Redação da Aleteia
A ilha estava prestes a
ser varrida do mapa quando um sacerdote elevou Jesus Cristo Eucaristia diante
do mar em fúria. E o milagre aconteceu.
A palavra “tsunami” se
popularizou em português principalmente a partir de dezembro de 2004, quando um
poderoso terremoto de 9,1 graus na Escala de Richter, ocorrido na ilha
indonésia de Sumatra, gerou as ondas gigantes de até 30 metros de altura que
devastaram regiões costeiras de 14 países, matando 230 mil pessoas e entrando
para a história como um dos desastres naturais mais mortíferos já registrados.
Em 2010, um tsunami
atingiu a costa do Chile. Em 2011, o fenômeno voltou a atrair os olhos do
planeta inteiro ao arrasar regiões litorâneas do Japão, ocasionando, entre
muitos outros graves danos, o acidente nuclear de Fukushima.
No entanto, os tsunamis
estão muito longe de serem “novidades”.
Há 112 anos, a pequena
ilha colombiana de Tumaco se viu às voltas com um tsunami cercado por fatos
extraordinários.
No dia 31 de janeiro de
1906, às 10 horas da manhã, os habitantes dessa minúscula ilha do Oceano Pacífico
sentiram um forte terremoto que durou cerca de 10 minutos. Todo o povo correu
até a igreja para suplicar aos padres Gerardo e Julián que organizassem
imediatamente uma procissão com o Santíssimo Sacramento.
O mar, enquanto isso,
continuava retrocedendo, no típico movimento que antecede a formação de uma
onda descomunal. Atemorizado, o pe. Gerardo Larrondo consumiu todas as hóstias
consagradas da âmbula e conservou somente a Hóstia Magna. Depois, dirigindo-se
ao povo, exclamou:
“Vamos, meus filhos, vamos
todos à praia, e que Deus tenha piedade de nós!”
Sentindo-se seguros
diante da presença de Jesus Eucaristia, todos caminharam, entre lágrimas e
aclamações a Deus. Quando o pe. Gerardo chegou à praia, foi corajosamente até a
margem com a custódia nas mãos.
No momento em que a
onda estava chegando, ele levantou a Hóstia consagrada, com mão firme e o
coração cheio de fé, e, diante de todos, traçou o Sinal da Cruz. Foi um momento
de altíssima solenidade.
A onda continuou
avançando, mas, antes que o pe. Gerardo e o pe. Julián pudessem perceber, o
povo, comovido e maravilhado, já estava gritando:
“Milagre! Milagre!”
De fato, como se
tivesse sido parada por uma força invisível e superior à natureza, a potente
onda que ameaçava apagar do mapa a ilha de Tumaco havia iniciado seu
retrocesso, enquanto o mar voltava ao seu nível normal.
Os habitantes de
Tumaco, em meio à euforia e à alegria por terem sido salvos da morte graças a
Jesus Sacramentado, manifestavam a sua gratidão.
O milagre de Tumaco
ficou conhecido no mundo inteiro. O pe. Gerardo Larrondo recebeu até do
continente europeu inúmeras cartas de pessoas que pediam as suas orações.
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