sexta-feira, 27 de outubro de 2017

TUDO QUE UM CATÓLICO PRECISA SABER SOBRE A SANTA MISSA

Eu estava perdido. Mas Jesus Sacramentado me socorreu e me devolveu a vida


Claudio de Castro


“Se não dobrarmos os joelhos diante do Senhor no Santíssimo, não conseguiremos ir para a frente”

Nove horas da manhã. Soam os sinos da igreja de São José, na Costa Rica. Chega o carro que leva o corpo de um humilde costa-riquenho. O sacerdote e os fiéis que conviveram com ele durante 33 anos, esperam pelo velório e para rezar por ele. Dobram os sinos. Uma grande alma entra no céu.

Mas quem é essa pessoa, a quem se rendem honras?

É o mais simples que você possa imaginar. Eu o conheci em uma das minhas viagens à Costa Rica. Fui para rever a família e para passar um tempo com meu irmão Frank e sua esposa Susana, que vivem lá.

Minha cunhada tinha falado sobre o senhor Paulino Villalobos, um velhinho humilde e bom, que ajudava em sua paróquia e tinha um amor extraordinário por Jesus Eucarístico. Queria que eu o conhecesse.

Naquele sábado, fomos muito cedo à Missa da tarde.

Notei um senhor ajoelhado, com grande devoção diante do sacrário. Ele se levantou, arrumou as flores com um carinho que me comovia. Fiquei um momento com Jesus, em oração, e logo fui à sacristia.

Minha cunhada sussurrou: “Este é senhor Paulino…”

Susana, então, aproximou-se dele e o trouxe até onde eu estava. Ele me cumprimentou cordialmente e nós sentamos para conversar. Logo, o senhor me mostrou Jesus no sacrário e disse: “Ele é meu amigo”.

 “Um grande amigo, né senhor Paulino?”, respondi.

 “O melhor, senhor Claudio. Eu vivi no pecado durante muitos anos. Não conseguia sair dos vícios. Estava perdido. E, um dia, Ele me tirou. Restaurou minha vida. Deu sentido a tudo. Fez-me feliz. Por isso, em agradecimento, aqui estou eu, servindo-o com o pouco que eu posso, fazendo-lhe companhia, dedicando minha vida a ele há mais de 30 anos”.

Conversamos por quase 20 minutos. As palavras dele me emocionavam. Eram as de um indiscutível apaixonado por Jesus Sacramentado. Um desconhecido para o mundo, mas alguém muito especial para Jesus e Maria.

Eu não estou na Costa Rica. Mas quero honrar sua vida, transcrevendo uma entrevista que ele deu recentemente:

 “Eu sempre digo uma coisa muito importante para as pessoas. As visitas ao Santíssimo me ajudaram nestes 33 anos, depois que entrei no caminho do Senhor. Porque, quando alguém entra no caminho do Senhor, traz muitos costumes do mundo. E, se não dobrarmos os joelhos diante do Senhor no Santíssimo, não conseguiremos ir para a frente, como eu fui.

Tenho 33 anos de proximidade com o Senhor e nunca caí novamente no abismo, pois Ele sempre me socorre.

É muito importante receber o corpo e o sangue de Nosso Senhor Jesus. Oxalá todos pudessem receber todos os dias, como eu recebia.

O que Ele mudou na minha vida? Como evitei cair no vício que me consumiu? Este é o secreto: estive em comunhão com Ele sempre e sempre em oração”.

“Não sacia a fome quem lambe pão pintado”, texto de Mario Sergio Cortella


Revista Pazes


Há pessoas que se contentam com as aparências: a ostentação da propriedade, a consumolatria, o desespero para ser proprietário de coisas, de exibi-las, de viver algo que aparenta, mas que, de fato, não se é

“Quando se educa alguém ou se é educado por alguém, é preciso cautela para não nos contentarmos com as aparências, isto é, com a superficialidade. Vivemos hoje num mundo marcado pela velocidade em várias situações e, em outras, por uma mera pressa. Uma vida apressada nos leva em vários momentos a ter formações apressadas, reflexões apressadas, ideias apressadas, e isso carrega um nível de superficialidade muito grande.

Há várias pessoas que se contentam com as aparências. Aparência em relação à própria imagem e aparência com relação àquilo que ostentam – a ostentação da propriedade, a consumolatria, o desespero para ser proprietário de coisas, de exibi-las, de viver algo que aparenta, mas que, de fato, não se é.

O pensador do século V, Agostinho – muitos o chamam de Santo Agostinho, um dos maiores filósofos e teólogos da história -, proferiu a seguinte frase: “Não sacia a fome quem lambe pão pintado”. Para se matar a fome não basta lamber a figura de um pão, é preciso ir até ele.

E quantos hoje não se contentam com um mundo superficial em que se procura saciedade a partir daquilo que é mera imagem, mera representação, apenas uma simulação do que seria a realidade?

