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O governo de Donald
Trump aumentou, domingo (17), a pressão sobre a Coreia do Norte, na
véspera da Assembleia Geral da ONU, onde os Estados Unidos buscarão sanções
internacionais contra Pyongyang.
“O ponto crucial é unir
todos os países para que façam todo o possível para fortalecer essas sanções,
fazer o necessário para resolver esse problema sem chegar a um conflito
militar”, declarou em uma entrevista à ABC o general H.R. McMaster, conselheiro
de Segurança Nacional do presidente Trump.
Os americanos apontam,
particularmente, para China e Rússia, dois aliados econômicos de Pyongyang e
com os quais compartilha fronteiras.
“Todas as opções estão
sobre a mesa”, advertiu ao canal ABC o general, citando uma fórmula diplomática
para se referir a uma ação militar.
A embaixadora americana
na ONU, Nikki Haley, foi ainda mais taxativa em entrevista à CNN.
“Todos sabemos que,
basicamente, se a Coreia do Norte continuar com esse comportamento insensato,
se os Estados Unidos tiverem que se defender ou defender seus aliados, a Coreia
do Norte será destruída”, declarou Haley à CNN. “Nenhum de nós quer isso,
ninguém quer a guerra”.
Pyongyang realizou
recentemente seu sexto teste nuclear e vários disparos de mísseis
intercontinentais, o último na sexta-feira (15), com um míssil que sobrevoou o
Japão.
A atitude foi percebida
como uma provocação, poucos dias depois da aprovação pelo Conselho de Segurança
da ONU de um oitavo pacote de sanções contra a Coreia do Norte.
Neste domingo, Trump e
o presidente sul-coreano, Moon Jae-In, comprometeram-se a exercer “uma maior
pressão” sobre Pyongyang.
“Ambos os dirigentes
concordaram em exercer uma maior pressão e mais concreta para que o regime
norte-coreano entenda que mais provocações vão conseguir apenas reforçar o
isolamento diplomático e as pressões econômicas que levarão a seu colapso”,
declarou a Presidência sul-coreana em um comunicado.
Na última segunda-feira
(11), o Conselho de Segurança da ONU adotou por unanimidade uma nova resolução
de sanções para obrigar a Coreia do Norte a renunciar a seus programas
balístico e nuclear.
A aplicação das sanções
será discutida durante uma reunião do Conselho de Segurança na quinta-feira.
Mas, apesar dos
esforços, as sanções não foram capazes de dissuadir Kim Jong-Un sobre o seu
programa nuclear e balístico.
Citado no sábado (16)
pela agência estatal de notícias KCNA, Kim declarou que “o objetivo final é
estabelecer um equilíbrio de forças real com os Estados Unidos para que os
governantes americanos não sigam falando de opção militar contra a Coreia do
Norte”.
O líder norte-coreano
disse ainda que o lançamento do míssil de médio alcance do tipo Hwasong-12 foi
um sucesso e “aumentou o poderio bélico nuclear” do país. O artefato sobrevoou
o Japão antes de cair no oceano Pacífico.
(AFP)
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