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11 fatos sobre as bizarras imposições a venerar retratos e
estátuas, entregar-lhes flores, considerá-los divinos e salvá-los de incêndios
Com a Coreia do Norte ocupando cada vez mais espaço nos
telejornais e nos sites de notícias devido às ameaças de ataque nuclear do
ditador Kim Jong-Un contra os Estados Unidos, volta à tona, em vários meios de
comunicação, a brutal realidade a que é submetida a população desse país,
forçada a idolatrar os seus ditadores como se fossem deuses, ao mesmo tempo em
que toda e qualquer outra forma de religião é violentamente perseguida.
Elencamos abaixo alguns dados que esboçam o atual panorama
“religioso” da Coreia do Norte, um país oficialmente ateu, mas que, na prática,
é obrigado a cultuar o ditador, o pai dele e, principalmente, o avô e fundador
do país, Kim Il-Sung.
É muito significativo recordar que Pyongyang, a capital da
Coreia do Norte, já foi conhecida como “Jerusalém do Oriente” por conta do
intenso e sólido crescimento do cristianismo na região a partir do século XIX.
As atuais duas Coreias ainda estavam unidas naquela época. No início do século
XX, quando a península coreana caiu sob o domínio do Japão, os cristãos tiveram
papel de primeira grandeza nos movimentos de independência. Mas, com a
separação entre norte e sul, piorou dramaticamente, na Coreia do Norte, a
situação dos cristãos – e dos crentes de quaisquer outras religiões que não
sejam esse culto personalista a Kim Il-Sung e à sua dinastia.
1 – O próprio Kim Il-Sung, fundador da Coreia do Norte e avô
do atual ditador Kim Jong-Un, nasceu de família cristã, mas passou a perseguir
o cristianismo para garantir o próprio poder absoluto. Com o apoio da União
Soviética, ele seguiu o modelo ateísta impositivo dos regimes comunistas e
proibiu todas as religiões, fechando igrejas e templos e destruindo livros
sagrados.
2 – Em 1955, Kim Il-Sung começou a impor aos norte-coreanos
uma ideologia chamada “juche“, que consiste num culto a ele próprio e que exige
fidelidade irrestrita e até mesmo alguns rituais. Na prática, a juche funciona
como uma religião em que o próprio Kim Il-Sung é um deus a ser adorado.
3 – Kim Il-Sung é apresentado e reverenciado até hoje, mesmo
depois de morto, como o “Eterno Presidente” da Coreia do Norte.
4 – Venerado à força como um ser divino e infalível, ele
conta com nada menos que 40.000 estátuas em sua homenagem, espalhadas por todo
o país e às quais a população é obrigada a oferecer flores no início de cada
ano.
5 – Aliás, a contagem dos anos, na Coreia do Norte, parte
justamente do nascimento de Kim Il-Sung. 2017, por lá, é o juche 106, porque
esta seria a idade do fundador caso ele estivesse vivo hoje em dia.
6 – De acordo com as versões oficiais da “história”, que
fazem as vezes de “escritura sagrada” para a população supostamente ateia, um
arco-íris duplo pintou os céus e uma nova estrela foi registrada no universo no
dia em que nasceu Kim Jong-Il, o filho de Kim Il-Sung, em 1942.
7 – É obrigatório que todas as residências norte-coreanas
exibam na sua sala um quadro com a foto de Kim Il-Sung e do seu filho Kim
Jong-Il. Além de estarem expostos em local privilegiado, esses retratos devem
estar sempre perfeitamente limpos. Para fiscalizar o cumprimento deste
“mandamento”, é frequente que a polícia invada as casas sem mais nem menos.
8 – O livro “Persecuted“, de Paul Marshall, Lela Gilbert e
Nina Shea (2013) aborda a perseguição contra os cristãos em todo o mundo na época
atual. Entre os depoimentos registrados, o texto traz o de um refugiado
norte-coreano que testemunha o seguinte sobre os tais retratos dos ditadores:
“Se um edifício pegar fogo, as pessoas têm que demonstrar a sua fidelidade
correndo para salvar os retratos antes de qualquer outra coisa” – inclusive
antes de salvarem a si próprias.
9 – Se um norte-coreano é flagrado com uma Bíblia ou
cultuando qualquer divindade, o regime o manda, no melhor dos casos, para um
campo de trabalhos forçados; no pior dos casos, o “transgressor” é simplesmente
condenado à morte. Os familiares, além disso, podem ser castigados durante nada
menos que três gerações.
10 – Mesmo assim, como sempre aconteceu desde os primórdios
da fé em Cristo, os cristãos na Coreia do Norte vivem a fé clandestinamente e
rezam às escondidas, seja individualmente, seja com pequenos grupos, no geral
compostos por familiares. Estas informações são confirmadas por cristãos que
conseguiram escapar da brutal ditadura norte-coreana, como
é o caso dos que dão o seu testemunho no vídeo da organização Open Doors.
11 – Recentemente, o atual ditador Kim Jong-Un proibiu a
celebração do Natal e mandou celebrar o nascimento da sua avó (!) Ele
simplesmente substituiu o nascimento de Jesus pelo da “Sagrada Mãe da Revolução”
Ditador da Coreia do Norte proibiu o Natal e mandou celebrar
o nascimento da sua avó
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