A educação tem que nos tirar dessa superficialidade.”

terça-feira, 24 de outubro de 2017

“SEM CRUZ NÃO HÁ CÉU”


Imagem relacionada

É o que Jesus falou a Santa Rosa de Lima, conforme ela mesmo escreve, transcrito da segunda leitura do Ofício das Leituras de sua festa. O Trecho diz isto:

O Senhor Salvador levantou a voz e com incomparável majestade me disse:

“Saibam todos que depois da tribulação se seguirá a graça; reconheçam que sem o peso das aflições não se pode chegar ao cimo da graça. Entendam que a medida dos carismas aumenta em proporção da intensificação dos trabalhos. Acautelem-se os homens contra o erro e o engano; é esta a única verdadeira escada do paraíso e, sem a cruz, não há caminho que leve ao céu”.

E a santa conclui: “Quem dera que os mortais conhecessem o valor da graça divina, como é bela, nobre, preciosa; quantas riquezas esconde em si,, quantos tesouros, quanto júbilo e delícia!”

Após que não acreditam que Jesus tenha dito isso à santa, eu respondo com Mateus 10,38-39: “Aquele que não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Aqujele que acha (obtém, ganha, alcança) sua vida, a perderá, mas quem perde a sua vida por causa de mim, a achará.”

Ou você duvida também das Escrituras?




O que não dizer para uma pessoa com câncer


Canção Nova


Ninguém nasce forte para sofrer. Mas escolhe não se enfraquecer diante do câncer, pois escolhe a vida

O que não dizer para uma pessoa com câncer? “ Cabelo é o de menos!”, “O que você sentiu mesmo? Acho que estou sentindo o mesmo. Morro de medo de ter o que você tem!”, “Deus sabe o que faz. Eu não suportaria, é porque você é forte!”, “Deus dá o frio conforme o cobertor!”.

Essas frases não tem nada de consoladoras! Portanto, se uma pessoa que você conhece descobrir que tem câncer, por favor, tire essas palavras da sua lista quando for conversar com ela. Especialmente, se for uma mulher.

Começo falando da frase sobre o cabelo. Sinto muito, mas cabelo não é o de menos! Para a mulher, muito mais do que apenas estética, o cabelo representa boa parte da identidade feminina, e algumas trazem uma história com suas madeixas; então, perdê-las, de um dia para o outro, não é tarefa simples, mas não é impossível também.

Resolvi disfarçar

Lembro-me de quando soube que ia passar pela quimioterapia e fiquei pensando o que faria com meus cabelos. Na época, ele estava no meio das costas e aloirados, como eu tanto gostava! Meu esposo levou-me ao salão e, delicadamente, convenceu-me de que eu ficaria linda com um cabelo mais curto. Foi uma experiência estranha, mas, ao fim, senti-me bem. Porém, aquele corte duraria pouco. A quimioterapia logo começaria.

Ganhei da minha mãe uma peruca moderna, daquelas que colam na cabeça e imitam couro cabeludo. Com ela, eu passaria pela multidão e me livraria dos olhares de piedade do tipo: “Pobre moça, tão jovem e com câncer!”. Resolvi me “disfarçar”.

Um dia antes da primeira sessão, raspei a cabeça para colocar a peruca depois. Foi divertido ver a cara de espanto do meu marido, olhando-me careca. Aí falei: “O que foi? Nunca viu?”. Pergunta óbvia! E ele (para meu total espanto) falou: “Agora, tenho certeza de uma coisa: você é realmente linda, porque, mesmo careca, você fica bonita. Como pode?”. Achei tão engraçado aquilo! Ele era mesmo apaixonado por mim! E eu fiquei ainda mais por ele.

O que dizer nessa hora?

Estou contando tudo isso para lhe dizer que não é tarefa simples para uma mulher perder os cabelos, eles não são “o de menos”. Por isso, sugiro que você, ao presenciar alguém perder os cabelos, especialmente uma mulher, lembre-se de que só ela sabe o que isso significa para ela.

Frases do tipo “Como você quer que eu a ajude se sentir melhor?” ou “O que você acredita que vai combinar com você? Uma peruca ou um lenço? Quer experimentar antes?”, podem fazer mais efeito. Se não souber o que falar, o silêncio não é sinônimo de vazio, ele pode falar mais do que palavras.

As demais frases que citei acima se referem, naturalmente, ao fato de que, quando uma pessoa passa por um câncer, ela se torna um “para-raio” de informações sobre a doença. As pessoas têm medo de ter o que você teve e algumas querem, com uma ideia hipotética de controlar a própria vida, saber detalhes do que aconteceu para prevenir a doença em si mesmo. Até certo ponto, isso é bom, e eu mesma tenho a alegria de ajudar e alertar as mulheres. O ruim é sempre o exagero, quando olham para você e fazem o sinal da cruz, com medo.

