe, na Baixada
Fluminense, ainda pode recuperar o movimento das pernas, segundo um
neurologista.
As consequências da violência na vida do Arthur
ainda são um mistério para os médicos. O bebê foi retirado às pressas da
barriga da mãe depois de ser atingido por uma bala perdida. O tiro atravessou o
tórax do menino, perfurou uma das orelhas e a coluna.
O neurologista Eduardo França, da Secretaria de
Saúde de Caxias, não acompanha o bebê, mas viu as radiografias e acredita que
se Arthur conseguir superar o estado crítico de saúde, a paralisia nas pernas
pode ser revertida.
Arthur continua internado no hospital em Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense, em estado muito grave, mas estável. Ele respira
com a ajuda de aparelhos.
Na segunda-feira (03), o bebê foi levado ao
Instituto do Cérebro, no centro do Rio, onde fez uma ressonância magnética na
cabeça e na coluna. Os médicos ainda aguardam o resultado do exame.
A mãe, Claudineia dos Santos, se recupera bem e está
internada em outro hospital da cidade. Ela já sabe que o filho também foi
atingido pela bala e que o tiro provocou lesões sérias nele.
A polícia ouviu seis PMs que participavam da
operação no dia em que mãe e o filho ficaram feridos. Todos negaram ter feito
disparos. Os investigadores suspeitam que o tiro tenha partido de traficantes.
O pai do menino também prestou depoimento. Ele tem
esperança na recuperação do filho. “Nos últimos dias eu estava bem mais
abatido, agora estou bem melhor porque ele está respirando melhor, está dando
uma expectativa de vida bem razoável, bem esperançosa”, diz Klebson da Silva.
Por G1
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