Elas se esquecem de que o sofrimento é inerente ao ser humano, e que, no dia anterior ao meu diagnóstico, eu também lia nas revistas as histórias de mulheres com câncer e, igualmente, não imaginava que um dia seria um delas. Creio que falta para alguns mais naturalidade à percepção de que somos mortais.

A escolha diante do sofrimento

Dizer “Eu não suportaria, é por que você é forte” é uma verdadeira falácia! Ninguém gosta de sofrer e ninguém se programa para isso, mas, quando o sofrimento bate à nossa porta, temos de fazer uma escolha: deixamos que ele defina quem somos, esmagando-nos e nos vitimando ou decidimos que ele só reforçará o que temos de melhor, e aproveitaremos a vida após essa experiência de uma maneira muito mais sábia e interessante. Então, ninguém nasce forte para sofrer, mas escolhe não se enfraquecer diante das dores, porque escolhe a vida.

Lembro-me de que as frases que mais me faziam bem eram: “Comunguei por você hoje na Missa!” ou “Lá em casa, um mistério do Terço é em sua intenção”. Nossa! Ouvir isso era como um bálsamo. Primeiro, porque a força da oração é capaz de nos sustentar em situações humanamente impossíveis de suportar; segundo, porque saber que alguém se lembrou de nós numa oração, mesmo com tantas outras intenções em sua vida, é prova de que, realmente, ela se importa conosco, e isso faz com que nos sintamos amadas; e o amor cura.

O sofrimento assusta a todos nós

Apesar de ter citado essas frases, entendo perfeitamente que o sofrimento assusta a todos nós. Quantas vezes, diante de uma pessoa que sofria, fiquei sem palavras e até falei besteiras! Então, ouvi frases felizes e infelizes durante meu tratamento, mas não trago nenhum rancor, porque olhei para mim mesma e vi o quanto sou despreparada para lidar com o sofrimento alheio. Assim, não tenho o direito de exigir de ninguém as melhores palavras. Hoje, quando lembro de algumas situações, até me divirto e tento me rever quando me aproximo de algum sofredor. Mas, de qualquer forma, fica a partilha da minha experiência.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Arrebentada em 200 pedaços: a impactante experiência da restauradora da imagem de Aparecida


A12 / Redação da Aleteia


Em maio de 1978, um histórico atentado despedaçou a imagem original de barro em pedacinhos que chegavam a ter milímetros de tamanho

A imagem de Nossa Senhora Aparecida é venerada por milhões de brasileiros, mas também é agredida por algumas dezenas raivosas – inclusive materialmente.

Desde manifestações hipocritamente autodenominadas “artísticas” até gestos aberrantemente violentos como chutes e despedaçamentos propositais, passando por provocações e declarações debochadas, a imagem que representa a Mãe de Jesus é alvo frequente de ódios e intolerâncias.

Mas o grande atentado histórico perpetrado contra a imagem de Nossa Senhora Aparecida atingiu nada menos que a estátua original: em maio de 1978, na Basílica antiga de Aparecida, ela foi arrebentada pelo agressor em mais de 200 pedaços, alguns deles milimétricos.

Este símbolo mariano de valor inestimável para os católicos brasileiros precisou passar por um delicadíssimo e surpreendente processo de restauração confiado à artista plástica Maria Helena Chartoni.


Nesta entrevista à TV Aparecida, ela conta a sua impactante experiência tanto de profissionalismo quanto de espiritualidade, derivada do privilégio de restaurar a mais importante representação material de Nossa Senhora em nosso país.


domingo, 22 de outubro de 2017

Cuidado com quem se sente mais santo do que é…



Escola do Carmelo



Mais vale um bom ladrão que se converte na última hora do que um falso "santo" que não quer acolher os pecadores

Uma reflexão importantíssima, em apenas 5 minutos, com o frei carmelita Claudiano:

Se cada um tem seu anjo para cuidá-lo, terá também um diabinho para atormentá-lo?


Philip Kosloski


Seria verdade que Satanás indica um “diabo pessoal” para cada um de nós?

O popular escritor cristão C. S. Lewis escreveu em 1942 o fascinante livro The Screwtape Letters – que, em português, foi traduzido com vários títulos alternativos: “As Cartas do Coisa-Ruim”, “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz”, “Cartas do Inferno” (os três no Brasil) e “Vorazmente Teu” (em Portugal). Saiba mais sobre essa obra imperdível neste outro artigo.

Trata-se de uma sátira religiosa escrita do ponto de vista de um “diabo velho” que dá aulas sobre como tentar os seres humanos. O aluno é seu sobrinho, um diabo “iniciante”.

Mas será que, assim como Deus atribui um anjo da guarda a cada pessoa, também Satanás indica um “demônio particular” para cada um de nós?

O Catecismo da Igreja Católica explica que Satanás não esteve sozinho na sua rebelião contra Deus. O número 414 explica que Satanás e os outros demônios são anjos caídos que, com plena consciência e liberdade, se recusaram a servir a Deus e ao Seu plano. A escolha deles contra Deus é definitiva, justamente porque, sendo anjos, tinham total conhecimento do que estavam fazendo. O diabo e seus anjos caídos, além disso, tentam constantemente associar o homem à sua revolta contra Deus.

A queda de Satanás é mencionada no livro do Apocalipse. São João escreve que “ele foi lançado à terra e seus anjos foram derrubados com ele” (cf. 12, 9).

Fora isso, muito pouco é conhecido de modo definitivo sobre o diabo. É uma verdade de fé que uma horda de anjos se rebelou contra Deus, mas o número desses demônios é desconhecido. Também não se sabe se o diabo atribui “demônios particulares” a cada ser humano.

Com base bíblica, sabemos que muitos demônios estão tentando ativamente nos afastar de Deus. O Evangelho de Marcos nos conta que Jesus exorcizou um homem possuído por uma “legião” de demônios (cf. 5, 9). No tempo de Jesus, uma legião romana era formada por 3.000 a 5.000 soldados, o que significa que, se tomarmos o termo ao pé da letra em seu sentido militar, pelo menos 3.000 demônios estavam atormentando um único indivíduo!

Jesus também expulsou sete demônios de Maria Madalena, conforme foi brevemente mencionado pelo mesmo São Marcos (cf. 16, 9).

Parece ser da natureza do mal, então, cercar a sua presa como uma alcateia.

A boa notícia é que Deus é mais poderoso que qualquer legião de demônios.

Jesus deu a entender que há um grande número de anjos bons a seu comando quando declarou que bastaria pedir ao Pai para que Ele enviasse imediatamente “mais de doze legiões de anjos” (cf. Mateus 26, 53). É claro que os números, na tradição judaica e em toda a Sagrada Escritura, são metafóricos, mas, se de novo tomarmos o termo “legião” literalmente, Jesus está dizendo que o Pai pode enviar 60 mil anjos para ajudá-lo!

Além de contarmos sempre com o nosso anjo da guarda ao nosso lado, Deus pode nos enviar quantos anjos quiser se assim pedirmos em nossos momentos de necessidade.

Portanto, ainda que algum demônio tenha sido “designado” por Satanás para nos tentar e atormentar, não temos motivo para temer se vivemos em estreita união com Deus.


São Paulo resumiu muito bem na sua carta aos romanos: “Se Deus é para nós, quem será contra nós?” (8, 31).

sábado, 21 de outubro de 2017

Conselhos de Santa Teresinha para você aprender a lidar com pessoas antipáticas


Michael Rennier


Ela também não foi uma pessoa fácil, mas aprendeu a dominar a arte da empatia

Santa Teresa de Lisieux era conhecida como uma mulher tranquila e modesta. E com ela aprendemos que não dá para apelidar de “pequena flor” alguém que propaga insultos no Twitter ou que publica críticas contras os outros.

Santa Teresinha desenvolveu a habilidade de lidar com gente desagradável com tanta doçura que essas pessoas antipáticas pensavam, erroneamente, que ela tinha um carinho especial por elas.

Todos temos pessoas chatas a nossa volta, não é mesmo? Às vezes não nos damos bem com elas, já que elas dão a impressão de que só existem para nos aborrecer.

Essas pessoas que nos fazem bufar estão sempre na mesma festa em que estamos. Assim, tentamos evitar qualquer contato visual quando cruzamos com elas e logo pegamos o telefone para fingir que estamos checando mensagens importantíssimas. Vai dizer que você nunca fez isso?

Porém, não conseguimos escapar completamente delas, porque, como mostra a experiência de Santa Teresa, elas estão por todas as partes, inclusive nos conventos. Santa Teresa dominou rapidamente a arte de tratar com pessoas difíceis e aprendeu a mostrar empatia por elas. Talvez porque a própria Teresinha tenha sido uma pessoa difícil em sua juventude.

Ao contrário do que muitos pensam, Santa Teresa de Lisieux nasceu com um temperamento violento. De acordo com a mãe dela, a menina fazia birras terríveis quando as coisas não saíam do jeito dela e se jogava no chão como uma desesperada, pensando que tudo estava perdido. “Havia momentos em que a birra era mais forte e ela perdia a respiração”, dizia a mãe.

Santa Teresa também diz em sua biografia que, se não tivesse tido pais tão bons, que a ajudaram a remediar esse defeito de caráter, ela poderia – facilmente – “ter saído muito má”.

Quando entrou para a vida religiosa, ela escreveu: “tudo neste convento me agradou”. Mas, rapidamente aprendeu que precisava melhorar seu comportamento antipático e que o mesmo acontecia com as mulheres com quem convivia.

Ela, inclusive, teve problemas com uma de suas superioras, que era severa com ela. “Não podia cruzar com ela sem ter que beijar o chão”, conta Teresa, que afirma que o simples fato de fazer a limpeza do chão se transformava em motivo para ser humilhada. “Recordo que, certa vez, havia deixado uma teia de aranha no claustro e ela me disse diante da comunidade: ‘Pensei que o claustro tivesse sido varrido por uma menina de 15 anos’”.

Essa humilhação foi só uma de uma série de acusações de preguiça. A superiora frequentemente reclamava: “Esta menina não faz absolutamente nada”. Entretanto, Teresa teve que aprender a conviver com a superiora, pois, para o bem ou para o mal, elas passaram a maior parte do tempo juntas. Mas a situação só piorava e, com o tempo, Teresa percebeu que tinha que aprender a lidar com pessoas antipáticas. E deixou conselhos para quem também tem que enfrentar este tipo de desafio.

Busque seu valor autêntico

As pessoas antipáticas são incansavelmente negativas. Elas encontram sempre algo de que não gostam e, certo ou não, concentram-se sempre nisso.  A madre superiora, por exemplo, havia decretado que Teresa era preguiçosa e lembrava disso a toda hora. Teresa resolveu esse problema, deixando de dar importância ao que sua detratora pensava e buscando seu verdadeiro valor interior.

Ela decidiu fazer seu trabalho silenciosamente e sem chamar a atenção, visando satisfazer sua própria estima e honrar a Deus. Na realidade, ela sempre dava o crédito de seu trabalho a outras pessoas, poi sabia que isso as deixaria alegres. Quando ela parou de se preocupar com o fato da superiora apreciar ou não o seu trabalho, ela conseguiu se liberar da negatividade.

Não desperdice energias em vão

Com isso, Teresa não quer dizer que devemos ser indolentes, mas que quando nos acusam ou nos julgam erroneamente, não devemos entrar nessa guerra. Quando a superiora a acusava de preguiçosa, Teresa podia ter contestado e começado uma disputa verbal. Mas sabia que não adiantar nada.

Por exemplo, conta a história que apareceu um vaso quebrado no convento e que a madre acusou Teresa de não ter recolhido os pedaços. Ela entendeu que não importava quem havia quebrado o vaso e que não valia a pena o esforço para provar sua inocência. Assim, como ninguém assumiu a culpa, Teresa recolheu os cacos. Com o tempo, as ações dizem mais do que as palavras.

Aperfeiçoe sua capacidade de amar

É fácil amar sua família e seus amigos, mas é difícil amar uma pessoa que parece não ter capacidade de redenção. Teresa fala de uma freira de quem sentia aversão natural, e de como entendeu que o amor é uma atitude, não um sentimento, já que essa freira a ensinou a amar melhor.

“Eu tratava de prestar-lhe todos os serviços que eu podia. Quando sentia a tentação de contestá-la de maneira desagradável, limitava-me a me dirigir a ela da maneira mais encantadora possível: com meu sorriso”, disse Teresa. Depois de certo tempo, ela confessou que seus sentimentos começaram a mudar de verdade.

Definitivamente, uma pessoa difícil só pode nos prejudicar se nós permitirmos. Como Teresa demonstrou, sempre há uma alternativa. Talvez seja difícil ou até pareça impossível. Mas esse exemplo nos revela que até a pessoa mais antipática do mundo pode transformar-se em santa.

3 coisas que você nunca deve dizer a alguém que está sofrendo

Nicole Poole



Pare de pedir às pessoas que estão de luto que “apenas rezem”... há algo mais útil que você pode fazer

Meu professor do primário disse uma vez: “A vida é difícil, mas é justa”. Sempre senti que sua afirmação era imprecisa. Quem diria ao menino de 7 anos que está morrendo de fome: “É justo que outras pessoas tenham comida, mas você não?”. Não entendia como a vida era justa. Mas, de certa forma, é. Todos experimentamos dificuldades. Embora não seja a fome ou paralisia, a maioria de nós sofrerá um evento que irá alterar a vida – e todos nós acabaremos experimentando a morte.

Depois de perder minha mãe em abril passado e meu trabalho uma semana depois, estou aprendendo que a justiça da vida não me ignorou. Enquanto eu vejo como Cristo é amável, colocando-me em uma igreja solidária e me proporcionando oportunidades, eu ainda devo aguentar provações e tribulações assim como o resto do mundo. E, às vezes, isso é muito ruim. No entanto, não importa quão comum sejam as queixas da vida, todos nós nos esforçamos para encontrar as palavras certas para dizer a alguém que está passando por alguma dificuldade ou crise.

Ao lidar com a morte de minha mãe e a perda do emprego, eu ouvi declarações aparentemente bem-intencionadas querendo dizer: “As coisas vão melhorar”. Embora eu não seja uma especialista em tristeza, exponho aqui três afirmações que devemos considerar evitar ao falar com alguém que está sofrendo…

1.“Você vai superar isso”

Esta é a pior declaração que eu ouvi durante o meu tempo de luto. Realmente superamos a perda de uma mãe? Ou talvez a questão seja, devemos superar essa perda? A morte é inevitável neste mundo, mas isso justifica o sentimento de desprezo?

A morte, mesmo quando esperada, representa a perda de um relacionamento. Essa perda muda você. A morte de um pai é esmagadoramente permanente. Quando crianças, muitos de nós ouvimos o ditado: “Se você não tem nada de bom para dizer, não diga nada”. Esta frase resume como devemos nos aproximar de uma pessoa que está sofrendo. Quando alguém experimenta a perda, dói e queremos oferecer conforto, mas, às vezes, o silêncio é a resposta, especialmente quando o que dizemos não transmite o sentimento que desejamos expressar.

2.“Apenas reze”

Não lembro quantas vezes eu ouvi essa frase. Toda vez que ouço isso, penso em duas coisas. Primeiro, o consolador está sugerindo que, se eu rezar, tudo ficará bem instantaneamente. A oração é poderosa. É o ato mais poderoso da caminhada cristã, mas nem sempre é instantânea, e exige resistência e paciência na espera de uma resposta. Às vezes, nossas orações não são respondidas na Terra. Aprender a lidar com essa realidade é algo que nós, que estamos sofrendo, entendemos muito bem. A oração não é uma solução rápida para um grande problema, mas a resposta para todos os problemas e nunca deve ser emparelhada com a palavra “apenas”.

Em segundo lugar, quando as pessoas dizem “apenas reze”, eu me pergunto se eles rezaram por mim, porque se é “apenas” a oração, quão importante pode ser realmente?

Qualquer um que tenha perdido alguém entende que as orações dos cristãos são muito úteis. O mais doce sentimento que ouvi de meus irmãos e irmãs em Cristo enquanto passava pelo processo de luto é: “Rezei por você hoje”. Não é uma declaração clichê, porque significa que alguém pediu ao Pai por mim e, talvez, através de suas orações, eu consiga passar por um dia difícil. Não há nada como ter alguém intercedendo por você, sendo que toda a história da Bíblia é Jesus intercedendo por nós junto ao Pai. Mas quando dizemos “apenas reze”, depreciamos a importância da oração privada e corporativa. A oração é a sombra da caminhada cristã e não deve ser algo que “apenas” fazemos durante o trauma ou a dificuldade. A oração é valiosa em todas as etapas de nossas vidas.

3“O tempo cura toda a dor”

O problema com esta afirmação é que não é verdade. Há muitas pessoas que perderam seus pais 10, 20, 30 e muitos anos atrás, e ainda sentem a dor que sentiram no dia em que aconteceu. O tempo não cura todos, especialmente se a cicatrização saudável não faz parte do processo. Muitos de nós passamos a vida com um evento trágico após o outro sem qualquer reconhecimento real da bagagem emocional, mental e física que carregamos como resultado. Já faz cinco meses que minha mãe faleceu e tem dias que estou bem e outros não.

Implementar formas saudáveis ​​para suportar o sofrimento é a única maneira de conseguir efetivamente um lugar de aceitação. Perguntar a uma pessoa aflita como ela está usando seu tempo de luto seria uma maneira compassiva de reconhecer que o tempo desempenha um papel, e sugere que o tempo sozinho não pode curar feridas profundas.

Então, o que você deve dizer…?


O sofrimento é difícil e complicado. Se não for tratado com carinho, a morte pode nos fazer pensar que não há esperança. Ao tentar consolar amados que perderam alguém, é importante entender que nem sempre temos as palavras corretas. E está tudo bem. O sofrimento é um exemplo perfeito de por que temos dois ouvidos e apenas uma boca. É o momento perfeito para ter ouvidos para ouvir e um coração empático, porque às vezes as perdas na vida não podem ser consertadas, não podemos superá-la rápida ou perfeitamente, que “apenas” rezar não ajudará, e o tempo não pode curar todas as feridas. Algumas perdas significam carregar e, às vezes, as palavras não ajudarão. Mas um abraço e um ouvido atento podem ajudar muito.

domingo, 15 de outubro de 2017

Quem iniciou e estabeleceu a consagração a nossa senhora?


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Quem estabeleceu a consagração a Nossa Senhora foi o próprio Jesus, que na cruz nos entregou aos cuidados de sua Mãe Santíssima. 

A igreja nos ensina que são João, “o discípulo amado”, representava todos os fieis, ou seja, a igreja inteira, modo que ao entregar o “discípulo amado”, Jesus estava entregando toda a igreja à Nossa Senhora. Quando Jesus diz: “Filho, eis aí a tua mãe.” e mulher, eis aí o teu Filho”. 

Jesus está estabelecendo a maternidade Espiritual de Nossa Senhora e dando a Maria a autoridade de Mãe, mestra e formadora sobre todos aqueles que ele resgatava com seu sangue. 

Para melhor compreensão do tema, leia esses artigos: O QUE É A CONSAGRAÇÃO TOTAL À SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA OU SANTA ESCRAVIDÃO DE AMOR?, POR QUE ESTA DEVOÇÃO SE CONSAGRA A JESUS E MARIA?

Referencias:

(Padre Rodrigo Maria, Catecismo da Total Consagração à Santíssima Virgem. Editora: Opus Cordis Mariae).

Anderson Reis - A hora de satanás e o triunfo do Imaculado Coração de Maria

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

O significado do Milagre do Sol, realizado em Fátima perante 70.000 pessoas


Redação da Aleteia / Christo Nihil Praeponere


Este milagre assombroso não apenas confirmou as aparições de Nossa Senhora em Fátima: ele também visa realizar um milagre muito maior

O significado do Milagre do Sol

Para o povo mais simples, o milagre se resume em bem menos palavras. Simplesmente, “o sol dançou”. Mais do que descrever fisicamente o fenômeno, o que interessava à maioria das pessoas era o que não se podia ver, mas que ficara patente por aquela portentosa obra que eles tinham diante dos olhos: Nossa Senhora verdadeiramente apareceu a três humildes pastorinhos em Fátima.

A Lúcia, Jacinta e Francisco, de fato, foi dada uma visão bem mais abrangente da realidade. Eles declararam sobre a Virgem Maria:

“…abrindo as mãos, fê-las refletir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projetar-se no sol (…) Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul”.

Na última aparição da Virgem de Fátima, portanto, brilha perante os videntes a imagem da Sagrada Família de Nazaré!

Esse fato pode indicar que “o confronto final entre o Senhor e o reino de Satanás dirá respeito diretamente à família e ao matrimônio”. Quando o caminho ordinário de santificação da humanidade, que é o casamento, se encontra obstruído pela produção desenfreada da pornografia e pela popularização dos “pecados da carne” (que, segundo resposta da própria Virgem Maria à pequena Jacinta, constituem a classe de pecados que mais ofende a Deus), o resultado só pode ser uma perda incalculável de almas (realidade a que a Mãe de Deus já tinha aludido, quando deu às mesmas crianças a visão do inferno).

Naquele 13 de outubro, a Virgem Santíssima tinha um pedido especial, que ficaria gravado no coração dos pastorinhos:

“Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido”.

Aos observadores mundanos, tal recado poderia parecer “arcaico” ou “irrealista”: um “espírito” que vem dos céus para falar de “pecado”? Em que século a autora dessas aparições acha que estamos? Pois bem, é justamente no século XX que Nossa Senhora aparece, e é a mesma mensagem de dois mil anos atrás que ela carrega consigo: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5).

Acontece que os tempos mudaram, sim, mas o ser humano continua o mesmo. E os perigos que rondavam a humanidade na época de Cristo não mudaram. Para ser católico e seguir Jesus, nada mais elementar que o apelo de Fátima: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor”.


O Milagre do Sol não apenas confirmou as aparições de Maria em Fátima: ele também visa realizar um milagre muito maior e mais extraordinário que qualquer outro: a salvação das almas, a conversão dos pecadores; “para que todos acreditem” em Jesus e, acreditando, tenham a vida eterna.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O dia em que Nossa Senhora Aparecida visitou o espaço!


ACI Digital


Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro: "Ela passou uma sensação de segurança. É algo que transcende o corpo"

Quando o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, chegou ao espaço em 2006, junto com ele estava também Nossa Senhora Aparecida, não só na devoção que tem pela Padroeira do Brasil, mas também em um pequeno broche que fez questão de levar.

Na época, Pontes podia levar consigo para a missão de dez dias um quilo em bagagem. Entre os itens que carregou estavam fotos da família, um MP3 com música e, como sempre carrega uma imagem de Aparecida, ela não poderia faltar no espaço. Assim, decidiu levar o broche da Virgem com um terço ao seu redor.

Ao participar da festa da Padroeira no Santuário Nacional de Aparecida em 2009, o astronauta contou que ter consigo a imagem de Aparecida no espaço “passou uma sensação de segurança. É algo que transcende o corpo”.

A devoção à Nossa Senhora Aparecida foi herdada de sua mãe, Zuleica, que o incentivava nas orações e o levava ao Santuário Nacional. Ela foi também a grande incentivadora do sonho de Pontes de ser astronauta.

E esta lembrança materna também esteve com ele quando olhou a Terra do espaço e recordou os olhos azuis de dona Zuleica, falecida em 2002, e como conseguiu realizar seu sonho com o incentivo dela.

O astronauta ainda garante que a experiência de ver o planeta teve grande significado para sua fé. “Para mim, ir ao espaço, ver o planeta lá de cima, imaginar o que somos, isso aumentou muito meu relacionamento com Deus”, disse no Santuário, em 2009.

Atualmente, o broche de Nossa Senhora Aparecida que visitou o espaço está exposto na sala das promessas do Santuário Nacional, junto com uma carta que Pontes escreveu durante a viagem.

Além disso, sempre que pode, diz que vai ao Santuário de Aparecida para agradecer à Virgem.

Em 2016, quando foi inaugurado o Museu de Cera do Santuário, entre as várias estátuas, estava a do astronauta Marcos Pontes, que se disse grato por esta homenagem.


Na época, ressaltou que a sua estátua de cera expressava o quanto é importante “estudar para poder chegar onde você quer na vida e, segundo, acreditar que é possível. A religião é muito importante para que você acredite que vai superar os desafios”.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

300 Anos: Mensagem de Aparecida | Pe. Paulo Ricardo

Esta Oração Jubilar, celebra Nossa Senhora Aparecida, seu amor e suas bênçãos, pelo tricentenário em 2017:


Oração Jubilar: 300 Anos de Bênçãos 

Senhora Aparecida, Mãe Padroeira,
em vossa singela imagem, há 300 anos
aparecestes nas redes dos três benditos pescadores no Rio Paraíba do Sul.
Como sinal vindo do céu, em vossa cor,
vós nos dizeis que para o Pai não existem escravos,
apenas filhos muito amados.
Diante de vós, embaixadora de Deus,
rompem-se as correntes da escravidão!
Assim, daquelas redes,
passastes para o coração e a vida de milhões de outros filhos e filhas vossos.
Para todos tendes sido bênção:
peixes em abundância, famílias recuperadas, saúde alcançada,
corações reconciliados, vida cristã reassumida.
Nós vos agradecemos tanto carinho, tanto cuidado!
Hoje, em vosso Santuário e em vossa visita peregrina, nós vos acolhemos como mãe,
e de vossas mãos recebemos o fruto de vossa missão entre nós:
o vosso Filho Jesus, nosso Salvador. /
Recordai-nos o poder, a força das mãos postas em prece!
Ensinai-nos a viver vosso jubileu com gratidão e fidelidade!
Fazei de nós vossos filhos e filhas,
irmãos e irmãs de nosso Irmão Primogênito, Jesus Cristo, 
Amém!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Globo Repórter – Nossa Senhora Aparecida

O presente do Papa Francisco para Nossa Senhora Aparecida


ACI Digital


Santuário Nacional recebeu uma Rosa de Ouro em comemoração aos 300 anos de Aparecida

O Papa Francisco concedeu uma Rosa de Ouro ao Santuário Nacional de Aparecida por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul.

A Rosa foi entregue ao Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, pelo representante do Santo Padre, Cardeal Giovanni Battista Re, prefeito emérito da Congregação para os Bispos e presidente emérito da Pontifícia Comissão para a América Latina.

“Agradecemos ao Papa Francisco o envio da Rosa de Ouro, em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem da Mãe Aparecida no rio Paraíba do Sul. Obrigado, Santo Padre, por mais esta demonstração de amor, devoção e carinho para com Nossa Senhora Aparecida”, expressou Dom Orlando Brandes em uma carta.

Na missiva, o Prelado recordou que esta é a terceira Rosa de Ouro recebida pelo Santuário Nacional e a quarta concedida ao Brasil.

O Arcebispo explicou que o Papa Leão IX iniciou o costume de entregar uma Rosa de Ouro “para louvar e distinguir personalidades, santuários, cidades ou países”.
“É uma homenagem, uma honraria, um presente que os Papas costumam enviar para registrar a importância de fatos históricos, de acontecimentos marcantes, de gestos significativos em relação a personalidades”.

A primeira Rosa de Ouro recebida pelo Brasil foi concedida em 1888 pelo Papa Leão XIII à Princesa Isabel, como reconhecimento por ter assinado a Lei Áurea, por meio da qual aboliu a escravidão.

Por sua vez, o Santuário Nacional recebeu sua primeira Rosa de Ouro em 1967, concedida pelo Papa Paulo VI, em virtude do Jubileu de 250 anos do encontro da imagem. Em sua carta, Dom Orlando recordou as palavras do Pontífice por esta ocasião.

“Esta flor é expressão de afeto por este grande povo que nasceu sob o signo da Cruz e para seu progresso espiritual e material e símbolo do grande amor que o Papa consagra ao Brasil e ao Santuário de Aparecida”, escreveu Paulo VI.

A segunda Rosa foi concedida pelo Papa Bento XVI, em 2007, quando visitou Aparecida, onde abriu a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe. O hoje Papa emérito desejou, na ocasião, que “perseveremos na escola de Maria a fim de que sejamos discípulos missionários a serviço da vida”.

Agora, ao receber a terceira Rosa de Ouro, Dom Orlando expressou em um vídeo publicado pelo Santuário que, com isso, “o Papa diz: ‘amo com afeto, amo com grande amor o Santuário de Aparecida e o povo brasileiro”, além de demonstrar a “admiração por nossa igreja”.


“Vamos também com essa Rosa fazer do nosso Brasil um grande jardim, já que a Rosa é de ouro, a Palavra de Deus é ouro e que nós tenhamos também um coração de ouro. O nosso tesouro é a nossa fé”, acrescentou.